domingo, 5 de setembro de 2010

Exército de ratos



A chance que a vassalagem queria finalmente se apresentou.
Não foram poucas as vezes que dissemos aqui, que a esquerda não perdia por esperar. Afinal, quem ousa desafiar todo um império de vendilhões, que jogam no lixo o orgulho de uma nação por uns tostões opacos na conta bancária?
Quem ousa erguer a cabeça e dizer que não precisamos ser subalternos, se pra isso devemos cortar o laço de dependência das grandes corporações, que financiam muito bem os governos submissos, que pelos favores, lhes recompensam adequadamente?

As tropas de ratos subiram todas sobre a mesa. Ao ataque, porque a chance chegou. 

De um nada, faremos um acontecimento. Deste acontecimento faremos um fato. Deste fato, faremos uma verdade incontestável. Da verdade, extrairemos uma necessidade. Dilma não poderá ocupar a Presidência. 

Não passarão os vassalos por mais oito anos fora das tetas intermináveis do Governo brasileiro.

E o sempre leal pelotão de jornalistas, o tempo todo a serviço da elite vagabunda, novamente se apresenta ao serviço. Pipocam os editoriais dizendo que não importam os fatos, não importa se a tal violação aconteceu dois anos atrás, não importa se Dilma nem era candidata. Não importa se nem sabem quem ordenou a quebra. Se foi do PT ou mais uma armação do PSDB. Falam apenas, que textualmente, Dilma deverá pagar por isso. 

Isso porque claro, ninguém menciona os sigilos dos outros cidadãos, que foram igualmente quebrados. De todas as colorações políticas. Falam apenas da gloriosa filha do Cesar, que precisa assumir porque as elites estão impacientes.

Dora Kramer, apenas mais uma de um exército de hipócritas, tem a coragem de dizer em artigo, que se Dilma é responsável por obras do governo, tem que ser responsável pelo quebra do sigilo. 

E isso porque sequer alguém sabe quem quebrou. Mas claro que pra mídia, não interessa. Alguém, ainda que tucano, estava certamente a serviço da malária do PT. Não existe outro foco a ser dado.

O brasileiro novamente vê, às vésperas de uma eleição na qual a direita será escurraçada, a mobilização de todos os interessados. 

Democracia é uma piada. Serve apenas enquanto nos for favorável. Quando o resultado das urnas não nos interessa, acabamos com ela. 

Foi assim em 64. E a imprensa, a mesmíssima de hoje, estava lá, para dar o apoio incontestável aos generais. Quem viveu, se lembra.
Anais Politicos

Nenhum comentário:

Postar um comentário