uma vez, outra vez (sonhos insanos!)...
e desespero haja maior não creio
que o da esperança dos primeiros anos.
Guardo nas mãos, nos lábios, guardo em meio
do meu silêncio, aquém de olhos profanos,
carícias virgens para quem não veio
e não virá saber dos meus arcanos.
Desilusão tristíssima de cada
momento, infausta e imerecida sorte,
de ansiar o amor e nunca ser amada!
Meu beijo intenso e meu abraço forte,
com que pesar penetrareis o Nada,
levando tanta vida para a morte!...
Por Gilka da Costa de Mello Machado - Poetisa brasileira nascida no Rio de Janeiro (RJ) no dia 12 de março de 1893.
By: passeandopelocotidiano
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