sexta-feira, 1 de abril de 2011

Bolsonaro e o caráter relativo da imunidade parlamentar

Artigo do advogado baiano Jânio Coutinho, discutindo numa abordagem jurídica o significado e as implicações da entrevista do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) ao programa CQC exibido na última segunda (28).
Em recente entrevista ao programa humorístico CQC, apresentado pela Rede Bandeirantes de Televisão, o deputado federal Jair Bolsonaro, respondendo a uma pergunta da cantora e apresentadora Preta Gil, equiparou a ambiente promíscuo os ambientes freqüentados por negros.
Veja-se que a pergunta era simplória, diante da nova realidade brasileira. Inquiriu Preta Gil o que faria o deputado se o filhos do mesmo se apaixonasse por uma negra. A resposta do parlamentar (ou será pra-lamentar?), para que não restem dúvidas: “Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco porque meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambiente como, lamentavelmente, é o teu”.
Cartaz exibido no gabinete de Jair Bolsonaro em 2009
Não é a primeira oportunidade que o deputado Bolsonaro pratica atos que violam o decoro parlamentar, escudando-se na imunidade que o mandato federal supostamente lhe confere. Sobre a polêmica da procura das ossadas dos lutadores da Guerrilha do Araguaia, o parlamentar mandou confeccionar um cartaz e o pendurou na frente do seu gabinete, com os seguintes dizeres: “Guerrilha do Araguaia: Quem procura osso é cachorro”, registre-se que o cartaz era “ilustrado” com a figura de um cão com um osso entre seus dentes.
Em outro momento, mais recente, o deputado defendeu o direito dos pais de agredir diretamente os seus filhos se estes apresentassem preferências homossexuais. Disse o parlamentar: “O filho começa a ficar assim meio gayzinho, leva um couro, ele muda o comportamento dele. Olha, eu vejo muita gente por aí dizendo: ainda bem que eu levei umas palmadas, meu pai me ensinou a ser homem”.
E, algum tempo antes, numa entrevista para a revista Isto é Gente, fez a defesa da tortura e, entre muitas outras, soltou as seguintes “pérolas”:.....

Os "homens de bem"


Fascistas em geral e viúvas da ditadura militar em particular podem dormir tranquilos. Há quem vele pelos seus sonhos e trabalhe para que eles se tornem realidade. Uma busca no Google confirma que existe, sim, "homens de bem" que ainda lutam por um país menos democrático, mais desigual e mais injusto.....

quarta-feira, 30 de março de 2011

A vida eterna de José Alencar

José Alencar Gomes da Silva  (Muriaé,1931 + São Paulo, 2011) foi senador por Minas Gerais e vice-presidente do Brasil de 2003 a 2011. Foi um dos maiores empresários de Minas Gerais. Construiu um império no ramo têxtil, sendo a Coteminas sua principal empresa. Elegeu-se vice-presidente da República na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, conseguindo a reeleição em 2006.
Filho de Antônio Gomes da Silva e Dolores Peres Gomes da Silva, começou a trabalhar com sete anos de idade, ajudando o pai em sua loja. Tinha 14 irmãos e irmãs. Quando fez quinze anos, em 1946, foi trabalhar como balconista numa loja de tecidos conhecida por “A Sedutora”. Em maio de 1948, mudou-se para Caratinga para trabalhar na “Casa Bonfim”.
Notabilizou-se como grande vendedor, tanto neste último emprego, quanto no anterior. Ainda durante sua infância, tornou-se escoteiro. Aos dezoito anos, iniciou seu próprio negócio. Contou com a ajuda do irmão Geraldo Gomes da Silva, que lhe emprestou quinze mil cruzeiros.
Em 1950, abriu a sua primeira empresa, denominada “A Queimadeira”, localizada na cidade de Caratinga. Vendia diversos artigos: chapéus, calçados, tecidos, guarda-chuvas, sombrinhas, etc. .
Em 1953, iniciou seu segundo negócio, na área de cereais por atacado, ainda em Caratinga. Logo em seguida participou – em sociedade com José Carlos de Oliveira, Wantuil Teixeira de Paula e seu irmão Antônio Gomes da Silva Filho – de uma fábrica de macarrão, a “Fábrica de Macarrão Santa Cruz”.
No final de 1959, seu irmão Geraldo faleceu. Assumiu então os negócios deixados por ele na empresa União dos Cometas. Em homenagem ao irmão, a razão social foi alterada para Geraldo Gomes da Silva, Tecidos S.A.
Em 1963, constituiu a Companhia Industrial de Roupas União dos Cometas, que, mais tarde, passaria a se chamar Wembley Roupas S.A.
Em 1967, em parceria com o empresário e deputado Luiz de Paula Ferreira, fundou, em Montes Claros, a Companhia de Tecidos Norte de Minas, Coteminas. Em 1975, inaugurava a mais moderna fábrica de fiação e tecidos que o país já conheceu.
A Coteminas cresceu e hoje são onze unidades que fabricam e distribuem os produtos: fios, tecidos, malhas, camisetas, meias, toalhas de banho e de rosto, roupões e lençóis para o mercado interno, para os Estados Unidos, Europa e Mercosul.
Na vida política, foi presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, presidente da FIEMG (SESI, SENAI, IEL, CASFAM) e vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria. Candidatou-se às eleições para o governo de Minas Gerais em 1994 e, em 1998, disputou uma vaga no Senado Federal, elegendo-se com quase três milhões de votos.
No Senado, foi presidente da Comissão Permanente de Serviço de Infra-Estrutura – CI, membro da Comissão Permanente de Assuntos Econômicos e membro da Comissão Permanente de Assuntos Sociais.
Foi, ao início, um vice-presidente polêmico, ao assumir o cargo em 2003, tendo sido uma voz discordante dentro do governo contra a política econômica defendida pelo ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, que mantém os juros altos na tentativa de conter a inflação e manter a economia sob controle.
Já a partir de 2004, passou a acumular a vice-presidência com o cargo de ministro da Defesa. Por diversas oportunidades, demonstrou-se reticente quanto à sua permanência em um cargo tão distinto de seus conhecimentos empresariais, mas a pedidos do presidente Lula, exerceu a função até 2006. Na ocasião, renunciou para cumprir as determinações legais com o intuito de poder participar das eleições de 2006.
José Alencar tinha um delicado histórico médico. A partir de 2000, enfrentou um câncer na região abdominal, tendo passado por mais de 15 cirurgias – uma delas com duração superior a 20 horas. Em sua longa batalha contra o câncer, submeteu-se a um tratamento experimental nos Estados Unidos, com resultado inconclusivo. Em 2010, após repetidas internações e intervenções médicas, decidiu desistir de se candidatar ao Senado, por considerar uma injustiça com os eleitores.
No final de seu mandato como vice-presidente, em 2010, apresentou o complexo estado de saúde, sendo até mesmo necessário interromper o tratamento contra o câncer. No dia 22 de dezembro de 2010, foi submetido a uma cirurgia para tentar conter uma hemorragia no abdome. Voltou a ser internado em março de 2011, vindo a morrer no dia 29 devido a parada cardíaca e falência múltipla dos órgãos.
São poucos os políticos brasileiros que nos fazem chorar quando morrem. José Alencar é um deles.
blog da cidadania

Por quem os sinos dobram



“Nenhum homem é uma ilha isolada; cada homem é uma partícula do continente, uma parte da terra; se um torrão é arrastado para o mar, a Europa fica diminuída, como se fosse um promontório, como se fosse a casa dos teus amigos ou a tua própria; a morte de qualquer homem diminui-me, porque sou parte do gênero humano. E por isso não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti”. 

John Donne 

Esquerdop̶a̶t̶a̶ 

Não tenho medo da morte, mas da desonra

Dilma 47 é muito diferente de Lula 48

Semana passada vimos a primeira pesquisa de popularidade, do Datafolha, mas sem os detalhes. Muito mais interessante é analisar a pesquisa completa, pouco divulgada mas disponível aqui: (vale ler o relatório, tabelas completas estão disponíveis para download também.)
Muitos acham a participação de Dilma em programas populares uma concessão às classes médias e/ou à mídia tradicional. Mas não será marketing político para segmentos com menor hábito de consultar a mídia impressa? Por outro lado, já nas eleições se percebia a menor relutância nos segmentos de maior renda e maior escolaridade em apoiar a Presidenta.
A segmentação das intenções de voto em 2006 e 2010
Desde a eleição sabemos que Dilma é menos popular que Lula (o que é óbvio.) Enquanto este obteve 61% dos votos válidos em 2006, frente a Alckmin, ela recebeu 56%, frente a Serra, não houve transferência total da popularidade de 83%......

Partido de Kassab se dedicará exclusivamente a conseguir bons cargos e altos salários para si mesmo


Um partido que se define como nem de direita, nem de esquerda, nem de centro, só pode ser um agrupamento de pessoas que busca obter cargos em qualquer governo para seus filiados. Alguém consegue imaginar uma outra desculpa para se criar um partido que não defende ideia nenhuma?
 Esquerdop̶a̶t̶a̶ 

O racismo e o preconceito de Jair Bolsonaro no CQC



O programa de TV CQC da Band, desta segunda (28/03) foi palco de uma das cenas mais lamentáveis da TV aberta brasileira dos últimos tempos.

Em um quadro do programa, eles chamaram o Deputado Jair Bolsonaro (PP/RJ) para expressar suas "magnânimas ideias" para milhares de telespectadores de todo o país. Para justificar a presença do deputado o programa usou do eufemismo de "deputado mais polêmico". Como polêmico eles classificam opiniões que há muito são conhecidas como o que de pior existe.

Ele que em outras oportunidades já havia se pronunciado contra os direitos dos homossexuais, defensor da ditadura militar e tantas outras atrocidades, não fugiu de seu histórico e mais uma vez destilou ódio e intolerância. No programa o deputado Jair Bolsonaro respondia a perguntas feitas por anônimos e famosos. Depois de afirmar que tem saudades da ditadura e de que jamais correria o risco de ter um filho homossexual, Bolsonaro foi questionado pela cantora Preta Gil sobre como reagiria caso seu filho namorasse uma negra. A resposta foi que ele não corria esse risco, já que seus filhos não foram criados num ambiente de promiscuidade como ela. O deputado não só ofendeu a cantora e sua família, como deixou clara a reprovação à possibilidade de ter uma nora negra.
Veja no vídeo abaixo
:

O maior problema, mais do que o conjunto de atrocidades proferidas pelo Bolsonaro e que devêm ser duramente repudiadas, é o CQC servir de palco para isto. Como certa vez disse Millôr Fernandes, "não se amplia a voz dos imbecis", alegar "desconhecimento" do que viria não é justificável, ainda mais um programa de TV que possui uma audiência considerável. Expor argumentos como os colocados por Bolsonaro, sem que se faça nenhum juízo crítico, serve para quê? Um amigo, ao comentar o ocorrido fez a seguinte observação: "não teria Marcelo Tas e cia, se utilizado do Bolsonaro para expressar o que eles pensam do mundo e não tem coragem de defender?" Fica a pergunta no ar.

Provavelmente veremos alguma manifestação dos apresentadores do programa, após a repercussão negativa, afirmando a discordância e repúdio com relação as opiniões do Bolsonaro, mas o fato é que ao vivo, durante a exibição do programa, nada falaram que de fato minimiza-se os absurdos ditos pelo deputado reacionário. A lógica da "M#%& no ventilador" não se justifica quando é utilizada para a difusão do ódio e do preconceito.

Este episódio demonstra a importância de se debater a função social dos meios de comunicação. No mínimo, se a opção é dar espaço para um lunático reacionário como o Deputado Jair Bolsonaro, deveriam ter imediatamente expressado o repúdio ao que ele disse e não encarar coisas sérias como "brincadeira".

Intolerância, preconceito racial e homofobia não são motivos para piadas.


Áureo pecado



A fraqueza da ONU perante o ímpeto bélico-econômico dos EUA junto ao Iraque legitimou os yankees como a polícia do mundo. O Conselho de Segurança votou contra a invasão até a última instância - não pela paz, mas preocupado com os contratos que os países-membros tinham com o Iraque....

Em nome do cinismo


O que ocorre hoje na Líbia é o exemplo mais bem acabado que se pode encontrar do cinismo dos governantes das ditas "potências" mundiais. Hoje, terça-feira, delegações de cerca de 35 países discutem os próximos passos da "coalizão" naquele país do norte da África. 

segunda-feira, 28 de março de 2011

O novo momento político

O atual momento político é particularmente instigante. Está-se no início de um novo tempo. As eleições do ano passado se constituíram no capítulo final da consolidação de um novo paradigma político e econômico do que pode ser chamado de a era Lula. 
Agora se inaugura o ciclo final de consolidação de um novo modelo em que um dos pontos centrais é o da pacificação nacional. Após a guerra eleitoral do ano passado, esse movimento deixou a esquerda assustada e a direita perplexa. Mas é o fecho correto para encerrar o movimento anterior e entrar no novo tempo. 
As crises da inclusão
O amadurecimento de um país ocorre por processos sucessivos de inclusão social e política. Cada movimento provoca crises políticas de tamanho proporcional ao da inclusão pretendida. A lógica é simples e foi dissecada por Afonso Arinos em artigo de 1963 - que divulguei recentemente. 

'Intervenção humanitária? Desta vez é um erro''

O ataque à Líbia é um erro, de nenhum modo justificado pelas regras da intervenção humanitária". Há anos, Michael Walzer, filósofo da polítiao com base no Institute for Advanced Study, de Princeton, estuda os fios complexos que ligam o uso da violência, poder e moral. Em um célebre livro dos anos 70, Guerra Justa e Injusta, ele explicou por que a intervenção no Vietnã era "injusta", enquanto a Segunda Guerra Mundial era "justa". No caso dos ataques aliados na Líbia, ele acha que existem todas as razões para defini-los como "um erro, político e moral, que irá se concluir com um provável banho de sangue". 


Roberto Festa, La Republica / Carta Maior

Em um célebre livro dos anos 70, Guerra Justa e Injusta, ele explicou por que a intervenção no Vietnã era "injusta", enquanto a Segunda Guerra Mundial era "justa". No caso dos ataques aliados na Líbia, ele acha que existem todas as razões para defini-los como "um erro, político e moral, que irá se concluir com um provável banho de sangue".

Eis a entrevista....

O celacanto que provoca terremotos

Por Paulo R. Poian

Crédito: Webshots


A própria confiança que o Ocidente tem na sua soberba tecnociência está em crise
Celacanto provoca maremoto





Texto de Arnaldo Jabor para O Estado de S.Paulo



Celacanto pescado no sul da África - anos 1990. Crédito: andrevarga

Há 35 anos, surgiu um estranho grafite nos muros do Rio: "Celacanto Provoca Maremoto". Como um peixe pré-histórico provocaria um tsunami? O grafite virou um enigma, só decifrado anos depois: foi um jornalista, Carlos Alberto Teixeira, jovem na época, que inventou a frase célebre, tirada de um desenho animado (ironicamente) japonês: National Kid. A frase não queria dizer nada e justamente por isso ficou famosa. Nós sempre queremos significados e explicações. Por isso estamos em pânico: que significado extrair de um acontecimento como o terremoto/maremoto do Japão? Nenhum. Não há nada complexo no fato, poderíamos buscar explicações históricas, sociológicas, técnicas, em busca de responsabilidades e erros, até mesmo apontar o desejo dos japoneses de virarem um "super-Ocidente", depois de Hiroshima.......

Sempre os mesmos contra a classe trabalhadora

Os que destruíram, em 1964, a sociedade organizada e os movimentos sociais, e que hoje têm horror à organização dos trabalhadores e trabalhadoras do país.


Durante debate no Clube Militar a ex-deputada Sandra Cavalcanti da ex-UDN e seguidora do lacerdismo, mostrou toda sua fúria ao dizer que o país vive uma república sindicalista.
Deve incomodar, e muito, a remanescente dos apoiadores do golpe militar de 1964, ao ver a agenda das centrais sindicais  com seu projeto nacional de desenvolvimento em defesa da soberania, democracia e valorização da classe trabalhadora.
O Clube Militar realizouo painel "A Revolução de 31 de Março de 1964", com a participação do general da reserva Sergio de Avellar Coutinho, do advogado Ives Gandra Martins e da ex-deputada federal Sandra Cavalcanti, com a mediação do economista Rodrigo Constantino.....

MARINA E A REALPOLITIK


A política é uma coisa complexa. Ela engana muito bem não só o povo quanto aqueles que nela estão. Se você for ingênuo, será tragado pelo moedor de carne.....

Em ato falho, Instituto Millenium insinua que existe jabá para a imprensa

O Instituto Millenium publicou em seu blog (hospedado na Editora Abril), um artigo lobista sob o título "Tentativa de retirada de Agnelli da Vale prejudica funcionários, acionistas minoritários e fornecedores", e a certa altura comete um ato falho estarrecedor, neste parágrafo deles:....

Refundação dos verdes

Dois anos depois da filiação da então senadora Marina Silva (PV-AC) e do anúncio de uma refundação programática, a mudança de vento anunciada pelo PV divide o partido em dois. O grupo da ex candidata derrotada à Presidência da República no ano passado, que ainda conta com o ex-deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ) e o atual deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ), cobra da direção do partido as medidas prometidas em 2009. O mês estabelecido para que os caciques da legenda entrem em acordo ou anunciem um racha é julho: data da convenção nacional verde....

Financial Times sugere que Portugal seja anexado ao Brasil para sair da crise


Redação Portal IMPRENSA

Em artigo publicado na edição desta sexta-feira (25), a equipe de colunistas da seção Lex do Financial Times sugere que Portugal seja anexado ao Brasil para sair da crise econômica e política em que vive: "Aqui vai uma maneira 'out-of-the-box' para lidar com o problema: anexação pelo Brasil (uma década de 4% de crescimento anual do PIB, muito mais elevado recentemente). Portugal seria uma grande província, mas longe de ser dominante: 5% da população e 10% do PIB", lê-se na coluna mais influente do jornal britânico de negócios e finanças....

Eu Ateu denúncia de Incitação ao Ódio e Preconceito

Operación terrestre en Libia será calificada como ocupación según embajador ruso ante OTAN

La realización de la operación terrestre por la coalición será calificada como ocupación del país, declaró hoy a RIA Novosti el embajador ruso ante la OTAN, Dmitri Rogozin....

domingo, 27 de março de 2011

Equívocos que aprendemos na escola

Existem alguns equívocos curiosos que aprendemos desde pequenos na escola (não em todas, é claro). Por essas e outras que devemos estudar/pesquisar além do que nos é dado numa sala de aula.

Napoleão era baixinho
Na verdade ele estava em torno de 5 a 7 pés (cerca de 1,69 m). Ou seja, Napoleão era ligeiramente mais alto do que a média dos homens franceses da época.
Ratos gostam de queijo
Ratos desfrutam de alimentos ricos em açúcar, bem como a manteiga de amendoim e cereais. Assim, uma barra de chocolate cairia muito melhor do que um pedaço de queijo cheddar.
Thomas Edison inventou a lâmpada
Edison inventou um monte de coisas. Ele é um dos inventores mais famosos de todos os tempos, mas a lâmpada não foi um deles. O que ele fez foi aperfeiçoar a lâmpada. A primeira incandescente, feita de carbono, foi acesa pelo químico britânico Joseph Wilson Swan.
Os lêmures se jogam dos penhascos para cometer suicídio
De forma alguma. O que acontece é que quando eles ficam desesperados por comida (de acordo com a BBC), realizam um salto alto sobre a terra para a água, mas não cometem suicídio em grupo.
Os seres humanos evoluíram dos macacos
Darwin não chegou a dizer isso, mas isso tem sido deturpado desde então. O que ele disse foi que nós, macacos e chimpanzés, tiveram um ancestral comum, há muito tempo atrás.
Os vikings não tinham capacetes com chifres
Os vikings na verdade foram enterrados com seus capacetes, havendo chifres. Quando eles foram escavados pelos vitorianos, eles assumiram que os capacetes de fato continham chifres.
Colombo acreditava que a Terra era plana
Ele poderia não saber o quão grande era o mundo, mas ele não estava preocupado com queda na borda do mesmo. Colombo apenas pensava que a Terra fosse muito menor do que é na realidade (considerava-a com apenas 20% de seu tamanho real).
Diferentes partes da língua detectam diferentes gostos
Você tem as papilas gustativas diferentes em sua língua e algumas são mais sensíveis do que outras. Mas eles não são divididos perfeitamente, em seções.
blog do arcanjo

Acusações de abusos podem derrubar 7 governadores

Por Hugo Bachega 
BRASÍLIA (Reuters) - Eles derrotaram adversários na eleição em outubro, mas um terceiro turno pelo cargo pode estar diante de sete governadores acusados de irregularidades na campanha de 2010 e que podem ter seus mandatos cassados....

Charge do Aroeira

A MEDIOCRIDADE CULTURAL E SEUS PALIATIVOS



NÃO É À TOA QUE ANA MARIA BRAGA É APELIDADA DE "ANA MARIA BREGA".

Por Alexandre Figueiredo
Domingo, dia 20 de março: um disc-jóquei foi chamado para animar uma festa de aniversário perto de casa e, no repertório, rolou tudo que havia de "dançante" e "animado" da Música de Cabresto Brasileira: axé-music, "pagodão" baiano, forró-brega, "sertanejo universitário", "funk carioca"....

O QUE FAZ ALGUÉM SER PSEUDO-ESQUERDISTA?



Por Alexandre Figueiredo

O que faz alguém ser pseudo-esquerdista?
Nos últimos dez anos, o pseudo-esquerdista tornou-se um dos mais frequentes fenômenos na sociedade brasileira, e anda mais atrapalhando do que ajudando na evolução de nosso país.....

A ausência de Lula

O ausente foi mais presente do que os presentes. A frase não é minha, é do professor Delfim Netto, e diz respeito às reações da mídia nativa à ausência de Lula no almoço oferecido pela presidenta Dilma a Barack Obama. Os jornalões mergulharam no assunto em colunas e reportagens por três dias a fio, entregues com sofreguidão à tarefa de aduzir o porquê daquela cadeira vazia sem receio de provar pela enésima vez sua vocação onírica.....
Neste espaço, o sonho midiático foi meu tema da semana passada, mas os especialistas em miragens insistem em mostrar a que vêm, sem contar o complexo de inferioridade tão explicitamente exposto com a visita do presidente americano apresentada como um celebrity show. As emissoras globais ficaram no ar 24 horas para contar todos os passos de Obama ou mesmo para esperar que ele os desse. A certa altura vimos um perdigueiro da informação aguardar no Galeão, por mais de uma hora, a chegada do avião que levava o visitante de Brasília ao Rio, em proveito exclusivo de uma visita instrutiva dos telespectadores a um aeroporto às moscas.
É o recalque do vira-lata, e esta definição também não é minha, já caiu da boca de Lula. Quanto à sua ausência no almoço de Brasília, li entre as versões que ele não apareceu para “não ofuscar” a anfitriã, a mostrar toda a sua pretensão, acompanhada pela dúvida de um colunista: “ao recusar o convite”, foi malandro ou zé mané? Textos de calibres diversos clamam contra “a descortesia”. Uma colunista do Estadão aventa a seguinte hipótese: o ex-presidente quis evitar o constrangimento “de ouvir sem compreender a conversa na mesa, da qual fazia parte Fernando Henrique Cardoso”. Ah, o príncipe dos sociólogos, este é um poliglota. E não falta quem convoque a inveja de Lula por Dilma, que recebe Obama em lugar dele, embora o tivesse convidado em 2008.
Segundo um colunista do Valor Econômico, o ex também foi descortês com Obama, que já o tratou tão bem. A Folha localizou “um amigo de Lula” disposto à revelação: ele está irritado “com os elogios excessivos da mídia a Dilma”. Uma colunista da Folha vislumbra na ausência de Lula a demonstração “do contraste de estilos” e até a torna mais evidente. Neste esforço concentrado no sentido de provocar algum desentendimento entre o ex e a atual, imbatível o editorial do Estadão de domingo 20, provavelmente escrito por um aluno de Maquiavel incapaz de entender a ironia do mestre.
Fala-se em “mudança de mentalidade que emana do Planalto”, “sobriedade em lugar de espalhafato”, “distanciamento das inevitáveis servidões” do ofício presidencial. Transparente demais a manobra. Não escapa, porém, ao ato falho, ao discordar da presidenta no que se refere à posição de Dilma quanto “ao atual surto inflacionário”, embora formulada a objeção com suave cautela, para aplaudir logo o propósito do governo de abrir os aeroportos à iniciativa privada em regime de concessão.
São teclas antigas de quem professa a religião do Deus Mercado e enxerga nas privatizações os caminhos da Graça. Os praticantes brasileiros dos jogos financeiros não estão sozinhos: de fato, para variar, trata-se de pontuais discípulos, ou imitadores. Os Estados Unidos ensinam, por lá os vilões do neoliberalismo, responsáveis pela crise mundial, continuam a postos para atiçar a doença. O exemplo seduz. Aí se origina a tentativa, levada adiante obviamente pela mídia, de derrubar o ministro Guido Mantega, representante da continuidade que a tigrada gostaria de ver interrompida de vez.
As consequências da aventura neoliberal, que deixaria o próprio Adam Smith em pânico, atingem inclusive o Brasil. No ano passado crescemos 7,5%, este ano a previsão fica bastante abaixo, entre 4% e 4,5%. Será um bom resultado no confronto com outros, mas dirá que ninguém está a salvo. CartaCapital confia na permanência de Mantega e na continuidade, ainda que, desde a posse, reconheça na presidenta a capacidade de imprimir à linha do governo características da sua personalidade.
É simplesmente tolo imaginar a ruptura almejada pela mídia, perfeita intérprete de um sentimento que sobe das entranhas de burgueses e burguesotes contra o metalúrgico nordestino eleito à Presidência duas vezes por larga maioria e destinado a passar à história como o melhor e mais amado desde a fundação da República. Pelo menos até hoje. Os senhores do Brazil zil zil ainda cultivam o ódio de classe. O mesmo Lula, que frequentemente mantém contatos com a sucessora, a qual, do seu lado, sabia previamente da ausência do antecessor ao almoço, observa: “Quando me elegi, me apresentaram como a continuidade de FHC, agora dizem que Dilma não dá continuidade ao meu governo”.
O ex-presidente tucano formula, aliás,- a sua hipótese sobre a ausência de Lula: inveja dele mesmo, FHC. Quem sabe o contrário se dê de fato quando, dentro de poucos dias, Lula receber o canudo honoris causa da Universidade de Coimbra.
Teste final: se Lula fosse ao almoço, que diria a mídia? Foi para: A. Não ficar atrás de FHC; B. Pronunciar um discurso de improviso em louvor a Chávez, Fidel e Ahmadinejad. C. Ofuscar Dilma.
Mino Carta
By: CartaCapital

Explorar centro da Terra já é viável

iável
SÃO PAULO - É possível fazer uma viagem ao centro da Terra ou, ao menos, ao seu início. É o que afirma um grupo de cientistas em artigo publicado na revista Nature. Segundo eles, as tecnologias existentes já são suficientes para perfurar a crosta terrestre até a camada inferior, o manto - que representa 68% da massa da Terra e permanece inexplorado. O objetivo é entender melhor a estrutura da Terra, a ocorrência de terremotos e aprimorar a exploração mineral.....