domingo, 12 de junho de 2011

Lições tucanas


A fatura da privatização: Estragos no tucanato, lições para o PT


O tucanato paulista privatizou a principal empresa fornecedora de energia elétrica do Estado há 23 anos (hoje AES Eletropaulo). Uma cláusula do contrato previa que os novos donos teriam dez anos para realizar investimentos e agregar  mais 15% (400 MW) à capacidade de fornecimento. O prazo venceu em 2007. O governador era José Serra. Ungido pela mídia  por  supostos atributos de ‘grande gestor', como o nome mais qualificado para suceder  o Presidente Lula -opinião diversa da maioria do eleitorado como se viu--  Serra não cobrou, não fiscalizou, não tomou nenhuma providência diante da ruptura de contrato num serviço essencial. As interrupções  de energia tem sido cada vez mais freqüentes em SP nos últimos anos. Cada vez mais lenta tem se mostrado a normalização do serviço. Reportagem da Folha deste sábado -que naturalmente omite o nome do candidato da derrota conservadora em 2010--  informa que após a última pane, na 3º feira, a retomado do fornecimento demorou  60 horas em alguns locais. O sucessor  de Serra e seu desafeto, Geraldo Alckmin, garante  que agora vai ‘investigar' as razões do colapso em marcha. No momento em que o governo federal oficializa a concessão de importantes aeroportos nacionais à iniciativa privada  --em nome da eficiência e porque o Estado não dispõe de R$ 5 bi a R$ 6 bi para investir no setor, embora tenha reservado R$ 57 bi aos rentistas da dívida pública no 1º quadrimestre  -o colapso elétrico em SP encerra lições oportunas. E, convenhamos, ecumênicas.


Carta Maior

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