quinta-feira, 14 de agosto de 2014

A Campanha eleitoral e a reforma política

Os partidos fizeram as convenções e escolheram seus candidatos. As alianças entre eles estão feitas, sem nenhum critério ideológico ou qual­quer compromisso com a classe tra­balhadora. Tudo em nome do prag­matismo da vitória eleitoral e de al­guns segundos na televisão. Portan­to, a corrida eleitoral já começou. E os métodos manipuladores de sem­pre, também.

Os candidatos registraram o que pretendem gastar. Os três principais presidenciáveis vão gastar, somados, a bagatela de 1 bilhão de reais. E a so­ma de todos os candidatos a senado­res e a deputados, registraram a in­tenção de gastar 4 bilhões de reais, destes, 85% serão supridos por ape­nas 117 grandes empresas, em sua maioria empreiteiras, bancos e algu­mas indústrias. E claro, sempre have­rá algum doleiro generoso no meio.
Esse valor fica atrás apenas da cam­panha dos Estados Unidos. Nada mau, para um país que é a oitava eco­nomia mas está em terceiro em pior desigualdade social do mundo! Ou seja, a sociedade brasileira é tão rica que pode se dar o luxo de gastar essa dinheirama em apenas dois meses de campanha, com marqueteiros, con­tratação de pessoas, showsde músi­ca, banners, santinhos e outras por­carias. Os jornais publicaram que já foram contratados mais de 60 mil pessoas, apenas para atuar na inter­net e na campanha digital. Uma ver­gonha!
Por outro lado, o senador João Ca­pibaribe (PSB-AP), antigo militan­te da esquerda, entrou com um Pro­jeto de Lei no senado para limitar os gastos das Assembleias Legislativas estaduais e os tribunais de conta es­taduais, que deveriam fiscalizar seus gastos. O senador descobriu que os gastos anuais dessas duas institui­ções, nada democráticas, somam 9, 4 bilhões de reais para deputados esta­duais e outros 5,1 bilhões de reais pa­ra os ilustres conselheiros das contas públicas. São 14,5 bilhões por ano, para nada. Descobriu que os gastos com diárias e passagens dos nobres parlamentares somam bilhões de re­ais, tudo desviado para atender in­teresses particulares. Descobriu que um deputado no Acre,custa ao po­vo 4,7 milhões de reais por ano, e no Rio de Janeiro custa 15,9 milhões de reais por ano.

Tudo isso são apenas sinais da fa­lência do modelo político brasilei­ro. Há uma clara crise de representa­ção política. Crise e hipocrisia na ho­ra dos partidos escolherem os candi­datos. Crise na forma de financiar as campanhas, em que as grandes em­presas sequestraram a democracia brasileira, com seus caixas 2. Crise, na forma de fazer as campanhas, que não motiva mais ninguém. Basta lem­brar que, segundo o TSE, apenas 27% dos jovens com 16 anos fizeram o tí­tulo de eleitor esse ano.

Crise porque os candidatos não dis­cutem os problemas do povo brasilei­ro e suas causas. Não discutem pro­jetos para o país. Embora, por trás de cada um deles, de forma dissimulada, se encontrem interesses e projetos de classe. Infelizmente, a ampla maio­ria só defende os interesses da bur­guesia. Ou seja, esse tipo de regime político e de campanha só interessa à burguesia, que se utiliza desses méto­dos para controlar o Estado brasileiro e suas instituições.

Diante de tudo isso, os movimen­tos sociais, desde as pastorais até o movimento sindical, estão conven­cidos que somente uma reforma po­lítica, profunda – que vá além do fi­nanciamento das campanhas, da for­ma de eleger e que inclua mudanças na forma de funcionarem os partidos, os candidatos, o poder judiciário e o controle sobre os meios de comunica­ção –, pode de fato recuperar a demo­cracia representativa no Brasil.
Por isso, já estão organizados mais de mil comitês populares por todo o país, fazendo trabalho de conscientização da população sobre a necessi­dade de uma reforma política. E farão um Plebiscito Popular, para que o po­vo se manifeste se é a favor da convo­cação de uma assembléia constituinte soberana e exclusiva, que faria as mu­danças políticas necessárias.

Os resultados do plebiscito popular serão levados aos Três Poderes insta­lados em Brasília – Executivo, Legis­lativo e Judiciário. E levarão também ao Jardim Botânico, no Rio de Janei­ro, onde está instalado o quarto po­der: a mídia burguesa – Rede Globo.
E a partir da pressão popular, se encaminhará a proposta de um de­creto legislativo que convoque, para o primeiro semestre de 2015, um ple­biscito formal, legal, para que toda população decida, se é necessário ou não a convocação de uma Assembleia Constituinte soberana. Ou seja, elei­ta de acordo com a vontade do povo, sem dependência econômica das em­presas. E exclusiva, ou seja, independente , separada do Congresso que se­rá eleito em outubro deste ano.
O Brasil de Fato, como veículo comprometido apenas com a classe trabalhadora, com os movimentos so­ciais, se soma nessa campanha de lu­ta por uma reforma política ampla e na luta popular para conquistá-la.
Do: http://www.desenvolvimentistas.com.br/blog/#sthash.Hmvegq7F.dpuf

BRASIL VAI BEM, MUITO BEM, empresários abutres

O empresariado da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) é que chia por mais benesses e menos impostos. O Brasil está muito bem colocado na relação carga tributária/serviço prestado pelo Estado. A relação é uma das melhores do mundo. Veja na tabela. Leia mais no link a seguir, do jornal GGN. ("O empresariado cartorial que quer mais benesses e menos impostos", por J. Carlos de Assis)

​"A turma da Fiesp, que diz ter uma honestíssima preocupação com a qualidade do serviço público no Brasil e não com a obsessão de fazer baixar os impostos em grande parte sonegados pelos ricos, costuma alegar que a carga tributária brasileira é alta em comparação com o serviço prestado pelo Estado. Será mesmo? Temos a maior rede pública de saúde do mundo, o SUS (mais de 300 milhões de consultas e mais de 12 milhões de operações por ano), e temos um dos mais amplos sistemas previdenciários (36 milhões de benefícios do por mês), sem falar numa extensa rede de ensino nos três níveis de governo."

A verde Marina é agora a grande esperança branca


Muita gente não entendeu a escolha de Marina Silva de entrar como candidata a vice na chapa do PSB, encabeçada por Eduardo Campos.
Ela tinha feito todo o possível para tornar o seu partido viável e em condições de entrar na disputa presidencial deste ano.
Como não conseguiu, o caminho mais lógico seria a entrada num desses inúmeros partidos de aluguel permitidos pela nossa frouxa legislação eleitoral.
Não faltaram convites a Marina.
O anúncio de que ela não sairia candidata à presidência pegou todo mundo de surpresa.
Alguma coisa deve ter ocorrido, como dizem, por trás da cortina.
Porque não havia comparação entre o peso eleitoral de Marina e Campos.
A ex-senadora conseguiu quase 20 milhões de votos na eleição de 2010 e estava se tornando a tal "terceira via" da política brasileira.
Contava, ainda, com uma forte retaguarda financeira, graças ao apoio de pessoal ligado à Natura e ao Banco Itaú - entre outros empresários.

Já o ex-governador de Pernambuco nunca passou de um líder regional, tendo alcançado níveis de popularidade formidáveis em seu Estado graças, em boa parte, à ajuda do governo federal em muitos projetos locais de desenvolvimento.
Marina, pelo bem ou pelo mal, era muito mais popular, em todo o país, que Campos.
Mesmo assim, sacramentada a união entre os dois, ela não foi capaz de transferir os votos que, hipoteticamente, eram seus, para Campos.
Do jeito que a campanha dos "socialistas" corria, era bem provável que eles tivessem, apurados os votos, ainda menos que os 9% apontados pelas últimas pesquisas.
O PSB é um partido nacionalmente raquítico. É forte apenas em Pernambuco.
Mesmo assim, se Marina aceitar a pressão para que fique no lugar de Campos, a agremiação poderá superar as dificuldades do pouco tempo de exposição no horário eleitoral gratuito e de falta de estrutura graças ao dinheiro que será despejado pela oligarquia nacional em sua campanha.
O fato é que a grande aposta da direita, Aécio Neves, está provando ser um dos maiores "micos" da história - o candidato é fraquíssimo, em todos os sentidos.
Assim, por causa de uma tragédia, a solução para todos os problemas da turma que quer levar o Brasil de volta ao passado, parece ter surgido.
Marina, a verde Marina, quem diria, se tornou a grande esperança branca.
sugado do: http://cronicasdomotta.blogspot.com.br/2014/08/a-verde-marina-e-agora-grande-esperanca.html

É fácil entender porque conservadores preferem Marina



A falta de cerimonia exibida por tantos colunistas conservadores para emplacar Marina Silva de qualquer maneira como candidata presidencial do PSB, menos de 24 horas depois da morte de Eduardo Campos, é um sintoma de vários elementos da campanha de 2014.

O maior é o receio de que Aécio Neves já tenha chegado a seu limite eleitoral – muito longe daquilo que seria necessário para dar a seus aliados esperanças reais de vencer o pleito – e é preciso encontrar um atalho para tentar derrotar Dilma. Desse ponto de vista, a oportunidade-Marina veio a calhar.

Ao contrário de Aécio Neves, herdeiro identificado com o mais tradicional conservadorismo brasileiro, onde até a denúncia de caráter moral se compromete com a descoberta da pista de aeroporto de R$ 14 milhões na fazenda do tio-avô, Marina consegue apresentar-se como candidata do “novo.”

Uma década de esforço permanente para criminalizar a política a pretexto de combater a corrução não poderia deixar de produzir resultados. O mais visível deles, na campanha de 2013, é Marina.

Foi adotada por eleitores , especialmente jovens, sem partido político, para quem todo político é ladrão e só pensa em se arrumar. Basta reparar quais foram partidos que Marina frequentou e quais aliados cultivou ao longo de sua já longa existência política para ponderar o que há de verdade e de mentira nessa visão – mas este é assunto para um longo debate politico, destinado a proteger e recuperar nossos valores democráticos.

Basta registrar que sua assessoria é formada por economistas que transformaram a austeridade e o baixo crescimento num horizonte de busca permanente, usando o argumento ecológico como instrumento para impedir o crescimento econômico. Veja só. Ao contrário de conservadores tradicionais, partidários de políticas de austeridade por um período determinado, para derrubar a inflação, por exemplo, eles defendem o baixo crescimento como um valor em si. Sei que é meio difícil de acreditar, num país que tem tanto emprego para criar, tanta infraestrutura para desenvolver, tanta carência para sanar. Mas é verdade.

Referindo-se a preservação ambiental, o mais conhecido deles, Eduardo Gianetti da Fonseca, já foi capaz de dizer que é preciso combater o consumo excessivo…de carne e leite. Juro. Para ele, como ninguém respeita os padrões ambientais, é preciso encarecer o preço dessas proteínas para que o consumo seja reduzido. Está lá, no livro “O que os economistas pensam sobre sustentabilidade,” página 72 e seguintes:


“Comer um bife é uma extravagância do ponto de vista ambiental. O preço da carne vai ter de ser muito caro, o leite terá de ficar mais caro. Tudo o que tem impacto ambiental vai ter de embutir o custo real e não apenas monetário. Essa é a mudança decisiva.”

Aderindo a palavra de ordem do candidato vizinho de palanque, que falou em medidas impopulares, Gianetti admite na mesma entrevista: “O caminho que estou propondo é sofrido.”


Seu parceiro ideologico, André Lara Rezende, advoga ideias curiosas, próprias de quem admite uma postura de subordinação entre nações. Para ele “a questão Estado-Nação ficou ultrapassada.”

Depois de apontar para um futuro onde uma catástrofe ecológica capaz de reduzir a humanidade para 500 milhões de pessoas (hoje somos sete bilhões) já se tornou “irreversível” e “tangível”, Lara Rezende advoga o baixo crescimento, também, mas adverte: “crescimento material com Ecologia é difícil.”

É certo que uma candidata com essas ideias teria uma vida difícil no PSB, partido nascido à sombra de Miguel Arraes, o líder popular que resistiu a ditadura de forma exemplar, chegando a ser preso em Fernando de Noronha para não entregar o cargo que os generais de 64 pretendiam lhe tomar. Imagine esses cidadãos no comando da política econômica um partido que pede votos em sindicatos de trabalhadores e que, em 2014, conseguiu apoio de lideranças operárias de tradição, como Ubiraci Dantas de Oliveira, o veterano Bira, metalúrgico de São Paulo, que já era possível encontrar em comícios do 1o de maio no final dos anos 1970, e que hoje é dirigente da CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil).

Ninguém deve ignorar que Marina e Eduardo Campos fizeram um casamento de conveniências quando a presidente da ex-Rede ficou sem partido. Campos lhe abriu uma legenda, na esperança de receber uma necessária transferência de votos. Marina conquistou um palanque, indispensável para quem corria o risco de ficar calada em 2014. Mostrando uma grande capacidade política para agregar apoios e somar contrários, Eduardo Campos transformou-se no grande ponto de equilíbrio político dentro do PSB. Era o protetor de Marina, o que pedia tolerância para suas opiniões e divergências. Querer usar a tragédia do Guarujá para alterar a natureza desse acordo é cometer uma violência. Numa comparação abusada, mas que faz sentido do ponto de vista das diferenças entre PSB e a Rede, o verdadeiro partido de Marina, seria igual a chamar Michel Temer para ser titular na chapa do PT — caso Dilma Rousseff fosse impedida de disputar a presidência por uma razão qualquer.

Um elemento a favor da escolha de Marina não chega a ser especialmente “novo,” como gostam de enxergar seus aliados. Espera-se que, com sua popularidade, ela ajude o partido a engordar a bancada de parlamentares, estaduais e federais. Isso costuma acontecer, mas nem sempre. Em 2010, num caso clínico de sucesso individual, Marina chegou perto de 20% dos votos como candidata presidencial mas não conseguiu acrescentar um único novo parlamentar à bancada do Partido Verde — desempenho que está na origem de boa parte de suas dificuldades para permanecer no PV.

Ainda assim, a popularidade de Marina provoca justo temor no PSDB, pois pode transformar-se numa candidatura capaz de atropelar Aécio e jogá-lo para terceiro lugar e fora da campanha no segundo turno, o que seria, para os tucanos, uma derrota pior que todas as outras desde 2002.

Para o PT, a recíproca, no caso, também é verdadeira. Para o QG da campanha petista, o cenário ideal – fora a hipotética vitória em primeiro turno, cada vez menos realista – é enfrentar Aécio Neves numa segunda votação.

Os petistas sempre estiveram convencidos de que, num segundo turno, a maioria dos parlamentares, dirigentes e eleitores do PSB não serão capazes de abandonar a própria história para votar no PSDB, que sempre denunciaram como partido conservador, e farão o caminho de volta para uma aliança com o PT. Era com essa possibilidade que Dilma e Lula sempre trabalharam nos últimos meses. Evitaram atitudes hostis e indelicadas, reservado a artilharia mais pesada para Aécio. Qualquer mudança, neste horizonte, irá atrapalhar os planos de Dilma.

E é por isso que nossos conservadores já apostam em Marina.

Paulo Moreira Leite é diretor do 247 em Brasília. É também autor do livro "A Outra História do Mensalão". Foi correspondente em Paris e Washington e ocupou postos de direção na VEJA, IstoÉ e Época. Também escreveu "A Mulher que Era o General da Casa".
sugado do: http://esquerdopata.blogspot.com.br/search/label/Marina%20Silva

Expansão do pré-sal fará indústria naval faturar US$ 17 bilhões por ano até 2020


Alana Gandra, Agência Brasil

"A expansão da produção de petróleo no pré-sal dobrará para 20%, até 2020, a participação da indústria de petróleo e gás no Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país), e levará a indústria naval e offshore (exploração em alto mar) brasileira a faturar em torno de US$ 17 bilhões por ano no período. A informação foi dada à Agência Brasil pelo presidente da Associação Brasileira dasEmpresas  de Construção Naval e Offshore (Abenav), Augusto Mendonça, que  participou hoje (13) da Marintec South America – 11ª Navalshore, no Rio de Janeiro.

“É importante considerar que a indústria de petróleo e gás é de longa maturação. Quando você  fala em abrir uma fronteira nova, na área de petróleo, está falando em sete a dez anos para começar a produzir. A indústria do setor naval também é de longa maturação, porque trata de projetos que duram três a quatro anos para construção de cada unidade, mais um ano de engenharia”, ressaltou.

Daí, disse que a fotografia atual vislumbra um futuro promissor para a indústria naval e para o setor de petróleo no país, e adiantou: “O que garante tudo isso é o tamanho da reserva no pré-sal, que coloca o Brasil entre as cinco ou seis maiores reservas do mundo”. Mendonça disse que enquanto o petróleo for uma fonte de energia importante, “nós vamos ter mercado e indústria”. Segundo ele, o petróleo responde por cerca de 95% da indústria naval nacional, e a maior parte está relacionada  à exploração offshore.
O setor engloba três segmentos distintos: a fabricação de navios, a fabricação de embarcações de apoio à produção e a construção de plataformas de perfuração e produção. “Os sistemas são distintos, porque os estaleiros ou se dedicam a um ou a outro [segmento]”.

Segundo o presidente da Abenav, os estaleiros instalados no Brasil utilizam processos modernos, com tecnologia e inovação. “A questão da tecnologia, para nós, está superada. Mas não é suficiente, porque 50% do custo vêm de fora, de fornecedores”, destacou. Por isso, a principal preocupação do setor é a cadeia de suprimentos, e o setor estimula a atração de indústrias produtoras estrangeiras, que pode atenuar esse problema, argumentou.

Augusto Mendonça disse que o grande desafio da indústria naval e offshore é a competitividade. “Temos que fazer com que a nossa indústria tenha competitividade internacional”, disse ele, e acrescentou que o volume de encomendas no Brasil é suficiente para desenvolver a indústria em base competitiva. “Ou seja, quando alguém, amanhã, pensar em comprar uma plataforma, com certeza vai querer comprar no Brasil”, destacou.

A carteira atual de encomendas dos estaleiros  brasileiros inclui 373 embarcações. O dado importante, porém, segundo o presidente da Abenav, é que “estamos falando da construção, até 2020, de 90 plataformas de produção, que vão entrar em operação até 2025. Isso significa US$ 120 bilhões. É um número pequeno de unidades, mas tem valor agregado enorme para o país”. Admiti também que o grande número de barcaças (142) na carteira sinaliza, mais à frente, que haverá grande ampliação na navegação fluvial do país. Embora as barcaças tenham pouco valor agregado, elas poderão impulsionar o crescimento do mercado, analisou. “É quase uma commodity[produto básico com cotação internacional, quase sempre para produtos agrícolas e minerais]”.

Mendonça disse que os estaleiros têm resolvido o problema de qualificação de mão de obra de fábrica com ajuda, muitas vezes, do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). “Todos têm centros de treinamento”. A grande questão, admitiu, são os profissionais mais especializados, como técnicos e engenheiros. “É uma demanda cada dia maior. De um lado, você cresce o requisito e, de outro, a gente tem pouca formação”, ressaltou.

Em busca do desenvolvimento de mercado, da atração de investimentos e do intercâmbio tecnológico, a Abenav firmou, durante a Marintec, acordo de cooperação com a Korea International Trade Association. “Nós estamos falando de competitividade, e a Coreia foi, e ainda é, um ícone na fabricação de navios”, disse ele, e lembrou que a Coreia desenvolveu boa cadeia de fornecedores, cujas empresas não vieram para o Brasil, ao contrário das companhias chinesas e japonesas. A ideia, destacou, é justamente promover a aproximação entre empresas brasileiras e coreanas, para que elas se instalem e fabriquem produtos no Brasil, com tecnologia da Coreia."

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Possibilidade de racionamento de água preocupa a indústria paulista



GGN

"Apesar de o governo de São Paulo descartar a possibilidade de um racionamento e garantir que os reservatórios vão durar até março de 2015, a indústria paulista demonstra preocupação com o risco de faltar água. Com a incerteza, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) começou a consultar as empresas para verificar se elas estão preparadas para um cenário de desabastecimento ou racionamento.

Os resultados da pesquisa não tranquilizam: 55% das empresas industriais do estado não possuem acesso a fontes alternativas de água. Entre as pequenas o número é ainda pior: 70% não dispõem de outros meios de abastecimento. Apenas as grandes indústrias estão mais bem preparadas e mesmo assim 23% delas não têm fontes alternativas.

Qualquer que seja o porte, a maioria das empresas (67,6%) está preocupada com a possibilidade de um racionamento. Essa afirmação é verdadeira para 68,1% das pequenas, 64,3% das médias e 75% das grandes. Além disso, 64,9% das companhias afirmam que um racionamento teria algum impacto no faturamento.

De acordo com Nelson Pereira dos Reis, diretor do departamento de meio ambiente e vice-presidente da FIESP, nas áreas mais afetadas – na região metropolitana de São Paulo, região do Alto Tietê, Campinas, Jundiaí, Paulínia e Piracicaba – a indústria já está sentindo os efeitos da falta d’água. “Nós já estamos ouvindo relatos de empresas com restrição de água que estão reduzindo a produção, cortando turnos e dispensando pessoal”, afirma.

O executivo explica que os setores mais dependentes de água são: o químico, de papel e celulose e o siderúrgico. Para esses segmentos, uma falta de água pode causar uma redução drástica na produção e até uma paralisação. “Os processos são mais complexos e eles podem levar meses para retomar a produção após uma paralisação. Por isso, nós queremos que no caso de um racionamento haja critérios que levem em conta as necessidades de cada setor”, diz.

Ele garante que na região metropolitana de São Paulo a indústria é responsável por apenas 11% da utilização de água e que nos últimos cinco anos os parques industriais da área conseguiram reduzir o consumo em 50%. “Havia uma defasagem tecnológica. A indústria se modernizou no gerenciamento do uso da água, adotou o reuso e a reciclagem e conseguiu reduzir o consumo”.

Mesmo assim, o vice-presidente da FIESP demonstra preocupação caso não comece a chover a partir de setembro ou outubro, “Precisa chover na época das chuvas, nas cabeceiras dos rios, senão o problema vai se repetir no ano que vem”.  Ele menciona a importância do estado de São Paulo para a indústria nacional, lembrando que o problema, no final das contas, não afeta apenas o Estado. “Na região metropolitana são 40 mil estabelecimentos industriais, na área de Campinas são mais 16 mil. São Paulo representa 40% do PIB industrial do Brasil”.

Opções para a redução do consumo

O diretor da SIAMFESP (Sindicato da Indústria de Artefatos de Metais Não Ferrosos do Estado de São Paulo), Oduwaldo Álvaro, também vê com cautela a situação hídrica do Estado, mas para ele a crise é oportunidade.

Ele explica que há diversas alternativas que a indústria pode adotar para reduzir o consumo e que as principais são as mais fáceis de ser ignoradas: o uso da água no dia a dia dos funcionários. 

De acordo com Oduwaldo, medidas simples podem ter resultados expressivos. Ele dá como exemplo os chuveiros Pématic que para serem acionados precisam que o usuário fique em cima de um pedal. No momento que a pessoa sai, a água pára. O executivo diz que a economia pode chegar a 70%.

Além disso, ele também aposta na substituição das torneiras – por aquelas com acionamento automático e tempo determinado de fluxo– e das bacias das descargas – por modelos de seis litros, com opção de acionar meia caixa para resíduos líquidos – como maneiras de economizar. Ele também sugere a substituição dos registros por versões que permitam o controle de vazão e de pressão.

Para o executivo, devido à abundância, o Brasil desperdiça muito em todos os segmentos, inclusive o próprio setor de metais não ferrosos, "nós gastamos muita água no processo de cromação", diz ele, "só recentemente aprendemos que, com o reuso, é possível economizar 90% da água do processo”, explica.

“Para isso, a água tem que passar por filtros naturais – de pedra, areia e carvão ativado – e depois por processos químicos, mas vale a pena”, garante."

Se o PSB tiver bom senso não indicará Marina




Não que seja da minha conta o futuro do PSB, partido que mal tem passado e presente, mas lançar a cidadã sem partido e sem qualquer compromisso com o PSB e suas alianças nacionais e estaduais Marina Silva à presidência será um desastre inevitável. Se perder, quase certo, sairá do partido assim que possível sem nem dizer obrigado e adeus. Se ganhar, deus me livre, governará com seus aliados pessoais, sem qualquer vínculo com o PSB. Esperar que ela repita a improvável votação de 2010 e leve a eleição para o segundo turno, onde apoiaria Aécio, é sonho de consumo da direita, não do PSB. Ninguém pode contar com o apoio de Marina para nada, talvez até apoie Dilma, afinal ela apoia Suplicy em São Paulo...

O mais provável é Marina atrair alguns votos a mais que o falecido, mas sem alterar essencialmente o quadro eleitoral. Nesse caso, também, nada tem a ganhar o PSB. Muito melhor seria lançar um quadro histórico do partido ou um político em quem se possa apostar para as próximas eleições e tentar fazer o melhor papel possível nessa eleição. Um peessebista histórico poderia herdar grande parte do apoio de Campos, Marina não, ela tem outro eleitorado, maior, mas outro. Nada que ajude o PSB no futuro. Se o PV não ganhou nada com a votação imensa e inesperada de Marina, imaginem o muito maior e mais organizado PSB. Será um passo atrás.

P.S.: Nem mencionei a hipótese de Marina ter realmente esses votos atribuídos a ela e tirar Aécio do segundo turno. Nesse caso apanhará mais que Lula e Dilma juntos antes de chegar lá.
sugado do: http://esquerdopata.blogspot.com.br/2014/08/se-o-psb-tiver-bom-senso-nao-indicara.html

Morre Eduardo Campos, Nascem, Aos Borbotões,Teorias de Conspiração



Então vai a minha, depois da entrevista de ontem, com o Eduardo dando banho no tartamudeante AÉbrio, pode ter rolado uma Odisséia moderna. 

Odisseu era o nome grego de ULISSES, qualquer relação com o "acidente" similar do Guimarães é mera teoria... teria sido encomendado por ACM.

Marina não pode substituir, não é filiada ao PSB, nem tem partido. (engano meu, é filiada e pode sim, mas vai ser dificil!)

Eduardo jamais apoiaria Aécio no 2° turno, com a performance de ontem no JN pode até ter causado alguns amassados na, já batida de frente, candidatura AÉbrio!

AÉbrio anda muito envolvido com aviação, aeroportos, helicópteros, pilotos sumidos e assumidos e cargas suspeitas....

Não pensem vocês que me divirto com o sofrimento alheio, e falar besteiras (ou não) com o cadáver ainda quente não é diversão, mas temos que pensar, avaliar e ponderar.

MUITO ESTRANHO!


Amigos, ou escroto assim mesmo, me perdoem, é a obrigação de quem questiona, mas com tanto idiota já acusando Dilma e PT do acidente fica a pergunta:
O que fazer quando uma candidatura não decola (e não estou falando da candidatura de Eduardo).


E ainda mais um pouco, ao contrário de um monte de ptistas, eu simpatizava com ele, e nunca engoli a "briga" dele com o Lula. Sempre achei que era um jogo de cena, afinal ele tirava mais votos de Aécio que de Dilma, e duvido que se alinhasse com o P$DB num (então) improvável 2° turno!
Sugado do: http://amoralnato.blogspot.com.br/2014/08/morre-eduardo-campos-nascem-aos.html