Skaf só sabe chorar (Foto: José Cruz/ABr) |
Parece, porém, quando se lê os jornalões, que esse processo de levar paulatinamente e de modo seguro as taxas de juros a níveis civilizados, é algo ruim para o país.
Mesmo aqueles que deveriam, em tese, estar aplaudindo a decisão do Copom, como os empresários do setor industrial, soltam notas em que criticam o ritmo da queda.
A Fiesp, então, por meio do seu presidente, Paulo Skaf, parece que vive em outro mundo. “A queda de juros é benéfica para o Brasil, portanto, essa cautela excessiva adotada pelo BC não é necessária”, diz ele em nota oficial da entidade.
Skaf, presumo, não é burro. Se fosse, não teria chegado ao cargo que ocupa hoje na mais poderosa federação industrial do país.
Portanto, a crítica que faz à "cautela excessiva" do Banco Central só pode ser originada de má-fé, de alguém que prefere ver o país arrebentado por uma política econômica populista do que por procedimentos que irão promover mudanças estruturais firmes.
A Fiesp, como outras entidades empresariais, deveria, em vez de fazer pronunciamentos ridículos como esse, ajudar o país a enfrentar, sem danos maiores à sua população, a grave crise econômica mundial que arrasa a Europa, com consequências para todas as nações.
Em vez disso, nesta hora, os empresários brasileiros fazem o que mais gostam de fazer, que é chorar, pedir mais benesses e facilidades ao governo que tanto combatem quando estão por cima, quando tudo vai bem para eles.
O fato é que o governo vem fazendo a sua parte, mas essas tais "forças da produção" simplesmente se aproveitam do momento para tentar tirar mais vantagem.
É isso: se há uma lei que esse pessoal entende e respeita é da do Gerson e apenas ela.
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