Pepista terá de coordenar votações como da reforma política
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O deputado André Fufuca (PP-MA) deverá assumir interinamente a Presidência da Câmara nesta 3ª feira (29.ago.2017). Será a primeira vez que ele comandará a Casa fora do período de recesso.
O motivo da substituição é a viagem de Michel Temer à China. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ficará na Presidência. E o 1º vice-presidente, Fábio Ramalho estará na comitiva que acompanha Temer à Ásia.
Fufuca só comandou sessões inexpressivas. Esteve oficialmente à frente da Câmara durante uma semana no recesso de julho, quando os trabalhos são interrompidos.
Nesta semana, ele terá a missão de liderar os deputados durante votações importantes da Casa. As principais são de dois projetos da reforma política: o que cria cláusula de desempenho e proíbe coligações partidárias, de relatoria da deputada Shéridan (PSDB-RR); e o que estabelece um fundo público para campanhas e altera o sistema eleitoral, de Vicente Cândido (PT-SP). Este tem sofrido resistência e ainda é motivo de impasse.
A Câmara tem pressa em analisar as propostas. O Congresso – Câmara e Senado – precisam aprovar as propostas até a primeira semana de outubro para as regras valerem já para 2018. Além do afastamento de Maia, o feriado de 7 de setembro tende a reduzir os trabalhos da Casa.
Outro ponto com o qual Fufuca pode lidar é a possibilidade de nova denúncia contra Michel Temer. Um eventual pedido do Procurador Geral da República ainda deve passar pelo STF, mas a chance de chegar à Câmara afeta os ânimos dos deputados.
Quem é Fufuca
Formado em medicina, está em seu primeiro mandato na Câmara Federal. Foi deputado estadual pelo PSDB no Maranhão de 2011 a fevereiro de 2015. Seu pai, atual prefeito de Alto Alegre de Pindaré, é apelidado de “Fufuca”, o que fez com que o deputado fosse chamado de “Fufuquinha”.
Completou 28 anos neste domingo (27.ago), dois dias antes de ganhar o comando temporário da Câmara.
Eleito pelo PEN, hoje é de um partido do centrão, o PP. Votou a favor da admissibilidade do impeachment de Dilma Rousseff, em abril de 2016. Em agosto, foi contra o prosseguimento da denúncia de Michel Temer. Foi um dos 43 congressistas que não participaram da votação que cassou o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, em setembro do ano passado. Apesar de estar presente na sessão, foi impedido de registrar o voto por oficialmente estar de licença por motivos de “interesse particular”. Veja aqui seu perfil no site da Câmara.
Durante a discussão do processo de Cunha no Conselho de Ética, o deputado Júlio Delgado (PSB-MG) foi contra a entrada de Fufuca no colegiado por ser ligado a Cunha. “O deputado Fufuca chama Eduardo Cunha de ‘papi’ nos corredores da Casa”, disse Delgado.
Fufuca negou e chamou pessebista de “canalha”. “Hoje demonstra que é um verdadeiro moleque. Não queira macular minha imagem pela minha juventude. Vossa Excelência é o exemplo que até os canalhas envelhecem. Nesta Casa ninguém me viu usar de ato de bajulice. Até porque venho de um Estado em que usar esse termo ‘papi’, com todo o respeito, é até afeminado” , afirmou. Assista:
Já nas redes sociais (Facebook e Twitter), suas publicações são mais amenas. Em geral, com mensagens motivacionais ou lembrando datas comemorativas, como o Dia do Café.
Naomi Matsui
No Poder360
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