sexta-feira, 14 de junho de 2013

MPL, tucanos e polícia — o PT tem de ser incomodado e incomodar


Por Davis Sena Filho — Blog Palavra Livre

O que mais chamou a atenção até agora nos protestos de estudantes liderados pelo Movimento Passe Livre (MPL) em várias capitais do País, notadamente em São Paulo, não foi a infiltração de grupos de extrema direita nas manifestações e muito menos a participação da esquerda que faz oposição ao governo trabalhista, por intermédio das siglas PSTU e PSOL, ao tempo em que compõe com os interesses da direita, como no caso do senador Randolfe Rodrigues (PSOL/AP) que foi pessoalmente dar apoio ao juiz Gilmar Mendes no episódio em que o magistrado, equivocadamente e ditatorialmente, impediu que o Congresso legislasse sobre o projeto de lei que trata das novas regras sobre criação de partidos políticos.
Randolfe Rodrigues e outros senadores, a exemplo de Cristóvam Buarque e Rodrigo Rollemberg, comportam-se como verdadeiros quinta colunas, e, por se conduzirem politicamente dessa forma, insurgiram-se, vergonhosamente, contra a instituição da qual são membros, o Senado, além de “rasgarem” a Constituição, que não deixa dúvida alguma quanto ao papel dos Três Poderes da República. Comportaram-se dessa maneira para atender os seus interesses e os da senhora Marina Silva, que precisa, urgentemente, regularizar o seu partido Rede Sustentabilidade, que é apenas mais uma agremiação conservadora, com verniz progressista, como o é o PSOL, que em Minas Gerais por pouco não ficou nas mãos da direita.
Contudo, o que me chamou a atenção realmente foi a PM paulista, conhecida historicamente por sua violência, pois tradicionalmente sempre se comportou como uma guarda pretoriana de defesa dos interesses de classe e do patrimônio da burguesia paulista. Juntamente com a Polícia Civil, a PM paulista se tornou emblemática no País, por sua atuação assassina na repressão a militantes de grupos de esquerda no decorrer de 21 anos de ditadura militar.
É sintomática a participação da PM no que tange à repressão exagerada tão a gosto dos políticos do PSDB, que, no poder, sempre se valeram das corporações policiais para reprimir os movimentos sociais e populares, tanto no campo quanto na cidade, a exemplo dos massacres de Pinheirinho e de Eldorado dos Carajás. Dois acontecimentos que são os símbolos maiores das inúmeras repressões promovidas por mandatários do PSDB, partido divorciado do povo brasileiro, porque simplesmente se distanciou dos interesses da população e hoje se conduz como agremiação política conservadora cujos políticos são vistos como testas de ferro do establishment.
Afirmo ainda que há uma certa estranheza no ar no que concerne aos líderes do MPL e das lideranças estudantis, muitos deles vinculados a partidos políticos, o que é legítimo e natural, recusarem-se a dialogar com a Prefeitura, conforme informou hoje o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, à “grande” imprensa. Haddad disse que o aumento de R$ 0,20 já era anunciado desde o ano passado e por isso não pegou ninguém de surpresa. O mandatário petista afirmou ainda que o aumento da tarifa de ônibus “é muito abaixo da inflação”, sendo que o menor dos últimos três anos. O prefeito disse também que a majoração da passagem em apenas R$ 0,20 somente foi possível porque a Prefeitura subsidiou a tarifa com recursos orçamentários da ordem de R$ 600 milhões, além de deixar claro que está aberto ao diálogo.
Entretanto, lembro ao leitor que o MPL questiona e realiza movimentos desde os tempos do prefeito Gilberto Kassab (PSD), político que foi aliado dos tucanos e que atualmente é importante aliado do governo trabalhista da presidenta petista Dilma Rousseff. Não esqueçamos, porém, que o PSD faz parte da base política e partidária do governo federal, além de ser a terceira maior bancada do Congresso, menor apenas que as do PT e do PMDB.
Mesmo a encerrar a parceria com os tucanos e ser considerado traidor pelos barões da imprensa e seus jornalistas porta-vozes de interesses patronais, Kassab nunca foi atacado com ênfase e agressividade como os áulicos da imprensa corporativa dedicam aos políticos do PT. Esse comportamento é devido à esperança de que algum dia Kassab retorne às hostes da direita, apesar de ser um político conservador. Por isto e por causa disto, a imprensa de negócios privados nunca atacou com violência exagerada o ex-prefeito e o “protegeu” ao esconder das principais manchetes de seus jornais o Movimento Passe Livre (MPL), o que, evidentemente, não ocorre na administração de Fernando Haddad, político do PT.
Essa realidade é visível e transparente como as águas do mar sem poluição. Somente não enxerga quem não quer, por motivos políticos e ideológicos ou por alienação. Todavia, asseguro que considero o MPL um movimento legítimo e que o protesto, a manifestação e as críticas são partes integrantes da democracia e, consequentemente, do estado democrático de direito, que permite a liberdade de expressão e a de reivindicar. Por seu turno, acho que o PT precisava de uma sacudida, a fim de perceber que as reformas econômicas e sociais têm de ser realizadas e concretizadas com mais rapidez, menos burocracia e maior vontade política para resolver as questões e os conflitos sociais.
Afinal, o PT é um partido reformista, e, seguramente, não é revolucionário, como muitos de seus integrantes o são, mas que, no momento, não têm voz ativa e cargos importantes para que se pudesse agilizar e, quiçá, efetivar as reformas tão necessárias para o desenvolvimento do povo brasileiro, a exemplo das reformas agrária, tributária e política. Esses processos são, historicamente, combatidos, por aqueles que controlam os meios de produção, e que têm ainda muita força e influência no Congresso, no STF, na PGR, nos Ministérios Públicos, nas confederações e federações empresariais rurais e urbanas e no próprio Palácio do Planalto, que forma um governo de coalizão.
Somente os lorpas e os pascácios, como diria o conservador e genial Nelson Rodrigues, confundem o programa de governo e o projeto de Pais dos governos trabalhistas do PT com as alianças sacramentadas que tem o propósito de viabilizar a governabilidade, o que seria impossível em um País como o Brasil, de tamanho continental, e características e interesses políticos regionais e estaduais. A verdade é que essas pessoas não conhecem os bastidores e se comportam como amadores, no sentido de não perceberem que as alianças são necessárias para governar, sem que, obviamente, o partido e o governante que conquistou o poder não rasgue o programa de governo apresentado à população, bem como não esqueça do seu passado, como aconteceu com o ex-presidente tucano, Fernando Henrique Cardoso, conhecido também como o Neoliberal I.
Por isso que pessoas como Marina Silva, Cristóvam Buarque, Rodrigo Rollemberg, Eduado Campos, Heloísa Helena, Alfredo Sirkis, Fernando Gabeira, Randolfe Rodrigues, Pedro Simon, além de Pedro Taques e Álvaro Dias, os dois últimos políticos midiáticos e replicadores contumazes das manchetes oposicionistas e golpistas da imprensa burguesa e alienígena, não têm credibilidade perante o povo, e, por conseguinte, suas figuras ficam restritas ao mundo da classe média tradicional, como já afirmei mais de mil vezes, conservadora, reacionária, preconceituosa e portadora dos valores e dos princípios dos ricos, que estão cansados de usá-la para seus interesses políticos e de consumo, bem como igualmente cansados de barrar tal classe despolitizada na porta de seus bailes à black tie e regados à champanhe.
Para finalizar, digo que o PT e o governo petista liderado pela presidenta Dilma Rousseff abram os olhos, caminhem nas ruas e voltem a fazer o que sempre fizeram: apertar a mão do povo e ver de perto a sua realidade. O PT e o governo trabalhista de Dilma Rousseff não deve jamais titubear, vacilar e muito menos perder a disposição quando se trata de distribuir renda e riqueza para que o povo brasileiro possa se emancipar e nunca mais ficar á mercê dos herdeiros da casa grande, que escravizaram seres humanos no decorrer de quatro séculos ou mais. O PT é reformador, apesar de ter, volto a repetir, em seus quadros e em seus diversos grupos políticos militantes revolucionários.
Abrir mão das reformas para compor com as “elites” nababescas, perdulárias, colonizadas e entreguistas e dessa forma evitar ser alvo de ataques e campanhas negativas são erros políticos e estratégicos graves. Quem conquista o poder tem de ser incomodado, mas também tem o dever de incomodar os que sempre puderam mais e que estão a controlar os meios de produção e as terras improdutivas rurais e urbanas. O Brasil tem muito dinheiro e pode melhorar a vida dos brasileiros. As desigualdades envergonham o povo brasileiro, que é o maior grupo social, o mais importante, o melhor, o que trabalha e o que quer mudanças e reformas para se livrar da miséria, da pobreza, e, por sua vez, da violência.
O MPL tem razão, mas deve dialogar e não ficar à mercê de grupelhos fascistas, como ocorreu nas manifestações. O PT é um partido orgânico, inserido nos principais segmentos e setores da sociedade. O governo do PT e dos seus aliados efetivam há 11 anos uma política econômica e social de distribuição de renda e de riqueza, que é combatida diuturnamente e ferozmente pelo patronato brasileiro, pelos partidos que os representam (PSDB, DEM, PPS e PSOL) e fundamentalmente pela imprensa golpista.
Os barões midiáticos que desde 1930, quando o trabalhista e estadista Getúlio Vargas assumiu o poder, boicotam, sabotam e se acumpliciam até com as forças estrangeiras para derrubar os políticos do campo do trabalhismo e do socialismo, realidade esta que aconteceu em 1964 quando deram um golpe de estado e derrubaram o trabalhista João Goulart — o Jango. O PT tem de cumprir totalmente o seu programa de governo e para isso precisa agilizar as reformas. A presidenta Dilma Rousseff tem força para política para aprová-las. Se a imprensa mercadológica e os grupos reacionários querem realmente criticar e fazer oposição sistemática ao governo trabalhista, que eles pelo menos tenham uma razão concreta e palpável. O PT tem de pisar no acelerador e deixar para o PSDB o perfume da massa cheirosa. Esses tucanos leram sobre revoluções, mas não compreendem o que é revolução. É isso aí.   
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Racismo e mentalidade direitista

    

      Voltando às comunidades racistas apontadas no Facebook, notamos com facilidade que nelas prevalece uma orientação política de direita, não somente no discurso dos administradores, como também nas intervenções da quase totalidade dos participantes.  O deputado federal Jair Bolsonaro é uma das figuras mais caras a estes movimentos.  Temos amostra bem instrutiva numa postagem da ONG Raça Branca, onde se estabelece conexão com a páginaDireita Política.     


     Poupando-nos de pequenos esforços interpretativos, o próprio coordenador da "ONG" se classifica (e aos seus seguidores) como direitista. 


        Em Orgulho de Ser Branco, podemos ver diversas manifestações de apreço à herança da ditadura civil-militar de 1964, entre elas a divulgação deste quadro pretensamente jocoso.


      No alto da mesma página, os "orgulhosos" expõem sua sintonia com os restauradores do partido que sustentou os governos dos  presidentes-generais. 



      O "Cavaleiro Paladino" http://www.facebook.com/cavaleiro.paladino.3?ref=ts&fref=ts, à frente da Orgulho Eurodescendente, não deixa dúvidas de que sua briga é contra o PT,


       (...) e, sem cair em contradição, curte e recomenda Direita Política.




   Nesta página, Orgulho branco/eurodescendentehttp://www.facebook.com/pages/Orgulho-brancoeurodescendente/366569136792164, que ainda não tínhamos visitado, os membros se unem na rejeição a comunistas, lulistas e "petralhas".


       Algum conservador, com sua dose de razão, poderia me questionar: -Cadê o racismo?  O quadro abaixo, difundido pelo grupo, neste caso me dispensaria de gastar retórica.  



      Não pretendo, é claro, usar estes exemplos, cujo número poderia ampliar em meia hora, para chegar a  generalizações pouco inteligentes do tipo "Todo direitista é nazista" ou "Todo racista é de direita".  Isto não me impede de trazer a público certas considerações.  Todo direitista, sem margem para exceções, é uma pessoa que tem as hierarquias socioeconômicas, ou pelo menos uma parcela importante delas, como dados naturais, mesmo que variem as justificativas para o estabelecimento destas relações.  Para alguns, o esforço individual explica a proeminência de determinados homens ou grupos; para outros, riqueza e pobreza, domínio e subalternidade, derivam da vontade dos Céus; para terceiros, os genes definem desde a concepção a força, a inteligência e as qualidades morais dos indivíduos, com reflexo direto e inevitável na organização social. 
      A vinculação a qualquer uma destas visões não constitui obstáculo para a eventual simpatia pelas demais.  Ao cidadão que explica a riqueza pela eleição divina não parecerá estranho que os eleitos, pressentindo sua condição, sejam mais ativos e esforçados do que os amaldiçoados; o que vê a iniciativa individual como única base para o sucesso talvez julgue razoável que o empreendedor seja dono do melhor DNA; o adepto da estratificação segundo a genética pode ser convencido de que a existência de raças superiores e inferiores foi concebida fora do mundo material. 
       Indo além de tais especulações, me parece fora de questão que alguém que considera normal, digamos, a subordinação dos interesses de milhares de funcionários e milhões de usuários das empresas de ônibus aos de um punhado de famílias de proprietários, já providas de contas bancárias milionárias há várias décadas, estará mais propenso a aceitar que alguns grupos étnicos devam se sujeitar a outros.  Como também aceitará mais facilmente do que qualquer pessoa de índole progressista que determinados segmentos da sociedade sejam impelidos para a obscuridade em decorrência do sexo, da orientação sexual, da filiação religiosa, da origem regional ou de classe.  Só nisto encontro ânimo para combater a direita por mais uns cinquenta anos.
Obs: Percebi em outras incursões no Facebook que um bom número de membros da rede tem dificuldade em denunciar os crimes de ódio.  Volto, então, a compor um roteiro:

1- Acesse o site da Polícia Federal em denuncia.pf.gov.br .

2- Clique na opção "crimes de ódio". 

3- Cole o link da página a ser denunciada em "Página da Internet" e mencione as falas comprometedoras em "Comentário".

DILMA ROUSSEFF ATACA OS FUNDAMENTALISTAS DA DESINFORMAÇÃO - TERRORISMO INFORMATIVO NÃO !


A presidente Dilma Rousseff deu hoje dura resposta aos que fazem sensacionalismo barato e alardeiam um descontrole da inflação e das contas públicas que não existe. Sem meias palavras, como requer o momento,  visto que está em prática uma campanha de ataque ao governo, numa união entre PIG /OPOSIÇÃO e Agiotas dos Mercados, ela afirmou durante visita a favela da Rocinha, que a inflação está e continuará sob controle, que criticas são bem vindas, mas não o "conto do vigário aplicado pelos que fazem terrorismo da informação.


Descontrole da inflação é conto do vigário, diz Dilma
14/06/2013 - 14h28
Flávia Vilela
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (14), em visita a uma comunidade da zona sul do Rio de Janeiro, que a inflação está e continuará sob controle. Segundo a presidenta, é conto do vigário a ideia de que a inflação está descontrolada, inventado por quem deseja que o governo diminua os gastos sociais.

"Não deem ouvidos àqueles que dizem quanto pior, melhor. Críticas são bem-vindas, mas terrorismo informativo, não", declarou a presidenta. "O Brasil é hoje um dos países mais sólidos do mundo, que mesmo com uma das crises mais graves, talvez a mais grave, desde 1929, temos uma das menores taxas de desemprego do mundo, quase uma situação de pleno emprego", disse.

A presidenta citou alguns países da Europa em que o desemprego entre os jovens está alto, como em Portugal com taxa de 20%.

"Temos recursos suficientes para investir e gastar com recursos sociais e ainda manter a inflação sob controle. O bolo só cresce se for bem distribuído", acrescentou.


HÁ CLAROS INDÍCIOS DE QUE ORDEM PARA ATAQUE POLICIAL CONTRA MANIFESTANTES E POPULAÇÃO SAIU DO GOVERNO DE SÃO PAULO

mulher atingida

Há fortes e claros indícios de que a ação da Polícia Militar atacando manifestantes e a população foi dada pelo governo do Estado de São Paulo. A ação da polícia foi orquestrada e violenta a todo momento. Não houve um problema isolado, mas uma ação conjunta, uma ação como nos piores regimes ditatoriais.

Os policiais militares são os menos culpados dessa ação própria de ditaduras do terceiro mundo. PMs cumprem ordem e a ordem veio de cima. Um dos exemplos dessa ação é de uma mulher (foto ao lado)  que saiu da igreja e foi atingida por um tiro de borracha no rosto. Ela declarou que viveu a ditadura brasileira e era dessa forma que agiam. Assim como nas ditaduras, se não há limites para o Estado, qualquer um pode ser vítima. Houve também ataques contra jornalistas e em vários pontos da manifestação.

Se a ordem saiu do governo do Geraldo Pinheirinho Alckmin, o prefeito Fernando Haddad e o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo  tem a sua enorme parcela de culpa e responsabilidade. Eles não ofereceram resistência ao discurso belicoso e violento do governador nos primeiros protestos. O PT deu aval para a violência policial porque em nenhum momento teve capacidade para contrapor o governo Alckmin.

Abaixo um vídeo com a ação da polícia de forma estarrecedora. Manifestantes gritam não à violência, e a PM chega atirando, cumprindo ordem estabelecida.


É a CRISE: Atividade econômica cresce 0,84% em abril



Agência Brasil

“A atividade econômica apresentou crescimento de 0,84%, em abril, na comparação com o mês anterior. Os dados são do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) dessazonalizado (ajustado para o período), divulgado hoje (14).

Esse foi o segundo mês seguido com expansão do indicador, mas em ritmo menor. Em março comparado com fevereiro, o crescimento ficou em 1,07%, de acordo com dados revisados. Na comparação de fevereiro com janeiro, houve retração de 0,26%.

Em relação ao mesmo mês do ano passado, a economia cresceu 7,3% (sem ajustes). No ano, o IBC-Br apresentou expansão de 3,2%, e em 12 meses, 1,57%.

O IBC-Br é uma forma de avaliar e antecipar a evolução da atividade econômica brasileira. O índice incorpora informações sobre o nível da atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária.

O acompanhamento do indicador é considerado importante pelo Banco Central para que haja maior compreensão da atividade econômica. Essa avaliação também contribui para as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por definir a taxa básica de juros, a Selic.”

domingo, 9 de junho de 2013

Não é a economia, estúpido



 por Denise Queiroz

A depender da sensação de bem estar, parecem favas contadas que não haverá nenhuma chapa capaz de costurar tanto, a torto e à direita, quanto a que está governando. E, portanto, deverá seguir até pelo menos 2018. Mas e o custo dessa costura?

No momento em que finalmente o Estado chega nos confins do país e se verifica que faltam médicos para a assistência mais básica, haverá psiquiatras para tratar os distúrbios que alguns projetos de lei, como esse estatuto do nascituro, vão gerar?

A subida de um pastor com passado nada ilibado à direção da Comissão de Direitos Humanos, aliada aos recuos sistemáticos do Ministério da Saúde em veicularcampanhas que visam conscientização, e a proposta de que o governo arque com as despesas de filhos nascidos de estupro, forma um quadro mais surreal que o genial Dali pôde imaginar. De que tipo de cabeças extremamente doentes e mínimas saem este tipo de propostas? Quem as apóia? 

É certo que nossa formação cultural, atravessada no DNA por fundamentos criados há séculos suporta e - sempre sob o ponto de vista do conhecimento dos ambientes históricos onde alguns fundamentos foram criados - entende que algumas práticas tenham se perpetuado. Mas também por esse entendimento, nos vemos na obrigação evolutiva de esclarecer que alguns desses fundamentos estão e sempre foram equivocados. A violência, sob qualquer forma, é uma das práticas que qualquer ser humano deveria rechaçar de maneira veemente.  

A violência da miséria e da fome aos poucos está diminuindo, mas o ambiente que a fez prosperar, a desigualdade, ainda é muito real. E outra vez, não se trata de economia. Trata-se da desigualdade de acesso ao mais básico conhecimento, para que o entendimento de mundo seja humanizado.

Ao mesmo tempo em que há mais crianças na escola, há mais adultos nas igrejas. Que fique claro que absolutamente não penso que isso seja um problema, pois fé, se faz bem, boa é. Mas e se faz mal? Como tolerar a intolerância pregada aos gritos nos púlpitos, onde a “palavra de Jesus” é distorcida ao ponto de um dos mais conhecidos ensinamentos cristãos, “amarás ao próximo como a ti mesmo” é dito com um “mas os homossexuais não, mas as prostitutas são seres do demo, mas a vida no útero vale mais que a vida já desenvolvida". Estes mas encerram os significados mais desprezíveis, comparáveis ao fascismo.

As raízes do mal

Em 2010, durante a campanha à presidência, o poder das novas seitas ficou evidente. Na tentativa de abocanhar essa fatia crescente de eleitores, os candidatos melhor colocados nas pesquisas, Dilma Rousseff, José Serra e Marina Silva evitavam, em entrevistas, declarações ou debates, defender suas posições (e as partidárias) sobre os direitos individuais, como o direito ao aborto. 

Numa sordidez sem precedentes, facções da Igreja católica chegaram ao cúmulo de mandar imprimir panfletos apócrifos ‘acusando’ a candidata governamental de ser ‘favorável ao aborto’. Por essa visão, aborto deixa de ser direito para ser o pior dos pecados, sujeito ao inferno ainda em terra, pior que ser ‘comunista’ ou ‘terrorista’. Com essa atitude aloprada, os fundamentalistas católicos acabaram por unir-se às piores facções do novo fundamentalismo, o evangélico, que já desde 2002 fazia parte da base aliada do então presidente Lula.

Naquele momento eleitoral, foi costurada às pressas uma reunião de Dilma com representantes e líderes das maiores igrejas. Nela, a então candidata, firmou carta-compromisso de que preceitos caros aos líderes ‘espirituais’ não seriam modificados. Não haveria, por parte do governo, proposta de legislação sobre o tema tabu (tabu construído por interesse do capital nos meados do século XIX) o aborto, nem sobre direitos de casais homoafetivos, nem qualquer outra igualdade que a esses líderes pudesse cheirar a afronta.

O resultado é que também graças a esse compromisso, a presidenta foi eleita e, pelo que se sabe, não descumpriu nenhum ponto da carta.

Aí entra a outra questão: vários líderes partidários apregoam que não se deve confundir governo com partido. Ainda não encontrei fórmula para entender essa equação, mas se eles dizem, devem tê-la, guardada como no medievo, em algum castelo com fosso de jacarés que impedem mortais de chegarem aos livros. Ok, suponhamos que eles saibam o que dizem. Então por que raios até agora nenhum partido apresentou proposta de legislação sobre o aborto? E como raios passa numa das comissões da Câmara uma proposta que vitimiza o estuprador e condena a vítima - de uma das mais hediondas violências -  a gestar, parir e criar um filho que porventura tenha sido gerado nesse ato hediondo?

Num momento em que tribos indígenas estão mais do que nunca ameaçadas de extingui-se, e com elas grande parte de nossa cultura, pretende-se criar um banco de reserva de DNA de criminosos? Quem vai pagar essa conta? Haverá mágica na economia que supere tanto retrocesso?
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A louca cavalgada de Aécio

Por PAULO NOGUEIRA

Ao repetir chavões arquiconservadores como o da democracia em “risco”, ele vai se tornando um Serra com topete.


Não acredito que FHC esteja, de fato, orientando Aécio na caminhada deste rumo às eleições de 2014.

FHC é vaidoso, está desatualizado, sofre ao se ver tão cedo relegado a uma nota de rodapé na história dos presidentes brasileiros.

Ele seguiu a receita de Thatcher e hoje se vê no que ela deu nos países em que não houve uma drástica mudança de rota.

Bem, FHC tem muitos defeitos – mas bobo, definitivamente, não é.

Não é possível que ele esteja por trás das tolices em série proferidas por Aécio.

Num espaço de poucos dias Aécio conseguiu se pronunciar contra a reeleição – foi FHC quem a trouxe de volta, sabemos todos a que preço – , levantou alarme sobre a inflação e agora repete a ladainha dos dias de Lacerda segundo a qual a democracia está em “perigo”.

Não faltariam bons argumentos para Aécio criticar Dilma e o PT. Exemplo: um levantamento divulgado esta semana mostrou que o Brasil, entre 40 países, ficou em penúltimo em educação. (A Finlândia estava no topo, para confirmar a admirável supremacia da sociedade escandinava.)

Aécio poderia falar nisso. Dez anos de PT e é isso que temos a mostrar ao mundo em educação? Poderia também citar outro estudo segundo o qual o Brasil é o quarto país mais desigual da América Latina. Se você é quarto na Europa, é uma coisa desagradável, mas dá para engolir. Mas ser quarto numa região já em si tão desigual como a América Latina é vexatório.

Haveria, sim, muita coisa relevante a falar.

Mas para isso Aécio teria que ler. Ou melhor, que ler as coisas certas.

Aécio parece estar repetindo coisas que são faladas por Jabor, escritas por Merval, repetidas por Reinaldo Azevedo – enfim, todos aqueles  clichês arquiconservadores por trás dos quais se esconde apenas o desejo de manter privilégios indefensáveis.

E repete o mesmo erro incrível de Serra nestes anos todos: deixou o PT sozinho para falar do tema mais importante não apenas do Brasil mas do mundo contemporâneo: justiça social.

Rapidamente, se transforma num Serra com topete.

Não pelo que tem feito, que sem dúvida poderia e deveria ser mais, mas pelas besteiras que os adversários vão cometendo em série, Dilma tende a ter em 2014 uma das vitórias mais fáceis da história das eleições presidenciais.

Se for para o segundo turno, vai ser uma surpresa.

A MÍDIA E AS FALSAS SOLTEIRAS



Por Alexandre Figueiredo

Manobras do mercado e da grande mídia. A palavra "solteiríssima" e a expressão "solteira e feliz" nem sempre têm o sentido verdadeiro que sugere, quando se tratam de certas (sub) celebridades popularescas que ficam escondendo relações conjugais para o bem da imagem de "sensual" da "musa" em questão.

Duas conhecidas funqueiras já usam e abusam da imagem de falsas solteiras. Uma, que abandonou o nome de "carne", havia "se separado" da noite para o dia, depois de trocar declarações de amor com o marido. Outra, bem mais famosa e tida como "feminista", continua espalhando aos quatro ventos que está "solteira e feliz" e que só está "namorando (?!) o seu filho".

Tudo para manter a imagem "sensual" e a carreira, e desta vez outra funqueira emergente, a MC Anitta, afirmou, em entrevista a Ana Maria Braga, que "não está namorando" - ela havia exagerado ainda, numa outra entrevista, ao declarar que "está encalhada" - , mas que "não passará o dia dos namorados sozinha, mas acompanhada".

Virou regra nas funqueiras mentir o estado civil e alardear a falsa solteirice aos quatro ventos, de forma insistente. Elas precisam passar a imagem de "sensuais" e um marido ou namorado iria "brochar" a libido de seus fãs. A funqueira supostamente "solteira e feliz", que geralmente é "agarrada" por fãs durante suas apresentações, havia recebido uma moto importada certa vez, talvez para "aliviar" o ciúme do marido, que vive longe dela.

Esta funqueira havia dito, num reality show em que ela participou, que desempenha, na vida real, um papel completamente diferente do que ela interpreta no palco. Talvez a "solteira e feliz" seja um personagem cuja identidade secreta é uma senhora bem casada. Por dois motivos. Um é de manter a imagem de "sensual" para fazer sucesso, outra é para preservar o marido de fofocas e factoides da mídia.

A encenação é tão clara que existem até mesmo, durante as apresentações das funqueiras, momentos em que um fã "invade" o palco para agarrar a intérprete em questão, "atitude" que não passa de um mero truque publicitário entre tantos outros.

Os empresários das funqueiras, espertos, sabem muito bem reforçar a fama "sensual" de suas elites, enquanto possuem dinheiro suficiente para indenizar os maridos e namorados delas com mercadorias ou dinheiro no depósito, como meio de indenizar os ciúmes desses homens, geralmente com pinta de durões.

Nas atrizes, é muito comum haver mulheres casadas na vida real que fazem papel de "encalhadas". Denise Fraga é mestra nisso, fazendo, nas suas comédias, papéis de solteironas, que contrastam com sua condição real de esposa de um conhecido diretor de cinema e TV, Luiz Villaça, oriundo de curtas publicitários.

Quanto às funqueiras, a grande mídia precisa trabalhar a imagem de falsas solteiras das mesmas não só para alimentar o mercado "erótico" que elas representam, mas também para lançar, dentro das manobras conhecidas da chamada mídia golpista, uma imagem deturpada do que é ser "solteiríssima" ou "solteira e feliz".

MACHISMO DISFARÇADO COM FALSA DEFESA À CAUSA LGBT

A grande mídia, sempre manipulando os gostos e interesses sociais, estaria enfatizando as falsas solteiras no público popularesco, para evitar que haja, no "povão", um maior número de famílias conjugais sólidas. Com valores implícitos que envolvem machismo e desvalorização da instituição família, desestimulando às crianças pobres o convívio com a figura do pai, a grande mídia tenta inserir uma falsa defesa a valores LGBT só para passar uma imagem "menos conservadora".

Dessa forma, as relações conjugais só são estimuladas quando se tratam de classes sociais mais abastadas. É a jornalista de TV que precisa estar casada com um economista, empresário ou executivo de TV. É a modelo que precisa ser esposa de um esportista ou empresário. É a escritora que vive um "casamento tranquilo" com um advogado. E por aí vai.

No "povão", a grande mídia precisa trabalhar o contrário. Se a "musa" tem namorado ou marido, ele precisa estar "escondido", a relação não pode ser assumida para que os fãs "curtam" a dita cuja "em paz". Além disso, traveste-se a destruição de laços familiares com a exploração leviana de valores ligados às famílias modernas, forçando as moças dos subúrbios a estarem obrigatoriamente "solteiras".

Até mesmo o sentido de "solteiríssima" e "solteira e feliz" é deturpado, e suas mensagens subliminares - as que a mídia não mostra - indicam que ser "solteiríssima", na verdade, é brigar com o namorado e sair "sozinha" na noitada do dia seguinte, ou que ser "solteira e feliz" é estar muito bem casada mas ter o marido morando longe para "não atrapalhar" os compromissos profissionais da esposa.

A grande mídia é machista e isso não foge à regra quando há casos protegidos pelo pretexto do "popular". E como o machismo é escancarado, dá-se um verniz "moderno" com falsas defesas da causa LGBT, tentando afastar qualquer indício de conservadorismo para enganar a opinião pública.

HIGIENISMO SOCIAL

Enquanto isso, a grande mídia trabalha a imagem da "mulher solteira" como se ela fosse uma desocupada, que só pensa em noitadas, que só sabe "sensualizar", que só mostra o corpo na praia e nada tem a dizer. Desse modo, a grande mídia força à mulher brasileira o "compromisso" de, se quiser ser inteligente e ter opinião própria, não "vivendo" do seu corpo, ela precisa necessariamente viver sob a "sombra" de um marido.

Por trás disso, existe um higienismo social cruel, na medida em que somente às famílias abastadas se recomenda que haja a estruturação sólida das vidas familiares. Nas famílias mais pobres, os filhos não podem conviver com a figura do pai, sempre explorada de forma pejorativa nos noticiários popularescos.

Pior: sob o pretexto da "liberdade", mulheres pobres são desaconselhadas a ter maridos, enquanto a opção de ser solteira ou lésbica deixa de ser uma escolha para ser uma obrigação, através de uma manipulação ideológica em que o retrógrado, como sempre na "cultura" brega, se traveste de "moderno".

Neste contexto, enquanto se torna regra, a título de ser "uma questão de honra", haver famílias sem maridos ou com duas esposas, as crianças sofrem a dor de não ter a proteção e o convívio paternal, porque, enquanto mães pobres são "estimuladas" pela mídia a serem solteiras ou lésbicas, deixam de ter o direito de escolha de um convívio efetivo com um marido.

E assim as funqueiras vão dizendo uma, duas, três, mil vezes que são "solteiríssimas" ou "solteiras e felizes". Elas trabalham a imagem de "solteiras" para vender uma imagem "sexy" enquanto seus maridos ou namorados, vivendo em lugares ignorados, são poupados de serem citados em qualquer factoide a ser noticiado envolvendo suas mulheres.
mingaudeaco

Veja o que a Veja é


O pasquim Veja é uma 
vergonha para o jornalismo e 
para quem o exerce. 
Baseia-se, propositalmente, 
em um jornalismo meramente 
declaratório e em off, porque 
a intenção é criar uma 
atmosfera para derrubar um 
governo trabalhista
Todo mundo sabe, até os ímpios, os brucutus, os perversos e os patifes, que a revista Veja, a Última Flor do Fáscio, é um pasquim de péssima qualidade editorial, e, por sê-lo, não é levado a sério, porque se fosse o povo brasileiro acreditaria nela, o que não é o caso, porque ninguém, a não ser a parte da classe média pequena Mussolini, a mesmíssima que, por meio do DNA, ainda usa vassouras janistas, realiza, de forma ridícula e total falta de senso, as marchas contra a “corrupção”, que reúnem meia dúzia de gatos pingados chamados pelas redes sociais, bem como se transformam, de maneira permanente, em viúvas de Carlos Lacerda, político de extrema direita, golpista e, lamentavelmente conhecido pela alcunha de Corvo.
Veja, também conhecida como a revista porcaria, é um libelo fascista, esquizofrênico e que atualmente é administrada pelo filho do falecido Roberto Civita, homem que transformou o magnata Rupert Murdoch, o ex-dono do jornal extinto News of the World, em um ser ingênuo, apesar de sua picaretagem e bandidagem, para publicar “escândalos” e destruir, literalmente, reputações por intermédio de escutas clandestinas, ameaças e chantagens de toda ordem, com o objetivo de se dar bem tanto no mercado publicitário, jornalístico e político.
Rupert Murdoch sofreu as consequências, pois seu pasquim fechou as portas, além de ter sido chamado às falas para explicar tamanha molecagem ao governo e parlamento inglês, realidade esta que nunca aconteceu com um dos Murdoch daqui, o empresário Roberto Civita, chefe do editor e capataz-mor, o bicheiro Carlinhos Cachoeira, que, para ter seus “negócios” concretizados, valeu-se de todo tipo de jogo baixo, a fim de derrubar ministros, o governador do DF, Agnelo Queiroz, bem como chantagear e ameaçar prefeitos, autoridades parlamentares e quem quer que seja, com a cooperação e fidelidade canina do senador cassado Demóstenes Torres, seu empregado de luxo e porta-voz no Senado, além de replicador das ameaças e dos interesses escusos de tal bicheiro, que encontrava, sem sombra de dúvida, cumplicidade nas páginas bestiais de Veja, a ter como seu “sócio” para tamanhas imundícies o jornalista Policarpo Jr., chefe do pasquim de caráter fascista em Brasília.
Esse exemplo sobre o mundo sombrio e lamacento de Veja é apenas um exemplo, porque esse pasquim à Mussolini é um atentado ao jornalismo, à democracia e à ordem constitucional. Há anos tal libelo comete toda sorte de ilegalidades, a ponto de se associar a um homem considerado criminoso conhecido nacionalmente por desestabilizar até o Governo Federal, com a queda de ministros acusados de corrupção. Contudo, as acusações nunca foram comprovadas, bem como as autoridades nomeadas por uma presidenta constitucionalmente eleita pelo povo brasileiro até hoje “correm” atrás de justiça, a exemplo dos ex-ministros Carlos Lupi e Orlando Silva.
O pasquim Veja é uma vergonha para o jornalismo e para quem o exerce. Baseia-se, propositalmente, em um jornalismo meramente declaratório e em off, porque a intenção é criar uma atmosfera para derrubar o governo trabalhista de Dilma Rousseff, além de ter sido um atentado, volto a afirmar, à ordem democrática e institucional. Veja, por intermédio de seu jornalismo de esgoto, não tem, sobretudo, responsabilidade com a verdade dos fatos e acontecimentos, porque a realidade para a publicação da Abril não passa apenas de uma questão meramente prosaica, porque não importa, indubitavelmente, ao herdeiro do Civita e aos seus asseclas, que inundam as páginas da Última Flor do Fáscio com o jornalismo mais sujo e golpista que tive o desprazer de verificar e confirmar toda semana.
Agora a revista porcaria quer a prisão de José Dirceu, mas quando se trata do bicheiro Carlinhos Cachoeira e do editor Policarpo Jr, o semanário de péssima qualidade se cala. Estou citar apenas o escândalo do Cachoeira, mas são dezenas e dezenas de casos como esses, muitos deles que jamais vão chegar aos olhos e aos ouvidos do público, pois abafados e escondidos no armários cheio de esqueletos de tal pasquim.
Antes de tudo, os comparsas que escrevem na revista, que é uma máquina de moer reputações, deveriam pelo menos se olhar no espelho todo dia e, consequentemente, perceberem que são autores e responsáveis por um pasquim de extrema direita, que nunca vai ser punido, porque neste País publicações danosas e golpistas como a Veja são intocáveis e, por conseguinte, um atentado constante contra a democracia brasileira.
Veja não tem moral para exigir nada, muito menos do Poder Judiciário, apesar de ele ser composto por alguns juízes midiáticos e sedentos de fama, o que é uma desfaçatez, pois a função social do juiz é, evidentemente, de julgar calado e ciente de que está a tratar do destino e da vida de seres humanos que são réus e que, por seu turno, podem ser presos. Juiz bom é juiz calado, discreto e apolítico. Juiz em pleno exercício de suas funções só pode fazer política quando cidadão eleitor — nas urnas. Veja é o que é. Como o escorpião é o que é: perigoso e venenoso. É isso aí.
Davis Sena Filho
No 247