sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

ATENÇÃO AMIGOS LEITORES!!!

Este blog estará em recesso nos próximos dias, em função das festas de final de ano. Retornaremos logo com informações importantes para os brasileiros.


Um feliz e proveitoso Ano Novo para todos!




Aguinaldo Munhoz

VALEU, LULA!!!

"LULA O ANALFABETO"






com muito orgulho e patriotismo.


Alguém tem a coragem de desmentir os fatos que se seguem?


"LULA O ANALFABETO"


FHC, o farol, o sociólogo, entende tanto de sociologia quanto o ex-governador de São Paulo e candidato, José Serra, entende de economia. Lula, que não entende de sociologia, levou mais 50 milhões de miseráveis e pobres à condição de consumidores; que não entende de economia, pagou as contas de FHC, zerou a dívida com o FMI e ainda empresta algum aos ricos. 
Lula, "o analfabeto", não privatizou as estatais, como fez o FHC, e as fortaleceu, tanto que hoje a Petrobrás é a 2º maiorempresa de Petróleo do mundo e caminhando para ser a 1º. Os tucanos, capitaneados pelo FHC e o governador José Serra, queriam por que queriam voltar ao poder, para doarem aos grandes amigos ("Mui Amigos") empresários, o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal , Petrobrás, Eletrobrás, BNDS, etc... 
Lula, o "analfabeto", que não entende de educação, criou mais escolas e universidades que seus antecessores juntos, e ainda criou o PRÓUNI,
que leva o filho do pobre à universidade.

Lula, que não entende de finanças nem de contas públicas, elevou o salário mínimo de 64 para quase 300 dólares, e não quebrou a previdência como queria FHC. 
Lula, que não entende de psicologia, levantou o moral da nação e disse que o Brasil está melhor que o mundo. Embora o PIG - Partido da Imprensa Golpista, liderados pela Organizações Globo, Grupo Folha e Grupo Abril que entende
de tudo, diga que não. 
Lula, que não entende de engenharia, nem de mecânica, nem de nada, reabilitou o Proálcool, acreditou no biodiesel e levou o país à liderança mundial de combustíveis renováveis. 
Lula, que não entende de política, mudou os paradigmas mundiais e colocou o Brasil na liderança dos países emergentes, passou a ser
respeitado e enterrou o G-8. 
Lula, que não entende de política externa nem de conciliação, pois foi sindicalista brucutu, mandou às favas a ALCA, olhou para os parceiros
do sul, especialmente para os vizinhos da América Latina, onde exerce liderança absoluta sem ser imperialista. 
Lula, que não entende de mulher nem de negro,
colocou o primeiro negro no Supremo Tribunal Federal (Ministro Joaquim Barbosa, desmoralizado pelos brancos de olhos azuis), uma mulher num cargo equivalente ao de primeira ministra, e pode fazê-la sua sucessora.
Lula, que não entende de etiqueta, sentou ao lado da rainha e afrontou nossa fidalguia branca de lentes azuis.

Lula, que não entende de desenvolvimento, nunca ouviu falar de Keynes, criou o PAC, antes mesmo que o mundo inteiro dissesse que é hora de o Estado investir, e hoje o PAC é um amortecedor da crise. Além do Programa Minha Casa, minha vida que ajudou milhares de famílias a realizar o sonho da casa própria. 
Lula, que não entende de crise, mandou baixar o IPI dos automóveis e levou a indústria automobilística a bater recorde de produção e vendas. Além dos materiais de construção, o que elevou o número de construções e empregos desse setor trabalhista. 
Lula, que não entende de português nem de outra
língua, tem fluência entre os líderes mundiais, é
respeitado e citado entre as pessoas mais poderosas e
influentes no mundo atual. Foi eleito o homem do ano de2009, e é favorito para ganhar o Premio Nobel da Paz em2010. 
Lula, que não entende de respeito a seus pares, pois é um brucutu, já tinha empatia e relação direta com Bush - notada até pela imprensa americana - e agora tem a mesma empatia com Obama. 
Lula, que não entende nada de sindicato, pois era apenas um agitador, é amigo do tal John Sweeny e entra na Casa Branca com credencial de
negociador, lá, nos "States".

Lula, que não entende de geografia, pois não sabe
interpretar um mapa, é ator da mudança geopolítica das Américas e do mundo. 
Lula, que não entende nada de diplomacia internacional, pois nunca estará preparado, age com sabedoria em todas as frentes e se torna
interlocutor universal.

Lula, que não entende nada de história, pois é apenas um locutor de bravatas, faz história e será lembrado por um grande legado, dentro e fora do Brasil. 
Lula, que não entende nada de conflitos armados nem de guerra, pois é um pacifista ingênuo, já é cotado pelos Palestinos para dialogar com
Israel. 
Lula, que não entende nada de nada, de longe é o melhor que todos os outros. Tem uma aprovação popular de quase 85% dos brasileiros. +-170.000.000 de brasileiros aprovam o seu governo. 
Pense, o que este homem faria, se entendesse de alguma coisa?

Enquanto o preconceito estiver entranhado em nós, jamais estaremos abertos para entender que, por mais imperfeitos que sejamos, sempre temos algo de bom a ensinar e, na mesma medida, a aprender.


quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

MENSAGEM DE NATAL 2010 – PARA VOCÊ – PARA O MUNDO – PARA O HOJE – PARA O FUTURO!



Necessário para uma mensagem de natal, cada um entender o que significa natal para si. Pode ser tudo, menos uma data para desaguar em presentes ou inútil embriaguez. Todos sabem que o natal já existia antes do nascimento de Cristo. A festa do solstício, quando tem início o verão, aqui no hemisfério sul. Os dias mais longos que a noite, isto é, mais luz, menos trevas. A vitória do sol sobre a escuridão. Luz que significa saber, inteligência, que permite ver, compreender, conhecer... Logo natal é momento de luz, de esclarecimento, de saber. Não só dar presentes, não do bom velhinho, garoto-idoso-propaganda do consumismo. MAS O MOMENTO DE CADA UM OLHAR  PARA DENTRO DE SI E VER-SE POR INTEIRO, DEPOIS SITUAR-SE POR INTEIRO NO MUNDO FÍSICO E SOCIAL EM QUE ESTÁ INSERIDO.

Cada dia renasce, cada mês, cada ano... Assim viver é renascer constantemente. Cada dia a mais na vida: UM RESSUSCITAR. Natal, pois, é momento da ressurreição individual. De parir-se, de morrer e renascer em si mesmo! Fim de um ano, de um período solar, para o início de outra vida!

LOGO O NATAL DEVE TER UM MOMENTO, ONDE CADA UM FIQUE SÓ, CONSIGA NAVEGAR NO SEU INTERIOR, CONSIGA AO MESMO TEMPO SITUAR-SE EM TODO O UNIVERSO, sintonizar-se, para renascer novo, preparado, novos sonhos, novas metas, novas estratégias de luta, seja no campo pessoal, profissional, social, político, artístico, amoroso... ENTÃO FELIZ NATAL! PARA VOCÊ! PARA TODOS! PARA O MUNDO!

Que o natal de 2010 seja o palco do seu mais perfeito, racional, coerente e necessário renascer. Pois só assim, o passado será motivo de orgulho, haverá razões para pisar firme no chão do presente, onde a cada segundo, renascido, agirá para construção do futuro almejado. Só assim a paz será um fato, a felicidade uma certeza, mesmo com os altos e baixos tão normais ao viver. 



Marisa Monte - Bem Que Se Quis

ANÁLISE PUTOLÓGICA DA NOVELA PASSIONE

Enviado por Abílio C. peixe, de???(destino ignorado)


Para  os  que  assistem  a  novela... PASSIONE... mama mia...

Vamos falar somente da estrutura e do personagem central da novela, a viúva dona da fábrica, Beth Gouvêa...
     É assustador!   

1 - Ela casou-se grávida de outro homem e teve um filho que o marido CORNO escondeu.
2 - Todos os seus  filhos são cornos, até a filha esquisita - todos, inclusive o Totó italiano, grande babaca...
3 - Um dos filhos tem um problema misterioso pedofilia ou necrofilia? ele não trabalha e nem faz nada, como todo rico de novela brasileira...   
4 - O outro, já morto, o ex-presidente da fábrica, Saulo Gouveia, que chamaremos de malandro agulha (aquele que toma na bun.. mas não perde a linha...) odiava a mãe, além da mulher que não comia; que só de raiva sai por ai dando pra todo mundo... 
Tem um filho viciado em drogas e outro corno, que ama a menina que o irmão drogado comeu e que abortou um filho dele. Além disto o ex-malandro agulha Saulo, tinha uma filha corneada pela mãe.
Ou seja, que é apaixonada pelo bonitinho amante da mãe, que é filho do Totó corno (isso para falar só da estrutura sexual da família).  
E que ele era safado, e fazia qualquer coisa (vender a mãe, mulher, filho ou filha) pelo poder da  fábrica quase falida por ele mesmo...
5.1 - O Totó tem uma filha corna Agostina, que é casada com um bígamo, que é casado com a filha ninfomaníaca (Jéssica) de um casal de velhos, também ninfomaníacos cujo homem, (o Cuoco como ator), é o pai do Totó.
- Vejam que mundo pequeno o autor conseguiu, entre São Paulo e Florença - ou seja, o genro do Totó é casado com a irmã do Totó (filha do rico lixeiro pai do Totó), que então, é a tia da filha da outra mulher do marido dela!
Caramba! Melhor  nem seguir com essa linha, pois a neta do Totó se torna sobrinha da outra mulher do seu genro etc.etc..
5.2 - A bela piranha mulher do Totó, Clara, dá para o filho viciado da Puta mulher do Malandro Agulha, que é sobrinho do Otário Totó 
Repetindo: o sobrinho do Totó, drogado, é apaixonado pela  mulher do Totó, ex-puta profissional, ladra, que foi criada  pela avó puta velha cafetina das netas, que as prostitui , inclusive a menor de idade.
O autor pode  ser normal ?.. e o padrão Globo, onde fica ???
Clara, a puta mulher do Totó é amante do principal rapaz mau?!, ui!! da novela, Fred Gianechinni, o malandrinho, bandido, cafetão, receptador etc. que come também a filha da velha Beth Gouveia, (e que é o pai do filho dela...).
5.3 - A irmã velha do Totó, Gema, tem uma relação edipiana com o Totó, assumindo o papel de mãe dele. (Freud explica !!!)
5.4 - O filho mais velho do Totó também é apaixonado por outra putana italiana...
O Totó como vêem, é uma riqueza de personagem...
Sério! Bom homem de família...! Ele não fazi nada... fica ali em São Paulo, onde não conhece quase ninguém, sem trabalhar.
A roça dele abandonada nos campos de Florença, e a mulher dele, o dia inteiro trepando com todo mundo: quando não é o viciado, é o gigolô dela...
Agora, na virada da novela, e ela está dando uma de boa moça, ganhando no mês, o que ganhava por uma transa, na prostituição... (estamos melhorando).
E, se bem entendo, Totó vai se apaixonar pela boazinha da Felícia, irmã do gigolo Fred, (que comia a Clara mulher dele), que é a mãe da menina apaixonada pelo viciado em droga, que come a mulher do Totó... 
E que ainda por cima é uma menina que tem um pai  misterioso que no final vai ser –querem apostar? - o bonitinho pedófilo,  corno piloto de carros, filho da viúva genial...
6 - O pai ninfomaníaco do Totó, (Cuoco) é casado com uma futilíssima e frustrada dama da sociedade paulistana, nouveau riche, que  sabe que a enteada é corna do bígamo, mas só pensa no seu umbigo vazio...
O avo do Totó, Tio do Cuoco, o mais normal da novela, carregando aquele aquário, corre atrás das empregadas e faz chantagem pra não contar quem é o pai da filha da  futura namorada do Totó (para tentar comer a velha mãe do malandro bonitão e da mãe  da menina do pai misterioso...
Essa zorra toda  ocorre entre tres famílias apenas: a da velha viuva, Beth Gouvea, a da Clara, putissima, e a da velha mãe (Cande) do malandro e da futura esposa do Totó...
E claro, para não falar do filho do chofer, e filho adotivo da velha, que é o presidente da metalúrgica, que come a filha e a nora da velha, o honesto  competente e bonzinho... que será o pai do filho do malandro com a filha da velha... outro corno...
Isto não tem fim:  todas as mulheres sao infiéis e todos os homens, babacas! Viva a "GLOBO"... 
- Precisa continuar ???
LI HOJE A MANCHETE DE UMA REVISTA "O MORDOMO MATOU O SAULO"O CARA ERA AMANTE DELE.
A Globo quer nos dizer que se acabaram valores morais???  Ou o que??? Isso é liberdade de imprensa???
Dio Santo !  Madonna Mia! Dove siamo ???
Verissimo, grande Mestre, ou Xexéu, reclamem dessa porcaria e peçam à Globo mais respeito pelo seu público!
- Ou a vida real é assim mesmo e nós é que estamos fora de sintonia?

Em encontro de catadores, incineração de lixo é criticada

São Paulo - A incineração de lixo e a parceria de cooperativas e prefeituras temas centrais nesta quarta-feira (22) na Expocatadores. No encontro internacional realizado na capital paulista, participantes lembraram da pressão econômica contrária à coleta seletiva de lixo e pela adoção de soluções como a dos incineradores.
O jornalista Washington Novaes afirmou que o modelo atual de gestão de resíduos é um estímulo ao desperdício e defendeu a existência de uma taxa para empresas e pessoas que geram resíduos. “Para as empresas de coleta, quanto mais lixo melhor. Elas ganham por tonelada recolhida", afirmou o jornalista. A cobrança aos "produtores" incentivaria a separação e o reaproveitamento.
A queima de resíduos, normalmente para geração de energia elétricas, vem sendo discutida por prefeituras como a de São Bernardo do Campo (SP). A saída conta com incentivos do mercado de créditos de carbono, gerenciado pela Organização das Nações Unidas (ONU) conforme o Protocolo de Kyoto. A administração do município promete ampliar a coleta seletiva e incentivar cooperativas antes de instalar o equipamento.

Outra cratera do Metrô


A mídia tucana brasileira tem uma forma curiosa de tratar as informações. Quem se lembra das capas de Veja falando sobre as chuvas no Rio e em SP no início de 2010, consegue entender como ela é isenta.

No Rio os alagamentos eram obra da incompetência do governador aliado de Lula. Em São Paulo elas foram obra da ira divina, coisa que ninguém consegue entender. Tanto sofrimento sobre políticos tão honestos.

E quem é de São Paulo já sabe, começou a chover, se prepare para o pior.

Na data de hoje vemos mais uma cratera aberta na cidade, obra "das chuvas". Quer me parecer que não se trata de defeito de engenharia, nem asfalto vagabundo, nem consequência de infiltrações possilvemente ocasionadas por galerias de esgoto mal feitas ou até inexistentes. Não, em São Paulo, terra da perfeição tucana, Deus é cruel. Só isso.

Entra ano e sai ano e é a mesmíssima coisa. E o paulista não se cansa de fazer papel de palhaço. Se esqueceram também, da cratera do metrô de Alckmin. E o Alckmin voltou.

Clique aqui para relembrar como Veja é leviana.

Anais políticos

Concorrente do Estadão fica pior a cada dia


Como pode ser lido no próprio texto, Ana de Hollanda é cantora, compositora e atriz. Gravou quatro CDs e já ocupou cargos na administração cultural.  "Irmã do Chico Buarque" é a PQP.
esquerdopata

Emilio Santiago- Saigon ( Ao Vivo )

Na terra dos homens bons só os mais fortes sobreviverão

A seleção natural que deve imperar em nosso meio fisiocrata caminha à passos largos em São Paulo com o progressivo aprimoramento dos mecanismos estatais garantidores do aperfeiçoamento eugenístico populacional através da correta assistência àqueles merecedores do prolongamento e da conservação biológica pelos discípulos de Hipocrátes de Cós em nossa província. Apoiamos pois a propositura doprojeto de Lei 45/10 como iniciativa válida para a redução da insensata previdência universal indiscriminada e injusta ao dispender recursos preciosos com seres inferiores já fadados ao fracasso desde o nascituro, diminuindo-se assim os gastos necessários com a parte boa da sociedade.
A diminuição inicial de um quarto dos leitos hospitalares para a gentalha é um significativo avanço no sentido de nos livrarmos do peso morto representado por quem não tem os dotes intelectuais nem sociais que justifiquem sua existência em nossa comunidade. O comitê gestor das atividades do Estado ficará então um tanto mais livre para garantir o sucesso financeiro dos homens de bem a medida que for se desobrigando desses gastos inúteis.
Com essa louvável iniciativa, São Paulo se mantém à testa do liberalismo mundial, dando exemplo até para aquele moreninho do norte que, seguindo a cartilha socialista, tenta implantar um sistema de saúde pública para quem não merece, um verdadeiro horror. Mais uma vez o mundo se curva aos homens bons do Brasil. Alvíssaras!
By: Professor Hariovaldo Almeida Prado

Serra tropeça no ódio e cai de cabeça no ridículo

Diversão de paulista

São Paulo afunda na merda demotucana

A maior chuva desde a de anteontem inunda e mata na Bangladesh sul-americana

Na São Paulo do demo Kassab


Com textolivre

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Duvide das suas certezas



Parece que a tempestade está chegando ao fim. É possível que a pajelança que a desencadeou esteja saciada.  Nunca houve sentido nessa discussão, desde o primeiro momento. E quem disser que há um só culpado por tudo isso, está com problemas.
Alvos de ilações fizeram ilações. Deve servir para mostrar que qualquer um pode fazê-las. Não vejo aonde se chega pondo as pessoas sob o microscópio das nossas idiossincrasias. Até onde vai o direito de alguém de julgar o outro pelo que acha que ele pensa?
A blogosfera se dividiu. Quem quiser que vá aos principais blogs envolvidos nessa história e verá que há quem prefira os argumentos de um ou de outro, talvez com algum desequilíbrio para algum lado, mas isso não importa.
O lúcido é capaz de pensar: será que o errado não sou eu? Mas quem é capaz de conviver com tal dilema?
Se tiver essa coragem de olhar para dentro de si mesmo e decidir se não pesou a mão, se o seu orgulho não foi mais forte do que a razão, és um adulto.  Pobre de quem, em algum momento, não pára, respira e reflete. E avalia até aonde vale a pena ir para provar que está certo.
Pergunto-me se é possível fazer a blogosfera voltar a se reunir sem que um arranque a orelha do outro a dentadas. Ou será que descobriríamos que toda essa barafunda não envolveu nem a quarta parte dos mais de trezentos blogueiros que se reuniram em São Paulo em agosto?
Do que é que você tem certeza? E até aonde ela vai? Chega ao ponto de abolir qualquer possibilidade de estar errada? Será que há alguma certeza desse jaez?
Espero que seja feito um estudo sobre por que pessoas que pensam a mesma coisa sobre tanta coisa divergiram de forma tão virulenta sob uma desculpa, uma mera desculpa, pois ninguém cometeu crime algum que não tenha sido contra si mesmo, em tudo isso.
É fácil acusar alguém e conseguir adeptos para tal acusação. Aliás, tem sido a pior praga do país durante a era Lula. Os dois últimos posts que escrevi mostram isso cabalmente.
Enfim, penso que nos acostumamos tanto com o “inimigo” comum que, ao derrotá-lo, ficamos sem saber com quem lutar. Disse isso no primeiro post que escrevi sobre esse assunto e continuo achando a mesma coisa.
Se você defende a igualdade entre os gêneros, entre as etnias, enfim, a igualdade de direitos e oportunidades para todos, sou seu aliado. Você pode achar que não sou tão perfeito quanto você, mas, se assim for, em vez de me execrar, ensine-me.
Foi só nisso que consegui pensar ao fim desse episódio todo. Em pregar para os outros e adotar para mim o saudabilíssimo comportamento de duvidar das certezas, pois são abusivos os riscos que elas nos oferecem.
blog da cidadania

Papai Noel dos deputados


"Pior que tá não fica, vote Tiririca!" E não é que o deputado federal mais votado do país tem toda razão!

Frei Betto, Brasil de Fato

"Pior que tá não fica, vote Tiririca!" E não é que o deputado federal mais votado do país tem toda razão! Em pleno apagar das luzes da atual legislatura, deputados federais e senadores decidiram se dar um generoso presente de Papai Noel: aumento salarial de 62%.

A partir de fevereiro, os membros do Congresso passam a ganhar, por mês, R$ 26,7 mil. Hoje, ganham R$ 16,5.

Tudo aprovado em regime de urgência, com o desacordo de apenas 35 deputados federais, entre os quais a bancada do PSOL e Luiza Erundina, do PSB.

E vem aí o efeito cascata. A Constituição prevê que deputados estaduais podem ter remuneração de até 75% do valor dos vencimentos dos federais. E os vereadores não
ficarão atrás. O aumento terá impacto de R$ 2 bilhões por ano nas contas públicas. E nós, contribuintes, pagaremos toda essa farra.

Não pense o leitor que o assalto aos cofres públicos se reduz a este aumento. Cada um dos 513 parlamentares da Câmara dos Deputados recebe, todo mês, além do
salário, R$ 60 mil como verba de gabinete; verba indenizatória (hospedagem, combustível e consultoria) de R$ 12 mil; R$ 3 mil de auxílio-moradia; R$ 4,2 mil para telefone e correspondência; além de cota para passagens aéreas, cujo valor varia de R$ 6 mil a R$ 16,5 mil, dependendo do estado de origem.

Em resumo: um deputado federal custa por mês, ao nosso bolso, R$ 119.378,87, no mínimo, podendo este valor chegar a R$ 130.378,87.

E, com frequencia, deputados enfiam no próprio bolso, através de "laranjas" e empresas-fantasmas, dinheiro de emendas parlamentares.

Tiririca, por concidência, visitou pela primeira vez o Congresso na última quarta-feira, dia em que os parlamentares se deram o valioso presente de Papai Noel. Não se conteve e declarou: "Cheguei na hora certa." Tem razão.”

Efetivar o Estado laico

A Constituição estabeleceu um Estado no qual as liberdades de crença e culto são garantidas e a separação entre Estado e instituições religiosas é definida expressamente. Na prática, porém, a permissividade da política com a religião ainda é uma realidade a ser enfrentada
O monoteísmo não é nada democrático. A crença em um deus único pressupõe a negação da existência do deus do vizinho. Pior: pressupõe que os mandamentos do seu deus são mais justos que os do deus do vizinho. E é natural que todos aqueles que se arroguem o direito de falar em nome deste deus único e todo-poderoso não primem muito pelo pluralismo. Quem ousaria contestar alguém que fala em nome de um deus onipotente, onipresente e onisciente?
A história está repleta de casos de políticos que sustentaram seu poder em nome de Deus. A teoria do “Direito Divino dos Reis”, em voga no século XVII, deu a Luiz XIV a necessária fundamentação ideológica para tornar-se o maior monarca absolutista da França: “L`État c`est moi” (O Estado sou eu) é a frase que melhor sintetiza o poder do mandatário de Deus na Terra.
No século seguinte, a mão de Deus não evitou que as cabeças de seus representantes na Terra rolassem e só então os ideais iluministas de separação entre direito e religião começaram a prevalecer. Nascia, assim, a concepção de um Estado laico que viria a nortear as democracias ocidentais até hoje.
No Brasil, durante todo o Império, o catolicismo continuou sendo a religião oficial, e as demais eram apenas toleradas (art.5º da Constituição de 1824). Como Estado confessional, o imperador antes de ser aclamado jurava manter aquela religião (art.103) e cabia a ele nomear os bispos (art.102, XIV). Somente com a proclamação da República, o Brasil se tornou um Estado laico, garantindo assim a separação entre Estado e religião (art.72, §3º a 7º da Constituição de 1891).
A atual Constituição brasileira de 1988 não deixa dúvidas quanto ao caráter laico de nosso Estado, garantindo expressamente a liberdade de crença, a liberdade de culto e a liberdade de organização religiosa (art. 5, VI da CR) e estabelecendo claramente a separação entre Estado e religião (art.19, I, da CR).
E “nunca antes na história deste país” esta separação entre direito e religião foi tão importante. Com a expansão das religiões neo-pentecostais nos últimos anos, o catolicismo, que sempre foi francamente majoritário no Brasil, começou a perder espaço e os brasileiros começaram a deparar com os problemas típicos do pluralismo religioso.
Divergências de crenças de um povo 90% cristão
Pesquisa Datafolha de maio de 2007 mostrou que 64% dos brasileiros se declaram católicos, 17% evangélicos pentecostais ou neo-pentecostais, 5% protestantes não pentecostais, 3% espíritas kardecistas, 1% umbandistas, 3% outra religião e 7% sem religião.
Poderíamos simplificar estes números e afirmar que o Brasil é um país 90% cristão, mas, na verdade, estas religiões divergem sobre pontos significativos de suas doutrinas, a começar por católicos e protestantes. Para os protestantes, a Bíblia é a única fonte de revelação de Deus e eles tendem a interpretá-la em sentido mais literal. Já os católicos acreditam também na Sagrada Tradição, isto é, nos ensinamentos orais transmitidos pelos cristãos ao longo dos séculos, como complementares ao texto bíblico. Daí surgem diferenças importantes: católicos adoram os santos e Maria, mãe de Cristo; os protestantes, não. Os católicos reconhecem o Papa como líder espiritual e acreditam nos sete sacramentos como instrumento para sua salvação; os protestantes creem que somente a fé em Jesus é capaz de salvá-los. Católicos interpretam o livro do Gênesis, que narra a história de Adão e Eva, como uma metáfora; alguns protestantes o interpretam literalmente e defendem o ensino do criacionismo na escola.
Mas há diferenças significativas também entre as Igrejas Protestantes históricas (Batistas, Luteranos, Presbiterianos, Metodistas e outras) e as Pentecostais (conhecidas no Brasil como evangélicas). A principal delas é a de que os pentecostais acreditam que o Espírito Santo continua a se manifestar nos dias de hoje, por meio das práticas de curas milagrosas, profecias e exorcismos, entre outras.
Há diferenças substanciais também entre o Pentecostalismo Clássico (Assembleia de Deus, Congregações Cristãs, Deus é Amor e outras) e o Movimento Neo-Pentecostal (Igreja Universal do Reino de Deus, Igreja Renascer em Cristo e outras). A primeira delas é visível: os pentecostais clássicos se vestem com roupas bastante formais por imposição das Igrejas: homens de terno; mulheres de saias longas e cabelos compridos. Outros usos e costumes rígidos normalmente são impostos aos fiéis, como por exemplo, não assistir à TV e não praticar esportes e, para as mulheres, não se depilar ou usar anticonceptivos. O conservadorismo é a tônica da doutrina pentecostal clássica, que se baseia no ascetismo e no sectarismo. Já os neo-pentecostais são bem mais liberais, não se vestem de forma determinada e têm como principal foco a Teologia da Prosperidade, que propugna que os fiéis têm o direito de desfrutar uma vida terrena com saúde e riquezas materiais. Para tanto, precisam demonstrar sua devoção a Deus doando suas economias de modo a se tornarem credores de Deus em uma dívida que será paga com a concessão das dádivas divinas. O sacrifício ascético do corpo é substituído por um sacrifício econômico em honra de Deus.
Finalmente, os neo-pentecostais têm uma divergência inconciliável com os espíritas. Ambos creem em manifestações sobrenaturais na vida cotidiana. Os espíritas acreditam na reencarnação e creem que estas manifestações são causadas por espíritos de pessoas comuns que faleceram e ainda não reencarnaram. Já os neo-pentecostais não acreditam em reencarnação e nem na possibilidade de os mortos se comunicarem com os vivos. Para eles, estes espíritos são na verdade manifestações do demônio e, portanto, precisam ser combatidos. Daí o motivo de tanta hostilidade entre evangélicos e espíritas: enquanto estes creem na possibilidade de conversar com os espíritos de parentes e amigos já falecidos, aqueles os acusam de conversar com demônios.
Neste contexto fervilhante de crenças, nada mais natural que se retomem as discussões sobre a importância do Estado laico. Enquanto o Brasil era um país com população quase que exclusivamente católica, a maioria simplesmente impunha suas crenças sobre a minoria que, de tão pequena, não levantava sua voz para lutar pelo Estado laico.
Basta ver os crucifixos afixados nas paredes dos tribunais e órgãos públicos brasileiros. Se até então o símbolo do predomínio católico em nossos tribunais só incomodava à pequena minoria não-cristã da população, atualmente muitos protestantes já se insurgem contra ele. Infelizmente, em 2007, o Conselho Nacional de Justiça decidiu que os crucifixos nos tribunais não violam o princípio constitucional da laicidade, por se tratar de um costume já arraigado na tradição brasileira. Com este simplório argumento, os conselheiros do CNJ justificariam até mesmo a escravatura que, quando foi abolida em 1888, ainda era costume no Brasil. Se costume fosse fundamento jurídico para justificar o próprio costume, as mulheres ainda teriam que se casar virgens, não haveria o divórcio e o adultério ainda seria crime. Fato é que tribunais e órgãos públicos são mantidos com dinheiro público e não devem expressar as crenças pessoais de seus dirigentes. Os crucifixos não são, pois, apenas um símbolo do predomínio católico, mas antes de tudo de uma apropriação privada da coisa pública para a manifestação de crenças pessoais.
Ensino religioso nas escolas públicas
A questão atualmente mais polêmica que decorre do princípio constitucional da laicidade é a do ensino religioso, de matrícula facultativa, nas escolas públicas, previsto expressamente no art.210, §1º, da Constituição Brasileira.
O Acordo Brasil-Vaticano (Decreto 7.107/10) que em seu art.11, §1º, prevê “o ensino religioso, católico e de outras confissões religiosas” provocou imediata reação da sociedade civil ao colocar em risco a igualdade de tratamento entre as religiões. A constitucionalidade do dispositivo está sendo contestada atualmente no Supremo Tribunal Federal (ADI 4.439) pela Procuradoria-Geral da República, que defende corretamente que o ensino religioso no Brasil deva ser não-confessional, limitando-se, pois a um apanhado teórico da diversidade de religiões existentes em nosso país.
Melhor seria, porém, que o Estado deixasse cada família decidir sobre a melhor formação religiosa de seus filhos, matriculando-os em cursos fornecidos pelas próprias Igrejas e outras instituições religiosas. Uma emenda constitucional que abolisse o ensino religioso nas escolas públicas resolveria de vez a controvérsia relegando a formação religiosa para a esfera exclusivamente privada.
A meta do Estado laico
O Estado laico ainda é uma meta a ser perseguida pelo Direito brasileiro. Se na questão dos crucifixos e do ensino religioso, a manifestação de cristãos não-católicos tem sido decisiva para colocar em pauta os debates, as violações do princípio da laicidade tendem a ser menosprezadas quando há consenso entre católicos e protestantes.
Veja-se, por exemplo, o art.79, §1º, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, que prevê que “a Bíblia Sagrada deverá ficar, durante todo o tempo da sessão, sobre a mesa, à disposição de quem dela quiser fazer uso”. Se o Estado é de fato laico e a religião não deve ser fundamento da elaboração das leis, qual sentido há neste dispositivo? Se o deputado é cristão, que compre sua própria Bíblia e a leve consigo.
O nome do deus monoteísta tem sido usado sem maiores pudores na esfera pública, sob o argumento de que contemplaria todas as religiões. Alega-se que o preâmbulo da Constituição de 1988 se refere expressamente à “proteção de Deus” e, portanto, o ateísmo estaria excluído da liberdade de crença. Trata-se de um falso fundamento jurídico, já que o preâmbulo, por sua própria definição, é o texto que antecede a norma e, portanto, não faz parte dela. Em suma: não tem qualquer valor normativo.
A liberdade constitucional de crença é também uma liberdade de descrença, e ateus e agnósticos também são cidadãos brasileiros que devem ter seus direitos constitucionais respeitados. O mesmo se diga em relação aos politeístas, que acreditam em vários deuses e não aceitam a ideia de um deus onipotente, onisciente e onipresente.
Um bom exemplo do uso do nome de Deus com violação do princípio da laicidade é a expressão “Deus seja louvado” no dinheiro brasileiro. Como não incomoda à maioria da população, acaba sendo negligenciada em detrimento dos direitos constitucionais dos ateus, agnósticos e politeístas, que ainda não são bem representados no Brasil. Já se vê, porém, algumas destas expressões riscadas à caneta nas notas brasileiras, o que é uma clara manifestação de descontentamento com o desrespeito à descrença alheia.
O paradoxal desta menção de Deus no dinheiro brasileiro é que a Bíblia narra (Mateus: 22, 21) uma passagem na qual Jesus rechaça uma tentativa de uso político de seus ensinamentos e reconhece a importância do Estado laico, referindo-se justamente à moeda romana: “Dai o que é de César a César, e o que é de Deus, a Deus”. Das duas, uma: ou o Deus cristão mudou de ideia nestes últimos dois mil anos ou seus representantes na Terra andam excedendo os limites da procuração por Ele outorgada.
Túlio Vianna
By: Revista Fórum

O CRISTO DA 25 DE MARÇO

Sei que é lugar comum, mas não deixo de bater na tecla de que o Natal, data máxima da cristandade transformou-se na data mais mercantilista do calendário.
A figura de Santa Klaus, divulgada pela Coca- Cola no pós II Guerra tornou-se mais marcante que a do Menino Jesus.
Em que pese que os três reis da magia trouxessem presentes significativos ao recém nascido, o dar presentes no Natal voltou a ser um ritual pagão sem nenhum significado que não seja uma falsa fraternidade e uma exibição de consumo.
O desespero de todos, cristãos e não cristãos em apressurar-se nas compras de fim de ano mostra uma carrada de cérebros lavados por propaganda maciça de que o bom da vida não é o advento daquele que viria a se tornar o Cristo, mas o desespero consumista da rua 25 de março, do Saara ou dos shoppings em todo o Brasil e no Mundo.
A própria árvore de Natal nada tem a ver com os significados cristãos, e colocar aos seus pés presentes e mais presentes remete-nos a cultos pagãos soberbamente explorados pelo comércio.
Enfim, o que deveria ser uma data de meditação, de alegria interna e glória, acaba sendo uma das mais chatas datas do calendário, motivo para glutonarias,alterações de consciência com álcool e drogas, orgias, e desavenças familiares que vem à tona em volta da mesa que deveria servir de comunhão..
Depois de sessenta anos de vida confesso que fico de saco cheio, ansioso para que passe logo esta celebração que o Igreja de Roma institucionalizou, pervertida pelo mercado. E que passados os momentos de êxtase diante de balcões e caixas registradoras possam os homens de boa vontade reencontrar o êxtase que a compreensão crística nos traz.

blog do Benvindo

Era Lula: O Globo faz parte dos 3% que não gostam do governo

Quem leu ou vier a ler o caderno especial do jornal O Globo sobre a Era Lula não terá dúvida: a direção do jornal, seus editores e analistas estão entre os 3% e 4% de brasileiros que consideram o governo Lula ruim ou péssimo.
Para eles, a aprovação de mais de 80% alcançada pelo presidente Lula e seu governo ao final de oito anos de mandato é um mistério. Talvez uma ilusão ou uma hipnose coletiva, que estaria impedindo o povo de enxergar a realidade. Para O Globo e seus analistas, o Brasil avançou muito pouco na Era Lula e os poucos avanços teriam sido apesar do governo e não por causa de suas ações.
Como disse o presidente Lula no dia em que registrou em cartório seu legado, a imprensa não tem interesse nas ações construtivas do governo, ela prefere focalizar as destrutivas. Cabe ao próprio governo fazer chegar à sociedade o contraponto.
Por isso, o Blog do Planalto consolida aqui as contestações feitas pelo governo ao balanço da Era Lula publicado pelo Globo no último domingo. Os textos tiveram a colaboração dos ministros Celso Amorim, das Relações Exteriores; Luiz Paulo Barreto, da Justiça; José Gomes Temporão, da Saúde; Fernando Haddad, da Educação; e Paulo Passos, dos Transportes, da subchefe de Acompanhamento e Monitoramento da Casa Civil e futura ministra do Planejamento, Miriam Belchior; e do secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, Maurício Muniz da Casa Civil, Márcia Quadrado do Ministério do Desenvolvimento Agrário; e Yuri Rafael Della Giustina, Ministério das Cidades.
A edição final é da chefe do Gabinete Adjunto de Informações em Apoio à Decisão do Gabinete Pessoal do Presidente, Maya Takagi.
A seguir está o ponto de vista do governo que O Globo se recusa a considerar e transmitir a seus leitores. São os avanços reais do Brasil na Era Lula. Um Brasil que avançou muito, mas precisa avançar mais. Um Brasil que continuará avançando com a presidenta Dilma, que a maioria do País elegeu para continuar a era de transformações e de desenvolvimento com justiça social e altivez, iniciada por Lula.
By: Limpinho e Cheiroso

A barreira da desigualdade

Sem erradicar a pobreza e a marginalização social, é impossível fazer funcionar regularmente o regime democrático
A ligação entre democracia e direitos humanos é visceral, pois trata-se de realidades intimamente correlacionadas. Sem democracia, os direitos humanos, notadamente os econômicos e sociais, nunca são adequadamente respeitados, porque a realização de tais direitos implica a redução substancial do poder da minoria rica que domina o País. Como ninguém pode desconhecer, sem erradicar a pobreza e a marginalização social, com a concomitante redução das desigualdades sociais e regionais, como manda a Constituição (art. 3º, III), é impossível fazer funcionar regularmente o regime democrático, pois a maioria pobre é continuamente esmagada pela minoria rica.
Acontece que o nosso País continuar a ostentar a faixa de campeão da desigualdade social na América Latina, e permanece há décadas entre os primeiros colocados mundiais nessa indecente competição. Em seu último relatório, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Humano (PNUD) mostrou que os setores de mais acentuada desigualdade social, no Brasil, são os de rendimento e educação.
É óbvio que essa realidade deprimente jamais será corrigida simplesmente com a adoção de programas assistenciais do tipo Bolsa Família. Trata-se de um problema global, ligado à estrutura de poder na sociedade. Para solucioná-lo, portanto, é indispensável usar de um remédio também global. Ele consiste na progressiva introdução de um autêntico regime republicano e democrático entre nós. Ou seja, no respeito integral à supremacia do bem comum do povo (a res publica romana) sobre o interesse próprio das classes e dos grupos dominantes e seus aliados. Ora, se a finalidade última do exercício do poder político é essa, fica evidente que ao povo, e a ele só, deve ser atribuída uma soberania efetiva e não meramente simbólica, como sempre aconteceu entre nós.
Para alcançar esse desiderato, é preciso transformar a mentalidade dominante, moldada na passiva aceitação do poder oligárquico e capitalista. O que implica um esforço prolongado e metódico de educação cívica.
Concomitantemente, é indispensável introduzir algumas instituições de decisão democrática em nossa organização constitucional. Três delas me parecem essenciais com esse objetivo, proque provocam, além do enfraquecimento progressivo do poder oligárquico, a desejada pedagodia política popular.
A primeira e mais importante consiste em extinguir o poder de controle, pelo oligopólio empresarial, da parte mais desenvolvida dos nossos meios de comunicação de massa. É graças a esse domínio da grande imprensa, do rádio e da televisão, que os grupos oligárquicos defendem, livremente, a sua dominação política e econômica.
O novo governo federal deveria começar, nesse campo, pela apresentação de projetos de lei que deem efetividade às normas constitucionais proibidoras do monopólio e do oligopólio dos meios de comunicação de massa, e que exigem, na programação das emissoras de rádio e televisão, seja dada preferência a finalidades educativas, artísticas e informativas, bem como à promoção da cultura nacional e regional.
A esse respeito, já foram ajuizadas no Supremo Tribunal Federal algumas ações diretas de inconstitucionalidade por omissão. É de se esperar que a nova presidenta, valendo-se do fato de que o Advogado-Geral da União é legalmente “submetido à sua direta, pessoal e imediata supervisão” (Lei Complementar n˚ 73, de 1993, art.3˚, § 1°), dê-lhe instruções precisas para que se manifeste favoravelmente aos pedidos ajuizados. Seria, com efeito, mais um estrondoso vexame se a presidenta eleita repetisse o comportamento do governo Lula, que instruiu a Advocacia-Geral da União a se pronunciar, no Supremo Tribunal Federal, a favor da anistia dos assassinos, torturadores e estupradores do regime militar.
As outras duas medidas institucionais de instauração da democracia entre nós são: 1. A livre utilização, pelo povo, de plebiscitos e referendos, bem como a facilitação da iniciativa popular de projetos de lei e a criação da iniciativa popular de emendas constitucionais. 2. A instituição do referendo revocatório de mandatos eletivos (recall), pelos quais o povo pode destituir livremente aqueles que elegeu, sem necessidade dos processos cavilosos de impeachment.
Salvo no tocante à iniciativa popular de emendas constitucionais, já existem proposições em tramitação no Congresso Nacional a esse respeito, redigidas pelo autor destas linhas e encampadas pelo Conselho Federal da OAB: os Projetos de Lei n˚ 4.718 na Câmara dos Deputados e n˚ 001/2006 no Senado Federal, bem como a proposta de Emenda Constitucional n˚ 26/2006, apresentada pelo senador Sérgio Zambiasi, que permite a iniciativa popular de plebiscitos e referendos.
Mas não sejamos ingênuos. Todos esses mecanismos institucionais abalam a soberania dos grupos oligárquicos e, como é óbvio, sua introdução será por eles combatida de todas as maneiras, sobretudo pela pressão sufocante do poder econômico. Se quisermos avançar nesse terreno minado, é preciso ter pertinácia, organização e competência.
Está posto, aí, o grande desafio a ser enfrentado pelo futuro governo federal. Terá ele coragem e determinação para atuar em favor da democracia e dos direitos humanos, ou preferirá seguir o caminho sinuoso e covarde da permanente conciliação com os donos do poder?
É a pergunta que ora faço à presidenta eleita.
Fábio Konder Comparato
By: CartaCapital