segunda-feira, 15 de agosto de 2011

QUE ESCOLHAS POLÍTICAS SE ENCAIXAM NAS VIVÊNCIAS DOS INDIVÍDUOS?


Os  fundamentalistas autênticos, sejão estes cristãos ou muçulmanos, possuem uma caracteristica fundamental em comum, a falta de ressentimento e inveja.
Entretanto os terroristas de hoje,  ditos fundamentalistas, se realmente acham que encontraram e vivenciam o caminho da verdade, porque deveriam se sentir ameaçados pelos não crentes, porque deveriam invejá-los?...
Em contraste com os verdadeiros fundamentalistas, os terroristas psedofundamentalistas sentem-se profundamente incomodados, intrigados, fascinados, com a vida pecaminosa dos não crentes.
Percebe-se que, ao combater o outro pecador, combatem sua própria tentação.
Estes carecem da verdadeira convicção. Suas explosões violentas são uma prova disto.
O problema dos fundamentalistas não é que nós os consideremos inferiores, mas sim que eles mesmos, secretamente, se consideram inferiores.
É por isso que nossas garantias politicamente corretas e condescendentes de que não nos sentimos superiores a eles só os deixam mais furiosos e ressentidos. O problema não é a diferença cultural, mas o fato oposto de que os fundamentalistas já são como nós, já interiorizaram nossos padrões e se medem por eles.
Paradoxalmente, o que falta realmente aos fundamentalistas é justamente uma dose daquela convicção "racista" da sua própria superioridade.
A paixão fundamentalismo é falsa, enquanto a tolerância liberal anêmica baseia-se numa paixão perversa desmentida.
A distinção entre fundamentalismo e liberalismo é sustentada por uma característica subjacente comum aos dois: ambos são permeados pela paixão negativa do ressentimento.

W.B.Yeats: "Aos melhores falta qualquer convicção, enquanto os piores estão cheios de fervor apaixonado".

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Livremente baseado em texto de Zoziek no livro Em Defesa das Causas Perdidas.
blog Miguel Graziotti

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