O jogo baixo nas eleições 2010 não deve ser esquecido
Por Douglas Yamagata
O texto de Maria Lucia Andrade Pinto, “A guerra que não terminou”, postado no Blog do Nassif, traz comentário sobre os ataques sofridos por Dilma Rousseff em sua campanha e a preocupação com a continuidade destes ataques. Tais fatos, realmente devem ser levados em consideração.
Como diz a matéria, utilizaram todos os instrumentos covardes, tais como e-mails, boletins apócrifos, entre outros, sempre atentando contra a honra de Dilma e do PT.
Tamanho jogo baixo desferido na última campanha pelo PSDB e a imprensa golpista, não foram suficientes para vencer a candidata petista e o governo Lula.
Dilma ainda nem havia assumido e iniciaram as queimações sobre os “quase ministros”. Nem o presidente Lula pôde usufruir de seu merecido descanso após passar a faixa presidencial.
Como se não bastasse, o PMDB continua sendo “aquela coisa”. Aquele mesmo partido pragmático e fisiológico. Não foi nada agradável ver o tal do Michel Temer ter vindo visitar o governador paulista e tucano Geraldo Alckimin enquanto se discutia a nomeação dos cargos. Sem contar o jantar com os “ministeriáveis” peemedebistas, num jogo de cena midiático que agrada qualquer jornal da Globo.
Em São Paulo, continua a blindagem-midiática sobre o “super-governador” Geraldo Alckimin. Antes mesmo de tomar posse, o governo paulista já propagandeava os “grandes feitos” dos tucanos nos canais de televisão. Aliás, as propagandas tiveram um “grande investimento” no governo Serra – e pelo jeito, tendem a continuar com Alckimin.
Tem gente dizendo que Alckimin deve se inclinar um pouquinho para esquerda, uma vez que bater de frente resultou em três derrotas presidenciais consecutivas. Sinceramente, acredito que esta estratégia pode durar pouco, pois não há como agradar os financiadores neoliberais do projeto tucano por muito tempo. Além disso, “lobo em pele de cordeiro” logo é descoberto.
O que tenho visto é uma significante manutenção da imagem do PV. Programas de canais da Globo tem insistido em glorificar Marina Silva e Fernando Gabeira, utilizando inclusive de outras “personagens” para mantê-los, vinculando a imagem de Marina com Chico Mendes e inserindo entrevistas da filha de Gabeira falando sobre o pai. Engraçado é a forma como a imprensa golpista tratava os dois quando eram do PT, e como os tratam agora.
Os mandatos mal começaram, mas concordo que já articulam uma oposição persistente. Este mandato de Dilma Rousseff certamente é um dos maiores desafios já enfrentados pelo PT e pela esquerda, onde serão necessários muita atenção e habilidade para driblar os ataques nestes próximos quatro anos.
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