Aecinho fala na festa tucana: cadê o povo? |
Agora, presidente nacional da tucanagem.
Coube a ele fazer o discurso principal da festa emplumada, no sábado.
E ele fez um discurso à sua altura.
Tão profundo, tão explícito, tão divertido que vale a pena destacar alguns trechos:
"Retribua ao meu irmão e companheiro ACM Neto a gentileza da sua mensagem e, através dele, a todos os Democratas do Brasil, diga apenas que nossa história irá recomeçar. E ela só terá êxito se for uma história construída a várias mãos, e as suas mãos, limpas e honradas, serão fundamentais para que possamos um dia devolver ao Brasil um governo sério, honrado e eficiente."
"Somos, presidente José Serra, o partido da estabilidade econômica. O partido dos programas de transferência de renda. O partido as privatizações que tão bem fizeram ao Brasil. somos o partido da Lei de Responsabilidade Fiscal. Somos o partido que permitiu que milhões de brasileiros voltassem a consumir. Mas somos, sobretudo, o partido da ética. O partido que compreende que política e ética podem sim, e devem, permanentemente caminhar juntas."
"É claro que para fazer política com seriedade na dimensão exata do que isso representa, é preciso sim ter utopias e nós temos. Queremos tirar o país das garras de um partido político que se esqueceu de suas origens e da sua história. Que abdicou de ter um projeto de país para se contentar com uma palavra única e exclusivamente com um projeto de poder."
"E que bom poder saber que ao caminhar por esse país, e é isso que o PSDB deverá fazer a partir de agora, encontrarei em cada um de vocês a responsabilidade e a dimensão política de cada um de vocês. Dos jovens do PSDB, os mais aguerridos de todo o país! Nas vibrantes e mulheres do PSDB, que aqui comparecem em enorme número! Em nosso já forte morte movimento sindical! No Tucanafro!"
" Não vamos enfrentar apenas um partido político. Vamos enfrentar um partido que se encastelou no Estado, se ocupou do Estado e inverteu uma lógica básica e primária de democracia: os partidos são feitos para servir ao Estado. O PT inverteu a lógica e colocou o Estado a serviço de um partido e do seu projeto de poder."
"Sim, nosso DNA está lá, em todos os programas de transferência de renda, que hoje se juntaram no Bolsa-Família. Mas no nosso tempo, e reafirmo que o Bolsa-Família é hoje um projeto incorporado, enraizado, na paisagem econômica e social e será mantido. Mas quando foi elaborado, com a presença de José Serra, no Ministério da Saúde, o Bolsa-Escola e o Bolsa Alimentação eram um passaporte para o futuro, e não um documento estagnado e aprisionado no presente."
"Os nossos adversários, e aqui isso já foi dito, vêm atentando contra a democracia, querendo colocar um garrote no Supremo Tribunal Federal, inibir as ações do Ministério Público, cercear a imprensa, inibir a livre movimentação das forças partidárias. Mas sabem por que fazem isso? Porque temem, porque nos temem, porque sabem que no confronto, no olho no olho, nós poderemos dizer que temos coerência. O que defendíamos no governo, defendemos e temos a responsabilidade de bancar na oposição."
O primeiro discurso do novo presidente nacional dos tucanos, o ungido pela turma do contra para derrotar o PT, tem 3.147 palavras - nenhuma delas "povo".
Vai ser fácil encarar a Dilma desse jeito...
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