quinta-feira, 28 de março de 2013

Mídia e evangélicos, os fiéis da balança em 2014



O mais importante é monitorar o comportamento dos meios de comunicação e dos evangélicos. Justamente a combinação explosiva que levou a eleição passada para o 2º turno, com a campanha suja contra Dilma na reta final. 

(Marcelo Salles) - Carta Maior

As últimas pesquisas de intenção de voto e sobre a aprovação do governo federal devem ser vistas com cautela. Apesar da ampla vantagem da presidenta Dilma Rousseff, o quadro atual dista 18 meses das eleições, tempo suficiente pra que quase tudo possa acontecer.

Em sua última pesquisa, o Ibope aponta uma aprovação recorde do governo: 92% dos entrevistados o aprovam, sendo que 63% deles o consideram bom ou ótimo e apenas 7% o reprovam (ruim ou péssimo). Outros 27% o enquadram na categoria "regular". 

Já a pesquisa de intenção de votos Datafolha divulgada na sexta-feira (22) aponta uma vantagem gigantesca para a presidenta da República. Dilma Rousseff aparece com 58% da preferência dos eleitores, seguida de Marina Silva (16%), Aécio Neves (10%) e Eduardo Campos (6%). Ou seja, se a eleição fosse hoje a presidenta estaria 26 pontos percentuais à frente de seus principais concorrentes somados.

Mas ainda falta muito para o dia do pleito. Isso não significa que as pesquisas devem ser desconsideradas; por outro lado, também não podem ser super-dimensionadas. As pesquisas são retratos de um momento, que pode se consolida ou mudar completamente, a depender de inúmeras variáveis. Por isso não convém entrar no clima do "já ganhou".

Pra início de conversa, existem alguns aspectos que devem ser levados em consideração, para além do econômico - que conta muito, mas não está sozinho.

Primeiro, devemos dar uma olhada no calendário eleitoral. Daqui até outubro de 2014 faltam 18 meses, os quais podemos dividir em três faixas de tempo. A primeira vai daqui até outubro desse ano, quando os partidos que pretendem concorrer devem estar devidamente registrados e as pessoas filiadas aos partidos pelos quais querem disputar uma vaga. É importante lembrar que vamos eleger, além da presidenta (ou presidente), governadores, senadores e deputados (estaduais e federais).

A compreensão desse primeiro momento é fundamental, pois isso significa, entre outras coisas, que somente ao chegarmos em outubro deste ano saberemos efetivamente quais partidos políticos conseguiram reunir as assinaturas para serem criados, assim como quais pessoas estarão filiadas em quais partidos e, consequentemente, aptas a concorrer um ano depois, em outubro de 2014.

A segunda faixa de tempo transcorre entre outubro de 2013 e março de 2014, quando se encerra o prazo para a desincompatibilização de cargos públicos. Vale, por exemplo, para os ministros e prefeitos que pretendem se candidatar. Nesse momento, com os pré-candidatos definidos, começa, de fato, a campanha, que seria a terceira e última faixa de tempo - aqui as alianças até então delineadas necessariamente se descortinam e a corrida eleitoral chega a seu sprit final.

Ao longo do processo, existem elementos objetivos que ocorrem em cada uma dessas faixas de tempo, enquanto outros, subjetivos, as atravessam. Entre esses últimos creio que dois podem fazer uma grande diferença daqui até outubro de 2014.

O primeiro deles é a mídia. Sem dúvida nenhuma jogará papel decisivo nas eleições. Como dizia o filósofo francês Gilles Deleuze, a mídia é uma das instituições com maior poder de produzir e reproduzir subjetividades. Ou seja, na sociedade contemporânea tvs, rádios e jornais possuem meios de influir nas formas de sentir e agir das pessoas. Conceitos e valores estão em jogo, não apenas nas manchetes jornalísticas, mas também em novelas, filmes e demais produções de entretenimento.

O segundo elemento que devemos observar é a mescla do comportamento da assim chamada nova classe média com o crescimento das religiões protestantes no país. Em "Os sentidos do lulismo", lançado ano passado, André Singer deixa muito claro que, se é verdade que o PT ganhou votos entre as classes mais pobres, esse voto não está, necessariamente, imbuído de ideologia. Segundo o autor, seria um voto conquistado muito mais pelo acesso inaudito à sociedade de consumo do que qualquer outra coisa.

Da leitura de Singer também era possível intuir a chegada de um novo partido que refletisse os anseios dessa parcela da população que ascendeu socialmente. E esse partido tem tudo para ser a Rede, de Marina Silva, que hoje aparece com 16% das intenções de voto. Além de beliscar os votos dos ambientalistas politicamente corretos, a ex-ministra, evangélica declarada, seria a fiel depositária da confiança da massa que professa essa religião.

Entre as características de parte expressiva dos evangélicos está o comportamento conservador, como demonstram suas posições em relação a temas como casamento homossexual e aborto, muitas vezes extrapolando em direção ao fundamentalismo racista/preconceituoso. Ou seja, ironicamente os avanços sociais promovidos pelos governos do PT renderiam, em parte, frutos a uma oposicionista (taí o pastor-ministro Crivella pedindo aplausos a Dilma e Lula pelo aumento do dízimo nas igrejas).

Por outro lado, e em tese, Aécio Neves, hoje com 10%, e Eduardo Campos, com 6%, teriam mais margem numérica para crescer, já que são menos conhecidos. A grande dúvida é saber de quem eles irão tirar votos. Isso, claro, se eles forem mesmo confirmados candidatos.

Enquanto isso, repito, o mais importante é monitorar o comportamento dos meios de comunicação e dos evangélicos. Justamente a combinação explosiva que levou a eleição passada para o 2º turno, com a campanha suja contra Dilma na reta final.
bogdopaulinho

Inflação e crescimento, qual o problema?



Antigamente se dizia que o Brasil vivia um dilema: ou ele acabava com a saúva ou a saúva iria acabar com ele. A saúva continua aí, firme e forte, e o mesmo acontece com o Brasil. Hoje, no lugar da saúva, os do contra, aquela turma que não se conforma em ver o país progredir, elegeu a inflação como o bicho-papão que invade os sonhos de prosperidade desta jovem democracia. E para tais arautos da desgraça, não existe outra forma de combater a alta de preços, para eles galopante, a não ser aumentar o juros e desempregar as pessoas, como forma de "arrefecer" o consumo.

Lá na África do Sul, onde foi participar da 5ª reunião de cúpula dos países que integram o grupo chamado de  Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), a presidenta Dilma Rousseff disse, numa entrevista coletiva, ser contrária a medidas de combate à inflação que comprometam o ritmo de crescimento econômico do país.
“Não concordo com políticas de combate à inflação que olhem a questão da redução do crescimento econômico, até porque nós temos uma contraprova dada pela realidade. Esse receituário que quer matar o doente em vez de curar a doença, ele é complicado, você entende? Eu vou acabar com o crescimento do país? Isso daí está datado. Isso eu acho que é uma política superada”, afirmou.
Ela ressaltou que o governo está atento e acompanha “diuturnamente” a questão da inflação. “Não achamos que a inflação está fora de controle, pelo contrário, achamos que ela está controlada e o que há são alterações e flutuações conjunturais. Mas nós estaremos sempre atentos."
Bastou ela dar essa declaração para as agências de notícias espalharem a informação de que o governo não iria permitir que o Banco Central aumentasse a taxa de juros básica, a Selic, como o mercado financeiro espera que faça, para engordar seus lucros já estratosféricos, e que o seu governo havia trocado o combate à inflação pelo crescimento econômico - como se as duas coisas fossem excludentes.
O pessoal do contra se assanhou, e foi imediatamente à luta, por meio dos inúmeros agentes que tem espalhados pelas redações país afora. A ordem foi clara: descer a lenha na presidente e no Banco Central, criar o máximo de confusão possível. Afinal, onde já se viu um governo ir contra as determinações dessa entidade sagrada chamada "mercado"?
A reação, porém, foi quase imediata. Dilma, por meio do Blog do Planalto, foi enfática em dizer que suas declarações haviam sido mal interpretadas pelo mercado financeiro. “Foi uma manipulação inadmissível de minha fala. O combate à inflação é um valor em si mesmo e permanente do meu governo.” Segundo o Planalto, “agentes do mercado financeiro estavam interpretando erroneamente seus comentários como expressão de leniência em relação à inflação”.
Hoje, o Banco Central divulgou o seu relatório trimestral de inflação, no qual projeta uma taxa de 5,7% neste ano, acima da previsão de 4,8% do relatório anterior. Também estima que o Produto Interno Bruto aumentará 3,1% neste ano.
Não é o melhor dos mundos, mas está muito, mas muito distante daquele que a turma do contra, esse pessoal que não se conforma com os avanços do país, insiste em dizer, apesar de todas as evidências em contrário, que é o real, que é este em que vivemos.
cronicasdomotta

Antes do combate à inflação vem a defesa intransigente do emprego, prega Dilma Rousseff


Uma fala da presidente Dilma Rousseff, sobre crescimento e inflação, desencadeou mais uma onda de críticas à política econômica, como se o Brasil sacrificasse a estabilidade de preços em nome de níveis de emprego maiores; do novo ataque especulativo, fazem parte economistas, como Alexandre Schwartsman e Ilan Goldfajn, e jornalistas, como Merval Pereira e Eliane Cantanhêde; ocorre que a missão do Federal Reserve, banco central americano, traduz exatamente o que a presidente Dilma falou: antes mesmo da estabilidade, vem o emprego, como meta central.
Uma fala da presidente Dilma Rousseff, sobre crescimento e inflação, desencadeou mais uma onda de críticas à política econômica, como se o Brasil sacrificasse a estabilidade de preços em nome de níveis de emprego maiores; do novo ataque especulativo, fazem parte economistas, como Alexandre Schwartsman e Ilan Goldfajn, e jornalistas, como Merval Pereira e Eliane Cantanhêde; ocorre que a missão do Federal Reserve, banco central americano, traduz exatamente o que a presidente Dilma falou: antes mesmo da estabilidade, vem o emprego, como meta central.
Dias atrás, dois economistas ligados ao sistema financeiro, Ilan Goldfajn, do Itaú Unibanco, e Alexandre Schwartsman, ex-Santander, renovaram suas críticas à política econômica do governo Dilma Rousseff e foram explícitos em seu receituário. Para conter a alta de preços, pregaram como remédio de política econômica que o governo incentivasse demissões na economia. Por mais que pareça incompreensível, é a pura verdade (leia mais aqui).
Foi a esse tipo de crítica e, provavelmente, a esses dois economistas que a presidente Dilma Rousseff falou ontem, na África do Sul, ao comentar a dicotomia entre emprego e inflação. “Não concordo com políticas de combate à inflação que olhem a redução do crescimento econômico”, afirmou. “Esse receituário quer matar o doente em vez de curar a doença”.
Instantaneamente, grandes bancos dispararam ordens para apostar na queda dos juros futuros, num movimento que pareceu ser coordenado. E foi isso que levou a presidente Dilma, no Blog do Planalto, a enfatizar seu compromisso com o combate à inflação.
O movimento presidencial deflagrou uma nova rodada de críticas à política econômica. Colunistas políticos, agora especialistas em economia, como Merval Pereira, do Globo, e Eliane Cantanhêde, da Folha, criticam o suposto descaso da presidente Dilma com a inflação.
Ocorre, no entanto, que a presidente não falou absolutamente nada que seja exótico ou mesmo surpreendente. Sua fala traduz uma mensagem que está expressa na missão do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos. Lá, o emprego vem antes da estabilidade e a missão principal do Fed é “conduzir a política monetária, influenciando as condições monetárias e de crédito na economia, em busca do maior nível de emprego, de preços estáveis e de taxas de juros moderadas no longo prazo”. Ou seja, nos Estados Unidos, economistas com uma visão de mundo semelhante às de Schwartsman ou Goldfajn, não teriam sucesso, nem pautariam editoriais na chamada grande imprensa. Emprego baixo e juros na lua não têm Ibope no mundo civilizado.
Abaixo, em inglês, a missão do Fed:
The Federal Reserve System is the central bank of the United States. It was founded by Congress in 1913 to provide the nation with a safer, more flexible, and more stable monetary and financial system. Over the years, its role in banking and the economy has expanded.
Today, the Federal Reserve’s duties fall into four general areas:
* conducting the nation’s monetary policy by influencing the monetary and credit conditions in the economy in pursuit of maximum employment, stable prices, and moderate long-term interest rates
* supervising and regulating banking institutions to ensure the safety and soundness of the nation’s banking and financial system and to protect the credit rights of consumers
* maintaining the stability of the financial system and containing systemic risk that may arise in financial markets
* providing financial services to depository institutions, the U.S. government, and foreign official institutions, including playing a major role in operating the nation’s payments system

BRICS. A NOVA REVOLUÇÃO MUNDIAL



Começou ontem, e se encerra hoje, em Durban, na República Sul-Africana, a quinta Cúpula Presidencial dos BRICS - aliança que une o Brasil à Rússia, Índia, China e África do Sul.

Durante o encontro, como estava previsto, se realiza um fórum, sob o tema “BRICS e África - Associação para a Cooperação, Integração, Industrialização e Desenvolvimento”, com a participação dos líderes, convidados, de 20 países do continente.
De acordo com a imprensa sulafricana, já foi aprovada pelos chefes de Estado, e será destaque na Declaração Conjunta que será divulgada hoje, a criação de um Banco de Desenvolvimento para os BRICS, nos moldes do Banco Mundial, com capital inicial de 50 bilhões de dólares; um acordo de swap no valor de 100 bilhões de dólares, para empréstimo conjunto de recursos em caso de crise, nos moldes do que faz o FMI; e uma troca de moedas entre o Brasil e a China, por três anos, em valor equivalente a 30 bilhões de dólares por ano. A providencia garantirá o comércio de mercadorias, bens e serviços em moeda local, para ficar a salvo de eventuais flutuações da moeda norte-americana.
China e o Brasil são, hoje, respectivamente, o primeiro e o terceiro credor individual externo dos EUA. Os países BRICS detêm, em conjunto, 4,5 trilhões de dólares em reservas internacionais, ou 40% do total do mundo.
Com a criação do seu próprio banco de fomento, eles estão dizendo ao ocidente que se cansaram de esperar por reformas no Banco Mundial e no FMI, que lhes dessem poder equivalente nessas instituições, conforme o peso de seus recursos financeiros, sua população, seus territórios, mercados, recursos naturais, e dimensão geopolítica.
Como ocorreu com o G-8, que se tornou uma sombra do que era antes, após a criação do G-20 - com a decisiva participação do Brasil - o FMI e o Banco Mundial poderão minguar sua já decrescente importância na nova ordem multipolar no mundo do século XXI.
Findou o tempo em que os países mais pobres tinham de ir aos EUA mendigar recursos para infraestrutura ou enfrentar crises geradas, como a atual, nas entranhas do descontrolado ultra- capitalismo.
A partir de agora, eles terão outros interlocutores a procurar, em Brasília, Moscou, Nova Delhi, Pequim ou Pretoria, e não apenas em Washington, Londres ou Berlim.
O Brasil, com a soja resistente à seca da Embrapa, a mais produtiva cana de açúcar e o melhor gado tropical do mundo, suas construtoras e seus programas de combate à miséria e à fome, aliado à China, com seus gigantescos recursos financeiros, e aos russos e indianos, pode mudar, em poucas décadas, o futuro da população africana.
Basta que, para isso, não cometamos os mesmos erros e os mesmos crimes do arrogante colonialismo ocidental, o mesmo que, depois de tantos séculos de espoliação e violência, acabou por nos reunir no BRICS.
Fonte - do Blog Mauro Santayana  27/03/2013

A receita de Rousseau para uma sociedade harmoniosa é extremamente atual

Ei-la: “Não tolerem opulência e nem mendidância”.

Rousseat
Rousseau
“QUEREM DAR consistência ao Estado? Aproximem os extremos. Não tolerem nem a opulência nem a mendicância.”
A frase de Rousseau em seu Contrato Social me ocorre ao refletir sobre o projeto de Bill Gates e Warren Buffett de convencer bilionários como eles a destinar, no testamento,  parte de sua fortuna para a filantropia.
É mais marketing que outra coisa. O problema na sociedade americana é o abismo entre bilionários (pouquíssimos) e o resto (muitíssimos). Essa desigualdade é maquiada pela fantasia de que qualquer um pode se tornar Bill Gates. É lorota. Veja quantos iguais a Bill Gates existem e quantos sonham, na fronteira cabulosa entre a esperança e o desespero, com a proteção do Projeto de Saúde de Obama, inspirado nos países mais desenvolvidos da Europa.
Uma digressão: ri comigo mesmo ao imaginar o que Jorge Paulo Lehman teria dito a seu amigo Buffett caso este o tivesse  convidado a entrar no grupo dos filantropos blionários.
A melhor coisa que li sobre o projeto estava num editorial do Global Times, da China. Antes de perguntar por que os bilionários decidiram ser generosos, dizia o editorial, você deve perguntar por que eles têm tanto dinheiro.
Paulo Nogueira
No Diário do Centro do Mundo

Deputados recorrem ao plenário contra Feliciano


Parlamentares ligados aos direitos humanos vão apresentar um recurso pedindo a saída de Marco Feliciano do comando da CDH. Intenção é que pedido seja votado na próxima semana. Outra estratégia é o esvaziamento da comissão
Alexandra Martins/Câmara dos Deputados
Parlamentares traçam estratégia para tirar Feliciano da presidência da CDH
Parlamentares ligados a direitos humanos vão recorrer ao plenário da Câmara para forçar a saída do deputado Pastor Marco Feliciano(PSC-SP) do comando da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDH). A intenção é apresentar um recurso questionando tanto a eleição quanto a forma de conduzir os trabalhos do colegiado. Além disso, querem diminuir o poder de Feliciano esvaziando a composição e os trabalhos da CDH.
“Na próxima semana oferecemos um recurso, porque se a Casa não tem como decidir através das suas instâncias, como o Colégio de Líderes, que este Plenário possa decidir”, disse a deputada Erika Kokay (PT-DF), que foi vice-presidenta da CDH no ano passado. Ela fez o anúncio hoje sobre a apresentação do recurso. O grupo de parlamentares, que formou a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos, acredita que a conversa de Feliciano com os líderes, marcada para terça-feira (2), não deve surtir efeito.
Por isso, a intenção de apresentar o recurso. Os mesmos deputados já tinham acionado o Supremo Tribunal Federal (STF) para contestar a sessão que terminou com a eleição de Feliciano para presidente da CDH. Existem dúvidas regimentais sobre ela. Em especial, o fato de ter sido convocada pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) sem ato oficial e com o pedido de portas fechadas.
Além disso, os deputados questionam os últimos incidentes envolvendo a comissão. Hoje, dois manifestantes foram detidos por protestos contra Feliciano. O primeiro, o antropológo Marcelo Pereira, participava de audiência pública na CDH. O outro durante manifestação em frente ao gabinete do deputado paulista. “O que aconteceu hoje na CDH é absolutamente repudiável. Tivemos o presidente oferecendo ordem de prisão a pessoas que ali estavam para exercer o direito da liberdade de expressão”, disparou.
Em plenário, o deputado Amauri Teixeira (PT-BA) disse que a “Casa da democracia” está sendo maculada pelas recentes atitudes de Feliciano como presidente da Comissão de Direitos Humanos. “Essa é a casa do povo, não podemos macular a Casa do povo com decisões repressivas. [A comissão não pode ser] palco para aqueles que querem se manter na mídia com atitudes totalmente descabidas”, disparou.
Esvaziamento
Uma das estratégias dos parlamentares que defendem a saída de Feliciano da presidência da CDH, é aumentar o número de parlamentares na comissão. Dessa forma, a bancada evangélica perderia a maioria no colegiado e não poderia garantir o quórum mínimo para votação. A possibilidade já havia sido aventada ontem (26) pelo líder do Psol na Câmara, Ivan Valente (SP). Hoje, a proposta ficou melhor definida.
De acordo com Valente, a mudança pode ser feita por projeto de resolução da Casa. Ele afirmou que ontem, cerca de 12 líderes que estiveram presentes na reunião com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), concordaram com a estratégia e se comprometeram a, caso a proposta siga em frente, indicarem parlamentares comprometidos com causas dos direitos humanos. Ele afirmou que Henrique Alves também gostou da ideia.
Ordem
Líder do PSC na Câmara, André Moura (SE) usou a tribuna para defender Feliciano. Ele disse que a Comissão de Direitos Humanos não pode ser uma “verdadeira baderna” e justificou o pedido de prisão feito pelo deputado contra o antropólogo Marcelo Pereira. “O presidente foi enxovalhado, criticado. [O manifestante] subiu na mesa, queria tirar a palavra dele”, afirmou. Para ele, as manifestações devem ocorrer de forma ordeira.
No discurso, Moura atacou o PT. Assim como fez o vice-presidente nacional do PSC, Everaldo Pereira, ontem (26), ele disse que os petistas deveriam questionar a indicação de “dois mensaleiros condenados pelo Supremo Tribunal Fedaral” para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Foi uma referência aos deputados José Genoino (PT-SP) e João Paulo Cunha (PT-SP), ambos condenados pelo STF no processo do mensalão.
“Enquanto tivermos discursos falsos, moralistas, por membros do PT, que vêm criticar a indicação do PSC… Eles deveriam é criticar a indicação deles. O deputado Marco Feliciano vai cumprir seu mandato como o regimento determina”, finalizou Moura.


terça-feira, 26 de março de 2013

Brics iniciam encontro que deve criar alternativa a Banco Mundial e FMI




Dilma é cumprimentada ao chegar
a Durban, na África do Sul
(Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

Presidenta Dilma Rousseff já está em Durban, na África do Sul, para a reunião de cúpula do bloco

Renata Giraldi, Agência Brasil /RedeBrasil Atual

A presidenta Dilma Rousseff chegou hoje (26) por volta das 13h (8h de Brasília) a Durban, na África do Sul, onde participa da 5ª Cúpula do Brics (bloco formado pelo Brasil, a Rússia, Índia, China, África do Sul). Dilma tem reunião nesta terça-feira com o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, e vai ao jantar de abertura da cúpula.

Participarão do encontro Dilma, Zuma, os presidente da Rússia, Vladimir Putin, e da China, Xi Jinping, além do primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh. O tema da cúpula é Brics e África: Parceria para o Desenvolvimento, Integração e Industrialização. Estarão em discussão a promoção do desenvolvimento inclusivo e sustentável, a reforma das instituições de governança global, os caminhos para a paz, a segurança e a estabilidade globais.

Na cúpula de Durban, a expectativa é que os mandatários aprovem a criação de uma nova instituição bancária que será alternativa ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

Depois da cúpula, amanhã (27), haverá reunião dos presidentes e o primeiro-ministro indiano com líderes regionais de nações africanas para debate sobre o tema Liberando o Potencial Africano: A Cooperação entre o Brics e a África em Infraestrutura.

Em 2012, o Produto Interno Bruto (PIB) do grupo foi US$ 15 trilhões. Segundo dados do FMI, o Brics responde por 21% do PIB mundial em valores nominais e por 27% do PIB mundial em termos de paridade de poder de compra. Os cinco integrantes do bloco ocupam 26% da área terrestre do planeta, abrigando 42% da população mundial e detendo 45% da força de trabalho global.”

Por que a direita perde no Brasil?



Emir Sader, Blog do Emir / Carta Maior

“A direita esgotou suas distintas modalidades de governo – ditadura militar, governos neoliberais – entre 1964 e 2002, ficou esvaziada de alternativas e tem que ver, passivamente, governos pós-neoliberais derrotá-la – de 2002 a 2010, muito provavelmente 2014, completando, pelo menos, 16 anos fora do governo.

Por que isso acontece? Em primeiro lugar, porque se equivoca nos diagnósticos dos problemas brasileiros e coloca em prática soluções equivocadas, sem capacidade de fazer autocritica e emendar seus caminhos.

Prévio ao golpe de 1964, o diagnóstico se voltava contra “a subversão”, acusando complôs internacionais que buscaria implantar no Brasil “o comunismo”. O Estadão, por exemplo, chamava, nos seus vetustos editoriais, o moderado governo Jango de governo “petebo-castro-comunista”.

Daí que o centro do regime militar foi a repressão, para extirpar todos os vírus da subversão, limpando o organismo brasileiro dos elementos infiltrados. Nasceu de um golpe apoiado consensualmente pelo bloco dominante – grande empresariado, imprensa, Igreja católica, governo dos EUA, FFAA.

Passada a euforia inicial, o regime se estabilizou apoiado sempre na repressão, mas também numa política econômica, em que o santo do “milagre” foi o arrocho salarial, que permitiu o crescimento exponencial da exploração dos trabalhadores e dos lucros das grandes empresas nacionais e estrangeiras.

A retomada do crescimento econômico se baseou num modelo com um marco classista evidente: se baseava no consumo das esferas altas do mercado e na exportação, relegando a grande massa da população, afetada pelo arrocho salarial. Foi uma lua de mel idílica para o grande capital, que recebia todo o apoio governamental e não encontrava resistência nos sindicatos – todos sob intervenção militar.

Foi um sucesso que, assentado também nos empréstimos externos – especialmente quando o capitalismo internacional passou do seu ciclo longo expansivo do segundo pós-guerra a seu ciclo longo recessivo, iniciado em 1973 –, o que fez com que o modelo se esgotasse com a crise da divida – na virada dos anos 1970 à década seguinte.

Passou-se a apostar na democracia como a solução de tantos problemas acumulados no Brasil. O bloco dominante fez uma tortuosa transição da passagem do apoio à ditadura para a democracia, ajudado pela fundação do PFL e pela aliança, pela derrota da campanha das diretas e pela eleição do novo presidente pelo Colégio Eleitoral, que consagrou a aliança entre o velho e o novo – este na sua modalidade mais moderada, com Tancredo Neves.

O governo Sarney funcionou como transição entre a temática ditadura/democracia para a temática Estado/mercado. A democratização reduziu-se ao restabelecimento formal dos direitos políticos, sem democratizar nenhuma outra estrutura da sociedade: nem as grandes corporações privadas, nem os bancos, a terra, a mídia.

Com Collor introduziu-se no Brasil o diagnóstico neoliberal: a economia não voltava a crescer por excesso de regulamentação. E, no seu bojo, vieram as privatizações, o Estado mínimo, a precarização laboral, a abertura do mercado. A queda do Collor deixou essas bandeiras disponíveis, que encontraram em FHC sua reformulação – naquela que passou, até hoje, a ser o diagnóstico da direita sobre os problemas do Brasil, resumidos num tema: o Estado não é a solução, mas o problema – como enunciado por Ronald Reagan há já mais de 30 anos.

Lula veio para desmontar esses diagnósticos. O Estado mínimo favoreceu a centralidade do mercado e, com ela, a exclusão social e a concentração de renda, pela falta de proteção que politicas sociais levadas a cabo pelo Estado poderiam levar adiante.

O sucesso dos governos Lula e Dilma deixa desarmados e desconcertados os próceres – partidários e midiáticos – da direita. A crise do capitalismo iniciada em 2008 e que segue sem hora para acabar, gerou um novo consenso na necessidade de intervenção anticíclica do Estado. A capacidade de resistência dos governos progressistas da América Latina pela prioridade das politicas sociais, dos processos de integração regional e dos intercâmbios Sul-Sul, e pela recuperação do Estado como indutor do crescimento econômico e garantia das dos direitos sociais da maioria – terminou de desarvorar a direita e deixá-la sem plataforma e sem alternativas.

Os candidatos que buscam uma brecha para se projetar – sejam Serra, Heloisa Helena, Alckmin, Marina, Plínio, Aécio, Eduardo Campos – se situam à direita do governo. Não conseguem reconhecer o extraordinário processo de democratização social que o pais vive há mais de 10 anos. Ou tentam aparecer como seus continuadores – como na primeira parte da campanha do Serra em 2010 –, ou desconhecem o novo panorama social brasileiro e atacam o Estado – de forma direta, como o Alckmin em 2006, ou de forma indireta, com a centralidade do combate à corrupção, outra forma do diagnostico de que o problema do Brasil é o Estado ou ainda na temática ecológica com a visão de que a “sociedade civil” é alternativa ao Estado, como a Marina.

Assim, a direita perdeu em 2002, 2006, 2010, e tem todas as possibilidades de seguir perdendo em 2014 e depois também. Porque não entende o Brasil contemporâneo, seu diagnóstico ainda é o neoliberal.”

domingo, 24 de março de 2013

Pastor Feliciano declarou que sua mansão vale apenas R$ 60 mil


Marco Feliciano declarou que sua mansão vale apenas R$ 60 mil. Ministro do STF Ricardo Lewandowski intimou ontem (20) o pastor a depor sobre acusações de estelionato


Em sua declaração de bens apresentada em 2010 à Justiça Eleitoral, o pastor Marco Feliciano informou que a sua mansão (na foto ao lado) em Orlândia (SP) vale apenas R$ 60 mil. Do lado dela há uma casa simples — onde funciona uma clínica de estética — avaliada em R$ 65 mil.
Em um terreno de 600 metros quadrados, a mansão parece uma fortaleza à sombra de coqueiros em um bairro de pessoas simples.
O pastor mora ali com sua mulher e três filhas. A garagem foi dimensionada para os três carros de luxo importados dele e os da família. Apenas um desses carros — uma BMW — vale cerca de R$ 95 mil, ou seja, R$ 35 mil a mais do que o valor declarado da mansão.
mansão pastor marco feliciano
Um dos carros de luxo do pastor Feliciano custa cerca de R$ 95 mil, mais do que o valor declarado da casa. (Foto: Mariana Martins)
Naquele ano, Feliciano declarou que os seus bens dão a soma de R$ 634,8 mil. O bem de maior valor era um imóvel avaliado em R$ 127 mil. Hoje ele está alugado para uma empresa de eventos. No total, o pastor possui seis imóveis em Orlândia.
O pastor, que se elegeu deputado pelo PSC com mais de 200 mil votos, disse quenão coloca em seu bolso sequer um centavo do dízimo da sua igreja, a Catedral do Avivamento, que tem 13 templos (ou “filiais”, como dizem seus pastores) no Estado de São Paulo.
Ele afirmou ao jornal “O Globo” que o seu patrimônio foi construído com o dinheiro que recebe de suas palestras, mas não entrou em detalhes sobre o valor médio que cobra. Disse que o pagamento é “variável”.
Em paralelo às atividades religiosas de Feliciano, há os negócios de suas empresas. A Marco Feliciano Empreendimento Culturais e Eventos cuida dos shows, a Grata Music se dedica à venda de CDs e DVDs, e a Tempo de Avivamento Empreendimentos é de publicidade. A Assessoria do pastor afirmou que essas duas empresas se encontram desativadas.
Leia também
  • A revista Istoé desta semana publicou que o pastor é também dono da GMF Consórcios. A empresa foi fundada em 2007 por três pastores da Avivamento para atuar no comércio de programas de computador e serviços de internet, mudando depois para “administração e representação comercial de bens e direitos”.

Os pastores transferiram a GMF para Feliciano e sua mulher, a pastora Edileusa Feliciano, que também é sócia dele em outras empresas.
O pastor já usou suas pregações para estimular as vendas da empresa. Até recentemente, em seu programa religioso na tevê, ele dizia aos fiéis: “Realize, em nome de Jesus, o sonho da casa própria. Com apenas R$ 300 por mês você adquire um consórcio que dará uma carta de crédito de R$ 30 mil”.
Feliciano sonha alto. Ele já disse que um dia será presidente do Brasil. Por enquanto ele segue firme na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. embora seja autor de afirmações racistas e homofóbicas.

Ministro Lewandowski intima Pastor Feliciano a depor sobre acusação de estelionato

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), publicou na noite desta quarta-feira intimação para que o deputado federal Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) compareça a interrogatório no dia 5 de abril. O deputado é réu em uma ação penal na qual é acusado de estelionato.
A denúncia contra Feliciano foi feita pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, em 2009, antes de ele tomar posse como deputado federal. O processo foi remetido ao STF em razão do foro privilegiado. Na ação, o deputado é acusado de obter para si a vantagem ilícita de R$ 13.362,83 simulando um contrato “para induzir a vítima a depositar a quantia supramencionada na conta bancária fornecida”.
A defesa do deputado nega a acusação. Segundo o advogado Rafael Novaes, Feliciano foi contratado para fazer uma série de palestras e não pôde comparecer em razão de outros compromissos. Ele teria recebido o dinheiro, mas tentado devolver. Ainda segundo o defensor, os organizadores se recusaram a receber e entraram com a ação na Justiça.

Conheça 7 motivos para detestar o McDonald’s


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Desde a exploração nefasta de trabalhadores, passando por um marketing assustador e predatório voltado às crianças, até a utilização da “gosma rosa” na fabricação de alimentos, uma substância considerada ilegal para consumo humano. Confira a seguir os sete piores fatos sobre o McDonald’sPor Lauren Kelley, do site AlterNet. Tradução: Socialista Morena


1. Quer que os empregados trabalhem em feriados sem pagar hora extra.

 
O McDonald’s possui uma longa história de práticas trabalhistas nefastas, mas esta é especialmente avarenta: a empresa mantém suas franquias abertas no Dia de Ação de Graças (feriado nos EUA) e no Natal. Pior: os empregados que trabalham nestes dias não recebem hora extra. De acordo com um porta-voz da empresa, “quando nossas lojas ficam abertas em feriados, a equipe voluntariamente se oferece para trabalhar. Não há pagamento extra”. Mark E. Anderson do Daily Kos fez alguns cálculos e descobriu que o McDonald’s faturou 36 milhões de dólares extras por permanecer aberto no Dia de Ação de Graças. Anderson lembra que “já é ruim o suficiente que o McDonald’s pague péssimos salários, mas eles vão além e conseguem não pagar extras para funcionários que abrem mão de suas folgas para que a empresa ganhe milhões de dólares”. Uau.
 
 

2. Os empregados não são bem pagos em geral.

 
Não receber hora extra por trabalhar em feriados já é péssimo, mas ganhar mal durante o ano todo é uma realidade para os trabalhadores do McDonald’s. Como Sarah Jaffe escreveu no Atlantic recentemente, “o termo McJob virou sinônimo de tudo que é errado nos empregos mal pagos do setor de serviços da economia americana”, porque, “não importa o trabalho que você tenha, será melhor do que trabalhar num restaurante de comida fast-food”. E, claro, o McDonald’s é a maior rede de fast-food existente.
 
Este fato resume o problema: um empregado comum do McDonald’s teria que trabalhar um milhão de horas –ou mais do que um século– para ganhar o mesmo que um CEO da empresa recebe em um ano (8,75 milhões de dólares). A boa notícia é que os trabalhadores do ramo de fast-food, inclusive empregados do McDonald’s, recentemente começaram a se organizar para reivindicar melhor tratamento e melhores salários.
 

3. Seu marketing voltado às crianças é “assustador e predatório”

 
Dois anos atrás o grupo Center for Science in The Public Interest anunciou a intenção de processar o McDonald’s por seu “assustador e predatório” marketing voltado ao público infantil. Em sua carta, o CSPI comparou o McDonald’s “àquele estranho no parquinho que oferece balinhas para as crianças” e disse que a empresa usa “marketing injusto e enganoso” para “atrair crianças pequenas”.
 
 
“O ambíguo enfoque do marketing direcionado a crianças pelo McDonald’s pode ser visto em um recente press-release que diz que a promoção da empresa baseada no filme Shrek “irá encorajar as crianças a ‘deshrekizar’ seu McLanche Feliz ao redor do mundo com opções de menu como frutas, vegetais, leite e sucos naturais”. Na realidade, entretanto, o ponto principal da promoção Shrek é conseguir atrair crianças ao McDonald’s, onde elas acabarão escolhendo as opções menos saudáveis e comendo refeições calóricas.”
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Não é a primeira vez que o McDonald’s fica sob fogo cerrado pelo uso de brinquedos do McLanche Feliz para atrair crianças como consumidores, e, como a empresa é o distribuidor de brinquedos número um do mundo, certamente não será a última.
 
 
(No Brasil, o instituto Alana vem lutando para proibir o McDonald’s de distribuir brinquedos junto com o McLanche Feliz. Um projeto proibindo a associação entre brinquedos e sanduíches já foi aprovadopela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado.)

4. Tem uma salada mais gordurosa do que um hambúrguer com fritas e a granola menos saudável do planeta.

 
O McDonald’s lançou uma salada Caesar mais gordurosa que um hambúrguer com fritas. O Daily Mail noticiou que, “com os temperos e os croutons, a salada contém 425 calorias e 21,4g de gordura, comparada com as 253 calorias e 7,7g de gordura de um hamburguer comum”. Adicionando uma porção de fritas a seu hambúrguer, as calorias somam 459 –ainda assim com menos gordura do que a salada (16,7g). Impressionante.
 
 
Mais recentemente, a granola (que vem junto com o iogurte) –outra opção “saudável” do menu– foi criticada por não ser nada boa para você. Mark Bittman escreveu no New York Times que a granola da empresa não é nada além de “junk food cara” (você pode fazer granola realmente saudável em casa com pouquíssimo dinheiro). Ele continua: “uma descrição mais acurada do que ’100% cereal integral natural’, ‘passas macias’, ‘doces cranberries’ e ‘maçãs frescas crocantes’ poderia ser ‘aveia, açúcar, frutas secas açucaradas, creme e 11 estranhos ingredientes que você nunca teria em sua cozinha’.”

5. Os hambúrgueres não se decompõem.

 
Quem pode esquecer que há um par de anos uma mulher deixou sobre a mesa por seis meses um hambúrguer e fritas do McDonald’s apenas para descobrir que o lanche não se decompõe?
Aqui o lanche no primeiro dia:
 
mcdonalds sanduíche podre decomposição
Dia 1. (Foto: divulgação)
E aqui no dia 171:
mcdonalds sanduíche decomposição
Dia 171. (Foto: divulgação)
Se você acha que é lenda, um pesquisador descobriu que os hambúrgueres do McDonald’s de fato podem estragar sob certas circunstâncias, mas em geral eles não se decompõem por si próprios. Segundo ele, “o hambúrguer não estraga porque seu pequeno tamanho e superfície relativamente grande ajudam a perder umidade. Sem umidade, não há mofo ou crescimento de bactérias”. Basicamente, o hambúrguer vira carne seca antes de se decompor. Ou seja, não é uma questão de químicas nojentas no hambúrguer que o mantêm intacto, mas ainda assim é uma gororoba.

6. O McDonald’s usou “gosma rosa” por anos.

 
Há pouco tempo vimos e ficamos horrorizados com esta imagem:
mcdonalds gosma rosa
“Gosma rosa” usada pelo Mcdonald’s na fabricação de alimentos. (Foto: divulgação)
 
 
Trata-se de “pink slime” (“gosma rosa”), uma substância derivada de partes mecanicamente separadas de frango que durante anos foi utilizada para fazer os nuggets do McDonald’s, pelo menos nos EUA; no Reino Unido, a substância é considerada ilegal para consumo humano. (Recentemente, graças a ativistas, a ‘gosma rosa’ foi banida do lanche ESCOLAR nos EUA).
 
 
A boa notícia é que, uma vez que a imagem começou a circular, o McDonald’s foi forçado a descontinuar o uso da gosma rosa. (A empresa garante que a indignação pública não teve nada a ver com a decisão.)

7. O McDonald’s está em toda parte.

 
Você pode tentar o que for, mas não escapará do McDonald’s. Nos EUA, o único lugar onde você pode estar a 100 milhas de um McDonald’s é um deserto na fronteira entre o Oregon e Nevada.
 
 
mcdonalds eua
São raríssimos os locais onde não se encontra um Mcdonald’s nos EUA

terrordonordeste.