sexta-feira, 17 de junho de 2011

Com uma mão na cozinha




Uma dica de inverno para quem gosta de uma comidinha caseira, mas pelo trabalho que dá acaba não fazendo. E para muita outra gente também.
Para fazer e conservar com mais eficiência e quase sem trabalho sopão, sopas, feijão, feijoada, ensopado, risoto, carreteiro, ou seja, pratos que se faz em uma só panela, desde que não sejam pratos secos. Para fazer um panelão que pode durar a semana inteira ou mais e sem precisar refrigerar ou congelar a sobra, sem precisar lavar panelas a cada dia até que termine, sem sujar outros recipientes e principalmente mantendo a comida íntegra como recém-feita, sem deteriorar e com o seu bom cheirinho até a última colherada.
Ninguém me disse, fui eu que imaginei e experimentei, pela necessidade, pela preguiça e pela lógica. Portanto não é uma teoria científica, é uma tese experimentei e que proponho a testes. Não sei se há alguém que já use o método, o que é bem possível, embora eu nunca tenha visto ou ouvido falar de quem o fizesse.
Única ferramenta fundamental para a experiência, além do fogão, é uma panela de pressão – quanto maior a panela mais comida se pode fazer de uma só vez.
O método consiste no seguinte: fazes o cozido na panela de pressão, usando a pressão ou não, te serves e a quem mais; estando servid@(s), tampas a panela com a tampa de pressão e a aqueces até que comece a bufar (a panela, claro), aí desligas o fogo e manténs a panela tampada até a próxima refeição em que queiras te servir dela, para o que bastará aquecer. Terminada a segunda refeição, repetes o procedimento: tampas a panela com a tampa de pressão, a aqueces até bufar e desligas o fogo, mantendo a panela de pressão tampada.
O Princípio lógico deste método preguiçoso e eficaz é o de que a comida e todo o interior da panela têm a temperatura elevada a mais de 100 graus, pelo que ficam esterilizados. Como o interior da panela de pressão fica isolado do meio externo, sendo inclusive a válvula trancada pelo próprio peso, não há como entrarem bactérias que deteriorem o conteúdo, ficando a comida como que lacrada dentro de uma lata de conserva.
Fiz uma sopa de feijão e pude comprovar que em vários dias não houve deterioração nem mau cheiro, diferente de quando se retira o feijão da panela e põe na geladeira, caso em que, durante o curto período de exposição ao ar livre, o alimento é atacado por bactérias que fundam ali suas colônias e as multiplicam.
Mantenha o alimento esterilizado e lacrado e as bactérias não conseguirão atacá-lo.

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