Vale a pena reproduzir a notícia inteira da Agência Brasil.
Seria cômico se não fosse trágico.
Destaque para o fim, quando o general-presidente do Clube Militar diz que “as vezes em que os militares intervieram no processo político no Brasil foi para manter a democracia. Jamais para censurar a imprensa”.
Sensacional:
Rio de Janeiro - O salão do Clube Militar, no centro do Rio, ficou lotado para um debate intitulado A Democracia Ameaçada – Restrições à Liberdade de Expressão. A plateia, formada quase na totalidade por militares da reserva, ouviu os jornalistas Merval Pereira, de O Globo, Reinaldo Azevedo, da revista Veja, e Rodolfo Machado, diretor de Assuntos Legais da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert).
Merval Pereira criticou as relações de dominação de determinados governos latino-americanos com a mídia, mas afirmou que os brasileiros reagiriam para evitar que isso viesse a ocorrer aqui. “Eu acho que a sociedade brasileira está muito madura, muito forte, e vai reagir se houver qualquer tentativa de se ultrapassar a Constituição”, afirmou o colunista de O Globo.
Para Reinado Azevedo, a possibilidade de haver um aumento da ingerência estatal sobre os meios de comunicação é possível. “Se as propostas que estão no Programa Nacional dos Direitos Humanos, na Confecom [Conferência Nacional de Comunicação] e na Conferência de Cultura se transformarem em projetos de lei, e esses forem aprovados pelo Congresso, então, o risco realmente existe”, afirmou o jornalista da Veja.
Já o representante da Abert demonstrou não acreditar no acirramento da relação do Estado com os meios de comunicação e descartou ameaça à liberdade de expressão. “Não se chega a correr um risco concreto. Mas é importante que a sociedade sempre se mantenha atenta, para manter essa conquista que foi tão árdua de ser obtida. As instituições brasileiras são extremamente sólidas e não correm risco. O presidente Lula já demonstrou, por mais de uma vez, que é um grande apreciador da liberdade de imprensa e eventuais declarações que tenham fugido um pouco a isso devem ser atribuídas ao momento eleitoral que o país atravessa”, afirmou Rodolfo Machado.
Do lado de fora, um grupo de 20 estudantes da União da Juventude Socialista (UJS) entrou em confronto com seguranças do Clube Militar. A presidente estadual da UJS, Monique Lemos, disse que o tumulto começou quando seguranças do clube tentaram tirar os estudantes da calçada em frente ao clube. “A forma como fomos tratados é de uma hipocrisia sem limites. Querem defender a liberdade de imprensa e não defendem a liberdade de expressão”, reclamou.
O presidente do Clube Militar, general da reserva César Tibau, rebateu a crítica da estudante. Disse não haver contradição na promoção do debate. E aproveitou para defender as Forças Armadas. “As vezes em que os militares intervieram no processo político no Brasil foi para manter a democracia. Jamais para censurar a imprensa”, afirmou o general.
Rio de Janeiro - O salão do Clube Militar, no centro do Rio, ficou lotado para um debate intitulado A Democracia Ameaçada – Restrições à Liberdade de Expressão. A plateia, formada quase na totalidade por militares da reserva, ouviu os jornalistas Merval Pereira, de O Globo, Reinaldo Azevedo, da revista Veja, e Rodolfo Machado, diretor de Assuntos Legais da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert).
Merval Pereira criticou as relações de dominação de determinados governos latino-americanos com a mídia, mas afirmou que os brasileiros reagiriam para evitar que isso viesse a ocorrer aqui. “Eu acho que a sociedade brasileira está muito madura, muito forte, e vai reagir se houver qualquer tentativa de se ultrapassar a Constituição”, afirmou o colunista de O Globo.
Para Reinado Azevedo, a possibilidade de haver um aumento da ingerência estatal sobre os meios de comunicação é possível. “Se as propostas que estão no Programa Nacional dos Direitos Humanos, na Confecom [Conferência Nacional de Comunicação] e na Conferência de Cultura se transformarem em projetos de lei, e esses forem aprovados pelo Congresso, então, o risco realmente existe”, afirmou o jornalista da Veja.
Já o representante da Abert demonstrou não acreditar no acirramento da relação do Estado com os meios de comunicação e descartou ameaça à liberdade de expressão. “Não se chega a correr um risco concreto. Mas é importante que a sociedade sempre se mantenha atenta, para manter essa conquista que foi tão árdua de ser obtida. As instituições brasileiras são extremamente sólidas e não correm risco. O presidente Lula já demonstrou, por mais de uma vez, que é um grande apreciador da liberdade de imprensa e eventuais declarações que tenham fugido um pouco a isso devem ser atribuídas ao momento eleitoral que o país atravessa”, afirmou Rodolfo Machado.
Do lado de fora, um grupo de 20 estudantes da União da Juventude Socialista (UJS) entrou em confronto com seguranças do Clube Militar. A presidente estadual da UJS, Monique Lemos, disse que o tumulto começou quando seguranças do clube tentaram tirar os estudantes da calçada em frente ao clube. “A forma como fomos tratados é de uma hipocrisia sem limites. Querem defender a liberdade de imprensa e não defendem a liberdade de expressão”, reclamou.
O presidente do Clube Militar, general da reserva César Tibau, rebateu a crítica da estudante. Disse não haver contradição na promoção do debate. E aproveitou para defender as Forças Armadas. “As vezes em que os militares intervieram no processo político no Brasil foi para manter a democracia. Jamais para censurar a imprensa”, afirmou o general.
Crônicas do Motta
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