sábado, 29 de novembro de 2014

Manequins devastadas pelas drogas


A ex-modelo brasileira Loemy Marques foi vista recentemente nas ruas da Cracolândia em São Paulo(Foto: Skin Model/Reprodução
Gia Carangi, famosa nos anos 80, contraiu HIV por conta de seu vício em drogas injetáveis (Foto: Andrea Blanch/Getty Images)
Anna Nicole Smith morreu em 2007 de overdose de drogas prescritas, como a morfina, para abafarem dores muito fortes (Foto: Mark Mainz/Getty Images)
Naomi Campell já foi presa algumas vezes por porte e uso de cocaína (Foto: Venturelli/Getty Images)
A Miss Estados Unidos de 2006, Tara Conner, se divertiu um pouco demais na comemoração do título usando muito álcool e drogas como a cocaína (Foto: Evan Agostini/Getty Images)
Alice Dellal tinha 20 anos quando foi filmada cheirando cocaína (Foto: Tim Whitby/Getty Images)
Jael Strauss, vencedora de uma temporada do 'America's Next Top Model', expôs em um programa norte-americano seu vício em metanfetamina (Foto: Brad Barket/Getty Images)
A Miss Teen Louisiana 2008, Lindsey Evans, perdeu sua coroa após ser presa por porte maconha (Foto: Jason Kempin/Getty Images)
Kate Moss já foi vista usando heroína e cocaína (Foto: Anthony Harvey/Getty Images)
Jaime King foi viciada em heroína desde seus 14 até os 19 anos de idade (Foto: Ari Perilstein/Getty Images)

Plantas se comunicam e 'brigam' usando 'internet de fungos'


Filamentos de fungos chamados micélios formam uma rede conhecida como micorriza
"Uma via superrápida para tráfego de dados, que coloca em contato uma grande população de indivíduos diversos e dispersos. Essa via facilita a comunicação e colaboração entre os indivíduos, mas também abre caminho para que crimes sejam cometidos.

 

Parece uma descrição da internet, mas estamos falando de fungos. Os fungos – sejam eles cogumelos ou não – são formados de um emaranhado de pequenos filamentos conhecidos como micélio. O solo está cheio desta rede de micélios, que ajuda a "conectar" diferentes plantas no mesmo solo.

Muitos cientistas estudam a forma como as plantas usam essa rede de micélios para trocar nutrientes e até mesmo para "se comunicar". Em alguns casos, as plantas formam até mesmo uma união para "sabotar" outras espécies invasoras de plantas, liberando toxinas na rede.

Cerca de 90% das plantas terrestres têm uma relação simbiótica com fungos, que é batizada de micorriza. Com a simbiose, as plantas recebem carboidratos, fósforo e nitrogênio dos fungos, que também as ajudam a extrair água do solo. Esse processo é importante no desenvolvimento das plantas.

'Internet natural'

Filme de ficção 'Avatar' tinha uma ideia parecida com a 'internet natural' que existe na Terra
Para o especialista em fungos Paul Stamets, essa rede é uma "internet natural" do planeta Terra. Sua tese é que ela coloca em contato plantas que estão muito distantes de si e não apenas as que estão próximas. Ele traça um paralelo com o filme Avatar, de 2009, em que vários organismos em uma lua conseguem se comunicar e dividir recursos graças a uma espécie de ligação eletroquímica entre as raízes das árvores.

Só em 1997 é que foi possível comprovar concretamente algumas dessas comunicaçõeos via "internet natural". Suzanne Simard, da Universidade de British Columbia, no Canadá, mostrou que havia uma transferência de carbono por micélio entre o abeto de Douglas (uma árvore conífera) e uma bétula. Desde então, também ficou provado que algumas plantas trocam fósforo e nitrogênio da mesma forma.

Simard acredita que árvores de grande porte usam o micélio para alimentar outras em nascimento. Sem essa ajuda, a cientista argumenta, muitas das novas árvores não conseguiriam sobreviver.

Simard conta que as plantas parecem trabalhar no sentido contrário ao observado por Charles Darwin, de competição por recursos entre espécies. Em muitos casos, espécies diferentes de plantas estão usando a rede para trocar nutrientes e se ajudarem na sobrevivência.

Os cientistas estão convencidos de que as trocas de nutrientes realmente acontece pelo fungo no solo, mas eles ainda não entendem exatamente como isso ocorre.

'Conluio'

Uma pesquisa recente foi além. Em 2010, Ren Sem Zeng, da faculdade de agronomia da Universidade de Guangzhou, na China, conseguiu observar que algumas plantas "se comunicam entre si" para formar uma espécie de sabotagem a espécies invasoras.

A experiência foi feita com tomates plantados em vários vasos e ligados entre si por micorriza. Um dos tomates foi borrifado com o fungo Alternaria solani, que provoca doenças na planta.

Depois de 65 horas, os cientistas borrifaram outro vaso e descobriram que a resistência deste tomate era muito superior.

"Acreditamos que os tomates conseguem 'espiar' o que está acontecendo em outros lugares e aumentar sua resposta à doença contra uma potencial patogenia", escreveu Zeng no artigo científico.

Ou seja, as plantas não só usam a "internet natural" para compartilhar nutrientes, mas também para formar um "conluio" contra doenças.

Esse tipo de comportamento não foi observado apenas em tomates. Em 2013, o pesquisador David Johnson, da Universidade de Aberdeen, na Escócia, também detectou isso em favas, que se protegem contra insetos mínusculos conhecidos com afídios.

Lado negro

Experiência mostrou que tomates se 'comunicam' pela micorriza sobre doenças

Mas assim como a internet humana, a internet natural também possui seu lado negro. A nossa internet reduz a privacidade e facilita crimes e a disseminação de vírus.

O mesmo acontece com as plantas na micorriza, segundo os cientistas. Algumas plantas não possuem clorofila e não conseguem produzir sua própria energia por fotossíntese.

Algumas plantas, como a orquídea Cephalanthera austiniae, "roubam" o carbono que necessitam de árvores das proximidades, usando a rede de micélio. Outras orquídeas que são capazes de fotossíntese roubam carbono, mesmo sem necessitar.

Esse tipo de comportamento faz com que algumas árvores soltem toxinas na rede para combater plantas que roubam recursos. Isso é comum em acácias. No entanto, cientistas duvidam da eficácia desta técnica, já que muitas toxinas acabam sendo absorvidas pelo solo ou por micróbios antes de atingir o alvo desejado.

Para vários cientistas, a internet dos fungos é um exemplo de uma grande lição do mundo natural: organismos aparentemente isolados podem estar, na verdade, conectados de alguma forma, e até depender uns do outros."

ONU diz que Brasil é referência latino-americana em agricultura familiar


Pelo menos 5 milhões de famílias vivem da agricultura familiar e produzem a maioria dos alimentos consumidos no Brasil
"Segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário, a agricultura familiar representa aproximadamente 25% da área de propriedades agropecuárias no Brasil

Mariana Tokarnia, Agência Brasil 

O Brasil é referência na América Latina no apoio à agricultura familiar, mas ainda tem muito que aprender na relação entre Estado e entes privados, como o agronegócio. A avaliação é de Mônica Rodrigues, oficial de Assuntos Econômicos da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal), da Organização das Nações Unidas (ONU).

"Um dos produtos que o Brasil exporta é a imagem de governo que apoia a agricultura familiar. É muito interessante ver isso quando estamos em outros países. É o único país da América Latina que tem um ministério de desenvolvimento agropecuário focado nos pequenos produtores", disse Mônica durante o 2º Fórum de Agricultura da América do Sul, em Foz do Iguaçu, no Paraná. "É um avanço e o Brasil é referência".

Segundo ela, a América Latina tem experiências de alianças público-privadas que podem servir de exemplo para o Brasil. "Os recursos são limitados, e o governo tem de eleger áreas para apoiar. Por isso, acho importante o tema da participação privada. Talvez essa seja uma das áreas em que o Brasil tem a aprender com países latinos. Por ser um país com muitos recursos, possivelmente há dependência de políticas públicas centralizadas pelo Estado", alertou Mônica.

A representante da Cepal acrescentou que, como o país vive uma democracia, há espaço para o diálogo, na medida em que o governo escuta os entes privados, abre espaços para participação; "Também temos de ver como os agentes privados ocupam, ou não, o espaço de participação. Não basta essa possibilidade. Necessitamos de uma iniciativa privada para que as experiências se desenvolvam."

Como exemplo, Mônica usa encontros, na Costa Rica, no Chile e Equador, entre profissionais de tecnologias da informação e do setor agrícola. O governo proporciona o encontro e, a partir daí, trocam-se experiências e implementam-se iniciativas transversais. Segundo ela, são produzidas tecnologias específicas para o agronegócio, baseadas nas condições e necessidades locais. "São temas importantes para todas as cadeias produtivas, que necessitam articulação entre temas em que as pessoas só precisavam sentar e conversar."

Ela explicou que, no Brasil, há o desenvolvimento de tecnologias, liderado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). "Ainda há muita participação do Estado". Atualmente, pelo menos 5 milhões de famílias vivem da agricultura familiar e produzem a maioria dos alimentos consumidos no Brasil. O modelo de produção está em 84% dos estabelecimentos agropecuários e responde por aproximadamente 33% do valor total da produção do meio rural, de acordo com o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Dados do Ministério do Desenvolvimento Agrário indicam que a agricultura familiar representa aproximadamente 25% da área de propriedades agropecuárias no Brasil. Na outra ponta, está o agronegócio, que, em 2013, representou 41% do total exportado pelo país.

Para o professor Antônio Marcio Buainain, do Instituto de Economia da Universidade de Campinas (Unicamp), com relação ao mercado internacional, o desenvolvimento do agronegócio depende da atuação direta do governo. “Não funciona se não tivermos infraestrutura adequada e uma política macroeconômica favorável. O Estado precisa atuar no front internacional, abrindo mercados e aplicando as regulamentações adequadas”.

O 2º Fórum de Agricultura da América do Sul começou ontem (27) e será encerrado hoje em Foz do Iguaçu. Com o tema Inovação e Sustentabilidade no Campo, o evento discute o agronegócio mundial a partir da realidade sul-americana."

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Desfazendo mitos sobre o Nordeste


O Nordeste de hoje é muito diferente daquele do passado. É a região que mais cresce no Brasil, aumentando investimento, renda, emprego, escolaridade, acesso à banda larga, produtividade, exportação. Conheça alguns dos principais mitos sobre o Nordeste e os nordestinos, que a desinformação alimenta.

Desfazendo mitos que contam por aí...

1 Foi o Nordeste que elegeu a Dilma

Por que não é verdade

54616afc3e0271fd30647532_nordeste-mito-01-mapa%402x.png 
A eleição é nacional e Dilma teve votos em todo o país. Ela conquistou suas maiores votações no Nordeste e no Sudeste. As duas regiões praticamente “empataram” na opção pela presidenta: foram 20,1 milhões de votos no Nordeste, apenas 300 mil a mais do que no Sudeste (19,8 milhões). O Brasil é um só, mas quem se deixar levar pelo preconceito e tentar dividir o país entre eleitores supostamente “informados” e “desinformados” vai ter que brigar com as urnas: Dilma teve mais votos no Sul-Sudeste (26,6 milhões) do que no Norte-Nordeste (24,5 milhões).

2 O Bolsa Família transformou o Nordeste num curral eleitoral do PT

Por que não é verdade

Um dos principais avanços do Bolsa Família foi justamente acabar com a dependência — inclusive política — dos mais pobres. O beneficiário é titular de seu cartão magnético. Vai todos os meses ao caixa eletrônico e saca o valor a que tem direito. Não troca voto por cesta básica. Não deve favores a ninguém. Vota no partido ou candidato que julga mais comprometido com a melhoria da qualidade de vida de sua família e de sua comunidade.

São Paulo é o vice-campeão nacional do Bolsa Família: tem mais famílias beneficiadas do que todos os estados nordestinos, à exceção da Bahia. No entanto, o candidato mais votado em São Paulo, nos dois turnos da última eleição para presidente da República, foi Aécio Neves, do PSDB.

5461a0a5437d711f04f12602_nordeste-mito-02-SP%402x.pngA verdade é que quem vota no PT — seja no Nordeste, Sudeste, Sul, Norte ou Centro-Oeste — tem diversos motivos para fazê-lo: as 422 novas escolas técnicas e 18 novas universidades federais (com 173 novos campus), os mais de 20 milhões de empregos com carteira assinada, as 80 mil bolsas do Ciência Sem Fronteiras, o aumento real de 73% do salário mínimo, as obras de mobilidade urbana, as 8 milhões de matrículas no Pronatec, as grandes obras de infraestrutura do PAC, os novos aeroportos, rodovias e ferrovias, os 3 milhões de jovens carentes no ensino superior privado graças ao ProUni e ao Fies, as 3,4 milhões de moradias entregues ou em construção do Minha Casa Minha Vida, o R$ 1 trilhão do Pré-Sal para a Educação e a Saúde, o crédito farto para a agricultura familiar, o Bolsa Família e uma infinidade de outras políticas públicas, que promoveram a inclusão e a ascensão social de dezenas de milhões de brasileiros.



3 O Nordeste é atrasado

Por que não é verdade

O Nordeste foi atrasado enquanto os governantes ignoraram a região e o seu povo. A partir das políticas de desenvolvimento com distribuição de renda e o combate às desigualdades sociais e regionais implementadas pelos governos Lula e Dilma, o Nordeste tornou-se o exemplo mais vibrante do novo Brasil que estamos construindo.

A região cresceu o triplo da média nacional. Só nos primeiros cinco meses deste ano, o crescimento foi de 4%. A infraestrutura turística desenvolveu-se como nunca; a matriz industrial diversificou-se, com destaque para as indústrias naval e petroquímica; grandes obras mudaram e estão mudando a paisagem e a história do Nordeste, como a integração do rio São Francisco, a ferrovia Transnordestina, a refinaria Abreu e Lima, e o Complexo Industrial Portuário de Suape, entre tantas outras.

Nos últimos cinco anos, o Nordeste passou a atrair grandes investimentos. Somente nos três maiores polos de desenvolvimento da região – Suape (PE), Pecém (CE) e Camaçari (BA) – os investimentos captados nos últimos cinco anos e projetados até 2015 somam cerca de R$ 100 bilhões.



Principal responsável pela oferta de crédito na região, o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) teve um crescimento nominal de 776% no volume de recursos investidos, em apenas dez anos: em 2002, foram R$ 2,6 bilhões, em 686 mil operações; em 2012, nada menos que R$ 22,8 bilhões, em 3,1 milhões de operações.

E mais: as exportações nordestinas quadruplicaram, saltando de US$ 4,6 bilhões em 2000 para US$ 18,8 bilhões em 2011.

5467c6b2c05f1c707c706bbd_nordeste-mito-05-investimentos%402x.png

4 Nordestinos são desinformados

Por que não é verdade

54619d6aeda5e620048f5ffa_nordeste-mito-06-universitarios%402x.pngO nordestino é tão informado quanto qualquer outro brasileiro. Tem acesso às mesmas fontes de informação: televisão, rádio, jornal, revista, internet. Aliás, a internet — que, ao contrário dos outros meios de comunicação, se destaca pela diversidade de informações e opiniões — está bombando no Nordeste.

Nos últimos quatro anos, o número de acessos em banda larga fixa cresceu mais no Nordeste que em todas as outras regiões do Brasil: o aumento foi de 136%, totalizando 2,68 milhões de acessos. Em banda larga móvel (via smartphones e tablets), o crescimento foi ainda mais extraordinário: 920%, com 27,68 milhões de acessos, atrás apenas da região Norte.

E mais: com Lula e Dilma, o Nordeste ultrapassou o Sul e tonou-se a segunda região do Brasil com maior número de estudantes no ensino superior (só perde para o Sudeste). O número de universitários mais do que triplicou: de 413 mil em 2000 para 1,4 milhão em 2012.



Das 18 novas universidades federais criadas pelo governos do PT, sete estão no Nordeste, sendo que cada uma delas mantém unidades em mais de um município. A Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), por exemplo, tem campus em Itabuna, Porto Seguro e Teixeira de Freitas. No total, 28 municípios nordestinos foram contemplados com campus de universidades federais.

Entre 2010 e 2012, o número de cursos de mestrado e doutorado cresceu 33% no Nordeste, enquanto o Sul e o Sudeste, regiões com maior número de programas de pós-graduação, tiveram crescimento bem menor: 25% e 14%, respectivamente.


5 Nordestinos são tão pobres que trocam votos por migalhas

Por que não é verdade

5462c45e0e1030ba0c03b1c3_nordeste-mito-07-classe-media%402x.png 
Só nos primeiros cinco meses de 2014, o Nordeste criou quase um milhão de novos postos de trabalho. Os investimentos públicos e privados, as grandes obras de infraestrutura, a instalação de novas indústrias, a geração recorde de postos formais de trabalho e o crédito farto para a agricultura familiar, além da transferência de renda e da valorização do salário mínimo, promoveram a ascensão social de milhões de nordestinos.

O Nordeste teve o maior aumento de renda per capita entre todas as regiões do Brasil, permitindo que mais de 20 milhões de pessoas deixassem a pobreza. Há uma década, apenas 22% da população nordestina estava na classe média. Hoje, esse percentual chega a 45%.

Um dos principais responsáveis por essa extraordinária ascensão social é a criação de postos de trabalho com carteira assinada. Nada menos que 4,1 milhões de empregos foram gerados no Nordeste durante os governos Lula e Dilma. Somente no governo Lula (2003/2010), o número de trabalhadores nas indústrias da região – sem contar os outros setores da economia – mais do que duplicou: de 800 mil para 1,7 milhão.

Dois terços dos empregos criados no Brasil no segundo trimestre de 2014 foram no Nordeste, de acordo com a mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, elaborada pelo IBGE. Entre abril e junho deste ano, a ocupação na região aumentou em 999 mil novos postos de trabalho.


6 O Nordeste e os nordestinos serão sempre miseráveis, por causa da seca

Por que não é verdade

“A maior seca na vida de um sertanejo sempre foi a seca de oportunidades”. Mais do que apenas uma frase perdida num discurso, a afirmação da presidenta Dilma traduz o empenho dos governos do PT na promoção da segurança hídrica do Nordeste.

Hoje, um extenso conjunto de obras de canalização minimiza os efeitos das longas estiagens, garantindo o abastecimento de água para consumo e irrigação. Além disso, Lula e Dilma construíram 1 milhão de cisternas no semiárido, com capacidade de armazenamento de 16 mil litros de água cada, o suficiente para suprir, por até seis meses, as necessidades básicas de uma família com cinco pessoas.

Em casos de estiagem prolongada, o governo federal deflagra a distribuição emergencial de água por caminhões-pipa. A operação é coordenada pelo Exército Brasileiro, o que impede a utilização dos veículos como instrumento político, fato que ocorria antes do governo Lula.

Os investimentos em segurança hídrica incluem ainda a Bolsa Estiagem, auxílio financeiro emergencial pago aos agricultores familiares, no valor total de R$ 400, transferidos em cinco parcelas mensais de R$ 80; o apoio à atividade econômica por meio de linha especial de crédito; a antecipação dos pagamentos do Programa Garantia-Safra; e a venda de milho para alimentação animal a preços subsidiados.

Isso explica porque o Nordeste atravessou, em 2013/2014, a maior seca dos últimos 50 anos e, ao contrário do passado, não houve saques a armazéns, nem populações famintas comendo calangos, nem levas de famílias retirantes abandonando a terra natal, por causa da fome e da sede.


7 As obras de integração do rio São Francisco estão abandonadas

Por que não é verdade

54659189ad5ef59373f50460_image-sao-francisco.jpgTodas as etapas do empreendimento estão 100% contratadas e a previsão de entrega está confirmada para 2015. Onze mil trabalhadores e 4 mil máquinas já executaram 2/3 da obra, que beneficiará 12 milhões de pessoas em 390 municípios de quatro estados: Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco. São 477 km de canais, organizados em dois Eixos de transferência de água – Norte e Leste. A obra engloba a construção de quatro túneis, 14 aquedutos, nove estações de bombeamento e 27 reservatórios.

A Integração do Rio São Francisco faz parte de um grande conjunto de obras de segurança hídrica — o maior da história — que o governo federal realiza em parceria com os governos estaduais. Estão em andamento ou já foram concluídas: no Ceará, o Eixão das Águas e o Cinturão das Águas; no Piauí, a Adutora de Piaus e a Adutora de Bocaina; em Alagoas, o Canal do Sertão Alagoano; na Bahia, a Adutora do Algodão e a Adutora do Feijão; em Pernambuco, a Adutora do Pajeú (fases 1 e 2) e a Adutora do Agreste; na Paraíba, Vertentes Litorâneas; no Rio Grande do Norte, a Adutora do Alto Oeste.

Ou seja: depois de enfrentar condições climáticas adversas e séculos de descaso por parte dos governos do passado, o Nordeste provou que nada mais o impede de seguir mudando – para melhor, juntamente com o Brasil.


8 O Brasil está dividido

Por que não é verdade

O Brasil nunca esteve dividido. Apenas passou por uma eleição bastante disputada, a exemplo de vários outros países ao longo da história, como a França em 2012 (quando Hollande venceu Sarkozy por apenas 3,2% de diferença) e os Estados Unidos em 2000 (George W. Bush chegou a perder nas urnas para Al Gore, mas acabou eleito pelo colégio eleitoral) e em 1960 (Kennedy bateu Nixon por uma diferença de 0,1%!!!). E tanto a França quanto os Estados Unidos continuam inteirinhos da silva.

Por causa do falso mito de que “foi o Nordeste que elegeu a Dilma”, teve até gente falando em separar a região do resto do país, o que seria um completo absurdo, além de um prejuízo irreparável para o Brasil.

Primeiro, porque o Nordeste é hoje uma das grandes locomotivas da nossa economia, crescendo o triplo da média nacional e sendo responsável pela geração de 2/3 dos empregos do país, como explicamos no item 3. Segundo, porque o Nordeste é também responsável por grande parte da nossa extraordinária riqueza cultural: a prosa de Ariano Suassuna, Jorge Amado e Graciliano Ramos, a poesia de João Cabral de Melo Neto e Manuel Bandeira, os ensinamentos de Celso Furtado, Paulo Freire e Josué de Castro, a sabedoria dos mestres populares, a música de Luiz Gonzaga, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Raul Seixas... Já pensou se o forró deixasse de ser brasileiro? Se as praias mais lindas do Brasil não fossem mais do Brasil?

E acima de tudo, seria muito ruim perder o Nordeste – ou qualquer uma das partes que formam este nosso país-continente – porque a grandeza do Brasil está justamente em sermos um.

Nossa força reside na extraordinária diversidade que nos une. Somos todos brasileiros, da Amazônia aos pampas gaúchos, do cerrado ao sertão, passando pelo litoral. Cada qual com seu sotaque, sua cultura, seu jeito próprio de ser brasileiro – mas todos unidos pelo mesmo idioma, o mesmo espírito de luta, a mesma alegria que encanta o mundo.

Sem o Nordeste, o Sudeste, o Sul, o Norte ou o Centro-Oeste, o Brasil seria menos Brasil.

No Brasil da Mudança, via contextolivre

“Vai pra Cuba!” é um grito que escorre como bílis dos lábios do neo-reacionários


Havana
Foi o Facebook, como nenhuma outra rede social da internet, que iniciou um processo inédito e ainda não dimensionado de histeria ideológica que, ao menos no Brasil, foi cristalizado sob um complexo manto de silêncio.

Digo complexo porque, até surgir uma plataforma tecnológica capaz de lhe dar cor, forma e conteúdo, esse manto foi sendo lentamente consolidado por diferentes processos de acomodação moral, política e social, sobretudo a partir das gerações subsequentes ao golpe militar de 1964.

Até então, ninguém sabia ao certo quais eram as consequências de cinco décadas de construção conservadora dentro de uma sociedade naturalmente autoritária como a brasileira, nascida e moldada na cultura do escravagismo, do fisiologismo, da separação de classe e da carteirada.

Com a internet e, especificamente, com o Facebook, tornou-se possível entender como a overdose de doutrina anticomunista rasteira, aliada a uma visão de mundo ditada por interesses ligeiros, acabou por gerar essa multidão de idiotas que se aglomeram no espectro ideológico da direita nacional.

Essas pessoas que travestiram de piquenique cívico as manifestações de rua nas quais, em plena democracia, foram pedir intervenção militar. Uma multidão raivosa, mentecapta, de faixas na mão, cevada por uma mídia mais irresponsável do que, propriamente, conservadora.

Essa mistura explosiva de ressentimento político com déficit educacional fez explodir nas redes sociais jovens comentaristas com discurso roubado de velhas apostilas da Escola Superior de Guerra dos tempos dos generais.

“Vai pra Cuba!”

Ir para Cuba.

Onde, exatamente, erramos ao ponto de ter permitido o surgimento de mais de uma geração cujo insulto essencial é mandar alguém ir morar em Cuba?

Desconfio, que no centro dessa questão habita, feroz, a tese de que é preciso viver em pobreza franciscana para ser de esquerda. Essa visão macarthista do socialismo impregnada no imaginário da classe média brasileira e absorvida, provavelmente por falta de leitura, de forma acrítica por grande parte da sociedade.

“Vai pra Cuba!”, aliás, na boca torta da direita brasileira, não é apenas um insulto, mas uma praga horrenda, um desejo de morte lenta, um pelourinho necessário e elogiável, como bem cabe a traidores de classe.

“Vai pra Cuba!” é um grito que escorre como bílis negra pelo canto dos lábios do neo-reacionários brasileiro.

De minha parte, não vou a lugar nenhum, enquanto esse tipo de gente ainda estiver por aqui.

Leandro Fortes
No DCM, via http://www.contextolivre.com.br/2014/11/vai-pra-cuba-e-um-grito-que-escorre.html

Carta à Presidenta Dilma Rousseff


Por Leonardo Boff, em seu blog

Estimada Presidenta Dilma Rousseff,
Nós, participantes do Grupo Emaús abaixo relacionados, queremos parabenizá-la por seu esforço e desempenho durante a árdua campanha eleitoral, bem como pelas conquistas de seu primeiro mandato. Somos um grupo de teólogos/as de várias Igrejas cristãs, sociólogos/as, educadores/as e militantes que nos encontramos regularmente há quatro décadas. Estamos todos comprometidos na construção de um Brasil, social e economicamente mais justo, solidário e sustentável.
A maioria batalhou, desde o início, em favor do PT e de seu projeto de sociedade. Nessas eleições de 2014, muitos de nós expressamos publicamente nosso apoio à sua candidatura. Discutimos e polemizamos, pois, percebíamos o risco de que o projeto popular do PT, representado pela Senhora, não pudesse se reafirmar e consolidar. Para nós cristãos, especialmente nas milhares de comunidades de base, tínhamos e temos a convicção de que a participação política, de cunho democrático, popular e libertador, se apresenta como um instrumento para realizar os bens do Reino de Deus.
Esses valores são a centralidade dos pobres, a conquista da justiça social, a mútua ajuda, a busca incansável da dignidade e dos direitos dos oprimidos, a valorização do trabalhador e da trabalhadora, a justa partilha e o respeito pela Mãe Terra. Por isso, na linha do diálogo que a Senhora propôs à sociedade, queremos apresentar algumas sugestões para que seu governo continue implementando o projeto que tanto beneficia a sociedade brasileira, especialmente os mais vulneráveis.
O BRASIL QUE QUEREMOS
Estas são as grandes opções que, acreditamos, devem estar presentes na construção do Brasil que queremos:
PROMOVER UMA REFORMA DO SISTEMA POLÍTICO. Uma reforma que acabe com o financiamento de campanhas eleitorais e partidos políticos por empresas privadas, e estabeleça o financiamento público. Uma reforma que possibilite a participação dos cidadãos e cidadãs no processo de tomada de decisões:
– sobre a política econômica;
– sobre todo e qualquer projeto que tenha forte impacto social e ambiental;
– sobre a privatização de empresas estatais e de serviços públicos.
Uma reforma que contemple também a democratização do Poder Judiciário, pois ele é, hoje, o menos controlado dos três poderes.

Só assim poderemos dizer que caminhamos para uma democracia política, econômica, social e cultural, num diálogo efetivo entre membros da sociedade política e da sociedade civil, que signifique governo do povo, pelo povo, para o povo.
REFORÇAR UM MODELO ECONÔMICO MAIS SOCIAL E POPULAR. Repensar criteriosamente a privatização de serviços públicos e de nossas riquezas naturais (entre as quais o petróleo). Orientar um modelo econômico centrado nas pessoas, na realização de seus direitos e numa relação harmoniosa com a natureza, no “bem viver” – como condição para enfrentar a grave crise ecológica na qual estamos imersos. Deve ficar claro para todos, assim o desejamos, que o governo Dilma governa todo o País, mas privilegiando os pobres e aqueles que não são capazes se manter por sua própria conta.
REALIZAR UMA AUDITORIA DA DÍVIDA PÚBLICA, externa e interna, conforme exigência de nossa Constituição (Constituição Federal, Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, art. 26, 1988).
Precisamos saber a quem deve e quanto deve realmente o Brasil, e de que forma foi feita esta dívida. A única auditoria que o Brasil fez, em 1931, constatou que 60% da dívida eram irregular, legalmente inexistentes. Em 2000, tivemos um Plebiscito Popular sobre a Dívida Externa, do qual participaram 6 milhões de pessoas, e 95% votaram pela realização da auditoria da dívida. O Equador realizou uma auditoria da dívida pública em 2009, e descobriu que 70% da dívida eram irregulares. A partir de então, passou a pagar apenas 30%, o restante foi investido em saúde e educação.

REAVALIAR OS MEGAPROJETOS À LUZ DE CRITÉRIOS ECOLÓGICO-AMBIENTAIS E SOCIAIS para que não ameacem o meio ambiente e o habitat de povos indígenas, quilombolas e populações ribeirinhas. Investir nas energias renováveis, especialmente na energia solar – visto que somos um dos países mais ensolarados do mundo. Estabelecer uma estratégia para o gradual fim da utilização de fontes de energia prejudiciais ao meio ambiente e perigosas à vida, como a energia nuclear e as termelétricas.
PROTEGER O MEIO AMBIENTE: Há anos, cientistas, movimentos sociais, entidades ambientalistas e muitas ONGs vêm advertindo para os sérios problemas climáticos que o Brasil teria se mantiver o tipo de desenvolvimento predatório implementado até agora. O que era uma previsão está ocorrendo diante de nós: a crise mais séria de falta de água de que já ouvimos falar, com riscos evidentes para a população, e a ocorrência de chuvas torrenciais, verdadeiras tempestades, em diferentes lugares do País, que causam destruição e mortes.
A desconsideração para com a Amazônia e o Cerrado, com a continuidade do desmatamento – mesmo que o ritmo do desmatamento tenha diminuído -, é o principal fator para as chuvas desmedidas no Norte e a seca no Sudeste. O Brasil precisa assumir a meta do “desmatamento zero”.
A falta d’água é fruto de vários fatores, entre os quais a desatenção para com as condições de vitalidade dos nossos rios, a realização de megaprojetos, a destruição das matas ciliares, a poluição das águas e a ausência de infraestrutura sanitária e tratamento de esgotos. O Brasil tem uma situação privilegiada no mundo: 13,8% da água doce estão aqui. O maior aquífero, o Alter do Chão, se encontra em nosso País. E, no entanto, vários de nossos rios estão secando, e começa a faltar água em muitos lugares. A segunda maior reserva subterrânea de água doce do mundo, o aquífero Guarani, vem sendo contaminado pela infiltração de agrotóxicos. Vemos como urgente uma política que privilegie uma mudança da nossa matriz energética em direção a energias mais limpas (solar e eólica), com menor impacto ambiental (grandes hidrelétricas) ou agravamento da contaminação ambiental e do aquecimento global (térmicas a carvão, petróleo e gás).
DEFENDER OS DIREITOS DE POVOS INDÍGENAS E QUILOMBOLAS: Os primeiros habitantes desta terra foram os povos indígenas. Quando os portugueses aqui chegaram, calcula-se que havia cerca de cinco milhões, repartidos em mais de 600 povos, com suas diferentes culturas e línguas. A colonização provocou um verdadeiro genocídio: povos inteiros desapareceram, restando, hoje, menos de um milhão e pessoas. Muitos deles não têm mais terra onde morar – eles que eram os donos milenares destas terras – e estão sendo dizimados, como é o caso dos Guarani-Kaiowá. Outros estão perdendo suas terras e, sobretudo, seus rios, para megaprojetos, para o agronegócio, para mineradoras. O mesmo acontece com comunidades quilombolas.
É urgente garantir os direitos constitucionais desses povos, restabelecer suas condições de vida, fazendo florescer toda a riqueza de sermos um País pluriétnico, pluricultural e plurilinguístico, se é que queremos chamar a nossa sociedade de civilização: uma civilização que não faz respeitar os direitos humanos não tem direito a este nome.
REALIZAR A REFORMA AGRÁRIA. Esta é uma reivindicação dos trabalhadores rurais que data da primeira metade do século XX, e que foi um dos motivos para o golpe militar de 1964. A ditadura impediu a reforma agrária, mas os governos posteriores também não a realizaram.
É uma reforma estrutural necessária para acabar com a concentração da propriedade da terra – onde 1% dos proprietários detém quase metade da terra -, para democratizar o seu acesso, fazendo com que a terra se destine a quem nela queira trabalhar e produzir alimentos para a população. E garantir condições favoráveis para as pessoas poderem se manter no campo.
PROMOVER A REFORMA URBANA, para democratizar o direito à cidade. Que as cidades sejam feitas para as pessoas e não para os automóveis; investir no transporte público de qualidade, priorizar o uso dos trilhos (metrô, trens), reduzir o tempo de deslocamento entre casa e trabalho. No que diz respeito à habitação, conter a especulação imobiliária e garantir que todos tenham condições de morar dignamente, com pleno acesso aos serviços públicos.
RESTRINGIR TRANSGÊNICOS E AGROTÓXICOS. Até há alguns anos, havia dúvidas sobre se os transgênicos faziam mal à saúde. Este ano, um manifesto de 815 cientistas de todo o mundo alertou os governos de que os transgênicos representam um perigo e que se deveriam estabelecer uma moratória de cinco anos sem transgênicos, até que pesquisas independentes comprovem que fazem bem ao ser humano. É urgente uma política para reduzir, controlar e acabar com este tipo de plantio que está prejudicando a geração atual, mas prejudicará, ainda mais, as gerações futuras. E pior que isso, permite o controle de nossa agricultura por grandes multinacionais desta área, cujo único interesse são os lucros cada vez maiores, pondo em risco nossa soberania alimentar.
O mesmo se pode dizer sobre o uso de agrotóxicos: nós somos o maior consumidor de agrotóxicos em nível mundial. Nos países desenvolvidos, vários dos agrotóxicos que aqui ainda são usados foram proibidos há mais de 20 anos. Como chamou nossa atenção o cineasta Sílvio Tendler, “o veneno está na mesa”. É absolutamente fundamental estabelecer uma política de estrito controle sobre as substâncias que entram nos nossos alimentos, e reduzir sistematicamente o seu uso.
REFORMA TRIBUTÁRIA. Reformar o nosso sistema tributário para que ele seja progressivo, isto é, para que pague mais quem ganha mais, e pague menos (ou nada) quem ganha menos, o que implica que o imposto sobre a renda tenha mais peso que o imposto sobre o consumo.
Introduzir o imposto sobre as grandes fortunas, de modo a reduzir a enorme desigualdade social que caracteriza nosso País. Aumentar o imposto sobre a propriedade territorial rural, para acabar com o privilégio dos latifundiários. Introduzir a taxação sobre o capital financeiro (bancos e investimentos): “taxa sobre transações financeiras” (a famosa Taxa Tobin). Esta reforma é fundamental para reverter o atual sistema tributário, gerador de desigualdade.

POLÍTICA DE SEGURANÇA PÚBLICA. Precisamos, urgentemente, de uma nova política de segurança pública e de reforma de nosso sistema prisional, para que se torne regenerativo e não apenas punitivo. Estão encarcerados/as, hoje, no Brasil, cerca de 550 mil presos/as. A maior parte destes/as se encontram ali por crimes contra o patrimônio ou por tráfico de drogas, não por crimes letais. No Brasil, ocorrem cerca de 50 mil homicídios dolosos por ano. A maioria das vítimas é jovem, pobre, negra, e do sexo masculino. Este genocídio precisa acabar, e temos meios para isso. Que a segurança pública seja exercida para proteger a vida e os direitos dos cidadãos, e não apenas a propriedade.
DEMOCRATIZAR OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO. É necessária uma legislação que torne a liberdade de informação e de expressão uma realidade para todos os brasileiros (e não apenas para a elite que controla a grande mídia), e que abra o espectro da comunicação, quebrando o atual oligopólio – que favorece unicamente a um pequeno grupo de grandes proprietários, em detrimento dos direitos da maioria.
UNIVERSALIZAR OS DIREITOS HUMANOS, políticos, civis, econômicos, sociais, culturais e ambientais, com respeito à diversidade. Garantir um sistema de saúde pública de qualidade, assim como de educação, transporte, saneamento básico. Que se combata, com todo o rigor, a violência policial, o emprego da tortura contra presos comuns e a situação degradante dos presídios superlotados.
VALORIZAR O TRABALHADOR E A TRABALHADORA: Garantir trabalho para todos/as. Trabalho digno e não precarizado. Redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução dos salários, como repartição dos abusivos ganhos de produtividade do capital. Reaparelhamento do aparato fiscalizador do Ministério do Trabalho. Combate à terceirização.
O CONTROLE SOCIAL DA GESTÃO PÚBLICA, para garantir um serviço público voltado para os interesses dos cidadãos. É fundamental que estes possam exercer o controle da atividade parlamentar, assim como o controle dos governos (municipais, estaduais, federal). Reapresentar o projeto de Participação Social. Criar Observatórios de Controle Social (OCS) em todos os municípios brasileiros, formados por representantes da sociedade civil.
A ÉTICA NA POLÍTICA E DA POLÍTICA. O comportamento ético é essencial para a vida do cidadão e, especialmente, para aquele/a que pretende se dedicar ao serviço da sociedade, do bem comum, ao serviço público. Nenhuma política baseada na corrupção levará a uma sociedade justa, democrática, solidária e equitativa. Uma outra política é possível, com punições exemplares e reforma de nossas instituições, de modo a coibir a impunidade.
Aproveitamos para afirmar que nos empenharemos em colaborar, através dos meios de que dispomos, para que essas sugestões se tornem possíveis e façam avançar o projeto de sociedade que todos almejamos.
Desejamos sucesso em sua nova gestão, invocamos sobre a Senhora a lucidez e coragem do Espírito Criador e, sobre seu governo, todas as bênçãos divinas de luz, paz e amor solidário.

Seus irmãos e irmãs
AFONSO MURAD Teólogo, ambientalista e assessor da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB). (MG)
ALESSANDRO MOLON – Advogado e Deputado Federal. (RJ)
ANDRÉA RODRIGUES MARQUES GUIMARÃES – Doutora em Ecologia, Conservação e Manejo da Vida Silvestre MG-4 348 699. (MG)
ANTONIO CECCHIN – Irmão Marista. Advogado. Fundador da Comissão Pastoral da Terra – RS. Militante dos movimentos Sociais, Pioneiro da luta e organização dos catadores no Brasil. Assessor do Movimento Nacional dos Catadores de Material Reciclável de Porto Alegre. 6000123148 RS. (RS)
BENEDITO FERRARO – Teólogo. Professor de Teologia PUC – Campinas
RG 3568777-0. (SP)

CARLOS MESTERS – Biblista. Membro fundador do Centro de Estudos Bíblicos/CEBI. (MG)
CLÁUDIO DE OLIVEIRA RIBEIRO – Pastor Metodista. Professor Universitário. RG 04794811-1. (SP)
EDSON FERNANDO DE ALMEIDA – Teólogo. Pastor da Igreja Cristã de Ipanema. Coordenador do “Compassio: teologia arejada, pastoral comprometida”.
RG 112625819. (RJ)

EDWARD NEVES MONTEIRO DE BARROS GUIMARÃES – Teólogo. Membro da Sociedade de Teologia e Estudos da Religião (SOTER). Professor de Cultura Religiosa e Filosofia na PUC Minas. Coordenador do Curso de Especialização em Teologia do Centro Loyola. RG M-4 997 414 (MG)
EKKE BINGEMER – Profissional Independente de Administração de Serviços. (RJ)
FRANCISCO DE AQUINO PAULINO JUNIOR – Teólogo. Presbítero da diocese de Limoeiro do Norte – CE. Professor da Faculdade Católica de Fortaleza e Universidade Católica de Pernambuco. Assessor de Pastorais Sociais.
RG: 2008858604-3 (CE)

FREI BETTO – Jornalista. Escritor. Assessor de Movimentos Sociais. RG 14214910 SSP-MG (SP)
FREI SINIVALDO SILVA TAVARES – Teólogo. Professor de Teologia Sistemática na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE) e no Instituto Santo Tomás de Aquino (ISTA). M 2327250 SSP/MG (MG)
JETHER RAMALHO – Sociólogo. Membro da Igreja Cristã de Ipanema. Membro fundador do Centro de Estudos Bíblicos/CEBI e do Conselho Editorial do Boletim REDE. (RJ)
JOSE OSCAR BEOZZO – Historiador. Teólogo. Coordenador Geral do Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular – CESEEP (SP). Professor Universitário. RG 2.769.363-6 SSP-SP (SP)
LEONARDO BOFF – Teólogo. Filósofo. Escritor. Membro da Comissão Internacional da Carta da Terra. Autor de Ecologia: grito da Terra, grito dos pobres, Vozes 2014. RG (Genésio Darci Boff): 02 773 327-8 Detran (RJ)
LÚCIA RIBEIRO – Socióloga. Membro do Iser – Assessoria. Membro do Centro Alceu Amoroso Lima. RG 055068274 IFP/RJ. (RJ)
LUCILIA RAMALHO – Vice-Presidente do Centro de Recreação Infantil (CRI) da Igreja Cristã de Ipanema. (RJ)
LUIZ ALBERTO GÓMEZ DE SOUZA – Sociólogo. Diretor do Programa de Estudos Avançados em Ciência e Religião da Universidade Candido Mendes. Membro do Centro Alceu Amoroso Lima. RG 04488154591 IFP/RJ. (RJ)
LUIZ CARLOS SUSIN – Teólogo. Professor do Programa de Pós-Graduação e de Filosofia da PUC/RS na cadeira de Ética Ambiental. Secretário Geral do Fórum Mundial de Teologia e Libertação. Membro do Comitê de Redação da Revista Internacional de Teologia Concilium. RG 1003162623. (RS)
LUIZ EDUARDO W. WANDERLEY – Sociólogo. Professor da PUC-SP. Membro da Diretoria do CEESEP e da Ação Educativa. (SP)
MAGALI CUNHA – Jornalista. Docente do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Universidade Metodista de São Paulo. Editora do Blog Mídia, Religião e Política. RG 05477006-0 (IFP/RJ). (SP)
MANFREDO ARAÚJO DE OLIVEIRA – Filósofo. Professor Titular da Universidade Federal do Ceará. RG 99010318053. (CE)
MARCELO BARROS – Teólogo. Escritor. Coordenador latino-americano da Associação Ecumênica de Teólogos/as do Terceiro Mundo (ASETT). RG 4242073 – SSP – GO. (PE).
MARCIA MARIA MONTEIRO DE MIRANDA – Educadora popular. Membro do Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Petrópolis e do Centro Nacional dos Direitos Humanos de Brasília. 11.878.008-9 – Detran. (RJ)
MARIANGELA BELFIORE WANDERLEY – Assistente Social. Docente da PUC/SP. Professora do Programa de Estudos Pós-Graduados em Serviço Social da PUC-SP. Pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Movimentos Sociais da PUC-SP Membro do Grupo Nutrição e Pobreza do Instituto de Estudos Avançados – IEA da USP. (SP)
MARIA CLARA LUCCHETTI BINGEMER – Teóloga. Articulista do Jornal do Brasil. Professora da PUC/RJ. Membro do Comitê de Redação da Revista Internacional de Teologia Concilium. (RJ)
MARIA HELENA ARROCHELLAS – Teóloga. Diretora do Centro Alceu Amoroso Lima para a Liberdade/CAALL. RG 121.534.700-5. (RJ)
MARIA TEREZA BUSTAMANTE TEIXEIRA – Médica sanitarista. Professora Associada da UFJF. Pesquisadora do Instituto Nacional de Câncer lotada na UFJF. Coordenadora do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva. Coordenadora adjunta do NATES/UFJF. Editora Geral da Revista de APS. (MG)
MARIA TEREZA SARTORIO – Pedagoga. Educadora Popular. Membro da Coordenação Nacional do Movimento Fé e Política. RG MG 18292550. (ES)
OLINTO PEGORARO – Filósofo. Professor Titular de Ética da UERJ. Trabalha com Movimentos Sociais na Comunidade do Borel. (RJ)
ROSEMARY FERNANDES DA COSTA – Educadora. Teóloga. Membro da SOTER. Assessora da CNBB. Professora da PUC Rio, Teresiano CAP/PUC e Secretaria de Educação do RJ. RG 3 750 717-5 – DETRAN – RJ (RJ)
ROSILENY SCHWANTES – Cientista da Religião. Psicóloga. Professora da Universidade Nove de Julho. RG 38 910 786 4. (SP)
TEREZA MARIA POMPEIA CAVALCANTI – Teóloga. Assessora de CEBs. Professora na PUC-RJ. (RJ)
Corrêas (RJ), 09 de novembro de 2014.