sexta-feira, 14 de maio de 2010

Marcelo Tas: Porque nunca fui do PT.

Colaboração da leitora Izide, de São Paulo - Capital
Oi Aguinaldo, eu já não gostava desse cara, agora então....  Na raiva, até esqueci de assinar o meu desabafo! UFA! Izide

Se o pessoal da oposição, ou anti-Lula precisa desse libelo como porta voz do que supostamente pensam, isto é, pensam que pensam,  então estão muito piores, mais inseguros e perdidos do que se supunha.
É como se eles se sentissem obrigados a  se desfazer do governor Lula, a professar a insensatez anti-Dilma que grassa pela Internet -  e que emana dos gabinetes dos Demo da Câmara Federal como já assumido por um dos caciques, ACM Neto, e demonstrado por (quem diria!) Eliane Cantanhêde da Folha de SP.
Essas pessoas repassam o que recebem bovinamente, sem refletir, (refletir, pesquisar dá trabalho!)  pois, "pelo sim, pelo não, e se for verdade...? "
E assim cada um vai passando pra frente  inocentemente, muitas vezes até sem saber do que se trata. E é com essa ignorância preguiçosa  que a máfia conta! E depois ainda denigrem os eleitores de Lula!
Quanto ao sujeito abaixo, ele começa o texto com ares senhoris, tenta mostrar classe, credibilidade, mas ...não tem jeito:  a máscara logo cai e a pequenez aflora apelativa e razante! Aliás, baixeza e vulgaridade são os argumentos dessa trupe.  Até para acusar o governo de censura à liberdade de expressão, cuja mentira se confirma por suas proprias bravatas.
Chega a ser preocupante o uso desatinado da liberdade de expressão por esses mafiosos, com tamanho nível de grosseria e desacato a autoridades legitimamente constituídas pelo voto popular.  Desafiam o governo e atentam contra a democracia! (Tomara que o governo continue complacente , senão ...)
Mas esses seres estranhos não percebem que seu vil comportamento só confirma a tolerância e nobreza de um governo como nunca jamais se viu na história da democracia neste pais! 


 


Marcelo Tas: Porque nunca fui do PT.





Tem gente que consegue falar ou escrever o que não damos conta de sistematizar em termos de análise. Esse é um deles.
Faço dele as minhas palavras.

[]
Texto de Marcelo Tas em seu blog. 
Marcelo é jornalista, autor e diretor de TV. Entre suas obras destacam-se; participação na criação das séries "Rá-Tim-Bum", da TV Cultura e o "Programa Legal", na TV Globo. Atualmente é âncora do CQC, editado pela TV Band.


Por não ser petista, sempre fui considerado "de direita" ou "tucano" pelos meus amigos do falecido Partido dos Trabalhadores. 
  

Vejam, nunca fui "contra" o PT. Antes dessa fase arrogante mercadântica-genoínica, tinha respeito pelo  partido e até cheguei a votar nos "cumpanheiro". 

A produtora de televisão que ajudei a fundar no início da década de 80, a Olhar Eletrônico, fez o primeiro programa de TV do PT. Do qual aliás, eu não participei. 
  

Desde o início, sempre tive diferenças intransponíveis com o Partido dos Trabalhadores. Vou citar duas. 

  

Primeira: nunca engoli o comportamento homossexual dos petistas. Explico: assim como os viados, os petistas olham para quem não é petista com desdém e falam: deixa pra lá, um dia você assume e vira um dos nossos. 

  

Segunda: o nome do partido. Por que "dos Trabalhadores"? Nunca entendi. Qual a intenção? Quem é ou não é "trabalhador"? Se o PT defende os interesses "dos Trabalhadores", os demais partidos defendem o interesse de quem? Dos vagabundos? 

  

E o pior, em sua maioria, os dirigentes e fundadores do PT nunca trabalharam. 
 Pelo menos, quando eu os conheci, na década de 80, ninguém trabalhava. Como não eram eleitos para nada, o trabalho dos caras era ser "dirigentes do partido". Isso mesmo, basta conferir o currículum vitae deles.
  

Repare no choro do Zé Genuíno quando foi ejetado da presidência do partido. Depois de confessar seus pecadinhos, fez beicinho para a câmera e disse que no dia seguinte ia ter que descobrir quem era ele. Ia ter "que sobreviver" sem o partido. Isso é: procurar emprego. São palavras dele, não minhas.

  

Lula é outro que se perdeu por não pegar no batente por mais de 20, talvez 30 anos... Digam-me, qual foi a última vez, antes de virar presidente, que Luis Ignácio teve rotina de trabalhador? Só quando metalúrgico em São Bernardo. Num breve mandato de deputado, ele fugiu da raia. E voltou pro salarinho de dirigente de partido. Pra rotina mole de atirar pedra em vidraça.

  

Meus amigos petistas espumavam quando eu apontava esse pequeno detalhe no curriculum vitae do Lula. O herói-mor do Partido dos Trabalhadores não trabalhava!!!
Peço muita calma nessa hora. Sem nenhum revanchismo, analisem a enrascada em que nosso presidente se meteu e me respondam. Isso não é sintoma de quem estava há muito tempo sem malhar, acordar cedo e ir para o trabalho. Ou mesmo sem formar equipes e administrar os rumos de um pequeno negócio, como uma padaria ou de um mísero botequim?

  

Para mim, os vastos anos de férias na oposição, movidos a cachaça e conversa mole são a causa da presente crise. E não o cuecão cheio de dólares ou o Marcos Valério.
 A preguiça histórica é o que justifica o surto psicótico em que vive nosso presidente e seu partido. É o que justifica essa ilusão em Paris...misturando champanhe com churrasco ao lado do presidente da França...outro que tá mais enrolado que espaguete.
  

Eu não torço pelo pior. Apesar de tudo, respeito e até apoio o esforço do Lula para passar isso tudo a limpo. Mesmo, de verdade.

  

Mas pelamordedeus, não me venham com essa história de que todo mundo é bandido, todo mundo rouba, todo mundo sonega, todo mundo tem caixa 2...

Vocês, do PT, foram escolhidos justamente porque um dia conseguiram convencer a maioria da população (eu sempre estive fora desse transe) de que vocês eram diferentes. Não me venham agora querer recomeçar o filme do início jogando todos na lama.
Eu trabalho desde os 15 anos. Nunca carreguei dinheiro em mala. Nunca fui amigo dessa gente. 
Pra terminar uma sugestão para tirar o PT da crise. Juntem todos os "dirigentes", "conselheiros", "tesoureiros", "intelectuais" e demais cargos de palpiteiros da realidade numa grande plenária. Juntos, todos, tomem um banho gelado, olhem-se no espelho, comprem o jornal, peguem os classificados e vão procurar um emprego para sentir a realidade brasileira. 
  

Vai lhes fazer muito bem. E quem sabe depois de alguns anos pegando no batente, vocês possam finalmente, fundar de verdade um partido de trabalhadores.
 



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