quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Contribuições para combater a corrupção




Quanto custa dotar repartições públicas sensíveis à corrupção com câmeras de vídeo e equipamentos de áudio e transmitir tudo em tempo real pela internet? Seria como um sistema de vigilância e transparência do poder público federal. Nada de ocultação, tudo às claras. Se o sujeito tem algum cargo em que suas decisões implicam em custos ao Governo Federal, sorria, você está sendo filmado.
Claro que a privacidade seria preservada em determinadas condições. Tudo discutido com os próprios funcionários, com ou sem intermediação dos sindicatos a depender do seu grau de representatividade.
 À controladoria-geral da União caberia centralizar as denúncias e afastar imediatamente o servidor, enquanto durassem as investigações.
Que tal se também institucionalizássemos a propina? Isso mesmo! Parece uma idéia um tanto excêntrica, mas eu explico melhor. Para cada liberação de recurso público haveria uma caixinha, combinada previamente com os servidores. Ao final de cada período haveria um rateio em partes rigorosamente iguais, como forma de combater as desigualdes sociais, não importando se o servidor é mais graduado ou o um simples auxiliar de serviços gerais, todos receberiam o mesmo quinhão.
Estou certo de que haveria uma corrida ao serviço público de pessoas cada vez mais qualificadas e capazes. O funcionalismo trabalharia com gosto. Não haveria problema com produtividade, licenças médicas... Para dizer a verdade, ía faltar estacionamento na Esplanada para todos. Seria uma boa ocasião para, quem sabe, promover um recadastramento amplo, geral e irrestrito. Comprovadas as fraudes, afastamento imediato, apuração, processo administrativo e demissão. Alguém tem dúvida de que sairia mais barato para a administração federal?
No entanto, não seria injusto que o Executivo agisse sozinho. Deveria haver um pacto entre os três poderes. Um choque de gestão. E para incentivar o enxugamento no Legislativo, por exemplo, parlamentares podiam ganhar um fixo pequeno (como vendedores) e ser premiados por produtividade. Chamada oral nas seções ordinárias e extraordinárias. Os mais assíduos ganhariam prêmios. Uma emenda aprovada, um projeto de lei em tramitação, uma PEC, tudo daria prêmios em dinheiro para o parlamentar e seu time de assessores. Os gabinetes entrariam num ranking com direito a prêmios proporcionais ao valores economizados nas diárias, nas passagens e nos outros custos. No fim do ano, jantar no Palácio da Alvorada, fotos com a Dilma e medalhas de honra ao mérito.
Só faltou o Judiciário. Para este poder aceito sugestões.
Doladodelá

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