Foto: Divulgação
OUTRORA CONHECIDA COMO A “DROGA DOS RICOS”, A COCAÍNA CONTINUA SENDO UM DOS ESTUPEFACIENTES MAIS CONSUMIDOS NO MUNDO OCIDENTAL. COM CERCA DE 900 MIL USUÁRIOS, O BRASIL É O SEGUNDO MAIOR CONSUMIDOR DAS AMÉRICAS, ATRÁS APENAS DOS ESTADOS UNIDOS
O Relatório Mundial sobre Drogas de 2008 informava que o Brasil tinha cerca de 870 mil usuários de cocaína e que o consumo aumentara de 0,4% para 0,7% entre pessoas de 12 a 65 anos, no período entre 2001 e 2004, o que equivalia a um crescimento de cerca de 75%. Hoje, o Brasil conserva sua posição de segundo maior mercado das Américas, com cerca de 900 mil usuários, atrás apenas dos Estados Unidos, com cerca de seis milhões e meio de consumidores.
Em todo o mundo, o mercado dessa droga – uma das mais devastadoras e perigosas – permanece em evolução. Recentes estudos relacionados aos valores ligados ao mercado da coca revelam conclusões interessantes. Na Europa, seu preço varia segundo o país onde é vendida. Na Itália, há 10 anos, a grama de cocaína era cerca de 30% mais cara do que é hoje. E ainda, segundo o World Drug Report 2011, em toda a Ásia consome-se menos cocaína do que em um único grande país europeu. Estes são apenas alguns aspectos do mercado mundial da substância que, antes, era considerada a droga dos ricos, e que hoje encontra-se dramaticamente difundida. Grande quantidade desses e de outros detalhes poderão ser observados no infográfico que acaba de ser publicado pelo site Good.is.
Uma síndrome ocidental
O mapa à direita do infográfico mostra o percentual de consumo da cocaína no mundo: 41% da droga produzida é comercializada nos Estados Unidos e no resto da América do Norte. 19% na América do Sul (sobretudo no Brasil), onde a coca é cultivada e levada ao resto do mundo pelo narcotráfico. A Europa consome cerca de 28%. Os demais continentes ficam com as migalhas: em toda a Ásia, por exemplo, consome-se cerca de 3% da cocaína produzida no mundo. Isso é menos do que se consome, por exemplo, entre a Itália e a França. Mas atenção: isso não significa que os habitantes dos países asiáticos passem longe do consumo de estupefacientes. Na Ásia são traficadas outras substâncias. A Birmânia é o principal produtor mundial de ketamina, um poderoso anestésico veterinário com efeitos alucinógenos, conhecido também na Europa (em 2009, na Birmânia, foi sequestrada uma enorme carga de 24 milhões de pílulas de ketamina).
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Sobe e desce dos preços
É impressionante também o confronto do mercado da cocaína nos Estados Unidos e na Europa no decorrer dos últimos anos (no alto, à esquerda, no infográfico). De 1999 a 2009, nos Estados Unidos, ocorreu um decréscimo: de 448 bilhões de dólares para 378 bilhões de dólares. Na Europa, ao contrário, as cifras mais que dobraram: de 148 para 338 bilhões de dólares.
Entre 1999 e 2009 mudou também o custo no varejo da cocaína. Se na França, Áustria, Bélgica e Suíça um grama de coca custa mais ou menos o mesmo que há dez anos, na Alemanha, Portugal, Espanha e Grécia houve um aumento do preço. Mas na Itália, Reino Unido e Luxemburgo, esse preço diminuiu. O valor médio europeu está situado em torno de 80 euros (cerca de 100 dólares) o grama, indo de 50 euros o grama na Holanda, até os 120 euros na Noruega.
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