domingo, 12 de junho de 2011

A mídia escancarada




Midia escancara suas preferências partidárias. Imparcialidade é coisa do passado.


Muito tem se falado sobre a parcialidade da mídia, principalmente dos jornais e das TV’s abertas.

O assunto sobre a regulamentação da mídia tem gerado protestos pelos poderosos meios de comunicação e atacam de forma terrorista qualquer tentativa de controle e participação social. A regulamentação da mídia vira sinônimo de censura na boca da grande mídia.

Por outro lado, os poderosos meios de comunicação sentem-se à vontade de propagar e injuriar qualquer pessoa que esteja em seu caminho. Reviram a vida da pessoa, divulgando informações sigilosas, pessoais e infundadas sobre o cidadão. Questionada sobre esta prática de difamação, a grande mídia se defende dizendo que é “jornalismo investigativo”. Como se não bastasse, a grande mídia acentua ainda mais as injúrias e difamações e fazem um verdadeiro julgamento popular da pessoa através de seus amplos canais de televisão, rádio e TV. Ou seja, crucificam a pessoa, sem o mesmo direito de se defender.

A imprensa que deveria ser imparcial, agora escancarou de vez.....

Fato recente e memorável foi o apoio explícito do jornal “O Estado de São Paulo” ao candidato José Serra e contra Dilma em seu editorial nas últimas eleições 2010.

Aqui em Jundiaí, recentemente, na discussão da volta da CPMF, a TV Tem, afiliada da Rede Globo, lançou em seu site e divulgou na TV, campanha contra a volta da CPMF.

Hoje (09/06), o jornal Bom Dia Jundiaí, também ligada à Globo, destacou em sua capa que é contra a ampliação para 19 vereadores na Câmara de Jundiaí.

Não se trata de julgarmos aqui se defendemos ou não a volta da CPMF, ou se defendemos ou não 19 vereadores na Câmara de Jundiaí.

O que deve ficar claro é que a imprensa que deveria ser isenta ou imparcial, como se entitula. Agora, não mais se envergonha em defender determinado partido. Ou seja, a imprensa está tomando partido de forma escancarada. Pelo menos antes, a imprensa ao menos tentava fingir ser imparcial – hoje não mais.

Acredito que seja a hora de acabarmos com essa demagogia da imprensa.

Logicamente, defendo a democratização dos meios de comunicação e uma regulamentação que assegure o controle social e a participação do povo. Hoje, o que se reproduz são apenas conteúdos ligados aos interesses de poucos. É necessário que o povo realmente tenha seus próprios canais de comunicação.

Acho que se continuar esta partidarização da mídia, o melhor seria que os canais, rádios e TV’s deixassem explícitos suas tendências: se apóia tal partido, se é de esquerda ou direita e etc.. Pois, ao menos assim, não ficaria enganando o povo com o seu discurso de imparcialidade e isenção.

Por Douglas Yamagata

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