sábado, 18 de maio de 2013

PT pede à PF que investigue elo da Máfia do Asfalto com governo Alckmin



Marina Dias, Terra Magazine

“A bancada do PT na Assembleia Legislativa vai pedir ao Ministério Público do Estado e à Polícia Federal que investiguem contratos firmados por órgãos do governo Geraldo Alckmin (PSDB) com empresas envolvidas na "Máfia do Asfalto".

Os petistas identificaram a contratação das empreiteiras de Olívio Scamatti, acusado de ser o chefe da quadrilha que fraudava licitações em prefeituras do interior paulista, pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), pelo DER (Departamento de Estradas de Rodagem) e pela Codasp (Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo).

"Com base nas informações que estamos apresentando, a bancada do PT quer uma investigação detalhada sobre a ação dos agentes do Estado, como Délson José Amador [DER e Dersa] e Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto [Dersa], em obras do interior paulista. Eles estão ligados a essas empresas do grupo Scamatti, que são alvo da Operação Fratelli", explicou o líder do PT na Assembleia, deputado Luiz Claudio Marcolino.”
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Veja e Época colocam a faca no pescoço de Zavascki


Preocupadas com a possível reversão do julgamento da Ação Penal 470, as revistas semanais da Abril e da Globo tentam intimidar o mais recente ministro do Supremo Tribunal Federal, cujo voto poderá ser decisivo para reduzir penas, inocentar alguns réus e até para preservar o mandato de parlamentares como João Paulo Cunha (PT/SP) e José Genoíno; se a mudança se confirmar, “seria escandaloso”, sacramenta Veja.
Brasil 247 – Pode estar nas mãos do ministro Teori Zavascki, o mais recente integrante do Supremo Tribunal Federal, o destino da Ação Penal 470. Por isso mesmo, ele é personagem de destaque em duas revistas semanais deste fim de semana, Veja e Época, que tentam convencê-lo, de maneira não muito sutil, a votar de acordo com seus interesses políticos no segundo tempo do julgamento.
Esta nova etapa deverá ser aberta na próxima semana, quando o plenário do STF se pronunciar sobre a admissibilidade ou não dos chamados embargos infringentes. O presidente da corte, Joaquim Barbosa, já se manifestou contrariamente à possibilidade de recursos, mas deve ser derrotado em plenário, uma vez que vários ministros que votaram contra a defesa, como Celso de Mello e Marco Aurélio Mello, já sinalizaram que defendem os embargos.
Nesse cenário, o voto de Zavascki poderá ser decisivo, já que diversas votações dividiram o plenário e tiveram placares bem apertados. Por isso, Veja e Época deram início à operação “faca no pescoço”, expressão usada pelo ministro Ricardo Lewandowski para retratar a pressão exercida pelos meios de comunicação sobre os ministros do STF.
Em Veja, diz-se textualmente o seguinte:
“A reabertura do julgamento e a revisão das penas terão como fiel da balança o ministro Teori Zavascki, nomeado pela presidente Dilma Rousseff. Na primeira vez em que foi cotado para o posto, Zavascki se recusou a assumir compromisso com a absolvição dos mensaleiros, e as forças trevosas boicotaram seu nome. Na segunda tentativa, assumiu o posto. Será que ele conseguiu afastar aquele impedimento? Seria escandaloso.”
Na prática, temendo que Zavascki vote contra seu posicionamento político (e não jurídico, uma vez que este não existe), Veja coloca o ministro sob suspeita.
Época, por sua vez, tenta ser mais factual, na reportagem “O fator Teori”. Trata-se de um perfil do ministro gaúcho, onde se afirma que ele não submete a pressões – sem deixar claro, no entanto, se isso se refere a pressões dos réus, do PT ou das Organizações Globo, que editam a revista.
No texto, a revista lembra que Zavascki já se posicionou de forma clara em relação a três pontos que dividiram o STF. Em relação à cassação dos mandatos de parlamentares, em que a defesa perdeu por 5 a 4 depois que Celso de Mello esqueceu o que ele próprio havia dito, Zavascki já disse com todas as letras que a prerrogativa é do Legislativo – e não do Judiciário. Sobre formação de quadrilha, o ministro também critica a banalização desse tipo de imputação. Em relação a lavagem de dinheiro, ele afirma que deve se provar que o beneficiado tinha ciência da origem ilícita do dinheiro – o que poderá até absolver o deputado João Paulo Cunha (PT/SP).
Claramente, nota-se que as forças políticas que movimentaram o tabuleiro do STF estão preocupadas com o segundo tempo do jogo. Fecharam o primeiro tempo em vantagem, mas já levaram algumas bolas na trave. E tentam agora intimidar o ministro Teori Zavascki.