sábado, 30 de agosto de 2014

Os brasileiros que renegam a civilização




A moça loira gritava, na quinta-feira à noite, a plenos pulmões, com expressão de ódio, a ofensa racista ao goleiro do Santos, no estádio do Grêmio, em Porto Alegre, uma das capitais mais cosmopolitas do Brasil.
No site da ESPN Brasil, a sua manifestação criminosa aparecia numa foto com a seguinte legenda: "Torcedores do Grêmio fazem críticas racistas a Aranha, goleiro do Santos."
Críticas racistas...
Uma foto de um casal de namorados, ela negra, ele branco, colocada no Facebook dias atrás, provocou uma enxurrada de vitupérios.
O que está acontecendo no Brasil?
Onde está o tão celebrado brasileiro cordial?

Nas redes sociais, as manifestações de ódio e preconceito aumentam assustadoramente nesta campanha eleitoral.
A presidenta Dilma, o ex-presidente Lula e os simpatizantes do PT são os alvos preferenciais.
Não mais se critica, simplesmente se ofende.
Um descerebrado escreveu algo mais ou menos desse tipo: "Dilma vai à TV. Será que vai dizer que é homossexual?"
O xingamento passa por cima dos argumentos.
A raiva se impõe a todas as emoções.
As pessoas se desnudam: seus pensamentos mais sórdidos e seus sentimentos mais execráveis, são vomitados nessa torrente de insensatez.
E quem poderia pelo menos contrapor a razão, o bom senso, a lucidez, a essa ignomínia, faz de conta que ela não existe.
A legenda da foto da ESPN é uma prova dessa irresponsabilidade.
Críticas racistas...
A gremista que xingou Aranha de "macaco" com todo o ódio que foi capaz na noite de quinta-feira, deve hoje estar arrependida - um arrependimento muito mais provocado pelo medo de ser punida pelo que fez do que pelo mal que causou ao atleta, à sua família e à sociedade.
Ela deverá dar um monte de justificativas para convencer as pessoas de que é uma pessoa de bem, que tem, inclusive, amigos negros.
Mas no fundo a gente sabe que ela é igualzinha a muitos e muitos outros brasileiros - de uma ignorância tão grande que, em pleno século 21, renegam a civilização como se isso fosse o mais profundo ato civilizatório.
http://cronicasdomotta.blogspot.com.br/2014/08/os-brasileiros-que-renegam-civilizacao.html

Eduardo Campos foi assassinado pela CIA?


Tudo sugere ação da CIA e assassinato de candidato à presidência, no Brasil

Wayne Madsen, Strategic Culture – http://goo.gl/e3YWDM  Tradução: Vila Vudu

A queda do avião que matou o candidato à presidência do Brasil Eduardo Campos, que estava em segundo, na disputa eleitoral, atrás só da atual presidenta, abalou fortemente as chances de reeleição de Dilma Rousseff. Sucessora de Campos na corrida presidencial, ex-líder do Partido Verde, Marina Silva – ‘homem’ de George Soros, está agora com alguma chance de vir a derrotar Rousseff, no caso de a eleição chegar a um segundo turno. O fim do governo de Rousseff sinalizaria vitória para as atividades clandestinas do governo Obama para eliminar de cena vários governos progressistas em toda a América Latina.

Revisão do período pós-2ª Guerra Mundial revela que, de todos os meios que os serviços de inteligência usaram para eliminar pessoas que viam como ameaças econômicas e políticas, o assassinato por derrubada de avião está em segundo lugar; antes, só assassinatos por armas de fogo; depois, vêm acidentes de automóvel e envenenamento, como modus operandi preferencial da Agência Central de Inteligência dos EUA, CIA, para seus assassinatos políticos.

Os seguintes casos são os principais sobre os quais pesam muitas suspeitas de terem sido resultado de ação de uma ou mais agências de inteligência dos EUA, para pôr fim a carreiras políticas que ameaçavam o avanço dos EUA como potência imperial:

 – a morte do secretário-geral da ONU Dag Hammarskjold; 
 – do presidente de Ruanda Juvenal Habyarimana; 
 – do presidente do Burundi Cyprien Ntaryamira; 
 – do primeiro-ministro português Francisco Sá Carneiro; 
 – do presidente do Paquistão Muhammad Zia Ul-Haq; 
 – de Sanjay Gandhi, pouco antes de ser oficializado no posto de primeiro-ministro da Índia; 
 – do presidente do Sindicato Norte-americano Unido dos Trabalhadores da Indústria Automobilística Walter Reuther; 
 – do ex-senador pelo Texas John Tower; e 
 – do senador por Minnesota Paul Wellstone.

A América Latina, em particular, tem sido atacada pela praga de desastres de aviões que mataram líderes que ameaçavam afastar o continente da influência política dos EUA: os presidentes Jaime Roldós Aguilera do Equador e Omar Torrijos do Panamá. Esses dois presidentes morreram em 1981; Roldós morreu apenas uns poucos meses antes de Torrijos. John Perkins, autor de Confissões de um Assassino Econômico e ex-membro da comunidade de inteligência dos EUA, apontou os EUA como ativos nesses dois assassinatos por derrubada de avião.

Esse histórico do envolvimento dos EUA e assassinatos aéreos torna ainda mais suspeito o que aconteceu dia 13 de agosto com o Cessna 560XLS Citation em Santos, Brasil, incidente no qual morreram Eduardo Campos, do Partido Socialista Brasileiro, mas homem pró-business, assessores seus e a tripulação do avião. O momento em que aconteceu, em plena campanha eleitoral, que então indicava vitória fácil para a atual presidenta, levantou questões significativas entre investigadores no Brasil e no público em geral. 

Desde a introdução do modelo em 1996, o modelo Cessna 560XLS Citation mantém currículo de aeronave perfeitamente segura. A morte repentina de Campos mudou o rumo da campanha presidencial no Brasil, para uma direção que pode ser benéfica para os EUA e a agenda de longo curso da CIA na América Latina.

Até aqui, já surgiram questões sobre a legalidade da documentação e da propriedade da aeronave (prefixo PR-AFA). O histórico da propriedade e dos registros da aeronave é extremamente ‘anormal’; e, além disso, não há nenhuma gravação de conversas acontecidas na cabine, aparentemente por mau funcionamento do gravador de vozes da cabina. Muitos brasileiros já começam a perguntar-se se o avião teria sido sabotado: em vez de mostrar gravações da conversa da tripulação que levava o candidato Campos, o gravador só conservou gravações de voz de um voo anterior. O avião voava uma rota Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, para a cidade de Guarujá, no estado de São Paulo, quando caiu sobre um quarteirão residencial na cidade de Santos.

O avião era operado pela empresa Af Andrade Empreendimentos & Participações Ltda., que tem sede em Ribeirão Preto, estado de São Paulo, mas cedido, em operação de leasing, pela Cessna Finance Export Corporation, uma divisão da Textron, dos maiores fornecedores para o Departamento de Defesa dos EUA. A empresa Cessna é divisão da Textron. O gravador de vozes que não funcionou na cabine foi fabricado por outro fornecedor contratado da Defesa e Inteligência dos EUA, L-3 Communications. Os negócios da AF Andrade são centrados na propriedade de uma destilaria. Porta-voz da AF Andrade disse que a aeronave, de $9 milhões, não havia passado por qualquer inspeção recente, mas assegurou que a manutenção era feita regularmente.

O porta-voz da AF Andrade não soube especificar quem é, afinal, o proprietário da aeronave, só falou doleasing; disse que a aeronave estivera à venda e fora comprada por um grupo de “empresários e importadores” de Pernambuco, estado do qual Campos foi governador. 

Acabou-se por descobrir que o avião fora comprado por um consórcio que incluía Bandeirantes de Pneus Ltda de Pernambuco. Essa empresa disse que havia negociações em andamento para transferir a propriedade do avião, quando aconteceu o acidente; e que a Cessna Finance Export Corporation ainda não aprovara os direitos finais de leasing. Observadores brasileiros creem que o Cessna sinistrado seria um “avião fantasma”, com propriedade ‘confusa’, precisamente para ser usado em operações clandestinas que envolveriam a CIA. Aviões cuja situação de propriedade e dos documentos de registro era também quase inextrincável eram usados pelaCIA no processo de ‘entregas especiais’ de muçulmanos sequestrados para serem interrogados e ‘desaparecidos’ nos “pontos negros” de prisões norte-americanas por todo o mundo.

A Comissão Nacional de Segurança de Transportes dos EUA [orig. U.S. National Transportation Safety Board (NTSB)] enviou uma equipe ao Brasil para investigar a queda do avião. Mas, se o trabalho da NTSB em acidentes como dos voos  TWA 800 e American Airlines 587 indica alguma coisa, a agência só tem fama por encobrir ações criminosas.

Campos foi substituído na chapa eleitoral por Marina Silva, do movimento financiado e dirigido por George Soros e suas “sociedade civil” e “globalização”. Silva, que milita no movimento religioso pentecostal “Assembleia de Deus”, é militante pró-Israel e muito mais pró-business e pró-EUA que Rousseff, do Partido dos Trabalhadores do Brasil que se posiciona bem à esquerda da Assembleia de Deus. Recentemente, Rousseff, com os demais presidentes dos países BRICS (Rússia, Índia, China e África do Sul) criaram um novo banco de desenvolvimento que desafia a supremacia do Banco Mundial, controlado pelos EUA. A criação desse banco enfureceu Washington e Wall Street. (...)

Pesquisas recentes têm apontado avanço de Marina Silva. Evidentemente, essas pesquisas de ‘intenção de voto’ nada têm nem de científicas nem de independentes, e são ferramentas que as agências de inteligência e as empresas comerciais sempre usam para influenciar a opinião pública e gerar “programação preditiva” em populações inteiras. (...)

Marina Silva está sendo apresentada como candidata da “Terceira Via” (chamada, agora, em 2014, “Nova Política”) no Brasil. 

“Terceira Via”/”Nova Política”  é movimento internacional que tem sido usado por políticos associados a grandes empresas, muitos dos quais financiados por Soros, para infiltrar-se e assumir o controle de partidos historicamente trabalhistas, socialistas e progressistas. Alguns dos nomes mais notáveis da “Terceira Via” são Bill Clinton, Tony Blair, Gerhard Schroeder da Alemanha, Justin Trudeau do Canadá, presidente François Hollande da França, primeiro-ministro francês Manuel Valls, primeiro-ministro Matteo Renzi e ex-primeiro-ministro Romeo Prodi da Itália, José Sócrates de Portugal, Ehud Barak de Israel, e inúmeros nomes do Partido Verde (PV), do Partido Socialista (PSB) e do Partido da Social-Democracia no Brasil (PSDB), dentre os quais Marina Silva, Aécio Neves, o falecido Eduardo Campos e o ex-presidente [e atual NADA] Fernando Henrique Cardoso. 

Mas, quando se mostra mais vantajoso do ponto de vista eleitoral assassinar um “Novo Político” para promover o avanço de outro, não parece haver problema algum nessa “Nova Política”, em eliminar alguém como Campos, para fazer avançar político mais populista (e mais controlável), como Marina Silva, sobretudo se estão em jogo interesses de Israel e de Wall Street.

O Cessna no qual viajava e no qual morreu o primeiro-ministro de Portugal Sá Carneiro voava para um comício eleitoral, em campanha de reeleição, no Porto. Esse desastre de avião destruiu as possibilidades futuras de uma Aliança Democrática de esquerda, porque os seguidores de Sá Carneiro que o sucederam não tinham, nem de perto, o carisma do primeiro candidato. 

Na sequência, um Mario Soares pró-OTAN e “socialista-só-no-nome” tornou-se primeiro-ministro e empurrou Portugal pela tal “Terceira Via”, subserviente à União Europeia e à globalização. À época da morte de Sá Carneiro, o embaixador dos EUA em Portugal era Frank Carlucci, funcionário da CIA, cujas impressões digitais foram encontradas, em 1961, no assassinato do ex-primeiro-ministro Patrice Lumumba no Congo. No governo Reagan, Carlucci foi nomeado vice-diretor da CIA, Conselheiro de Segurança Nacional e Secretário da Defesa. Carlucci é também presidente emérito do Carlyle Grupo, conhecido pelas ligações com a CIA. 

A suspeita morte de Campos no Brasil-2014 parece ser cópia-carbono do assassinato e descarte rápido de Sá Carneiro, com Rousseff como alvo final da ação e Marina Silva e seus financiadores globais como principais beneficiários.
Do: http://esquerdopata.blogspot.com.br/2014/08/eduardo-campos-foi-assassinado-pela-cia.html

Finalmente! MP abre investigação sobre avião da campanha de Campos e Marina



Fernando Brito, Tijolaço  

"Como este blog havia antecipado duas horas atrás, o Ministério Público resolveu agir de ofício e abrir procedimento investigatório sobre o avião que Eduardo Campos e Marina Silva usavam na campanha e acabou por matar o candidato do PSB num acidente em Santos, no dia 13 passado.

Leia a matéria do Estadão e veja, no post anterior, os fundamentos legais do procedimento, por violação das regras de financiamento e gastos de campanha.

Procuradoria eleitoral investiga uso de avião por Campos
Erich Decat

O procurador-geral eleitoral, Rodrigo Janot, instaurou nesta sexta-feira, 29, procedimento preparatório eleitoral para investigar a prestação de contas do PSB quanto à utilização da aeronave Cessna 560XL, que caiu no último dia 13 e levou à morte o então candidato Eduardo Campos e outros seis tripulantes.

O objetivo do procedimento é verificar se o uso do avião respeitava a legislação eleitoral no que toca à prestação de contas parcial quanto à arrecadação e gastos envolvidos na campanha. O PSB terá de encaminhar à Procuradoria Geral Eleitoral (PGE) os recibos eleitorais que comprovam a prestação de contas parcial, prevista em resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O procurador-geral da República também cobra do PSB dados referentes à movimentação financeira feita para a utilização da aeronave durante a campanha presidencial.

 No procedimento, Janot determina ainda que sejam oficiados o Ministério da Justiça, com a solicitação de cópia do procedimento investigatório em curso na Polícia Federal.

Da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o PGR solicita informações a respeito da propriedade da aeronave utilizada na campanha por Eduardo Campos e os registros de voo realizados desde o último mês de maio.

O prazo inicial de duração do procedimento é de 60 dias, permitidas prorrogações sucessivas, de acordo com a necessidade de dar continuidade à investigação. "

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Se candidato a presidente fosse cerveja






Escolher um candidato com base em suas propostas é um bordão adotado de quatro em quatro anos por todo mundo, da Justiça Eleitoral aos próprios postulantes, passando por idealistas e por metade da torcida do Flamengo. A segunda máxima do "voto consciente" é analisar a história de vida dos postulantes aos cargos eletivos, como se a trajetória da turma fosse tão acessível e transparente.

Escolher a cerveja em um bar é mais simples. O cidadão posicionado, na mesa ou no balcão, pergunta as opções. Ouve, pensa, mede preço e informações previamente adquiridas (experiências anteriores com o produto, o que os amigos e parentes disseram, o que andam falando em mídias sociais, a propaganda que promete a quem degustar aquele rótulo mais e mais amigos, mulheres, dinheiro, glorias e fama, não necessariamente nesta ordem etc.).

Candidato a presidente é uma coisa. Cerveja é outra.

Mas um teste-cego pode surpreender.

Para analisar as propostas sem pender para o lado que o eleitor já estava torcendo, uma startup chamada Projeto Brasil divulga agora um game para ser usado no navegador que permite tanto comparar as propostas quanto fazer um teste-cego entre as ideias (geniais ou não) dos candidatos.

A parte do comparativo das propostas ladeia dois ou mais postulantes conforme suas propostas agrupadas por grandes temas.



No caso do teste cego, a ferramenta traz uma frase descontextualizada e pede que o usuário classifique de uma a cinco estrelas. A medida que vai respondendo, umranking das avaliações das propostas dos candidatos vai se formando em uma coluna à direita da tela.


A proposta em tela é de Marina Silva

O máximo que pode acontecer é você descobrir que é o eleitor-modelo do Rui Costa Pimenta (PCO) ou, pior, do Levy Fidélix (PRTB).

Foi ali que aprendi que Mauro Iasi (PCB) defende estatizar todo o sistema financeiro. E que Pastor Everaldo (PSC) prega respeito ao direito de lucro e ao dever de responsabilização privada dos prejuízos. Com o tempo, a expectativa é mapear a avaliação da proposta por região geográfica do país e quetais.

No caso de teste-cego de cervejas, a internet é pouco útil, exceto para divulgar resultados.

Se candidato a presidente fosse "peguete"

Outro aplicativo divertido de campanha eleitoral é o"Voto x Veto". Tudo em clima de Tinder, aquele aplicativo que mostra fotos de pessoas com quem você, talvez, quereria ou poderia querer se relacionar afetivamente (no sentido amplo).

O "Voto x Veto" faz isso com propostas dos presidenciáveis. Você só descobre o autor depois de votar (concordar) ou vetar (discordar).

Pela comparação com o Tinder, é um jeito de escolher candidato como se fosse "peguete" em tempos desmartphone.

Sem olho no olho, sem pegar criança no colo nem comersanduíche de mortadela.





DO:
http://www.futepoca.com.br/2014/08/se-candidato-presidente-fosse-cerveja.html

O Globo diz que versões "não batem". Não, porque o jato não foi “empréstimo”, foi crime eleitoral


Autor: Fernando Brito

O jornal O Globo publica que as “explicações” de Marina Silva sobre a situação do jato que caiu com Eduardo Campos se contradizem com as dadas pelo PSB, em nota oficial.

Não há nenhuma contradição: tudo, inclusive a escolha das palavras, é tortuosamente construído para não dizer a verdade: o avião foi comprado, através de depósitos fraudulentos, feitos através de empresas fantasmas, por um grupo de empresários encabeçado pelo senhor Apolo Santana Vieira, um homem acusado de contrabando.

Nua e crua é esta a verdade e as tais “explicações” vão ser aqui desmontadas de forma muito clara.

1. O “empréstimo”. 
Em primeiro lugar, você empresta o que é seu. Se não é seu, não pode emprestar. O avião não era dos empresários, para que pudesse ser emprestado. Estava sendo adquirido não para o uso daqueles empresários ou de suas empresas, mas especificamente para Eduardo Campos fazer sua campanha presidencial. Tanto é que foi levado à sua aprovação, num voo de teste, em 8 de maio, de Congonhas a Uberaba.

2- O “empréstimo” ia ser “ressarcido”
Empréstimo não é “ressarcido” nem pago. Se é pago, é aluguel, não empréstimo. O seu senhorio não “empresta” o apartamento onde você mora nem você o “ressarce” todo mês. Ele o aluga e você paga o aluguel.

3-Mas poderia haver “aluguel” do avião a Campos e ao PSB?
Poderia, se a AF Andrade ou a Bandeirantes Companhia de Pneus fossem empresas de táxi aéreo, o que não são, Neste caso estariam exercendo uma atividade ilegal, para a qual não habilitadas. Empresas de táxi aéreo poderiam até doar horas de voo ao candidato, desde que as declarassem assim, contabilizando pelo valor que têm. Mas uma empresa só pode doar serviço se este for um serviço que presta nas suas próprias funções. Se for serviço de outra empresa, estará pagando e, então, não pode fazer, tem de doar o dinheiro ao candidato e ele que pague.

4- Quem pagou três meses de despesas do avião?
Um jato não voa centenas de horas sem custos significativos. São milhares de litros de querosene de aviação, salários, alimentação e diárias de hotel de dois pilotos, hangar, taxas aeroportuárias. Fazer cada uma estas despesas significa assumir o controle operacional do avião e, até agora, ninguém seque dignou-se a perguntar quem os pagou.

Vejam que sequer entrei na questão das irregularidades da compra do avião, feita de maneira ardilosa e ilegal. Essa é a questão de legislação fiscal e penal.

Trato apenas da questão sob o ponto de vista da lei eleitoral, que está sendo esbofeteada publicamente pelo PSB e por sua candidata.

Se o Ministério Público e a Justiça Eleitoral permitirem que isso siga sem uma responsabilização, por medo “do que a mídia dirá”, porque boa parte “marinista”, será melhor revogar toda a legislação que trata de doações e de uso do poder econômico a candidatos. Qualquer um pode dar-lhes o que quiser, como quiser e deixar para passar recibo ou assinar contratos lá no final, muito depois de dados os votos do povo.


Eu não estou sugerindo que a candidatura Marina seja cassada, que isso fique claro. Ela – e já se disse isso aqui – não tinha a obrigação de saber dos detalhes do avião conseguido por Campos e seria natural que aceitasse a sua versão. Marina é, e só depois que encampou esta farsa, cúmplice na ocultação de um crime eleitoral.

É isso o que precisa ficar claro: que há um crime eleitoral. E quem o encobre, acoberta e deixa de agir diante dele torna-se cúmplice deste embrulho que a fatalidade expôs ao Brasil.

Marina, a Bispa do Brasil


Marcelo Carneiro Cunha - Zagueiro 

Estimadíssimos leitores, existe algo mais assustador para esse zagueiro do que o futebol brasileiro entre o céu e a Terra, e esse algo se chama Marina Silva, a Bispa do Brasil.

O mundo sempre foi um lugar complicado, mas ele sempre foi mais complicado quando religião ocupou o lugar sagrado das coisas realmente importantes para as pessoas – o futebol, por exemplo. A ideia de religião como um grande e real problema começa com a invenção da cristandade. Ali surgiu uma igreja que se acreditava católica, ou seja, dona do mundo. Os pagãos eram apenas cristãos esperando para serem salvos, e quem pagou o pato dessa ânsia evangelizadora foram, bom, todos – dos povos da Europa e das estepes até os indígenas americanos, quando os portugueses, espanhóis e toda a sua carolice aportaram por aqui.

A coisa ficou feia para valer quando inventaram o islamismo, a outra religião tão absolutista quanto a cristã. A partir do momento em que o Islã cresceu o suficiente para fazer fronteira com a cristandade, nunca, mas nunca mesmo, o mundo conheceu a paz. Lembram das Cruzadas? Até hoje os árabes lembram, o que dá uma ideia do quão espiritual a coisa foi. Com o tempo, o mundo islâmico se viu amarrado pelos nós de sua religião anti-tudo, e ali começou a perder a guerra para o Ocidente, o que se mantém até agora. Na Batalha de Lepanto, em 1571, os turcos perderam a sua última luta pelo que interessava, o Mediterrâneo, e a partir dali, recuaram na direção do seu mundo cheio de areia.

Na mesma época, e para suprir a falta que uma outra religião inimiga fazia, a Igreja Católica conseguiu se autodestruir, com o surgimento do Protestantismo. Dali em diante, católicos e protestantes deixaram de lado os islâmicos e passaram a massacrar uns aos outros, na maior e mais longa guerra civil que o mundo já conheceu. Para não ficar pra trás, os islâmicos também se dividiram em sunitas e shiitas, e a luta fratricida continua até hoje.

Marina Silva acha que as religiões contribuem muito para com o mundo, sinal de que ela leu muita bíblia e nenhuma História. Não consigo imaginar em uma só contribuição que as religiões tenham trazido para a gente, a não ser, talvez, a preservação da cultura da cerveja nos mosteiros cristãos da Idade Média. Nenhuma. Nenhuminha. As religiões permitiram ou incentivaram a escravidão e todas as discriminações, incluindo a opressão aos gays que elas ainda praticam hoje.

O mundo apanhou tanto com esses conflitos que finalmente inventou a separação entre Estado e igrejas, mais uma contribuição da Revolução Francesa, junto com o sistema métrico decimal. Ali, o Ocidente inventou a maior invenção já inventada – a república laica. Nela, todo mundo pode ter a religião que bem entender, desde que respeite a do outro, e inclusive a opção de quem não quer ter alguma. Além disso, o governante governa para todos e de acordo com as leis humanas, e não as leis religiosas. Foi assim, e somente assim, que começamos a ser felizes, ou livres, a partir do século 19. No Brasil, a República já surgiu laica, pra nossa sorte, embora sigam por aí os crucifixos em salas de tribunais, por exemplo, o que fere completamente a ideia da coisa.

Marina é um perigo para o país porque ela é uma fundamentalista evangélica. Ninguém sabe no que o Sarney acredita, a não ser na própria imortalidade e que o Maranhão é dele por direito divino. Ninguém sabe do Collor, a não ser que paga pau pra um esquisito como o Frei Damião. Ninguém sabe o que acha o FHC, a não ser que ele não acredita em Deus e já fumou maconha. Lula é um típico católico soft brasileiro, que é sem ser, pratica sem dar bola. Dilma é tão religiosa quanto o cargo exige, na ideia de que Paris vale uma missa. E é assim que tem que ser.

Marina é uma fundamentalista radical, que acredita que Deus faz todas as coisas, inclusive a República, que é dele, não nossa. Ela acredita em maluquices absolutas como o criacionismo, uma das teses mais estapafúrdias já inventadas, mesmo levando em conta o nível de estapafurdismo dos humanos. Ela é contra a ciência, a única coisa entre nós e o abismo. Ela é contra a pesquisa das células-tronco, uma das maiores promessas de cura para o incurável.

Eu não sinto simpatia alguma pelo modelo do PSDB simplesmente porque vivo em São Paulo e o acho conservador demais e nacional de menos. Mas em um segundo turno hipotético, com Aécio e sua fachada de playboy e Marina, meu voto seria pelo mundo são do lado de cá, e jamais pela loucura movida a divindades aplicadas. Se alguém duvida no que acontece quando deixam a religião entrar no vestiário, lembrem do horror que era a Seleção evangélica do Dunga, a de 2010.

Não funciona, nunca funcionou, e nos leva de volta à barbárie. Por isso, caros leitores, brinquem, gritem, protestem, digam que são contra tudo que está aí, mas na hora de votar, melhor fazê-lo em favor do mundo que funciona e que começa com o século 20. Se ele tem problemas, e tem, pelo menos ele é nosso, e não de uma suposta divindade qualquer, que se importa tanto com a gente que de nós só quer o dízimo.

Se vocês acham ruim com a república laica, nem queiram saber como é sem ela. Ou melhor, se informem como era, antes de fazer qualquer coisa que estrague a única coisa que a gente criou e que realmente nos salva. Façam isso, e tudo vai acabar bem, porque o Brasil precisa de presidente, e não de salvador.
do: http://esquerdopata.blogspot.com.br/2014/08/marina-bispa-do-brasil.html

ÓDIO CONTRA O PT EM SP É ASSUSTADOR


:
Segundo o colunista Ricardo Kotscho, o candidato ao governo de SP Alexandre Padilha é a maior vítima “deste verdadeiro ódio contra o PT, Lula e Dilma que grassa e se espalha por São Paulo, onde ficam as sedes de dois dos três maiores jornais do país, que há anos se comportam como os principais adversários políticos do partido, ao mesmo tempo em que se empenham para preservar e manter os tucanos no Palácio dos Bandeirantes, por eles dominado há duas décadas”

Por que a elite apóia o caminho para lugar nenhum? Para perdermos o rumo,é claro


Fernando Brito, Tijolaço  

"O publicitário Hayle Gadelha – que, apesar de marqueteiro, é um caráter de primeira – preparou, a partir das reflexões do professor Roberto Moraes, e manda-me uma análise da distribuição do eleitorado entre Marina Silva e Dilma Rousseff, tomando por base os números do Ibope, que a ele também fizeram franzir as sobrancelhas.

Mas, vá lá.

Reparem que curioso: os índices de Marina, além da esperada vantagem entre os evangélicos, são muito maiores entre os brancos e os de melhor renda.

Ela, a candidata que se definiu como negra ao TSE e tem origem pobre.

Embora eu não creia que seu crescimento vá se consolidar, por suas próprias fraquezas intrínsecas, a começar da notória  incapacidade de agregar de Marina e pelo embrulho em  ela que se meteu nessa aliança “programática”  com Eduardo Campos, é sintomática a sua “adoção” por parcelas expressivas  da classe média que ascendeu com Lula e seguiu assim com Dilma.

Deixo que Gadelha, mais tarde, no seu blog, comente esta distribuição eleitoral.

Fixo-me nisso: a dificuldade do PT – menos que a  de Lula, aliás – em politizar a questão econômica.

Na desídia ou negligência da esquerda em associar a ascensão social ao desenvolvimento nacional e a um projeto de país autônomo.

Porque a direita sempre  agita a ideia dos cortes de gastos e da entrega do país como caminho do progresso, um progresso que traga a modernidade (para ela), embora isso não tenha feito senão alienar o país e  aprofundar nossos abismos sociais.

Em 2006 e em 2010, sem sombra de dúvidas, o discurso nacionalista esteve no centro do enfrentamento com o PSDB.

Embora não fosse da tradição petista, foi ele o cerne da decisão política da população em dar continuidade ao projeto político personificado por Lula.

Parece-me que há uma inibição incompreensível em voltar a este tema, agora aparentemente limitado pelas dificuldades econômicas que reduzem este discurso a um “o Brasil está preparado para crescer”.

E crescerá com o discurso que nos sugere Marina Silva?

Ela segue desfilando sua beatitude sem ser cobrada de respostas objetivas, diretas.

Ela quer manter o controle estatal sobre o petróleo, que agora – com o pré-sal

–  tem tudo para ser uma das molas do nosso progresso econômico? Ou irá adotar o discurso de que “é sujo, é poluente” enquanto os países ricos o queimam a rodo?

Vamos investir, com responsabilidade e firmeza na ampliação de nossa capacidade de gerar energia hidrelelétrica ou vamos acender velas?

Abriremos estradas, portos, ferrovias ou nos paralisaremos e vamos nos desenvolver com “a confiança dos investidores”, naturalmente alimentados por ganhos itaúticos?

Não se debate, nestas eleições, ao contrário do que se debateu em 2006 – pela negativa à privatização – e em 2010, pela esperança de Brasil, um projeto de nação.

Vocês notaram que as propostas de Marina Silva, além de repetirem a lenga-lenga neoliberal na economia (“tripé”, “autonomia do BC”, etc) não vão a lugar nenhum?

Até porque prometer mais e melhor educação, saúde, segurança e respeito ao meio-ambiente, desde que me entendo por gente, nunca deixou de estar na campanha de qualquer candidato.

Marina  foca sua proposta no diálogo. Muito bem, mas sobre o quê?

E em que ambiente se desenvolveria este diálogo, sob os apetites de um Congresso sedento ante um governo sem forças próprias e de uma mídia cuja submissão ao financismo beira a vassalagem?

Essa é a opção que será feita, mas que não está sendo compreensivelmente explicada à população.

A história da prioridade ao “diálogo” e do “há gente boa em todos os partidos” é como aquelas “comissões de alto nível” que se nomeia quando se quer chegar a lugar algum.

O conservadorismo brasileiro precisa não de um governo que faça, mas de um governo que não faça.

Porque, não fazendo, tudo se conserva como está e está, naturalmente, bom para quem está ganhando e dominando.

Como resumiu Diego Mainardi, hoje, é preciso mudar os bandidos.

Só o que ele não diz é que isso é necessário para que o crime continue a ser praticado."

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Há um crime no ar nestas eleições. Ocultá-lo é outro crime, muito maior

Autor: Fernando Brito - Tijolaço 

Nem a metade dos negócios sombrios que envolveram a compra do jatinho  que matou Eduardo Campos e mudou o rumo da eleição presidencial já chegou ao  conhecimento público e já há, de sobra, elementos para dizer que houve a formação de uma quadrilha para a aquisição do aparelho, senão por ordem, ao menos em visando beneficiar o  ex-governador de Pernambuco, elevado com a morte a herói da nova e ética  política.

Os fatos evidenciam isso e os organizo de forma cartesiana, para o demonstrar.

Não se trata de um avião adquirido, tempos atrás, por dois ou três empresários inescrupulosos e aventureiros, que resolveram emprestá-lo a um candidato, de olho em vantagens.

O avião foi comprado, inequivocamente, para atender às necessidades de Eduardo Campos em sua campanha, com Marina Silva, à Presidência.

Era o mesmo grupo que fornecia, até o dia 15 de maio, na pré-campanha, o transporte aéreo para o senhor Eduardo Campos: o avião Learjet 45/40, matrícula PP-ASV, da Bandeirantes Pneus, o que está provado, inclusive, por fotos do candidato neste aparelho e fica mais evidente quando se rastreia seu uso.

Os mesmos empresários foram em busca de outro jato executivo, maior e mais confortável, com a finalidade específica de servi-lo na fase mais intensa da campanha. Se o fizeram por ordem de Campos, é impossível afirmar, a menos que um deles ou outra pessoa próxima o confesse.

Mas, mesmo que se admita que o fizeram por iniciativa própria, é certo que Eduardo Campos aprovou a aquisição pessoalmente, num vôo experimental, candidamente confessado pelo ex-co-piloto do aparelho, Fabiano de Camargo Peixoto, em entrevista à Folha, no dia seguinte ao acidente.

Não foi um “presente” da do ao candidato, como quem dá uma caneta bonita. Foi um ato partilhado entre todos, com um objeto que a ele e sua candidatura , acima de tudo, seria importantíssimo.

Há uma vantagem pessoal claramente estabelecida na transação e foi para obtê-la que se praticaram os atos fraudulentos.

Sim, fraudulentos.

Porque agora sabe-se que – além dos antecedentes de pelo menos dois dos compradores, o processado por contrabando Apolo Vieira e o operador de factoring e usineiro João Lyra Pessoa de Mello, já condenado e multado por não registrar operações de câmbio – a compra está povoada de laranjas e fantasmas, como mostrou a reportagem do Jornal Nacional com base nos procedimentos da Polícia Federal, que infelizmente só são acessíveis, como sempre, à Globo.

Os valores não são “uma bobagem”, uma tapioca: só na “entrada” da transação foram mais de R$ 1,7 milhão.

Há, na compra e no uso do avião fatal, materialidade e autoria já bem delineada de crime.

Mas não há, incompreensivelmente, nenhuma ação pública do Ministério Público, tão ativo no Brasil e – lembram da aprovação da PEC 39? – absolutamente autônomo para investigar e geralmente ansioso por opinar até sobre o vôo dos pássaros.

Não se pode confundir respeito aos mortos com encobrimento de crimes, cumplicidades e responsabilidades, inclusive as político-eleitorais, até porque disto se aproveitam os vivos, muito vivos.

Porque este encobrimento significa a negação do mais fundamental direito da sociedade: o direito à verdade.

Mais grave ainda quando a sonegação desta verdade por comprometer decisões que o povo brasileiro irá tomar.

O que significa o último Ibope


Imagem de “pureza”
DCM
"O Ibope de hoje parece aclarar algumas coisas em relação às eleições.
A mais importante é que são enormes as chances de um segundo turno entre Dilma e Marina.

Aécio vai se tornando o que, até há pouco tempo, foi Eduardo Campos: um figurante, um candidato da segunda divisão.

Só um milagre parece capaz de levá-lo ao segundo turno.

Tem sido usada a expressão “assombrosa” para definir a escalada de Marina, mas a rigor tudo que está acontecendo era previsível.

Tivesse Marina conseguido formar a Rede, ela já estaria onde está há muito tempo, no encalço de Dilma.

Nos protestos de junho de 2013, ela foi – merecida ou imerecidamente não importa — o único grande nome da política que escapou da execração geral.
Os dividendos disso são colhidos agora.

Grande parte dos eleitores de Marina estavam nas ruas naqueles dias de junho.

Eles pediam mudanças – mas não o tipo de mudança associado ao envelhecido PSDB. Com os tucanos, não seria exatamente mudança e sim retrocesso.

Marina personificou então para os manifestantes a mudança, com sua imagem de alguém que não faz alianças com políticos tidos como símbolo do atraso, de Maluf a Sarney.

Marina, de alguma maneira, remetia naqueles dias de protestos ao Lula dos anos 1980. Como o Lula sindicalista, ela parecia “diferente de tudo que está aí”.

Também a origem humilde como a de Lula contribuiu para a formação de uma imagem de “pureza” que acabaria por compor seu perfil para muitos brasileiros em busca de “algo novo”.

A grande questão, a partir de agora, é aparentemente o segundo turno.
Marina conseguirá manter este momento mágico, em que tudo parece dar certo para ela?

Lula, com sua capacidade extraordinária de cabo eleitoral, conseguirá convencer eleitores em número suficiente de que Dilma merece um segundo mandato?

A esta altura, o maior desafio do PT de 2014 é mostrar que Marina não é uma espécie de reencarnação do PT da década de 1980, e nem ela um novo Lula.

Dilma enfrentará no segundo turno, mais que uma candidata forte, uma ilusão – a de que com Marina será feita uma faxina na política que temos no Brasil.

E ilusões costumam ser mais potentes, mais decisivas, mais encantadoras — e às vezes mais devastadoras também — do que ásperas realidades."