
O primeiro governo Lula, por exemplo: Zé Alencar, Palocci e Dirceu. O segundo governo Lula: José Sarney, Mantega e Dilma. O primeiro cuida da costura política, o segundo da economia e o terceiro da gestão. Não há dúvidas de que, se eleita, Dilma terá Lula como patrono do projeto (bom que seja assim afinal, tem experiência, popularidade e capacidade de diálogo). Mas o tripé de Dilma parecia ser, até ontem: o deputado paulista José Eduardo Cardozo (coordenação política), Antonio Palocci (de volta um monetarista na economia) e Erenice Guerra (para cuidar da gestão, da cozinha do Planalto). Obedecendo a essa lógica, fica fácil entender o porquê da velha mídia mirar na Erenice. O Zé Eduardo só aparecerá depois da eleição, quando o governo - depois de fazer contas - precisar de um interlocutor com o Congresso Nacional para costurar as alianças. O Palocci tem apoio maciço do grande empresariado e dos bancos e já caiu uma vez, portanto já apanhou tudo o que podia e sobreviveu. Sobrou a pobre Erenice. Bombardeá-la seria portanto uma boa maneira de enfraquecer o novo Governo, o que para o PMDB é ótimo! Acostumados ao fisiologismo em estado puro, os peemedebistas sabem que, quanto mais fraco for o novo presidente, mais vai ser preciso fazer concessões para governar. Claro que é apenas um retrato do momento atual da campanha e tudo ainda pode mudar muito e rapidamente.
doladodelá
Nenhum comentário:
Postar um comentário