O encontro do bloco político e econômico do Mercosul manifestou preocupação com a intensificação das atividades de inteligência dos EUA na América Latina, com vista a organizar a derrubada de presidentes democraticamente eleitos da região. Todos os oradores observaram a analogia da situação atual com a Operação Condor, realizada pela CIA nos anos 70 e 80 na América do Sul.
Vladimir Davydov |
"Eu acho que as tecnologias modernas estão longe de Operação Condor, ainda que os problemas sejam semelhantes", disse o especialista, acrescentando que o que existe hoje na América Latina é "uma guerra de materiais comprometedores e protestos organizados contra chefes de estados e de governos que mantém boas relações com a Rússia".
Davydov disse que antes Washington usava predominantemente a inteligência, subornos, financiamento da oposição radical e a cooperação com agentes locais para eliminar fisicamente certos líderes. Agora, de acordo com o analista, a melhor ferramenta nesta questão é a guerra de informação, que os EUA está praticando com êxito.
Como exemplo, o especialista cita a situação atual no Brasil, onde os EUA e a máfia local mobilizam a oposição, especialmente a Internet, para participar de uma campanha contra o governo de Dilma Rousseff. As organizações criminosas que a percebem como uma ameaça à sua posição com o novo plano do governo contra o domínio de narcotraficantes nas favelas, tiveram o cuidado de transformar protestos pacíficos em graves distúrbios. Enquanto que na Venezuela, Davydov admite que existe um risco de confrontos não políticos ou eleitorais, mas físicos.
http://www.contextolivre.com.br/2015/07/os-eua-estao-preparando-uma-segunda.html
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