sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Cúpula tucana tenta apartar briga entre paulistas e mineiros




Para Sérgio Guerra, presidente do partido, discutir candidatura agora "beira o ridículo"
O senador Sérgio Guerra (PE), presidente nacional do PSDB, precisou entrar em campo nesta quinta-feira (25) para tentar pôr um ponto final no bate-boca público que alimenta a guerra interna entre tucanos de São Paulo e Minas Gerais, que já comentam indicações para a disputa presidencial de 2014.
- A grande verdade é que tratar de candidatura presidencial agora é uma ação que agride o bom senso e beira o ridículo.
A tensão entre paulistas e mineiros atingiu seu ponto máximo nesta semana, quando o presidente do PSDB de Minas, o deputado Narcio Rodrigues, cobrou dos paulistas o respeito à “fila de presidenciáveis” da sigla - na qual, a seu ver, o senador eleito Aécio Neves ocupa hoje o primeiro lugar.
Guerra advertiu que, em vez de fazer ataques, os tucanos devem se esforçar para que não apenas os líderes, mas também os eleitores dos dois Estados onde se concentra a principal base política do PSDB, caminhem juntos em torno de um projeto nacional. São Paulo e Minas são também os dois maiores colégios eleitorais do país.
O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) admitiu que é muito cedo para tratar de sucessão e lembrou que paulistas e mineiros precisam uns dos outros para chegar ao Planalto. No entanto, ressaltou que, desde que foi criado, em 1988, o PSDB só lançou paulistas para concorrer à Presidência.
A polêmica ganhou corpo quando Narcio Rodrigues respondeu com um “vão ter que nos engolir” a uma entrevista concedida por José Henrique Reis Lobo, do PSDB de São Paulo, no fim de semana.
Na fala de Lobo, Aécio foi citado apenas como um nome em meio ao “conjunto de novas lideranças que emergiu das urnas”. Narcio, por sua vez, disse que não reconhecia autoridade em Lobo para discutir o projeto nacional.
Em nota, a senadora Marisa Serrano (MS), vice-presidente do PSDB, disse discordar de declarações dadas recentemente por dirigentes do partido sobre a disputa entre paulistas e mineiros.
“Esse tipo de atitude não contribui em nada para o fortalecimento e a unidade do partido”, afirma ela no texto.
No comunicado, a parlamentar afirmou que as declarações de tucanos expõem “uma crise interna que, na verdade, não existe”.
“O PSDB Nacional concorda que neste momento é prematura a discussão de nomes para concorrer à Presidência da República em 2014”, pondera a senadora.
Marisa ressaltou que o partido conta com “excelentes quadros em várias partes do país”. “O momento é de convergência de ideias e de consenso em torno da formulação de projetos para atuarmos como uma oposição eficaz, vigorosa e construtiva”, diz a nota.
By: R7

Um comentário:

  1. SERÁ QUE O ELEITOR AINDA CRÊ NA TUCANALHA RAIVOSA DA PROPAGANDA ELEITORAL?

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