sábado, 19 de dezembro de 2009

Críticos elogiam Lula e falam em "decepção" sobre Obama



Um discursou logo após o outro no plenário da Conferência do Clima de Copenhague, na Dinamarca, mas os resultados das falas dos presidentes Lula e Barack Obama foram diametralmente opostos nos corredores do Bella Center, onde acontece o evento. Enquanto Lula entusiasmou, Obama foi alvo de críticas e decepcionou os que esperavam que ele pudesse mudar o rumo das negociações na reta final.

As diferenças já puderam ser vistas durante os pronunciamentos: Lula teve quatro vezes o discurso interrompido por aplausos, enquanto Obama nenhuma vez - apesar de as palavras do americano serem as mais aguardado de todo o evento. Ao final dos discursos, mais uma vez as palmas enfáticas para oPresidente Lula se distanciaram dos aplausos meramente protocolares dispensados a Barack Obama.

"O Lula mandou muito bem e abriu a porta para quem sabe as negociações tomarem outro rumo", disse Paulo Adário, um dos coordenadores do Greenpeace Brasil. Adário elogiou a postura de vanguarda que o Brasil assumiu, ao oferecer contribuição financeira para o Fundo Global de Mudanças Climáticas para os países pobres. "A gente sabe que o Brasil não é mais nenhum Haiti e vínhamos cobrando isso há anos do presidente. Ele fez o que a gente esperava dele."

O coordenador da ONG Vitae Civilis, Rubens Harry Born, destacou que a fala improvisada de Lula fez toda a diferença. "Ele foi ele mesmo, falou com o coração e passou uma mensagem muito legal de comprometimento. Acho que essa postura pode ter efeitos nas negociações", afirmou Born.

O francês Fabrice Bourger, membro da delegaçãoda França, disse que o Brasil deu um exemplo "sem precedentes" e que o discurso de Lula o aproxima ainda mais dos europeus. "Foi constrangedor para os outros países. Mas, sinceramente, nós não esperávamos outra coisa de Lula", afirmou Bourger. "Ele se destaca de todos os outros líderes com essa posição aberta ao diálogo, sem perder a firmeza e a determinação."

Obama: "mico da história"


Já as palavras em relação a Obama foram bem diferentes. "Arrogante", "estúpido", "burocrático" e autor de um "mico histórico" são apenas algumas das definições empregadas nos corredores da COP-15.

"Uma parte, foi de palavras da boca para a fora (como a frase de que "não se pode mais perder tempo" para salvar planeta). E a outra, um verdadeiro absurdo. Foi um mico histórico", disse Born. Para o coordenador da Vitae Civilis, Obama só reforçou o discurso intransigente que os Estados Unidos vinham defendendo na Cúpula do Clima e não trouxe nenhuma novidade. E ainda usou como desculpa para a falta de ação um argumento que todos os países democráticos poderiam utilizar, se quisessem: o de que não pode fazer nada sem a aprovação prévia do Congresso de seu país.

Adário, do Greenpeace, foi ainda mais duro. "A postura do Obama naquele púlpito foi socialmente arrogante e politicamente estúpida. Não está nem perto de assumir a posição de liderança que as pessoas esperavam dele", afirmou, destacando que as três condições impostas pelo americano para que assine um acordo - transparência, verificação das ações e metas de redução baixas - devem manter as negociações travadas.

Também a ausência de especificações sobre quanto os Estados Unidos estarão dispostos a contribuir para fundo internacional de financiamento decepcionaram. Obama garantiu apenas que o país vai entrar com recursos, mas não detalhou nem quanto, nem quando. Bourger, negociador francês, preferiu não se estender nos comentários, mas não escondeu a decepção. "Acho que os esforços da Europa não foram suficientes para mudar nem um milímetro da posição americana."

Também o ministro brasileiro do Meio Ambiente, Carlos Minc, criticou o presidente americano e disse que o seu discurso "foi uma desgraça". "O Obama foi muito frustrante. Parecia até que o Lula tinha mais responsabilidades do que ele no plano climático mundial, de tanto que o Obama falou mal¿.

COP-15

A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, de 7 a 18 de dezembro, que abrange 192 países, vai se reunir em Copenhague, na Dinamarca, para a 15ª Conferência das Partes sobre o Clima, a COP-15. O objetivo é traçar um acordo global para definir o que será feito para reduzir as emissões de gases de efeito estufa após 2012, quando termina o primeiro período de compromisso do Protocolo de Kyoto.Terra


Lula de volta pra casa.O Presidente Lula já deixou Copenhague


Lula deixou o centro de conferências por volta das 20h (17h em Brasília), logo após uma reunião com o grupo Basic, formado pelos quatro principais países emergentes (Brasil, África do Sul, Índia e China), para o aeroporto de Copenhague


blog A P L

Façam o que eu digo, não o que faço

por Luiz Carlos Azenha

Não pretendo discutir, aqui, se de fato o clima no mundo está ou não mudando, se sempre mudou porque a Terra está em constante transformação, se a atividade do homem na Terra colaborou com o aquecimento global e outros temas. Fiquem à vontade para fazê-lo nos comentários. Não acho que o assunto esteja definitivamente encerrado, pois o cigarro um dia vendido de forma glamourosa causava câncer e o fim do mundo por causa do bug do milênio não se materializou.

O que me interessa é discutir o que se esconde por trás do discurso oficial das grandes nações do planeta.

Sabemos que os Estados Unidos e a União Europeia se desenvolveram tirando proveito de todos os seus recursos naturais e mais daqueles que estavam ao alcance de sua expansão imperial na Ásia, na África e na América Latina. Este é um dado histórico, incontestável. Basta analisar, por exemplo, a empresa da escravidão dos negros africanos, mão de obra gratuita que trabalhou as terras brasileiras, que exportou no açúcar a água e o poder energético do sol colhidos no Brasil para abastecer as mesas do nascente mercado consumidor. Basta ver a degradação ambiental promovida pela industrialização dos grandes centros urbanos dos Estados Unidos, a poluição dos rios europeus e os grandes projetos de mineração, de construção de represas ou ferrovias que varreram montanhas, florestas e rios do mapa.

É óbvio que, como grandes poluidores do meio ambiente, os Estados Unidos, as nações europeias e o Japão devem contribuir proporcionalmente com os esforços para mitigar as mudanças climáticas com as quais eventualmente tenham contribuído.

É óbvio, igualmente, que os paises em desenvolvimento -- como o Brasil, a Índia e a China -- podem e devem, na medida de suas possibilidades, adotar políticas públicas distintas daquelas praticadas anteriormente pelos grandes devastadores, por todos os motivos do mundo: a degradação ambiental é, também, degradação humana; ela embute custos que, mais tarde, serão pagos pela própria sociedade que a pratica (as doenças ambientais, por exemplo); o consumismo desenfreado é uma impossibilidade material para uma sociedade que realmente se pretende democrática (que garanta que a população realmente desfrute dos recursos naturais de forma equânime).

Dito isso, é sempre importante lembrar que os Estados Unidos, os europeus e os japoneses seguem sendo os maiores consumidores de recursos naturais do planeta, muitos dos quais obtidos na África, na Ásia e na América Latina. Que a matriz energética dos Estados Unidos continua fortemente dependente do carvão (responsável pela produção de quase 50% da energia elétrica do país) e que a matriz energética da China é fortemente dependente do carvão (65% da energia elétrica do país).

Que, enquanto nos fóruns internacionais, esses países se dizem interessados em combater o aquecimento global, internamente poucas medidas práticas ambos tomam para fazê-lo, colocando sempre o consumo e o bem-estar de suas próprias populações acima de objetivos genéricos do planeta.

Que os grandes poluidores são também aqueles com maior capacidade humana e financeira para desenvolver as novas tecnologias ligadas à produção de energia limpa.

Fiquem alertas, pois, para a seguinte possibilidade: eles vão explorar todos os recursos naturais disponíveis em seus próprios territórios enquanto nos acusam de degradar o meio ambiente e ao mesmo tempo vão faturar nos vendendo a tecnologia necessária para produzir energia limpa. Resumo do filme: Não faça o que eu faço e pague para não fazer o que faço. É preciso ter cuidado para não cair nessa armadilha neocolonial.

Andréa Neves poderá coordenar campanha de Dilma em Minas


Assessor de Lula confidencia: Atitude de Aécio abrirá caminho para que sua irmã aceite convite para coordenar campanha de Dilma Rousseff

Realmente em política nada é previsível.

Ao contrário, o imprevisível é o que normalmente acontece. Principalmente em Minas Gerais.

Não por outro motivo que bem antes da data marcada (Janeiro de 2010), Aécio convocou a imprensa ao Palácio da Liberdade nessa quinta-feira (17), para comunicar que não mais concorreria a Presidência da República.

Tal fato surpreendeu até mesmo seus aliados. Porém, surpresa maior estará por vir.

Há aproximadamente uma semana em um almoço em Brasília, onde participou o diretor do Novojornal e um dos mais próximos assessores de Lula, após o diretor comprometer que só divulgaria o fato após ele ocorrer, o assessor confidenciou:

“O Serra abusou. Aécio deverá desistir de ser candidato à presidência e sua irmã comandará a campanha de Dilma em Minas”.

Evidente que tal confidência causou espanto, porém os fatos ocorridos nos últimos dias estão provando o contrário.

Nos bastidores por quase uma década, Andréa Neves entrará em cena.

Sabidamente ela é o braço direito de seu irmão. Embora “oficialmente” comande apenas a área assistencial do Governo de Minas através do Servas.

Sua entrada modificará os rumos da sucessão estadual e federal em Minas Gerais.

Na Assembléia Legislativa Mineira este fato cairá como uma bomba assim como na Câmara Federal.

Poucos sabem que Andréa tem sua origem política no PT carioca, onde foi uma das fundadoras do partido antes da eleição de seu avô Tancredo para o governo de Minas Gerais.

Segundo este mesmo assessor esta movimentação viabilizaria a eleição do Ministro Patrus Ananias e Aécio para o senado. Além da candidatura de Fernando Pimentel para governo de Minas, tendo como vice Anastasia. Hélio Costa seria o vice de Dilma.

É claro que diante deste novo quadro os diversos candidatos à vice de Anastasia terão que rever suas pretensões.

Segundo este mesmo assessor: “Esta composição praticamente atenderá a todos os seguimentos da política mineira. Viabilizando desta forma a candidatura de Dilma à presidência em Minas Gerais”.

Ao finalizar, o assessor de Lula antecipou-se até mesmo ao pronunciamento de José Alencar ao dizer: “O único complicador seria a pretensão do vice-presidente em candidatar-se ao senado, porém ele estaria disposto a não concorrer em nome da unidade política mineira”.

Andréa, procurada por Novojornal, negou tal possibilidade.

Agora é esperar para ver.

Fonte: Novo Jornal - BH
Postado por Glória Leite

Charge on line do bessinha

Ali Kamel inunda os pobres

por Luiz Carlos Azenha

Não foi por opção pessoal, mas por obrigação profissional. Vi a cobertura do Jornal Nacional sobre as novas enchentes em São Paulo, na quarta-feira (16).

Choveu muito. Choveu torrencialmente. Choveu oito dias em quatro horas, de acordo com o JN.

O JN dedicou boa parte das reportagens, com gráficos e tudo, a provar que os pobres invadiram o Jardim Pantanal e, portanto, merecem o que estão sofrendo.

Sim, sim, os pobres da zona Leste de fato invadiram as várzeas do Tietê. Mas, não foram os únicos. São Paulo fez oficialmente a opção de ocupar as várzeas do rio Tietê quando construiu a marginal Tietê sobre as várzeas que serviam para a expansão do rio durante a cheia.

Ali Kamel, não o ator pornô, o guia do Jornalismo Nacional, reprisou em São Paulo a teoria que gosta de pregar, sempre de forma dissimulada, no Rio de Janeiro: a remoção dos pobres.

Eles são um estorvo. Poluem o cenário.

A certa altura o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, aparece na reportagem para dizer que não pretende mais bombear as águas do lugar alagado. Na singela explicação para o descumprimento da promessa, uma fala risível: se a gente tirar a água, mais água vem. Ora, ele não deveria ter pensado nisso antes de fazer a promessa?

Chove muito. Os pobres estão onde não deveriam estar. E sofrem por isso.

Essa é a lógica da cobertura do Jornal Nacional: culpar a população.

Assim como o governador de São Paulo, quando fala no assunto, enfatiza: a culpa é da população, que joga lixo na rua.

Aliás, onde anda o governador José Serra? Ah, sim, não vale misturar o governador com assuntos tão prosaicos como a limpeza da calha do Tietê, uma verdadeira desocupação das várzeas que atinja também os ricos ou um sistema de controle de vazão dos rios Tietê e Pinheiros que não puna apenas os bairros pobres.

Ele está em Copenhague, resolvendo os problemas climáticos do planeta.

Perguntas impertinentes

por Luiz Carlos Azenha

Guia de perguntas impertinentes que não devem ser feitas às autoridades paulistas, especialmente ao prefeito Gilberto Kassab e ao governador José Serra:

1. A limpeza da calha do rio Tietê, daquela obra gigantesca que prometia acabar com as enchentes, vem sendo feita de forma regular e adequada?

2. O ritmo normal de gastos foi mantido ou o estado e a prefeitura cortaram esses gastos enquanto investiam em publicidade (por exemplo, na propaganda da Sabesp fora do estado de São Paulo)?

3. Como é que é? Duas das barragens que regulam a vazão do Tietê em São Paulo são controladas pela Sabesp e as outras duas pela Empresa Metropolitana de Águas e Energia? Esses dois órgãos conversam? Tem algum plano de emergência para as tempestades? Houve alguma falha gerencial nessa coordenação?

4. A varrição das ruas de São Paulo, para tirar a sujeira que corre para os rios através dos bueiros, sofreu cortes? A culpa é só da população ou também do poder público?

5. São Paulo tem "facilidades" com São Pedro?

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

BALANÇO DA CONFECOM

Hoje, 17/12, o programa VER TV da TV Câmara fez uma análise dos resultados da CONFECOM. Coordenado por Laurindo Leal Filho, o LALO, o programa contou com a participação de Bia Barbosa, do Coletivo Intervozes, de Gerson de Almeida, da Secretaria da Presidência da República e de César Rômulo Silveira Neto, superintendente executivo da Telebrasil.

Apesar do boicote da ABERT, que reúne as principais redes de TV, na tentativa de invalidar e deslegitimar o processo, e com a participação apenas da Bandeirantes e Rede TV, foi unânime, segundo os participantes, a avaliação positiva da CONFECOM – Conferência Brasileira de Comunicação – pelo número de pessoas mobilizadas em todo o Brasil, distribuídas pelos 27 estados, e que culminou com uma delegação de 1.684 participantes na Conferência Nacional realizada em Brasília de 14 a 17/12/09.

Como pontos importantes da realização da CONFECOM destacaram :
- a superação do clima hostil do início e o estabelecimento de um clima de diálogo respeitando as diferenças de pontos de vista entre os três setores – empresários, governo e sociedade civil;
- a proposta da formação do Conselho Nacional de Comunicação e a continuidade da realização de conferências a cada três anos;
- a elevação do tema comunicação como elemento estratégico para o desenvolvimento e a cidadania pois a comunicação permite a transparência dos atos públicos, o acesso mais ágil à documentação e informações;
- propostas de regulamentação dos artigos da Constituição relacionados à Comunicação:
- restrição da propaganda voltada para crianças e adolescentes;
- proposta de política de fomento à produção e distribuição de conteúdos que dêem conta da diversidade regional e cultural;
- proibição de políticos atuarem como apresentadores de programas;
- descriminalização das rádios comunitárias que estão atuando sem autorização.

Avaliam que, ao tramitarem pelo Congresso, as propostas poderão sofrer grandes resistências, especialmente quanto à proibição de propriedade cruzada (propriedade simultânea de diferentes meios de comunicação – tv, radio, jornal, revista) e proibição de outorga de meios de comunicação aos políticos.

Apesar da mobilização dos movimentos sociais, não foi aprovado o direito de antena (extensão aos movimentos sociais do direito de espaço que os partidos tem no rádio e na tv). Para serem aprovadas teriam que ter mais de 80% dos votos e com participação dos três setores.
Os participantes esperam que nas próximas conferências os temas pendentes possam ser examinados e novas propostas sejam elaboradas e aprovadas com maior consenso.

Rui Grilo – ragrilo@terra.com.br

Presença do Estado no Brasil:Federação, suas unidades e Municipalidades


O estudo do Ipea "Presença do Estado no Brasil: Federação, Suas Unidades e Municipalidades" mostra que o país, para passar da nona para a quinta posição no ranking mundial das maiores economias do mundo, terá de vencer com alguns “gargalos” nos investimentos públicos nas três esferas de governo - municipal, estadual e federal - principalmente nas áreas de educação e cultura.


Cursos universitários públicos, por exemplo, só estão disponíveis em 157 dos 5.562 municípios brasileiros, o equivalente a 2,8% do total de cidades. A maior parte (46%) concentra-se na Região Sudeste.

O ensino médio ainda não está universalizado. A pesquisa constatou que 46 cidades não têm estabelecimento público de ensino médio, em oito estados, sendo os cinco com maior número de municípios sem esse serviço: Minas Gerais (16), Rio Grande do Sul (12), Alagoas (dez), Tocantins (dois) e Pernambuco (dois).

Quanto aos investimentos culturais, a pesquisa mostra que em 2.953 municípios não há estabelecimentos públicos nesse segmento, quer sejam museus, casas de cultura ou de espetáculos. Desse total, 37% estão no Nordeste.

Apenas 905 cidades têm museus ou salas de espetáculo, o que significa 16,3% do total. O levantamento indica ainda que 44,7% dos brasileiros, em metade do território, não têm nenhum acesso a equipamentos de cultura. Também foi detectada uma baixa oferta de bibliotecas. Na média, existe uma biblioteca a cada 26,7 mil brasileiros.

Postado por Anselmo Raposo

Reunião de emergência é convocada em Conpenhague para salvar acordo climático



Uma reunião extraordinária entre os principais chefes de Estado presentes à 15a. Conferência da ONU sobre Clima (COP 15), em Copenhague, foi convocada para a noite desta quinta-feira (17/12) para tentar salvar o acordo climático que está sendo discutido na capital dinamarquesa. O anúncio foi feito agora há pouco na coletiva de imprensa concedida pelos presidentes Lula e Nicolas Sarkozy (França) no hotel D’Angleterre, em Copenhague.
Os presidentes Lula e Nicolas Sarkozy (França) anunciaram uma reunião extraordinária com líderes mundiais para hoje à noite, após jantar com a rainha Margarete II, da Dinamarca, para fechar um acordo climático em Copenhague. Foto: Ricardo Stuckert/PR

A reunião emergencial será realizada após o jantar de gala oferecido pela rainha da Dinamarca Margarete II no castelo Christiansborg aos líderes mundiais que vieram a Copenhague para a COP 15. O resultado do encontro emergencial após o jantar deverá ser apresentado na assembléia da conferência da ONU de amanhã, sexta-feira (18/12), no Centro de Convenções Bella Center.

Para Lula, esse momento de extrema divergência entre as partes abre caminho para uma decisiva participação dos líderes políticos com o objetivo de se evitar o fracasso da COP 15:

Seria imperdoável para a humanidade que nós jogássemos fora Copenhague. Não importa o que aconteceu até agora; nós queremos tirar proveito de tudo aquilo que já foi produzido de bom e queremos dar um grande sinal ao mundo de que nós seremos capazes de construir uma proposta que atenda aos interesses da humanidade (…) e que proporcionalmente cada país assuma a responsabilidade que lhe é de direito.

Lula está ciente de que talvez não seja possível construir o acordo mais perfeito. Segundo o presidente brasileiro, que está reunido neste momento com a chanceler alemã Angela Merkel no hotel D’Angleterre, o acordo a ser construído na reunião extraordinária de líderes é o possível – dentro da diversidade democrática e da soberania de cada país.

Lula e Sarkozy vão colocar na mesa o documento assinado há um mês em Paris que traz propostas de Brasil e França para a redução de emissões de gases do efeito estufa e também para o financiamento das nações mais pobres para que tenham um desenvolvimento sustentável. Chamado de ‘Bíblia climática’ pelo presidente Lula à época, o documento apresentado em Paris pode servir de base para a discussão de logo mais à noite entre os líderes mundiais presentes a Copenhague.

O presidente Lula afirmou estar confiante e lembrou uma frase do ex-governador de Minas Gerais e ex-ministro das Relações Exteriores, Magalhães Pinto: “Política é como uma nuvem: a gente olha, ela está de um jeito; daqui há pouco a gente olha, ela está totalmente diferente.”

Postado por Anselmo Raposo

Morena que acompanha Serra na Dinamarca é herdeira da Band - e tem cargo de confiança no governo tucano



As imagens acima foram recortadas do Diário Oficial paulista. Daniela Ferraz Saad foi nomeada para um cargo comissionado na Secretaria de Comunicação do governo Zé Chirico. Neste momento, ela e seu "chefe" fazem turismo em Copenhague, na Dinamarca, a pretexto de participar da Conferência do Clima.
Daniela é filha de João Carlos Saad, vulgo Johnny, proprietário da Rede Bandalha de Comunicação. Significa que, pela ordem natural, um dia tudo aquilo será dela. É verdade que Dani até já se arriscou como apresentadora de um programa de notícias rurais, fruto de uma parceria entre os Saad e uma produtora americana - a RFD-TVCom tanto charme, simpatia e dinheiro, o que levaria uma moça tão distinta e fina a dar expediente, em tempo integral, em uma repartição pública envolvida diretamente no ramo de atividade de sua família?
Se você quiser fazer mais perguntas, clique aqui para ir ao NaMaria News e conhecer os demais membros da comitiva demotucana que está se esbaldando na capital dinamarquesa.

Do blog Cloaca News

Aécio Neves desiste e nem cita nome de Serra; Ciro insinua que mineiro é vítima de “clandestinidades



Aécio joga a tolha e "esquece" de citar o nome de Serra na carta ao partido; desistência foi definitiva?


Aécio Neves anunciou nesta quinta-feira que desiste da candidatura à presidência pelo PSDB. E o fez através de uma carta - que merece ser lida com muita calma. O texto é importante pelo que diz. Mas é muito mais importante pelo que não diz.

Qual é a palavra que Aécio não pronuncia nos 27 parágrafos de sua carta? "Serra". Esta é a palavra que Aécio não diz.

Um político mineiro se comunica assim. Se estivese tudo bem entre Aécio e Serra, o governador mineiro deixaria claro que renunciava para apoiar o paulista. Não o fez. Calou-se sobre Serra. E falou sobre todo o resto.

Alguns colunistas da imprensa tucana tentaram enxergar pontos favoráveis a Serra na carta, pelo tom que Aécio adotou em determinado momento:

"Defendemos um projeto nacional mais amplo, generoso e democrático o suficiente para abrigar diferentes correntes do pensamento nacional. E, assim, oferecer ao país uma proposta reformadora e transformadora da realidade que, inclusive, supere e ultrapasse o antagonismo entre o "nós e eles", que tanto atraso tem legado ao País.
Devemos estar preparados para responder à autoritária armadilha do confronto plebiscitário e ao discurso que perigosamente tenta dividir o País ao meio, entre bons e maus, entre ricos e pobres. Nossa tarefa não é dividir, é aproximar. E só aproximaremos os brasileiros uns dos outros, através da diminuição das diferenças que nos separam."

O jornalismo a serviço de Serra viu neste trecho um recado a Lula. Mas reparem na sutileza: Aécio não cita o PT, não deixa absolutamente claro que se refere a governo Lula. Tudo o que ele diz poderia ser lido, também, como um recado aos métodos de Serra, especialmente quando afirma que é preciso superar o "antagonismo entre o ´nós e eles´, que tanto atraso tem legado ao país".

Essa frase é também um recado a Serra.

Mas o recado mais direto veio de Ciro. Ao tomar conhecimento da desistência de Aécio, Ciro afirmou:
"Compreendo, porque já vivi na pele, que Aécio Neves deve estar sofrendo todo tipo de constrangimento, especialmente oriundos de clandestinidades e manipulações de setores de mídia."

A quem Ciro se refere? Quem utiliza métodos da "clandestinidade"?

Há algumas semanas escrevi aqui sobre a maneira como o adversário de Aécio estaria usando jornalistas amigos para enviar recados a Aécio. Vocês lembram do episódio da festa no Rio? Uma testemunha teria visto
Aécio bater na companhante. A nota foi divulgada por um blogueiro de São Paulo. Escrevi sobre isso aqui - http://www.rodrigovianna.com.br/plenos-poderes/pela-imprensa-o-recado-para-aecio-e-serra-em-campo.

Sabe-se que o clima no PSDB é de conflagração.

Hoje mesmo recebi por e-mail um dossiê sobre José Aníbal, deputado tucano por São Paulo. O dossiê é pesado, mistura informações pessoais com dados financeiros.

Quem teria interesse em divulgar um dossiê desse tipo? A pessoa que envia dá a impressão de mover-se por vingança pessoal. Coincidência: vingança pessoal às vésperas de um processo eleitoral (que promete ser o mais sujo da história)...

O que José Aníbal e Aécio tem em comum? São adversários de Serra dentro do PSDB. Anibal disputou (e ganhou) o posto de líder tucamo na Câmara - contra o candidato apoiado por Serra.

A primeira vítima das "clandestinidades" parecem ser os adversários internos. Imaginem o que não virá em 2010?

Dilma que se prepare.

Rodrigo Vianna em O escrevinhador

Kátia Abreu foi a Copenhague garantir o pum do boi no latifúndio

O jornal Valor Econômico traz matéria sobre as andanças de Kátia Abreu (DEMos/TO) em Copenhague (aqui para não assinantes):

Recebendo aulas sobre o pum do boi

A senadora do DEMos falou que só ficou sabendo o que era gás metano e suas suas características como gás-estufa há menos de um ano:

"A primeira vez que vi numa palestra um slide de um boi que mostrava o arroto e o pum com desenhinho me matei de tanto rir".

O que é, o que é? Um aquífero?

A senadora diz que está estudando as questões ambientais. Tem tido aulas com técnicos da Embrapa que revelaram um novo mundo - explicaram, por exemplo, o que são os aquíferos - e hoje ela se considera um pouco mais informada.

De volta às raízes latifundiárias

A "boa vontade" em estudar o meio-ambiente tem motivo: Foi buscar informações para enfrentar melhor "as pessoas que ficam só no ambiente e tiram a análise da economia". É preciso ver o que é mito e verdade, "doa a quem doer", segundo a representante do DEMos.

A senadora defende o pum do boi continuar do jeito que é, nos latifúndios de hoje: Se o sistema da pecuária mudar e a produtividade brasileira continuar a mesma, ela prevê que só haverá carne "para uma elite".

Do blog A P L

Com saída de Aécio, Dilma Roussef deve arrastar os votos de Minas Gerais

A desistência de Aécio Neves (PSDB/MG) ao planalto é a última cartada dele contra Serra. Vendo que Serra estava passando como um trator sobre seus movimentos, e que cabia-lhe apenas o papel de coadjuvante, resolveu fazer uma manobra e causar impacto.

Em vez de anunciar a desistência em janeiro, anuncia com um mês de antecedência, para ver se a oposição se "rebela" contra Serra até lá. Parece que não é isso que está acontecendo: a oposição em peso já fala em chapa puro-sangue, escalando Aécio para posição de vice. Também é pouco provável que Aécio aceite. Ser vice para perder o faria ficar sem mandato por 4 anos, vendo novas lideranças tomarem conta de Minas Gerais. Cabe-lhe a candidatura ao Senado, e tentar fazer o sucessor no governo de Minas.

A antecipação de Aécio contraria os planos de Serra, e demonstra que Aécio não será um puxador do voto mineiro para Serra. Dará um palanque burocrático em Minas para Serra, deixando o governador paulista se virar por si com sua campanha.

Com isso, Dilma Rousseff é a presidenciável mineira que sobra (nasceu e viveu a infância e parte da juventude em Belo Horizonte). Deverá ter a maioria dos votos no estado.

Lula rechaça responsabilidade dos países pobres no clima e cobra ricos

O presidente Luís Inácio Lula da Silva descartou a responsabilidade de países em desenvolvimento na mudança climática, que os países desenvolvidos devem assumir metas ambiciosas de redução de emissões de gases do efeito-estufa "à altura de suas responsabilidades históricas".

Em discurso durante a 15ª Conferência de Mudanças Climáticas da ONU (COP-15), em Copenhague, o presidente atrelou o tema à exclusão social. "A mudança do clima é um dos problemas mais graves que enfrenta a humanidade. Controlar o aquecimento global é fundamental para proteger o meio ambiente, permitir o crescimento econômico e superar a exclusão social", disse Lula durante breve discurso na conferência.

"Precisamos ter referências para metas de corte. Muitos países em desenvolvimento estão contribuindo, mesmo na ausência de recursos", disse o presidente.

Com Reuters

Brucutus do clima

Francisco Solano de Lima - João Pessoa - PB


Na Conferência do Clima, em Copenhague, Dinamarca, duplas exóticas estiveram circulando no local, uma delas formada pelo governador José Serra (PSDB/SP) e a senadora Katia Desmatamento Abreu (DEM/TO), conhecida especialista em colecionar "grilos" em terras do Cerrado brasileiro.

Outro grande sucesso foi a dupla formada por José Serra (PSDB/SP), governador de São Paulo (Brasil), e o seu colega, o norte-americano Arnold Schwarzenegger, governador da Califórnia (EUA), conhecido por ser o ator principal dos filmes: Exterminador do futuro, Predador, e outros de igual periculoisidade.

José Serra ensinou para Schwarzenegger algumas técnicas de engenharia aplicadas em São Paulo com sucesso em viadutos, metrôs, etc.. Explicou ainda como fazer uma roda maior passar por dentro da menor, em condições normais de temperatura e pressão (CNTP).

Depois da troca de experiências, os dois brucutus garantem que esta parceria vai unir a ficção com a realidade. Assim, em breve, um programa ambiental será aplicado em larga escala em seus respectivos estados. Depois disto, a dupla garante que o mundo vai entrar no clima. Caso contrário, "hasta la vista baby"!!.

Postado por Glória Leite às 18

harge on line do bessinha

Obama pariu um monstro

O sonho das companhias seguradoras

Abortem a reforma de saúde dos democratas

por DAVE LINDORFF*, no Counterpunch

Que seja dado crédito a Howard Dean. Ainda médico, o ex-governador de Vermont, ex-presidente do Partido Democrata e ex-candidato presidencial democrata pediu a membros progressistas do Congresso nas duas casas que se juntem a seus colegas republicanos para matar o que ele apropriadamente chama de "sonho das companhias seguradoras".

Esses autodenominados progressistas do Partido Democrata, que alegam que a reforma do sistema de saúde ainda pode ser salva com a inclusão de uma "opção pública" falsa, cuidadosamente circunscrita e capada, que no máximo ofereceria cobertura ruim por um preço alto a um pequeno número de autônomos pobres, estão errados. Essa suposta tentativa de reformar o sistema de saúde -- o mais caro e menos eficaz do mundo desenvolvido -- é impossível de salvar.

[Nota do Viomundo: Originalmente, a opção pública deveria permitir que o governo federal dos Estados Unidos competisse com a iniciativa privada na oferta de planos de saúde. Seria a adoção, pelos Estados Unidos, de uma espécie de SUS]

O único lugar apropriado para a lei a essa altura é a lata do lixo.

O que poderia ser um momento transformador da política dos Estados Unidos -- o fim de décadas de um sistema de saúde corporativo e a criação de um sistema que garantisse a todos os estadunidenses cuidados de qualidade e financeiramente acessíveis como um direito básico da cidadania, da mesma forma que existe no Canadá, em todos os países da Europa, no Japão, em Taiwan, em Cuba e na maior parte do restante do mundo, esse momento foi desperdiçado.

Foi desperdiçado pelo presidente Obama, que não teve coragem de assumir o papel de liderança e deixou o assunto por conta do Congresso e que em seguida cedeu aos grandes jogadores do complexo médico-industrial e fez acordos secretos com todos eles -- médicos, companhias seguradores, companhias farmacêuticas e a indústria dos hospitais -- em troca de "apoio".

Foi desperdiçado por muitas lideranças do Congresso nas duas casas, especialmente por aqueles que se intitulam democratas Blue Dog, mas também pelos que se definem como "liberais", que aceitaram o dinheiro sujo dessas indústrias (os lobistas delas invadiram o Congresso no último ano, com quantias sem precedentes de contribuições de campanha), que transformaram a legislação em uma gigantesco presente para essas indústrias, produzindo uma lei que deixará os empregadores no papel de agentes do seguro de saúde (embora eles não paguem por isso, será responsabilidade dos empregados pagar), que exige que os que não tem seguro de saúde obrigatoriamente comprem planos, garantindo para a indústria um vasto novo mercado, especialmente de jovens saudáveis; uma lei que quase nada vai fazer para controlar os custos.

Os médicos vão enriquecer com essa "reforma". As companhias seguradoras vão enriquecer muito mais com essa "reforma". As companhias farmacêuticas vão enriquecer com essa "reforma". Mas milhões de pessoas vão continuar sem acesso à saúde. Haverá dezenas de milhões que conseguirão acesso a planos de baixa qualidade ou, pateticamente, lixo médico.

E o custo da saúde, tanto para indivíduos quanto para a sociedade como um todo, que já é o mais alto do mundo, vai continuar a crescer. Para piorar ainda mais, os impostos vão aumentar de forma dramática, cerca de 100 bilhões de dólares por ano. Para dar uma risadas extras, enquanto esses custos vão começar a atingir o público imediatamente, os "benefícios" da lei não começam antes de 2013, o que significa que um Partido Republicano renovado, depois de tirar Obama da Casa Branca e de acabar com a maioria democrata no Congresso em 2012, acabaria com o plano [antes que ele entrasse em vigor].

O sr. Dean está certo. É uma lei ruim. Mas não apenas. É moralmente ultrajante, politicamente desastrosa e economicamente perigosa. Move o país no caminho errado -- não no caminho do "socialismo" que a direita tem denunciado, mas em direção a um caminho corporativo custoso que será mais difícil ainda de reformar no futuro.

Há apenas uma esperança e essa é de que haja integrantes liberais nas duas casas do Congresso em número suficiente para reconhecer que não fazer nada é o melhor nesse caso e que em defesa de seus eleitores se neguem a dar apoio a essa monstruosidade legislativa.

O Health Insurance Enrichment Act of 2009 deve ser morto no útero congressista antes de emergir como o monstro que se tornou.

A única coisa positiva que posso ver nesse fracasso é que talvez o presidente Obama leve um bofete de seus apoiadores mais ardentes no que ele disse ser seu objetivo legislativo número um, que ele e seus meio-assessores "brilhantes" caiam na real e assumam que é preciso dar uma guinada de 180 graus no caminho que adotaram para tentar governar.

O mais provável, no entanto, é que essa derrota será o começo do fim do governo de Obama, que agora se revelou sem princípios, incapaz de liderança e envolvido pelos interesses corporativos mais cínicos e egoístas.

*Dave Lindorff é jornalista e colunista na Filadélfia


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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Índia pode, Irã não pode....


Do lado esquerdo, o míssil disparado pela Índia, no domingo, o Dhanush, com capacidade de carregar ogivas nucleares de até 500 quilos. A Índia e o Paquistão, que vivem em conflitos, são vizinhos do Irã e ambos possuem bombas atômicas. A comunidade internacional, porém, não deu um pio, porque ambos são aliados dos Estados Unidos.

Do lado direito, o míssil iraniano Sejil-2, de médio alcance, cujo teste foi mostrado pela TV do Irã e despertou nova onda de ameaças de retaliação ao país.

Missil indiano é “bonzinho”; míssil do Irã é “malvado”?

O argumento de que o alcance do míssil iraniano é maior não tem sustentação. O míssil indiano cobre todas as possibilidades de um disparo contra o Paquistão, que é o país que os indianos entendem como ameaça militar. O do Irã – esse é o maior motivo das críticas – teria condições de chegar a Israel.

E o Irã tem que se preocupar com ameaças bélicas de Israel? Transcrevo o que foi publicado pelo G1, em junho do ano ano passado, com base no The New York Times:

“O exército de Israel realizou manobras militares no início deste mês simulando um teste para um possível ataque a instalações nucleares iranianas, de acordo com funcionários americanos citados nesta sexta-feira pela imprensa dos Estados Unidos.Mais de 100 aviões de combate F-16 e F-15 israelenses participaram de manobras ao longo do leste do Mediterrâneo e na Grécia durante a primeira semana de junho, para preparar ataques à distância, demonstrando a “preocupação de Israel em responder às ambições nucleares do Irã”, anunciou o New York Times.(…)

“Se o Irã prosseguir o seu programa de armas nucleares, estão atacaremos” disse Mofaz (vice-premier de Istrael) ao jornal Yediot Aharonot.

É urgente que o mundo desenvolvido – e dono de armamento nuclear, diga-se de passagem – entenda que não pode continuar a agir de forma em que um lado pode se armar, outro não. O resultado disso, como se está vendo, são cada vez mais armas. E construir armas é muito, muito mais fácil do que, depois de tê-las, destruí-las.

Justiça e equilíbrio são ingredientes essenciais de um processo de paz. Sem eles, infelizmente, continuaremos a ver subir foguetes da morte cada vez maiores, por toda parte do mundo. Alguma hora teremos de parar de ficar discutindo quem começou com isso e criar regras que valham para todos, da Índia ao Paquistão, do Irã a Israel. Mas que valham também para os EUA, não é?

Brizola Neto

Com Serra é assim: promessa feita, promessa cumprida

A campanha contra o crack

Olá!
Tudo bem?
Hoje, 16 de dezembro, às 12h30, o Ministério da Saúde lança sua primeira campanha de combate ao crack. Esta droga que atinge cada vez mais os jovens brasileiros será o tema de uma campanha de prevenção e educação e estará presente nas principais mídias como rádio, televisão e internet. E contamos com sua ajuda, para a divulgação deste assunto de extremo interesse da população. Podemos fazer o envio do material que necessitar. O vídeo já está disponível no canal do Ministério no endereço abaixo:

http://www.youtube.com/watch?v=_3uKrdl9g1M
Muito obrigada!

Gabriella Silveira
Comunicação Interativa
Ministério da Saúde
gabriella.silveira@saude.gov.br
(61)3315-2678/3315-3718

Dilma sabe negociar: Países desenvolvidos que devem colocar primeiro cheque na mesa

Dilma dá aula a outros presidenciáveis sobre como negociar defendendo a justiça para países pobre e em desenvolvimento.


São os países desenvolvidos, e não o Brasil, que devem colocar primeiro o cheque na mesa para financiar ações de combate às mudanças climáticas, até porque vêm sendo cobrados há tempos, afirmou a ministra Dilma Roussef.

Novos empregos: 246 mil em novembro, 1,4 milhão nos 11 meses do ano

No mês de novembro o país gerou 246.695 postos de trabalho formal, o que representa um recorde para o mês. No ano, o país acumula a criação de 1.410.302 vagas. Em novembro foram admitidos 1.413.043 trabalhadores e demitidos 1.166.348.

O comércio (1,61%) , os serviços (0,66%) e as indústrias de transformação (0,53%), de construção civil (0,83%), e extrativa mineral (0,35%) foram os setores que mais geraram emprego no período.

A agricultura foi o único setor que apresentou queda do emprego no período, em função da entressafra. Foram demitidos 16.628 trabalhadores, o que representa -0,99% do total de mão de obra empregada.

Os dados constam do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho, divulgado hoje (16).Veja aqui os gráfico Da Agência Brasil:

Real é a moeda mais sobrevalorizada no mundo, diz estudo



Divisa está 50,6% mais "cara" do que o dólar e 23,5% do que o euro, afirma banco Goldman Sachs

Não é apenas em relação ao dólar que o real é a moeda mais sobrevalorizada do mundo. A divisa brasileira também é a mais "cara" na comparação com o euro, diz estudo do banco americano Goldman Sachs.

Segundo a instituição financeira, o real é a moeda mais sobrevalorizada no mundo.De acordo com o levantamento do Goldman, o real está sobrevalorizado em 23,5% em relação à moeda do bloco europeu -a diferença ante o dólar é mais que o dobro: 50,6%.

A taxa de câmbio apreciada dificulta a exportação, ao mesmo tempo em que facilita a entrada de produtos do exterior.O Goldman Sachs diz que a valorização do real é reflexo do momento vivido pela economia brasileira e que o movimento de alta da moeda deve persistir no ano que vem."Em outras palavras, o Brasil se recuperou significativamente mais cedo e mais forte que os EUA. Isso é muito importante para a moeda", diz o Goldman.Segundo o banco, não há sinais no curto prazo de que o real vai deixar de se apreciar, especialmente em relação ao dólar. Para ele, o real só deve sofrer pressões "consideráveis" da moeda americana no segundo semestre de 2011 -isso na previsão mais otimista.

O Goldman Sachs afirma ainda que o dólar, cotado hoje a R$ 1,75, deve cair em três meses para R$ 1,60. Daqui a seis meses, ele deve estar cotado a R$ 1,65 -retornando aos R$ 1,75 em 12 meses. "Não esperamos que o real retorne ao valor justo no horizonte previsto e, na verdade, o risco permanece em direção a um novo ciclo de apreciação." Folha

Brasil terá mais uma marca de carros chinesa

Mais uma montadora chinesa começará a disputar o mercado brasileiro. A JAC Motors irá importar quatro modelos a partir do fim do ano que vem -uma minivan, dois sedãs e um carro compacto, com lançamentos previstos para outubro. Será a sexta marca chinesa a atuar no mercado brasileiro.


A montadora entrará no país por meio de parceria com o grupo de concessionários SHC, que já distribui veículos das marcas Citroën, Ford, Volkswagen e Jaguar.O acordo foi selado ontem. Até outubro, serão investidos US$ 100 milhões para formar uma rede de 50 concessionárias.


"Nosso objetivo é conquistar 1% do mercado brasileiro até 2011, o que equivalerá a 35 mil unidades no ano", disse o presidente do grupo SHC, Sérgio Habib. Já o vice-presidente da JAC Motors, David Zhang, afirmou que "o Brasil é estratégico para a expansão da empresa fora da China", pois está entre os países cujo mercado supera 2 milhões de carros vendidos por ano.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

OS DONOS DA MÍDIA BRASILEIRA


você acredita nas mentiras delles? E ainda compra Estadão, Veja, Folha, Época, IstoÉ? E fica ligado na Rede Globo, SBT, Rede Record, RedeTV?

DO BLOG DESABAFO BRASIL

DILMA,COMO ELA É

Setores da Imprensa comprometidos com grupos ou partidos, pessoas ou organizações, entram, vez por outra, no esquema de seus interesses , em detrimento da informação de alcance coletivo. Agora, por exemplo, estamos testemunhando sinais disto .E o personagem central é a ministra Dilma, apontada como possível candidata à sucessão do presidente Lula. Raro o dia em que não esteja ela no centrodo "noticiário"."A peruca não cai bem". Eu me pergunto: não caberia um pouco mais de consideração à ministra, vítima que foi de um longo tratamento contra o câncer que a deixou careca, obrigando-a & por força da vaidade feminina & a utilizar o artifício da peruca?"É muito séria. Não sorri ..."Mas ninguém cita a "cara fechada" das ministras Golda Meyer (Israel) e Margareth Thatcher (Inglaterra), como não se alude ao não sorriso da rainha Beatrix (Holanda) e das presidentes Cristina Kirchner (Argentina), Michelle Bachelet (Chile) e de Ângela Merkel (Alemanha)... mulheres que estiveram ou estão à frente de governos de países reconhecidamente "machistas" , como os da Alemanha e da Argentina.Mas Dilma não, ela precisa sorrir, ter a peruca milimetricamente assentada... pisar leve. Talvez até queiram que ela conte piadas ou desfile em passarela. Ridículo.Um país como o nosso que quebrou "cadeias" culturais curtidas por segmentos sociais defensores do isolamento feminino; um país que elegeu e elege governadoras de Estados, senadoras, deputadas federais... estaduais, vereadoras, prefeitas, Ministras de Tribunais, inclusive o Supremo, está preparado para ter uma Presidente da República.Além de Dilma há outras mulheres prontas e preparadas para chegar à presidência, mas, para isto o que se espera é a que segmentos da Imprensa não sejam manipulados por homens do tempo e do espaço da cartola e da bengala, fraque, longos bigodes e madames de compridos vestidos de cinturas fininhas graças a espartilhos sufocantes e enganadores...

Adísia Sá - Jornalistaadisia@opovo.com.br

Queda na inadimplência é a maior desde maio de 2007, aponta Serasa

da Folha Online

A inadimplência dos consumidores registrou queda de 3,9% em novembro ante o mesmo mês do ano anterior. De acordo com a pesquisa da Serasa Experian divulgada nesta quarta-feira, o índice representa o maior recuo desde maio de 2007 (-7,5%) nesse tipo de comparativo.

Segundo os analistas da Serasa, o avanço da economia neste final de ano, acompanhado das melhores condições de crédito, contribuíram para esse desempenho.

No confronto com outubro, o indicador também mostra queda (-1,8%), influenciada pelo pagamento da primeira parcela do 13º salário em novembro, além do crescimento do emprego com carteira assinada.

No acumulado de 2009, a inadimplência ainda apresenta crescimento (6,8%) ante igual período no ano anterior, mas em um patamar abaixo do verificado em todo o ano de 2008 (8%). Segundo os técnicos da Serasa, a expectativa é que o índice feche 2009 em um nível ainda menor, e para 2010, a tendência também é de indicadores menores.

As dívidas com bancos lideram o ranking de representatividade da inadimplência do consumidor (44,8%), considerando a análise de janeiro a novembro, seguidas de cartões de crédito e financeiras (36%) e cheques sem fundos (17,3%).

Carta Maior: Tempos dificeis para a coalizão Demo-Tucana

"CPI da Petrobras termina sem nenhuma reprovação à conduta da empresa; Senado aprova o ingresso da Venezuela no Mercosual; marco regulatório do pré-sal avança nas votações; país capta recursos no exterior e paga o menor juro da história para títulos brasileiros; 90% das empresas preveem ampliar investimentos em 2010. Enquanto isso, na Dinamarca, José 'Sierra' contracena com Schwarzenegger e diz que Rodoanel também é ecologia."

(Carta Maior)

Os candidatos de 2010

Candidatos bons para 2010 é o que não falta. Esperamos que o povo saiba votar, para que não tenham problemas futuros. Chega de votar em ladrões, como por exemplo, José Roberto Arruda (DEM), o vice-governador de Santa Catarina, Leonel Pavan (PSDB. Marconi Perillo, é candidato em Goiania, mas tem uma extensa ficha corrida de corrupção...Fique de olho.

Até março do ano que vem, período das desincompatibilizações de quem vai se candidatar, o Presidente Lula fará uma das maiores reformas ministeriais da história do país. Pelo menos 17 ministros deverão deixar os cargos, número que pode chegar a 19, caso os titulares da Defesa, Nelson Jobim, e dos Transportes, Alfredo Nascimento também decidam também se candidatar a um cargo eletivo em 2010.

O primeiro a anunciar que sai é Tarso Genro (Justiça), mas o PT perderá outros ministros: Dilma Roussef (Casa Civil), Carlos Minc (Meio Ambiente), Paulo Bernardo (Planejamento) vai decidir em março, Patrus Ananias (Desenvolvimento Social) José Pimentel (Previdência), Fernando Hadad (Educação) e Altemir Gregolin (Pesca). Todos devem ser substituídos por quadros do partido ou por servidores de carreira também alinhados ao PT.

O PMDB, fará quatro substituições: Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), Edson Lobão (Minas e Energia), Reinhold Stephanes (Agricultura) e Hélio Costa (Comunicações). No PCdoB, sai Orlando Silva (Esportes) e, no PDT, Carlos Lupi (Trabalho).

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, também deixará o cargo, cotado para concorrer ao governo de Goiás ou como candidato a vice-presidente da grande estrela das desincompatibilizações, a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

A ministra, assim como a maioria de seus colegas, deixará o cargo em março, no limite do prazo permitido pela lei. Dilma terá de ser referendada ainda pela convenção do PT nacional para então se dedicar exclusivamente à campanha. Ela conta com uma eventual licença do Presidente Lula, que tem falado a aliados que poderá deixar o cargo por um ou dois meses para percorrer o país levando a ministra a tiracolo.

A mexida ministerial do ano que vem deverá ser marcada por discretas substituições. Uma das poucas dúvidas do Palácio do Planalto é sobre o destino de Paulo Bernardo. O ministro vai decidir seu destino político até março, mas o Presidente Lula já acenou com a hipótese de convidá-lo para substituir a ministra Dilma Rousseff na Casa Civil. Mais que o domínio sobre uma área técnica do governo, como o Planejamento, Bernardo é considerado um bom articulador político, figura essencial em 2010.

Outros candidatos


Maranhão Jackson Lago (PDT)

Paraíba Ricardo Coutinho (PSB)

Ceará Cid Gomes (PSB)

Bahia Paulo Souto (DEM)

Rio Grande do Norte Rosalba Ciarlini (DEM)

Pernambuco Jarbas Vasconcelos (PMDB)

Alagoas Teotônio Vilela (PSDB)

Sergipe João Alves (DEM)

Piauí Sílvio Mendes (PSDB)

Espírito Santo Luiz Paulo Velloso Lucas (PSDB)

Rio de Janeiro sem candidato

São Paulo Aloysio Nunes Ferreira (PSDB)

ou Geraldo Alckmin (PSDB)

Minas Gerais Antonio Anastasia (PSDB)

Paraná Beto Richa (PSDB) ou Álvaro Dias (PSDB)

Santa Catarina Leonel Pavan (PSDB)-foi indiciado pela Polícia Federal

Rio Grande do Sul sem candidato ou Yeda Crusius (PSDB)-Corrupta de carteirinha

Distrito Federal indefinido

Mato Grosso do Sul André Puccinelli (PMDB)

ou Marisa Serrano (PSDB)Escravocata

Goiás Marconi Perillo (PSDB)Ladrão de cofre público

Mato Grosso Wilson Santos (PSDB)

Roraima Anchieta Júnior (PSDB)

Rondônia Expedito Júnior (PSDB)Perdeu o mandato de senador

Pará Simão Jatene (PSDB) ou Mario Couto (PSDB)

Acre Tião Bocalom (PSDB)

Amazonas indefinido

Tocantins Siqueira Campos (PSDB)

Amapá Waldez Góes (PDT)

Do blog A P L

Charge on line do bessinha



blog: Brasil, mostra tua cara

Pré-sal: as multis ainda não desistiram



Pra quem acha que com a vitória do modelo de partilha, em lugar das concessões de FHC, a luta do petróleo já foi vencida, é bom prestar atenção na matéria de hoje do Globo Online. Veja como as empresas de petróleo – das quais o Instituto “Brasileiro” de Petróleo vem sendo o porta-voz – ainda alimentam o sonho de tirar da Petrobrás a condição de operadora exclusiva do petróleo da camada pré-sal:

“Os empresários privados do setor de petróleo estão preocupados pelo fato de que em vez de discutir no Congresso o novo marco regulatório para a exploração de petróleo as áreas do pré-sal, o debate está centrado na partilha das riquezas, o pagamento dos royalties. O alerta foi feito há pouco pelo presidente do Instituto Brasileiro do petróleo (IBP), João Carlos França de Luca, que participou do seminário Rio Além do Petróleo, na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).(…)

Um outro ponto preocupante, segundo o executivo, é que as empresas privadas, pelo modelo que está sendo aprovado, estão sendo relegadas a ter um papel secundário no desenvolvimento das atividades petrolíferas no Brasil. e Luca se referiu, principalmente, à determinação do governo de que a Petrobras seja operadora de todos os blocos no pré-sal. Segundo o executivo, enquanto uma empresa estrangeira operadora monta uma estrutura no país com cerca de 400 a 500 pessoas, quando não é operadora o número de funcionários não cai para algo entre 15 a 20 pessoas apenas.

- Esse modelo está jogando a iniciativa privada como um todo, nacional e internacional, para uma participação absolutamente secundária. Isso não é bom para o país nem para o setor de petróleo e gás.

Ficamos cientes agora que o objetivo das grandes empresas petrolíferas do mundo não é ganhar fortunas com o petróleo brasileiro, mas dar emprego a “400 a 500″ pessoas. Mas estas “400 a 500″ pessoas não vão ter emprego na Petrobras e em suas contratadas se a estatal for a operadora? Ou a Petrobras vai tirar petróleo em poços sem operadores? Empresas nacionais tirando o petróleo a sete mil metros abaixo do mar, o Dr. de Luca? O senhor sabe bem que não seria para elas, com a sua experiência como presidente da espanhola Repsol, depois de ter feito, por 25 anos, sua carreira na Petrobras, que agora quer desqualificar.


Brizola Neto

Tucano faz bem à Saúde?




A tabela contida na apresentação do Ipea que não interessou aos grandes jornais, que preferiram falar em excesso de servidores
Não sou um profundo conhecedor da área de saúde. Muito menos da situação da saúde pública em São Paulo, em Minas ou mesmo no Rio Grande do Sul. Mas não pude deixar de ficar chocado com os dados divulgados na pesquisa do Ipea sobre os quais o jornal O Globo só se preocupou em destacar a questão do peso do setor público no emprego. Vi depois que a Folha seguiu o mesmo gabarito global.

Por isso, peço encarecidamente a ajuda dos paulistas, mineiros e gaúchos, para que me ajudem a explicar estes dados que constam da apresentação que acompanha a pesquisa do Ipea – e que pode ser acessada aqui – mostrando que a maior parcela dos municípios brasileiros sem sequer um médico que atenda pelo SUS – seja da rede municipal, estadual, seja de Santas Casas ou particulares clínicas estejam nos estados do Rio Grande do Sul (14%), Minas e São Paulo (13,9, cada um).

Sera possível que três dos estados mais desenvolvidos do país, três exemplos da competência tucana para governar, um deles gerido pelo homem que se diz “pai dos genéricos” – minhas homenagens ao socialista Jamil Haddad, recém-falecido, que assinou o ato de criação dos genéricos – possam estar nesta situação.

Eu até achei que era erro meu. Mas olhei o gráfico seguinte na apresentação e de novo estava lá: Distribuição dos municípios sem estabelecimentos de urgência do SUS – 1°) Minas Gerais , 21,3%; Rio Grande do Sul, 14,1% e São Paulo, 9,9%. Só bem mais longe vêm Goiás e Paraíba, com 6,7%.

Será possível. Por favor, socorram-me os leitores paulistas, mineiros e gaúchos. Isso é competência dos municípios e estados, e é evidente que municípios pequenos – devem ser pequenos – dependem que os governos estaduais montem uma estrutura de saúde pública.

Será que os governos tucanos dos três Estados, tão competentes, os deixaram ficar nesta situação? Afinal, a saúde foi o tema central das aparições de Serra nos anúncios da propaganda do PSDB, veiculados mês passado. É isso a competência tucana com a saúde pública?

Eu espero estar errado e que alguém me explique estes resultados, que a nossa grande imprensa não achou interessarem.

Brizola Neto

Pobre SP: para 1 real antienchente, 5 de propaganda


Eu já ando me metendo muito em assuntos paulistanos, sendo deputado pelo Rio de Janeiro e nem comentei o absurdo de ainda haver bairros alagados uma semana depois do temporal. Mas essa notícia agora à noite foi demais, não dá para ficar quieto. Há horas em que a desfaçatez de alguns políticos passa de todos os limites.

Foi aprovado agora á noite o Orçamento da prefeitura paulistana. Segundo o próprio relator, vereador Milton Leite, serão R$ 25 milhões para combate a enchentes e R$ 126 milhões para propaganda. É um escárnio com a população pobre que perdeu o pouco que tinha nos bairros alagados.

E veja como o relator, meu Deus, justifica isso so site G1 : “o Orçamento está equilibrado. A oposição reclama da verba de publicidade, mas o plano de metas exige maior informação para a população e estamos cumprindo esse plano”

É demais.

Brizola Neto

Lembranças de Hugo Chavez: a Venezuela chegou!



Essa cena provoca calafrios na direita; já os empresários brasileiros faturam muito na Venezuela

Lembro bem do dia em que a Venezuela pediu para ingressar como membro-pleno no Mercosul. Foi em dezembro de 2005, numa reunião do bloco em Montevidéu. Faz tanto tempo que eu ainda estava na TV Globo. Cobri o encontro para o Jornal Nacional.

Lembro que cheguei dois dias antes ao Uruguai, justamente para acompanhar os movimentos de Chavez. Ele hospedou-se num hotel bem no centro de Montevidéu, e com uma comitiva imensa partiu para o municipio de Bolivar (departamento de Canellones), a uns 100 quilometros da capital uruguaia. Lá fomos eu e o cinegrafista Douglas Pina atrás dele.

Chavez foi recebido em Bolivar por uns uruguaios vestidos com aquels roupas típicas de gaúchos... Ao lado de do presidente uruguaio, Tabaré Vasquez, ele caminhou pelas ruas empoeiradas. Foi uma luta pra chegar perto de Chavez. Mas lembro que depois de levar umas cotoveladas dos seguranças consegui até fazer umas perguntas ali, no meio do povo. Depois, o venezuelano passou horas discursando numa pequena escola. Douglas e eu nem acompanhamos o discurso. Precisávamos voltar correndo a Montevidéu, pra gerar o material.

Só no dia seguinte é que Chavez participaria do encontro oficial. Com a presença de Lula.

Lembro, também, da coletiva tumultuada que Lula deu à imprensa brasileira em Montevidéu. Perguntei a ele sobre entrevista que acabara de sair na "CartaCapital": o presidente havia dito, à revista, que parte da imprensa brasileira se comportava de maneira estranha, e chegou a falar em "golpismo".

Tudo isso foi parar no "JN".

Na época, considerei uma pequena vitória pessoal que a fala de Lula - com críticas à imprensa - fosse parar no telejornal da Globo. Vaidade besta.

O fato mais importante do dia, obviamente, era outro: a aproximação definitiva do Mercosul com a Venezuela de Chavez.

Pois bem: só agora, quatro anos depois é que a entrada da Venezuela foi ratificada pelo Congresso brasileiro.

Como as coisas caminham devagar por aqui...

Mas, paciência. Trata-se de uma vitória importante para a unidade da América do Sul. Agora, só falta o Paraguai aprovar também a entrada da Venezuela. O próximo passo será trazer a Bolívia - que por enquanto é só membro-associado do Mercosul.

Acomanhem mais detalhes, na matéria do portal "Vermelho" - http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=121402&id_secao=1.

"O Plenário do Senado aprovou na noite desta terça-feira, por 35 votos a 27, o projeto de decreto legislativo (PDS 430/09) que referenda o protocolo de adesão da Venezuela ao Mercosul. O texto agora vai a promulgação. Com isso, fica faltando apenas a anuência do parlamento do Paraguai para que o país efetivamente passe a integrar o bloco, pois Argentina e Uruguai também já deram sua aprovação.


O projeto já havia sido aprovado na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) no final de outubro, após a realização de uma série de audiências públicas com embaixadores e membros do Ministério das Relações Exteriores. O voto em separado do senador Romero Jucá (PMDB-RR), favorável à adesão, venceu o do relator, Tasso Jereissati (PSDB-CE), contrário à entrada da Venezuela no mercado comum.

A oposição de direita, liderada pelo PSDB e DEM e com auxílio de direitistas do PMDB, como o presidente da Casa, José Sarney, tentaram a todo custo inviabilizar a adesão da Venezuela no bloco. Por trás de argumentos supostamente "técnicos e legais" escondia-se na ação dos oposicionistas uma mera antipatia ideológica pelo governo venezuelano, que adota uma linha declaradamente de esquerda, com viés socialista.

Durante todo o processo de votação, a maioria da base aliada ouviu calada os intermináveis discursos da oposição contra o governo do presidente venezuelano Hugo Chávez, mas, na hora do voto, exerceu o poder de maioria e aprovou, por 35 votos favoráveis a 27 contra, o protocolo de adesão da Venezuela ao Mercosul.

Argumentos a favor

Em defesa da proposta, o senador Wellington Salgado (PMDB-MG) disse que o presidente Chávez "vai morrer um dia" e que o acordo em questão "é com a Venezuela". "Esse mesmo discurso (ideológico) devia ser feito para a China e ninguém fala nada", disse.

A argumentação do governo a favor do ingresso do país vizinho teve em Aloizio Mercadante (PT-SP) sua principal voz, defendendo que essa decisão se justifica enquanto um projeto de integração regional.

"Isolamento político não resolve os problemas entre as nações", destacou o senador petista, acrescentando que a América Latina é "uma região que muito mais do que a Europa precisa se integrar".

Mercadante também destacou a vantagem comercial que significaria a incorporação da Venezuela, descrevendo o país como "sétimo parceiro comercial do Brasil", responsável pelo "maior superávit que temos com o resto do mundo".

Também a favor da incorporação de Caracas, Pedro Simon (PMDB-RS) classificou a sessão do Senado como "histórica", já que seria parte do "nascimento" do Mercosul e seria referência para os livros de história quando o bloco for "um órgão de integração real".

Processo arrastado

A votação do protocolo já se arrastava por três anos e meio no parlamento brasileiro. As discussões do projeto colocaram o presidente Venezuela em rota de colisão com os parlamentares da oposição. Em 2007, Chávez chegou a dizer, em viagem a Manaus, que o Congresso brasileiro repetia "como papagaio o que dizem em Washington". Era uma resposta à moção aprovada no Senado que pedia a reabertura da RCTV, emissora privada que não teve a renovação autorizada pelo presidente venezuelano.

"A importância da Venezuela não é só econômica. É fundamental para a integração da América do Sul. Com o ingresso da Venezuela, estamos alargando o processo de integração, transparência e equilíbrio, até como garantia dos direitos individuais e da própria democracia na região", comemorou Jucá.

Números informados pelo senador afirmam que as exportações brasileiras para a Venezuela passaram de US$ 608 milhões para US$ 5,15 bilhões entre 2003 e 2008 - crescimento de 758% em cinco anos. Hoje, o Brasil tem com a Venezuela seu maior saldo comercial: US$ 4,6 bilhões dólares, valor 2,5 vezes superior ao obtido com os Estados Unidos, de US$ 1,8 bilhão.

De acordo com levantamento do Itamaraty, com a adesão da Venezuela o Mercosul passa a constituir um bloco com mais de 250 milhões de habitantes e PIB total superior a US$ 1 trilhão - o que representa cerca de 76% do PIB de toda a América do Sul.

Para participar do bloco, a Venezuela ainda precisa do aval do parlamento do Paraguai, que deixou as discussões para 2010, quando o Brasil estiver dado o assunto por encerrado. Argentina e Uruguai já aprovaram o protocolo.


do blog O escrevinhador

terça-feira, 15 de dezembro de 2009


por Otávio Dias – Em uma das cenas mais emblemáticas do cinema, somos expostos a um fictício passado da Terra, quando criávamos e melhorávamos nossas primeiras ferramentas, e levados diretamente a uma enorme estação espacial, tudo ao som de Strauss. O filme é 2001: Uma odisséia no espaço (1968), e esta cena é uma das mais icônicas da história cinematográfica.

De um passado remoto a um futuro ainda distante, somos levados a uma viagem de sensações causadas por Kubrick e Strauss. Fomos lançados ao futuro, pelo cinema hollywoodiano, através de filmes como De Volta para o Futuro II (ano de 2015), e deslumbramos possibilidades apocalípticas e pós-apocalípticas numa porção de outras franquias, como Matrix e O Exterminador do Futuro, que indicam o fim próximo da humanidade para este século XXI em que vivemos.

Recentemente foi lançado o filme 2012, de Roland Emmerich, diretor especialista em filmes apocalípticos. Não me parece nenhuma grande novidade em termos temáticos: Exterminador do Futuro, Matrix, O Dia Depois de Amanhã, Armageddon, Impacto Profundo, Def-Con 4, são todos filmes que tratam sobre nosso fim. Eu não diria que Hollywood é uma fábrica de bobagens, considerando os filmes citados, porque a ideia de que chegaremos a um fim faz parte do inconsciente coletivo; os mitos relacionados à nossa morte, como espécie, estão espalhados nas mais diferentes culturas e através dos séculos.

No século II d. C., os seguidores de um tal Montano declaravam que o fim do mundo estava próximo. Como prova de suas capacidades divinas, Montano mostrava-se hábil ao falar diferentes línguas (uau!). Numa das raras ocasiões em que os viventes do continente europeu e os ingleses concordaram em alguma coisa, no século XVI d. C., esses povos aguardaram ansiosamente pelo fim do mundo previsto por astrólogos e oráculos diversos para o ano 1524; afinal, um alinhamento de planetas aconteceria naquele ano, em peixes (sinal óbvio de que o mundo acabaria em água!), e por isso milhares de ingleses abandonaram Londres em busca de terras mais altas (se era o fim do mundo, que diferença fazia estar em terras baixas ou terras altas?).

Sabbatai Zevi (1626-1676) misturou uma porção de religiões e declarou, depois de fazer cálculos: “O mundo vai acabar em 1648!”. Não aconteceu, ele refez seus cálculos cabalísticos e mudou a data pra 1666 — e continuamos a existir, independente de cálculos errados, incêndios em Londres e a peste que devastava a Europa. Pro século XX, uma dezena de profecias não verificáveis, porque reveladas aos escolhidos, foram deixadas para trás e esquecidas pela gente.

Voltemos ao futuro, 2012. Muito buzz tem sido feito. Gratuito? Uma ova! Tem muita gente ganhando um bocado de dinheiro com o tão declarado fim do mundo. Dizem, os profetas do Apocalipse, que os maias previram o fim do mundo pro dia 21 de dezembro de 2012, em seu calendário. “Tinham conhecimentos astronômicos avançadíssimos,” dizem sem pudores (e não sem alguma razão) os gurus de uma nova era. E vendem livros. O que não dizem é que nunca foi encontrado qualquer registro de que o mundo chegará ao fim em 2012. O que se pode afirmar, com certeza, é que o calendário maia chega ao fim. E que esse fim não é muito diferente daquele a que nosso calendário chega, todo ano, como quando acaba um ano e começa o outro.

O calendário maia, usado para a apocalíptica previsão conta um período enorme de tempo, numa contagem dos dias bem diferente da que fazemos hoje. Considerar que o mundo acabará porque, ao acabar o ano presente, não tenho uma folhinha do ano futuro, é tão tolo quanto considerar que o mundo acabará porque os maias não acharam necessário considerar outro período de tempo. Da mesma forma que seria uma tolice acreditar que o mundo continuaria a existir porque acabamos de encontrar registros em ruínas maia de um novo período de tempo. Ou que o mundo há de acabar logo porque passamos por uma série de desastres naturais nos últimos anos – como se desastres não estivessem sempre presentes na história da humanidade. Queremos, todos, segurança. Alguns – aqueles que vêem sentido – ligam as profecias a moralismos, escolhas de vida e explicações sobre a vida, a morte e tudo mais.

Ignoro 2012, estou aguardando pelo ano 2015: quero meu par do Nike McFly Hyperdunk. Não ter um até lá, isso sim será o fim do mundo.

do blog Amálgama

Capivara gigante.


Os veículos de comunicação ganharam uma ótima oportunidade para provar aos céticos que as acusações de golpismo eram exageradas. Basta dedicar à oposição a mesma virulência investigativa (e amiúde caluniosa) que reservou aos petistas nos idos de 2005.

O noticiário oferece três “mensalões” muito promissores, cheios de novidades inexploradas, que compartilham entre si, no mínimo, as tendências políticas de seus protagonistas: o de Eduardo Azeredo (PSDB), o da Camargo Corrêa e o do governador José Roberto Arruda.

Somando todos os esqueletos, constrói-se um enorme ossário com as cúpulas do PSDB e do DEM (PFL), uns pedaços de peemedebistas e tutano dos governos FHC para salgar o caldo. Se os escandólatras da imprensa democrática usarem seu espírito investigativo para expor os Freuds Godoys do momento, operam a grande revolução moralizante que tanto defenderam em seus editoriais inflamados.
Postado por Guilherme Scalzilli

"Sai daí Zé!"


Chega a ser divertido acompanhar o constrangimento da imprensa oposicionista na cobertura dos mensalões demo-tucanos. Cada novidade é acompanhada de menções aos escândalos petistas, como se todos os episódios fossem equivalentes em natureza e gravidade.

José Roberto Arruda, figura manjadíssima desde os tempos de líder do governo FHC no Congresso (ohhh!!!), será sacrificado em cerimônia pomposa, purificadora, assim que as atenções começarem a debandar para cima de seu xará poderoso. E é sempre bom lembrar que a trilha que une os Josés não passa apenas pelo prefeito Gilberto Kassab.

Postado por Guilherme Scalzilli

"Grupo Bandeirantes" ameaça "melar" a Confecom; "Globo" usa "JN" para bater na Conferência


Lula quer mostrar que tem mais jogo de cintura do que ela? Vá até o fim do texto e saiba do que estou falando

Estou em Brasília. Acompanho a cerimônia de abertura da Confecom, a Conferência de Comunicação convocada pelo governo Lula (depois de grande pressão dos movimentos sociais que lutam pela democratização do setor).

Pois bem. A cerimônia devia ter começado há duas horas. Mas, nos bastidores, corre a informação de que o Grupo Bandeirantes estaria ameaçando abandonar a conferência. Por isso, há uma reunão de emergência pra apagar o incêndio...

Pra quem não está acostumado com esse debate, um rápido resumo. Quando Lula convocou a Confecom, as maiores emissoras de TV (reunidas na ABERT - "Globo") - além de jornais (ANJ - "O Globo, "Folha", Estadão) e revistas (ANEER - Abril) - fizeram de tudo para inviabilizar a conferência. Queriam controlar a pauta de debates, queriam controlar a comissão organizadora.

Não aceitaram as regras da Confecom, e logo se retirarm do processo.

O governo fez um enorme esforço para convencer a ABRA (que reúne Band e RedeTV) e as teles (grandes grupos que chegaram a Brasil para investir em telefonia e internet - Oi,Telefônica, Vivo) a permanecer na Confecom.

Deu certo. As etapas municipais e estaduais da Comfecom ocorreram, com sucesso.

Para agradar os empresários, criou-se uma regra que divide os delegados da Confecom nacional (esses que estão agora reunidos em Brasília, e que foram eleitos em cada Estado) em 3 categorias: sociedade civil (40%), empresários (40%), governo (20%). Além da sobre-representação empresarial (40% é demais!), estabeleceu-se outra regra: propostas polêmicas (ou, "temas sensíveis") só serã aprovadas na Plenária Final da Confecom se tiverem % dos votos. E mais: é preciso a aprovação de ao menos um representante de cada setor. Ou seja, em tese, os empresários teriam poder de veto na Plenária Final, porque detém 40% dos delegados. Se todos os delegados empresariais fecharem contra uma proposta, o veto estará dado.

O governo avalia que valeu ceder porque realizar a Confecom contra vontade de Globo, Veja, Folha e outros é uma grande vitória.

Concordo. Só acho que o governo Lula tinha força para ter convocado a Confecom muito antes. Mas ok. Essa discussão já está vencida.

O que ineteressa é que agora o Grupo Bandeirantes quer mais!!! Quer direito de veto também nos grupos de trabalho (GTs) que vão selecionar as propostas para a plenária final. Isso não está previsto nas regras. Mas eles querem. Estão acostumados a mandar. E pronto!

Há mais de mil delegados do Brasil inteiro a esperar a cerimônia de abertura. Que não ocorre porque o Saad (dono da Band) resolveu vender um pouco mais caro a participação na Confecom.

Isso porque é a Bandeirantes. Imaginem como seria o jogo se a Globo estivesse aqui?

O governo Lula aposta em negociar, sempre. É uma grande mérito. Mas dar essa moral toda aos Saad já é demais.

Em vez de debater comunicação, estamos no plenário, olhando a Ivete Sangalo a requebrar no telão. Sabe-la lá por que, alguém resolveu botar um DVD da Ivete pra acalmar o povo, enquanto o Saad não acaba de cobrar a fatura dele.

Viva a Ivete Sangalo!

EM TEMPO - Acabo de saber que os representantes do governo na comissão organizadora da Confecom "cederam" (digamos assim) aos argumentos da Band. Empresários terão direito de veto também nos grupos de trabalho da conferência (pelo menos, é o que eles acham; mas podem ter surpresas...)

EM TEMPO 2 - A Globo usou o JN para bater na Confecom. Até agora, fazia de conta que não existia. Com duas mil pessoas em Brasilia debatendo comunicação, a Globo decidiu bater. Vejam o que saiu no Jornal Nacional (o texto está no G1; não consegui saber se foi um editorial assumido, lido pelo apresentador, ou um arremedo de reportagem; alguém viu?) - http://jornalnacional.globo.com/Telejornais/JN/0,,MUL1415094-10406,00-CONFERENCIA+DEBATE+CONTROLE+SOCIAL+DA+MIDIA+E+NOVA+LEI+DE+IMPRENSA.html

(texto do JN, no G1)

"Começou, nesta segunda-feira, em Brasília, a primeira Conferência Nacional de Comunicação, que pretende debater propostas sobre a produção e distribuição de informações jornalísticas e culturais no país. Entre as propostas, estão o controle social da mídia por meio de conselhos de comunicação e uma nova lei de imprensa.

O fórum foi convocado pelo Governo Federal e conta com 1.684 delegados, 40% vindos da sociedade civil, 40% do empresariado e 20% do poder público.

Mas a representatividade da conferência ficou comprometida sem a participação dos principais veículos de comunicação do Brasil. Há quatro meses, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão, a Associação Brasileira de Internet, a Associação Brasileira de TV por Assinatura, a Associação dos Jornais e Revistas do Interior do Brasil, a Associação Nacional dos Editores de Revistas e a Associação Nacional de Jornais divulgaram uma nota conjunta em que expõem os motivos de terem decidido não participar da conferência. Todos consideraram as propostas de estabelecer um controle social da mídia uma forma de censurar os órgãos de imprensa, cerceando a liberdade de expressão, o direito à informação e a livre iniciativa, todos previstos na Constituição.

Os organizadores negam que a intenção seja cercear direitos. A conferência foi aberta com a participação do presidente Lula."

Do blog O escrevinhador de Rodrigo Vianna

Lula: Internet deixou as pessoas mais críticas e menos passivas com a "infinidade de blogs"

O Presidente Lula, disse nesta segunda-feira, durante a 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), que a "liberdade de imprensa" é sagrada, apesar de alguns jornais cometerem excessos. "As vezes, há jornais que se excedem, que divulgam inverdades ou, até mesmo, dissiminam calúnias infames. Aprendi a conviver com isso porque, havendo liberdade de imprensa, a verdade termina sempre prevalescendo", disse o Presidente.

O Presidente, afirmou que a inclusão digital deve ser tratada como uma prioridade nacional, anunciando que um plano nacional de banda larga será lançado "em breve". Lula lembrou que, o advento da internet deixou as pessoas mais críticas e menos passivas com a informação.e que a "infinidade de blogs dos mais diferentes estilos" contribui com a comunicação. "Trata-se de um espaço em permanente ebulição, que atrai um número cada vez maior de pessoas e comunidades. Trata-se de um território de liberdade, que aproxima a comunicação do cidadão, dando voz e alcance a milhões que antes não tinham como se expressar na mídia", disse. "Não creio que é uma ameaça ao jornalismo, ao menos ao bom jornalismo, creio que saíra fortalecido."

"Com a digitalização e a internet, as fronteiras entre os diferentes meios estão sendo dissolvidas. Hoje, texto, áudio e imagem não só são tratados com a mesma tecnologia digital como podem ser disseminados pelas mesmas plataformas. E, com a chegada da TV digital no Brasil e a implantação da banda larga, o processo de convergência de mídias tende a se acelerar ainda mais", disse.

O Presidente ressaltou ainda que a internet provoca uma forte diminuição dos custos na comunicação, diminuindo a concentração de veículos de informação. "Isso tende a criar um ambiente favorável a uma relativa desconcentração dos meios de comunicação, numa inflexão em relação ao impressionante processo de concentração ocorrido nos últimos 40 ou 50 anos em todo o mundo ¿ e também no Brasil.

Liberdade de imprensa

Durante o discurso, Lula afirmou que a liberdade de imprensa é sagrada, apesar de alguns jornais cometerem excessos. "As vezes, há jornais que se excedem, que desprezam os fatos e embarcam em campanhas, que divulgam inverdades ou mesmo que disseminam calúnias e infâmias. Aprendi a conviver com isso porque, havendo liberdade de imprensa, a verdade termina sempre prevalecendo", disse.

Em seu discurso, Lula afirmou que a legislação na área da Comunicação Social é muito antiga, lembrando do Código Brasileiro de Telecomunicações, que é de 1962. "De lá para cá, passaram-se 47 anos, quase meio século, e o mundo e o Brasil passaram por grandes transformações. A transmissão por satélites revolucionou a comunicação, permitindo a formação das redes nacionais de televisão e as transmissões ao vivo para todo o país e todo o planeta. A TV em preto e branco foi substituída pela TV em cores. Se no início da década de 60, havia poucos aparelhos de televisão no Brasil, hoje eles estão presentes em 95% dos domicílios brasileiros", disse.


Do blog A P L

Charge on line do Bessinha

O poderoso lobby do etanol

por Luiz Carlos Azenha

O etanol pode mesmo ser uma boa forma de enfrentar ao mesmo tempo a poluição causada pelo combustíveis fósseis e a escassez de petróleo. É uma questão discutível. Mas antes a gente precisa considerar quais são os impactos ambientais da produção de etanol: quanto de água exige a produção de um litro de etanol, por exemplo? O mundo deve mobilizar recursos naturais para trocar petróleo por etanol? É ou não trocar seis por meia dúzia?

Feito isso, devemos perguntar: o mundo deve mobilizar terras que poderiam ser usadas para a produção de alimentos para encher o tanque de automóveis? Quais terras? Quem vai se beneficar disso?

Precisamos ter claro, igualmente, quais são as forças mobilizadas para emplacar o etanol em escala mundial. Sabemos que tem gente no Brasil e nos Estados Unidos trabalhando para criar um mercado mundial de etanol. Um mercado que, em tese, beneficiaria o Brasil.

Mas antes de tudo beneficiaria a indústria automobilística, que quer reproduzir em outras praças a experiência do motor flex. Os principais lobistas em defesa dessa ideia são o irmão do ex-presidente dos Estados Unidos, Jeb Bush, e o ex-ministro da Agricultura do governo Lula, Roberto Rodrigues.

A família Bush, que fez fortuna trabalhando nas bordas da indústria do petróleo, de novo aposta as fichas numa roleta viciada. E patrocina essa conjunção de interesses dos produtores de etanol de milho dos Estados Unidos com os produtores de etanol de cana de açúcar do Brasil.

Seriam os grandes "abastecedores" desse mercado mundial. O projeto de Brasil e Estados Unidos obedece a uma lógica neocolonial: mobilizar terras na África e na América Central. Terras baratas e mão-de-obra barata para contribuir com o esforço dos produtores de álcool dos dois países.

Não estranho, pois, que tanto José Serra quanto o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, tenham defendido o etanol, hoje, em Copenhague. Pode ser que ambos tenham feito isso por convicção política. Ou ecológica. Talvez ambos acreditem que o Brasil e outras partes do planeta tem mesmo terra e mão-de-obra disponíveis para turbinar a produção de etanol em escala mundial. Talvez ambos acreditem que é possível produzir alimentos e etanol ao mesmo tempo. Repito: é uma possibilidade. Mas que fique claro quem representa o interesse público e quem são os lobistas, se ainda houver distinção entre eles.

Vi o mundo


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Combater as enchentes punindo as vítimas

por Luiz Carlos Azenha

O prefeito Gilberto Kassab anunciou planos para combater as enchentes... punindo as vítimas. Encheu? É só retirar os moradores. Combater as causas do transbordamento do rio Tietê? Dá trabalho. Exige criatividade. Projeto de longo prazo. Portanto, é mais fácil remover as vítimas.

Sim, sim, sei que muitos ambientalistas acreditam que a solução é dar espaço ao rio para transbordar. Quem sabe, demolir a marginal do Tietê. E fazer um imenso parque nas margens do rio. Acho que, a longo prazo, deveria ser mesmo esse o objetivo.

Como solução para a enchente de um bairro, que persiste dias depois que o rio Tietê transbordou, o prefeito Kassab anunciou a antecipação do projeto para fazer um parque. Que vai exigir a remoção de alguns milhares de moradores. As vítimas das enchentes.

Notem, no entanto, que o prefeito não falou em outras medidas: os clubes que ficam às margens do rio, em terrenos públicos, serão retirados? Alguma medida para evitar as construções de grandes condomínios próximos à marginal? É óbvio que não, né?

Ou seja, sob o manto do ambientalismo, o que o prefeito e o governador José Serra estão promovendo é a "limpeza" dos pobres da região. Como sempre, a corda estoura do lado do mais fraco. Os ambientalistas vão saudar o prefeito, que teria dado um passo na direção certa. Vamos esperar, agora, pelos anúncios de novos empreendimentos às margens da marginal. Publicados nos mesmos jornais que vão festejar o prefeito e o governador por terem dado "um passo na direção certa".

do blog vi o mundo

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Aconteçeu em Ubatuba

MEC E BISPO PRESTIGIAM COMITÊ DO IPIRANGUINHA

No dia 09/12, na Escola Mario Covas, houve a apresentação do Plano de Mobilização Social pela Educação e dos membros do Comitê.

O Sr. Rui Alves Grilo abriu o evento agradecendo a presença de todos, destacando a presença de diferentes confissões religiosas (católicos, metodistas, ....) e fez uma rápida apresentação das autoridades presentes: Dom Altieri, Bispo da Diocese de Caraguatatuba, o Sr. João Nelson dos Santos, do MEC; a Sra. Izabel Arpa Gimeno, representando a CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil; o Sr. José Mauro Pereira de Barros (Maurão), vereador, conselheiras tutelares, o Sr. Ivan, assistente técnico educacional da Diretoria de Ensino de Caraguatatuba, a Sra. Lucimara, diretora da Escola Municipal Mário Covas.

O Plano elaborado em parceria com a UNESCO e com representações de diferentes confissões religiosas tem como objetivo conseguir a maior participação das famílias na educação de seus filhos visando o melhor desempenho escolar e a melhoria do desempenho no IDEB - Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico.

Em seguida, o Sr João Nelson dos Santos, em nome da Sra. Iara Bernardi, representante do Ministério da Educação em São Paulo, apresentou alguns indicadores socioeconômicos e educacionais do município, destacando as várias intervenções do MEC para melhorar esses indidadores.

O Sr. Ivan discorreu sobre o esforço desenvolvidos pela Diretoria de Ensino para a melhoria do desempenho das escolas da região.

Após essa apresentação, foi solicitada a cada um dos presentes que se apresentasse e manifestasse quanto as suas expectativas e participação no Plano.

O Sr. Nelson ficou muito entusiasmado com a representatividade das pessoas presentes e com o nível de participação.

Para dar continuidade aos trabalhos, foi marcada uma nova reunião no dia 18, às 20 horas, na Escola Municipal Mario Covas.