O governo de São Paulo, administrado por Geraldo Alckmin (PSDB), foi multado, na terça-feira (26), em R$ 400 mil por utilizar manobras para tirar água dos reservatórios Billings e Guarapiranga e enviar às residências paulistas.
Segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) prejudicou a Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), responsável pelas represas, ao captar água que serviria para produção de energia. A Procuradoria-Geral do Estado informou que vai recorrer da decisão.
Os reservatórios atingidos pela captação irregular de água foram construídos para a gerar energia elétrica e há mais de 60 anos são usados para abastecer a Grande São Paulo. Atualmente, respondem por apenas 39% da produção da Sabesp.
O processo existe desde 2012, quando um dos acionistas da Emae se queixou da Sabesp por não receber por ceder a água para uso da Companhia. Apenas na terça-feira (26), a CVM considerou errada a operação feita pelo governo do estado de São Paulo nos dois reservatórios porque diminuía a capacidade de geração de energia hidrelétrica da empresa e não ressarcia os acionistas.
A multa veio após o departamento técnico da CVM constatar que o governo de Alckmin, ao autorizar a operação de captação de água, colocava a EMAE em desvantagem e deixaria de atender o interesse dos acionistas da empresa. Segundo um dos investidores responsáveis pela reclamação, a Emae deixou de arrecadar R$ 120 milhões anuais com a retirada sem compensação.
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