sábado, 27 de novembro de 2010

"Brasil precisa se proteger e cuidar das contas externas"


Se o Estadão pode…

Há milhões de coisas a dizer sobre a entrevista coletiva que o presidente Lula concedeu aos auto-proclamados blogueiros progressistas. Antes, porém, há que abordar os ataques da grande imprensa a eles.
Diante das críticas a esses setores da imprensa que permearam tal entrevista coletiva, esse colegiado de impérios de comunicação passou recibo do fato de que surgiu um ente capaz de se contrapor ao seu engajamento político na oposição partidária ao governo federal.
Essa grande imprensa que teve que ficar do lado de fora do Palácio do Planalto enquanto acontecia uma entrevista coletiva do presidente da República a simples blogueiros – alguns sem formação jornalística, como este que escreve –, não hesitou e partiu furiosamente para o ataque contra eles.
Globo, Folha de São Paulo e Estadão – além de jornais menores, de algumas tevês abertas (como o SBT) e de todos os portais de internet – evitaram abordar as questões feitas a Lula. No máximo, como no caso da Folha, fizeram alguns comentários laterais sobre os temas abordados, mas se concentraram no suposto viés “chapa-branca” dos blogueiros.
Quando saímos do Palácio do Planalto por volta da hora do almoço do último dia 24 – tendo chegado lá por volta das oito horas da manhã –, repórteres de O Globo e da Folha nos esperavam.
O jovem repórter da Folha que nos entrevistou, chama-se Breno Costa. Ele escreveu o seguinte:
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Em entrevista a blogs pró-governo, Lula faz críticas à imprensa
Presidente diz que mídia praticou “leviandades” e “inverdades” contra ele e diz que vai virar blogueiro
Dos 10 blogs escolhidos para sabatina, 8 apoiam governo; petista critica Serra por agressão na eleição, e tucano revida
BRENO COSTA
DE BRASÍLIA
Na primeira entrevista já concedida a um grupo de blogueiros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os entrevistadores se uniram nas críticas à grande imprensa.
Dez blogueiros autoclassificados “progressistas” participaram da entrevista, de duas horas, na manhã de ontem no Palácio do Planalto.
Um dos blogueiros, Altamiro Borges, é filiado ao PC do B. Outro, conhecido como “Sr. Cloaca” [ele não revela o nome], é assessor de imprensa de político do PT no Rio Grande do Sul, cujo nome também não revelou.
O blog Amigos do Presidente Lula, que não estava na lista divulgada pelo Planalto, também participou. O Planalto disse que o blog não entrou na lista por “erro”.
Dos 10 sites, 8 têm como linha a defesa do governo Lula e se alinharam, na eleição, à candidatura de Dilma Rousseff, reproduzindo uma série de ataques ao candidato do PSDB, José Serra. Os outros têm uma linha mais neutra.
O blogueiro Eduardo Guimarães, fundador do Movimento dos Sem Mídia, que já fez protestos em frente à Folha, citou a sigla “PIG”. Coube ao secretário de imprensa do Planalto, Nelson Breve, traduzi-la a Lula: “PIG é o que ele chama de Partido da Imprensa Golpista”.
Ao lado do ministro Franklin Martins (Comunicação Social), Lula voltou a afirmar que não lê jornais e revistas, mas que, quando sair da Presidência, vai “reler tudo”.
“Eu quero saber a quantidade de leviandades, de inverdades que foram ditas a meu respeito, quantas coisas que não foram ditas.”
Ainda sobre a relação com a imprensa, disse que “o jogo não é fácil”. “Sobretudo quando você não quer se curvar.” Afirmou que órgãos de imprensa se assustaram com sua popularidade “pois trabalharam o tempo inteiro para não acontecer isso”.
Para Lula, que prometeu virar “blogueiro e tuiteiro”, “não existe maior censura do que a ideia de que a mídia não pode ser criticada”.
O presidente voltou a defender uma regulação da mídia, mas rechaçou a ideia de censura. Ele quer entregar ao menos um esboço de marco regulatório para o setor.
Lula ainda disse que o pior momento vivido em seu governo foi o dia do acidente da TAM, em São Paulo, que deixou 199 mortos. “Nunca vi tanta leviandade”, disse, sobre a cobertura da mídia.
Afirmou que sentiu “alívio” ao descobrir que não houve falha do governo e que o acidente tinha sido provocado, essencialmente, por erro humano. “Foi uma sensação de alívio por ter descoberto a verdade.”
SERRA
Lula também retomou o episódio da agressão a Serra por militantes ligados ao PT em ato de campanha no Rio.
Ele voltou a dizer que o tucano simulou uma agressão grave, e se disse “decepcionado” com a Globo. “Foi uma cena patética, uma desfaçatez. Fiquei decepcionado [com a Globo] porque quiseram inventar uma outra história, um objeto invisível que até agora não mostraram.”
Serra, que estava ontem em Brasília, respondeu. “Como foi comprovado, foi um outro objeto atirado em mim, inclusive está filmado, e o presidente sabe disso.”
O tucano continuou: “Lula talvez já tenha começado sua campanha para 2014, dizendo mentiras inclusive”.
IRÃ E STF
Lula defendeu a relação com o presidente Mahmoud Ahmadinejad e tentou explicar a posição do iraniano sobre o holocausto. “Ele explicou que o que quis dizer, na verdade, era que morreram 70 milhões de pessoas na Segunda Guerra, e parece que só morreram judeus”, disse.
Ele afirmou que deixará a indicação do novo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) para Dilma Rousseff, no caso de o Senado não sabatinar o escolhido até o próximo dia 17, quando o Congresso entra em recesso.
Luís Inácio Adams, a advogado-geral da União, e Cesar Asfor Rocha, presidente do Superior Tribunal de Justiça, são os mais cotados.
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O que o editor deste blog disse ao jovem repórter Breno, porém, não saiu na matéria que ele fez. Começou a entrevista comigo perguntando se seria válido fazermos uma entrevista tão pouco questionadora ao presidente.
A resposta foi a de que não haveria sentido em os blogueiros fazerem o mesmo que a grande imprensa fez durante oito anos ininterruptos e a de que se o Estadão pode apoiar explicitamente um político, como fez ao declarar voto em José Serra durante a recente campanha eleitoral, blogueiros também podem.
Não se viu algum desses grandes jornais dizer sobre o Estadão o que disseram Folha e O Globo – este, mais virulento, tratou de insultar o blogueiros, chamando-os de “chapas-brancas” e dizendo que o que fazem “não é jornalismo” – apesar de o centenário jornal paulista ter se engajado na campanha do candidato tucano.
O jovem repórter Breno também me fez a indefectível questão sobre os blogueiros defenderem “censura” à imprensa. Disse a ele que isso era uma bobagem, até porque o lema do Movimento dos Sem Mídia é “Que a mídia fale, mas não me cale”.
Quando o signatário deste blog ponderou que enquanto a mídia afirma que o governo Lula pretenderia censurá-la o Brasil sobe 13 posições no ranking de liberdade de imprensa da ONG internacional “Repórteres sem fronteiras”, o repórter da Folha terminou a entrevista.
Esses meios de comunicação também usaram uma outra estratégia para darem um ar bisonho aos blogueiros que entrevistaram Lula. Escolheram o impagável Willians de Barros, o “senhor Cloaca”, como “logotipo” da Blogosfera.
O Globo nos chamou ontem, aos blogueiros, de “Cloaca e outros amigos” de Lula. E destacou o suposto caráter “apócrifo” do blog Cloaca News. A Folha, hoje, usa a entrevista que também fez com Barros na porta do Palácio do Planalto para acusá-lo de partidário.
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Entrevista a blogueiros não foi chapa-branca, diz “Sr. Cloaca”
BRENO COSTA
DE BRASÍLIA
BERNARDO MELLO FRANCO
DE SÃO PAULO
Convidado para o encontro do presidente Lula com blogueiros que se classificam como “progressistas”, o publicitário William Barros, que se apresenta na internet como “Sr. Cloaca”, afirmou que o evento “não foi uma entrevista chapa-branca”.
Ele disse que o tom da conversa, marcada por elogios ao governo e ataques à imprensa, surpreendeu. “Achavam que seria chapa-branca, inclusive os leitores dos blogs. Mas não foi!”
Barros escreve no blog “Cloaca News”, cujo subtítulo é “As últimas do jornalismo de esgoto”. A página se dedica a defender Lula e a atacar políticos de oposição.
O tópico mais citado é “José Serra”: até ontem, havia 142 posts contra o tucano. Outro alvo preferencial são os veículos de comunicação, chamados de “imprensa golpista” e “máfia midiática”.
O blogueiro assessora políticos do PT-RS, mas evitou o assunto. “Não é importante, não sou famoso. Famoso é o Sr. Cloaca”, disse. O site tem link para o portal do futuro governo de Tarso Genro (PT).
Animado, ele se posicionou ao lado de Lula para a foto oficial. Após o clique, deixou o Planalto gabando-se da notoriedade instantânea. “O Lula me chamou depois… “Vem cá, ô Cloaquinha!’”
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O dicionário Houaiss explica o tom jocoso usado por esses jornais em relação ao “Senhor Cloaca”. O dicionário define assim o substantivo feminino cloaca:
1 fossa, canal ou cano destinado a receber dejeções
2 coletor de esgoto
3 vaso sanitário; latrina
4 escoadouro de águas; vala, sarjeta
5 depósito de imundícies; monturo
6 tudo o que é imundo, que tem mau cheiro
7 nos anfíbios, répteis, aves e muitos peixes, câmara comum onde os sistemas digestivo, excretor e reprodutor descarregam seus produtos
A tentativa é a de transformar a inteligente sátira que faz o blogueiro Willians de Barros em uma espécie de caráter “sujo” dos blogueiros. É uma variante da qualificação de Serra sobre “blogueiros sujos”.
O mais interessante é que, ao atacar os blogueiros que entrevistaram Lula sem lhes dar espaço para se manifestar, essa dita “grande imprensa” provoca curiosidade em seu público. Há pelo menos um ano que ela faz isso e, enquanto faz, o blogs vão ganhando audiência.
Os blogueiros temos tanto direito quanto o Estadão de manifestar nossa posição política. Não existe nada de anti-jornalístico ou “chapa-branca” no trabalho que fazemos, porquanto deixamos clara a nossa posição tanto quanto o centenário jornal paulista. Somos, Estadão e blogueiros, bem mais honestos do que Folha e O Globo.
blog da cidadania

Aderindo a mais uma campanha



A campanha, a bem da verdade, foi lançada pelo Doladodelá e o Escrevinhador.
Mais tarde, aderi.
Além de sujo, 666 e chapa-branca.

A crise no Rio e o pastiche midiático

Sempre mantive com jornalistas uma relação de respeito e cooperação. Em alguns casos, o contato profissional evoluiu para amizade. Quando as divergências são muitas e profundas, procuro compreender e buscar bases de um consenso mínimo, para que o diálogo não se inviabilize. Faço-o por ética – supondo que ninguém seja dono da verdade, muito menos eu -, na esperança de que o mesmo procedimento seja adotado pelo interlocutor. Além disso, me esforço por atender aos que me procuram, porque sei que atuam sob pressão, exaustivamente, premidos pelo tempo e por pautas urgentes. A pressa se intensifica nas crises, por motivos óbvios. Costumo dizer que só nós, da segurança pública (em meu caso, quando ocupava posições na área da gestão pública da segurança), os médicos e o pessoal da Defesa Civil, trabalhamos tanto – ou sob tanta pressão - quanto os jornalistas.
Digo isso para explicar por que, na crise atual, tenho recusado convites para falar e colaborar com a mídia:

Capitães Nascimento

Kennedy Alencar, folha.com

"Tropa de Elite" é um filme interessante. Coloca o dedo na ferida em alguns pontos, como o da corrupção política e policial. Escorrega ao idealizar o policial honesto, mas torturador. Mas o mais importante é lembrar que se trata apenas de um filme _pura diversão para alguns, crítica social para outros.

A vida real é mais complicada. A crise do Rio, então, muito mais. A histórica ação na Vila Cruzeiro, com o poder público reconquistando um território do narcortráfico, não é "Tropa de Elite". Parte da imprensa está batizando os policiais da operação de quinta-feira (25/11) de "Capitães Nascimento". Corremos perigo indo por aí. O Nascimento da ficção não é um bom modelo. Pelo contrário.

Os policiais militares que estão colocando a vida em risco cotidianamente merecem respeito, apoio, melhores salários etc. No entanto, a sociedade não pode dar carta branca para o uso indiscriminado da violência _a população mais pobre que vive nas áreas nas quais os criminosos se refugiam sabe o custo disso. Mesmo em situações extremas, como a que vive o Rio hoje, policial não pode agir como bandido. O Nascimento da ficção atuou muitas vezes assim.

Em "Tropa 2", "o sistema" é maior culpado. Na Vila Cruzeiro, "o sistema" deu uma resposta. Mostrou que o poder público está vivo no Rio de Janeiro.

Segurança Pública é assunto complicado demais para jornalista ficar dando opinião como especialista. O risco de falar bobagem se torna enorme. Não é o caso.

Por isso, este texto reflete impressões. O Bope é importante para o Rio de Janeiro, mas muito menos pelo lado "Capitão Nascimento" e muito mais pela faceta José Mariano Beltrame, o secretário da Segurança Pública do Estado.

Há questionamentos sobre a política de Beltrame, bancada a ferro e fogo pelo governador Sérgio Cabral. Mas é justo reconhecer que, se existe uma pessoa para a mídia tratar como um Eliot Ness dos nossos tempos, essa pessoa é Beltrame.”

Polícia apreende tucano na casa de chefe do tráfico da Vila Cruzeiro

Fabiano Atanásio, FB, é acusado de mandar derrubar helicóptero da polícia.
Mais cedo foram encontrados refinaria e hospital do tráfico na favela.
Animal estava na casa de chefe do tráfico na
na Vila Cruzeiro (Foto: Thamine Leta / G1)
A polícia encontrou um tucano durante a varredura na Vila Cruzeiro, na Penha, na Zona Norte do Rio feita nesta sexta-feira (26). A ave estava na casa do chefe do tráfico na comunidade, acusado de ser o responsável pela queda de um helicóptero da polícia ano passado no Morro dos Macacos, em Vila Isabel, na Zona Norte.
A polícia continua na favela para encontrar possíveis locais onde estão guardados munições e armas. Os agentes tentam ainda cumprir mandados de prisão. Entre eles o de Fabiano.
Na tarde desta sexta, um reboque da prefeitura começa a recolher carros incendiados e motos roubadas na comunidade. Os acessos da comunidade são ocupados por homens do Exército.
"O Exército vem para colaborar. Enquanto isso, vamos checar local por local, beco por beco para identificar onde estão os armamentos", disse o subchefe da Polícia Civil, Ronaldo oliveira.
Refinaria do tráfico
A polícia encontrou nesta sexta-feira (26) um laboratório do tráfico na Vila Cruzeiro, na Penha, na Zona Norte do Rio. Nele foram apreendidos materiais para refino de cocaína, substâncias químicas e holofotes.
Segundo a polícia, o local servia para a produção de munição. Foi encontrada também uma espada em uma casa na comunidade.
Hospital do tráfico
Mais cedo, foi encontrado também um hospital do tráfico dentro da Vila Cruzeiro. Policiais federais auxiliam no patrulhamento tanto no local quanto no entorno do Conjunto de favelas do Alemão, na Zona Norte.
Na quinta, o Bope fez uma megaoperação na Vila Cruzeiro com apoio de blindados da Marinha. Cerca de cem criminosos fugiram pela mata para o Alemão, comunidade vizinha.
Desde domingo, o Rio vive uma onda de violência, com arrastões, veículos queimados e ataques a forças de segurança. Segundo o governo do Rio, é uma reação à política das UPPs, quando a polícia ocupa áreas antes dominadas por criminosos. Desde 2008, 13 dessas unidades foram instaladas na cidade.
Mesmo após a megaoperação de quinta, o Rio de Janeiro viveu uma madrugada com mais ataques: foram registrados pelo menos cinco. Em balanço divulgado na noite de quinta (25), a Polícia Militar informou que 72 veículos foram incendiados por criminosos desde o início dos ataques, no domingo (21). Entre presos e detidos há 188 pessoas.
By: G1
Indicação de Maurício Porto

A reinvenção e o veneno

“E pensar que o noticiário dos jornais diários mudou completamente em 30 dias! As grandes apostas dos diários em 22/10/2010 eram feitas em cima do caso da bolinha de papel que havia "quicado" na calva de José Serra. O SBT e a Globo travavam sua disputa com os poucos elementos da verdade: foi uma bolinha inofensiva ou esta teria sido apenas o primeiro objeto arremessado contra o então candidato tucano? O trololó da quebra de sigilo fiscal de Verônica Serra e mais 3.999 cidadãos brasileiros ainda reverberava com indícios de que quem estava por trás de tudo era o jornalista mineiro Amaury Junior. A peregrinação de Dilma Rousseff e José Serra por templos religiosos aparecia com menor força. O personagem escaldado Paulo Preto continuava naquele lusco-fusco: merece freqüentar capas de jornais ou não? E o mais que tínhamos eram as pesquisas intenção de voto no segundo turno. Todas dando vantagem de Dilma variando de 10 a 12 pontos sobre Serra.

É impressionante a capacidade de envelhecimento que as notícias têm. Os jornais, porque estou aqui mais focado nestes, parecem clínicas pediátricas que na eternidade de 24 horas se transformam em robustas clínicas geriátricas. Os eventos pautados pela imprensa escrita no mês passado parecem coisas muitas antigas, datadas demais, passadas em excesso, meros esperneios inúteis e toda sorte de energia gasta para manter acesa a chama do jornalismo. E para isso, sem rodeios, se utiliza cada vez mais óleo da pior qualidade.

Dito popular

O jornalismo precisa se reinventar todo dia. Buscar forças não se sabe bem onde para continuar avante. Como toda profissão que seja digna a um ser humano, o jornalismo precisa de doses diárias de utopia. Não a utopia representada por "meros devaneios tolos a nos torturar". Nem a utopia que abarca amontoado de piedosas intenções. Penso na utopia de fazermos um jornalismo melhor, veraz, contundente na medida, correto e, também, sem segundas nem terceiras intenções, sem agendas sequestradas de grupos secretos como os Iluminati.

Utopia que se preze é aquela que nunca se realiza. Está sempre pendurada no horizonte. E fica no horizonte para termos certeza de que nunca a alcançaremos. E quanto mais nos aproximamos da utopia mais ela recua. Avançamos quatro passos ela recua quatro passos. Mas ainda assim a utopia tem sua serventia. Ela serve unicamente para nos fazer caminhar.”
Artigo Completo, ::Aqui::

Idiotice na TV vai diminuir

"Casseta & Planeta Urgente!" chega ao fim em dezembro


Formação da turma do Casseta & Planeta Urgente! em 2003, ainda com Bussunda
  • Formação da turma do "Casseta & Planeta Urgente!" em 2003, ainda com Bussunda
O programa "Casseta & Planeta Urgente!" vai deixar a grade da Globo a partir de dezembro, quando termina a atual temporada. É o fim do programa, exibido há 18 anos na emissora. A decisão foi tomada pelo grupo de humoristas, que pediu à direção da Globo para desenvolver um novo projeto. A informação foi confirmada pelo diretor José Lavigne.
"Você não pode trocar os quatro pneus do carro em movimento. Tem que parar e trocar cada um de uma vez. Já são quase 20 anos de programa", explicou José Lavigne, que dirige o programa desde 1992 e participou da concepção do programa desde o início.
O “Casseta & Planeta, Urgente!” surgiu de “Doris para Maiores" (1991), primeiro programa com participação regular da turma de humoristas à frente das câmeras. O grupo é atualmente formado por Claudio Manoel, Hubert, Hélio de La Peña, Marcelo Madureira, Beto Silva, Reinaldo e Maria Paula. Em 2006, o comediante Bussunda morreu durante a cobertura da Copa do Mundo, na Alemanha.
do UOL, no Rio

Comentário do Contramaré: Não vão deixar saudades, juro!

Dilma está acabando - finalmente - com o ministério da Rede Globo.

Franklin defende refundação do Ministério das Comunicações O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, Franklin Martins, disse ontem (25), em São Paulo, que o Brasil vive “um período de extraordinária liberdade de imprensa”, mas defendeu que é preciso “refundar” o Ministério das Comunicações para se discutir o tema comunicação no país. A informação é da Agência Brasil.

“Ficamos um tempão sem discutir comunicação, desde o tempo do Sérgio Motta [ministro das Comunicações no governo Fernando Henrique Cardoso]. Chegou a hora de discutir e é preciso um ministério que planeje, formule, execute e que seja um centro de gravidade da política de comunicação no Brasil”, afirmou o ministro, depois de participar da abertura do Seminário Cultura Liberdade de Imprensa, promovido pela TV Cultura.

Aos jornalistas, Franklin Martins voltou a dizer que não há cerceamento da imprensa no país que é “livre para falar o que quer e não falar o que não quer” e até mesmo para “botar o presidente da República sob crítica”. Segundo ele, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sempre garantiu a liberdade de imprensa não por ser uma “dádiva”, mas por ser uma conquista da sociedade.

Para o ministro, o estabelecimento de um marco regulatório para o setor, a exemplo do que ocorre em outros países, não significa um atentado à liberdade de imprensa.

“É um fantasma dizer que a imprensa está sendo ameaçada. Ameaçada por quem?”, indagou o ministro, ressaltando que seu compromisso pessoal com a liberdade de imprensa não é de “conveniência ou de circunstância”, mas de “alma”.

Franklin disse que deixará o governo no dia 31 de dezembro, assim que terminar o mandato do presidente Lula, por motivos pessoais. “Fico até o dia 31 de dezembro. A partir daí Franklin Martins vai desencarnar”, brincou o ministro.

Ele declarou ainda que deixará à presidenta eleita, Dilma Rousseff, um anteprojeto de lei complexo, mas consistente para modernizar a legislação sobre a mídia no país. “Estamos trabalhando para deixar para a ministra Dilma um anteprojeto em cima do qual ela possa trabalhar. Ela é livre para mandar ou não para o Congresso. Ela vai decidir.”

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Para bom entendedor, essa fala de Franklin Martins significa o seguinte: Deu pra TV Globo! Acabou. 

Depois de quase quatro décadas, o Ministério das Comunicações no Brasil não será um território cativo e dominado pelos interesses negociais e corporativos da família Marinho.

Comenta-se que o nome a ser indicado pela futura presidenta Dilma Rousseff pode ser o de Paulo Bernardo. Pessoalmente não acho um bom nome, faltam-lhe luzes (a meu ver), entretanto, ele é reconhecido como um servidor leal e cumpridor canino das determinações superiores. O que já é um bom re-começo.

O "refundado" ministério ficará com a tarefa - entre tantas outras - de horizontalizar o acesso público aos serviços de banda larga em todo o território nacional, especialmente em escolas, Universidades públicas, centros comunitários, espaços urbanos abertos, etcetera.
 Diário Gauche

Editor do Estadão confessa: queria derrubar a Dilma

Gandour não é de fazer reportagem. É dar PiGolpe

Gandour escancara estratégia de derrubada de Sarney
O presidente do Senado José Sarney tem um largo histórico de temas para serem denunciados. Inclusive os inacreditáveis favores aos grandes grupos de comunicação durante seu governo; suas ligações com Edemar Cid Ferreira; o controle que tem sobre a justiça estadual do Acre e do Maranhão.
No entanto a campanha midiática contra ele, na presidência do Senado, foi abjeta, escandalizando até conversas entre ele e sua neta.
Agora, no Seminário da TV Cultura, o diretor de redação do Estadão Ricardo Gandour explicita o que todos sabiam: a queda de Sarney abalaria a aliança do PMDB com o governo e possivelmente até inviabilizaria a candidatura de Dilma.
É evidente! Mas não imaginava que essa estratégia pudesse ser escancarada em um evento público por um dos condutores dessa conspiração.
Blog do Nassif

Visita de Serra ao Senado

Animação total dos tucanos!!!
com textolivre

Pesquisas Eleitorais

Projeto do Senado permite censurar pesquisas eleitorais

O projeto de lei 93/2010 que está em processo de aprovação no Senado é um atentado à liberdade de informação, à Constituição e à lógica. O texto prevê não uma, mas três maneiras de censurar e inviabilizar as pesquisas eleitorais feitas até um mês antes da votação:
1) que o plano amostral das pesquisas seja aprovado por pelo menos 2/3 dos candidatos;
2) que a amostra seja de pelo menos 0,01% do eleitorado;
3) que os resultados sejam ponderados exclusivamente por dados populacionais do IBGE.
A primeira exigência já basta para, na prática, dar poder aos candidato de vetar a divulgação de qualquer pesquisa. Se aprovada a lei, uma única pessoa terá o poder de impedir que 186 milhões de brasileiros saibam qual a preferência do eleitorado.
Imagine um segundo turno (ou um primeiro turno com apenas dois candidatos): se não menos do que 2/3 deles precisam aprovar o plano amostral, na prática, significa ambos. Em outras palavras, se o candidato A aprovar, mas o B não, a pesquisa não poderá ser divulgada.
Na verdade, bastará ao candidato que tiver menos intenções de voto não se pronunciar sobre o plano amostral que isso já implicará a rejeição da pesquisa, porque o brilhante texto dos senadores não especifica como nem quando os candidatos devem aprovar a amostragem.
Na eleição presidencial de 2010 havia nove candidatos. Se quatro dos cinco nanicos que tiveram menos de 90 mil votos (e que corretamente nunca pontuaram nas pesquisas) não aprovassem o plano amostral, não saberíamos nada sobre a sucessão no último mês do primeiro turno.
Viradas no segundo turno seriam automaticamente censuradas, pois o candidato que começasse a perder eleitores impediria que as pesquisas viessem a público (a lei não proíbe os candidatos de fazerem pesquisas para consumo próprio).
Não contentes em dar poder de censura a si próprios e a seus colegas, os senadores se meteram a estatísticos. Estipularam que a amostra terá que ter no mínimo 0,01% do eleitorado. O texto é omisso, mas supõe-se que seja o eleitorado apto a votar em cada eleição.
No pleito presidencial de 2010, as pesquisas feitas até 30 dias antes do primeiro turno e todas as do segundo turno teriam que ter pelo menos 13.580 entrevistas. Isso inviabiliza financeiramente a execução das pesquisas, pois seu custo aumentaria em até sete vezes.
O pior é que os senadores tomaram essa decisão sem nenhuma base científica: até as carteiras dos cursos de estatística sabem que o tamanho da amostra independe do tamanho do universo pesquisado.
Pesquisas para presidente e pesquisas para prefeito são feitas com o mesmo tamanho de amostra. Ele varia de acordo com o grau de precisão: 800 entrevistas dão margem de erro de 3 pontos porcentuais, 2 mil entrevistas dão 2 pontos, 10 mil dão 1 ponto, 13.580 dariam 0,9.
Ou seja, o custo é multiplicado por cinco, mas só diminui em 1 ponto porcentual a margem de erro. Não compensa. Por isso nenhum instituto faz e ninguém contrata pesquisas com amostras desse tamanho.
Finalmente, os senadores se arvoraram a declarar que o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) é a única fonte possível de dados para servirem de base à ponderação das cotas de sexo, idade e renda das pesquisas.
Os dados municipais do IBGE são captados de 10 em 10 anos, nos Censos. Ou seja, estarão desatualizados em 2012 e ainda mais em 2016. Pior, levada ao pé da letra, a lei proíbe os institutos de ponderar os resultados pela abstenção, já que a fonte é a Justiça eleitoral e não o IBGE.
Ironicamente, o órgão que aprovou esse texto obscurantista e desinformado chama-se Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática do Senado. Ela pegou carona no projeto 93/2010 do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG).
Mas a inspiração do parágrafo 6º do artigo 33 do projeto foi um texto do senador Jarbas Vasconcellos (PMDB-PE). É o parágrafo que obriga a aprovação do plano amostral por 2/3 dos candidatos e estipula o tamanho mínimo da amostra.
Jarbas foi candidato a governador de Pernambuco em outubro passado. Sofreu uma das derrotas mais acachapantes desta eleição: recebeu apenas o equivalente a 17% dos votos do vencedor. Certamente não foi por culpa das pesquisas.
By: blog de José Roberto de Toledo

Na Câmara, deputada quer proibir pesquisas
A deputada federal Íris de Araújo (PMDB-GO) quer proibir a divulgação de pesquisas de intenção de votos 45 dias antes das eleições. Ela apresentará um projeto na Câmara na próxima semana sobre o tema.
Segundo a deputada, que já exerceu o cargo de presidente do PMDB, a ideia é liberar a realização de pesquisas durante o período apenas para consumo interno.