Os principais candidatos presidenciais oposicionistas terminam suas campanhas como começaram: como duas naus sem rumo.
Tanto José Serra como Marina Silva não conseguiram explicar ao eleitorado porque querem presidir o Brasil. O único apelo dos dois foi o traço antipetista das candidaturas - forte em cerca de 30% dos eleitores.
Fora isso, não apresentaram programa de governo, nem ideias novas, sem nada que pudesse acrescentar alguma coisa ao ciclo de desenvolvimento vivido pelo país.
Serra começou como o "amigo" de Lula, teve momentos de cão hidrófobo, prometeu tudo o que podia para todas as audiências, e acabou a campanha de forma melancólica - as profundas olheiras que exibe são a marca mais visível de seu fracasso.
Já Marina tentou se mostrar como a "terceira via", mas nem toda a condescendência da imprensa com o seu discurso absolutamente vazio foi capaz de elevá-la à condição de uma verdadeira aspirante à Presidência.
Seu futuro político, agora que ela não tem mais a proteção da máquina petista e já foi suficientemente usada pela oligarquia para dividir os votos na candidatura governista, está comprometido.
Dilma Rousseff, que antes da campanha era tida como um simples "poste", conseguiu passar para o eleitor a ideia de que representa a continuidade do governo Lula e, mais que isso, que tem luz própria. Não é pouco para uma novata em eleições. Pode ser o suficiente para assegurar o futuro do projeto político iniciado em 2003 pelo presidente Lula.
Crônicas do Motta
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