Com o barulho das sirenes dos carros da polícia ficando mais forte às proximidades do covil dos larápios tucanos, dando a entender que Serra e Perillo estão mais perto da cadeia e prestes a ficar à margem da política, a oposição agarra-se a Roberto Jefferson como tábua de salvação, delegando-o o papel de principal protagonista de uma farsa a ser encenada no tribunal, evidentemente com grande repercussão no PIG, cujo enredo novelesco traz a "revelação sensacional" de que não mais Zé Dirceu foi o operador do tal 'mensalão', mas, Lula.
Claro que esse ardil do petebista, em usar algo alheio ao processo e vindo à tona somente sete anos após o surgimento do caso, visa mais repercussão política, por exemplo, tentar neutralizar a influência de Lula nas campanhas petistas e de aliados, principalmente na cidade de São Paulo, do que jurídica, pois Jefferson reiteradas vezes disse publicamente que Lula nada tinha a ver com o episódio, que não houve 'mensalão, enfim,tudo o que diz agora, inclusive o encontro com Arlindo Chinaglia, é o desdizer do que até então havia declarado.
Tal situação, para os tucanos, é o prato que faltava no cardápio do diversionismo à medida que vai ficando mais claro que o grande escândalo das páginas piguentas(vide post anterior) não foi confirmado pelos fatos, então, produz-se outros escândalos retóricos para mitigar o desgaste anunciado. E, para Jefferson, pode significar a improvável possibilidade de adiamento de seu julgamento, sob a alegação do surgimento de algo novo, repita-se, alheio ao que está sendo julgado, porém, não menos importante, na avaliação de sua defesa.
Assim, teríamos a possibilidade do adiamento da sentença e a consequente manutenção do desgaste petista, via PIG, até o final dessas eleições com resultados altamente favoráveis à oposição, fortalecendo-a para 2014. é bizarro, é grotesco. Mas, bastante coerente para quem já teve Demóstenes Torres como paladino de sua moralidade, Carlos Cachoeira como seu empresário padrão, além de Serra e Perillo como modelos de administradores da coisa pública. Credo!
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