O Produto Interno Bruto do Brasil cresceu 0,9% no ano passado em comparação com 2011.
O número está sendo comemorado efusivamente pelos "do contra", aqueles 5% da população que torcem para que tudo dê errado no país - banqueiros, empresários de comunicação e seus bobos da corte, os vários neos (liberais, nazistas, fascistas), sociopatas em geral, viúvas da ditadura, recalcados, racistas e preconceituosos a granel, enfim uma fauna variada que não suporta o sucesso do PT e de Lula e têm saudade dos tempos em que o país era uma imensa Casa Grande e Senzala.
O PIB é apenas mais um índice, que pretende medir a riqueza de um país, o que ele produziu em determinado período, sob uma óptica estritamente econômica.
Como todos os outros índices, embora seja vendido como uma verdade científica, tem distorções e imprecisões.
Serve só como um parâmetro, um indicador de como funcionaram os meios de produção, o mercado consumidor, as relações de trocas com outros países, os gastos e investimentos governamentais etc etc.
Tem se tornado, com a sofisticação cada vez maior das relações sociais, bastante questionado quanto à sua real eficácia para mostrar como andam as coisas numa nação.
Não foi à toa que, bem posteriormente a ele, foi criado o Índice de Desenvolvimento Humano, que incorpora dados sobre saneamento básico, saúde, educação, entre outros, para dar uma visão mais real do que se passa nos países.
Mesmo assim, tanto um quanto outro são falhos para o que propõem.
Falta a esses indicadores o principal, que é medir o grau de satisfação da população.
O tal Índice de Felicidade, que muitos integrantes da comunidade acadêmica mundial já estudam, pode resolver esse dilema.
Pegue-se o caso do Brasil, por exemplo.
O PIB do governo Dilma - 2,7% em 2011 e 0,9% em 2012 - teve crescimento baixo, mas todas as pesquisas de opinião pública que são feitas revelam que a grande maioria da população aprova a administração federal e reconhece que a vida melhorou.
A taxa de desemprego é baixa, a renda subiu, há crédito farto para o consumo, existem facilidades para a compra da casa própria, a educação superior se universaliza, os programas sociais diminuíram a miséria, e a tremenda desigualdade econômica/social caiu consideravelmente, o país se tornou protagonista de várias instituições multilaterais internacionais, é visto, no mínimo, como uma potência regional que caminha para ficar entre as cinco maiores economias do mundo.
Há ainda inúmeros e imensos problemas.
Mas nada que se compare com o Brasil de décadas atrás.
O crescimento, nos campos econômico e cultural, é visível.
Assim como salta aos olhos a tentativa de certos grupos de boicotar todas as ações do governo, uma guerra suja imposta pelos meios de comunicação, aliados de uma oligarquia que nunca pretendeu entregar o poder a quem quer que fosse, e não se conforma em ver o progresso do país.
Para esses, uma notícia como a de hoje sobre o PIB é uma benção, é motivo de riso e comemoração. Neste momento, devem estar bebendo champanhe em seus amplos e confortáveis gabinetes com ar-condicionado.
Gente que não anda nas ruas, "não fala com pobre, não dá mão pra preto, não carrega embrulho", como bem definiu o grande compositor paraense Billy Blanco, uma de nossas glórias artísticas.
Quanto pior para o Brasil, melhor para eles.
Para o restante da população, o PIB de 0,9% em 2012 é apenas mais um número.
Um número que não paga contas, não compra roupas nem a passagem do ônibus e muito menos a comida de todo o dia, que não leva ao riso nem ao choro.
Mais um número.
Um número só.
Frio.
Distante.
Irreal.
cronicasdomotta
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