sábado, 1 de outubro de 2011

Alarme dispara no PSDB

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Tucanos estão assustados com a força do PSD e com o crescente protagonismo do PSB; presidente do partido, Sérgio Guerra, fala em impedir candidatura paulista em 2014, isolando Alckmin, Serra e FHC; Aécio, que restou, não inspira confiança



 Uma nota publicada na coluna Painel, da Folha de S. Paulo, desta sexta-feira, informa que o lançamento prematuro da candidatura do senador mineiro Aécio Neves à presidência em 2014 é apenas uma tentativa de demarcar território, diante do crescente esvaziamento do PSDB como alternativa real de poder. Diz o texto:...

 “O gesto de Aécio Neves, que saiu da hibernação para anunciar à bancada do PSDB a disposição de concorrer à Presidência contra Lula ou Dilma, foi interpretado em Brasília como resposta ao protagonismo crescente de Eduardo Campos (PSB), que fez da eleição da mãe ao TCU uma exibição de força, e Gilberto Kassab, que, de posse do registro definitivo de seu PSD, vai contabilizando adesões em número capaz de fazer a sigla eventualmente superar a bancada tucana na Câmara. Não por acaso, as especulações para 2014 passaram a incluir, entre as chapas possíveis, uma com Aécio e Eduardo –mas com o pernambucano na cabeça.”
É, de fato, delicada a situação do PSDB. Uma pesquisa interna do partido, encomendada pelo cientista político Antônio Lavareda, revela que as chances de José Serra numa eventual terceira tentativa de disputa da presidência seriam remotas. Por isso mesmo, o presidente do partido, Sérgio Guerra, tem dito que é preciso colocar rapidamente o bloco na rua, removendo antes “um obstáculo”. Por obstáculo, leia-se Serra.
Além disso, o partido sofre com o esvaziamento de sua bancada e a força crescente de dois partidos: o PSB, do governador pernambucano Eduardo Campos, e o PSD, do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Dois partidos que, por sinal, podem atuar juntos em 2012 e 2014, com peso semelhante ao de gigantes como PT e PMDB.
Alternativa presidencial
Não por acaso, Eduardo Campos tem sido visto, crescentemente, como alternativa presidencial até por tucanos, como o próprio presidente do partido, Sérgio Guerra – em Pernambuco, ambos são aliados. Recentemente, Campos foi também convidado para palestrar na Casa das Garças, no Rio de Janeiro, onde foi sabatinado por intelectuais tucanos, como Edmar Bacha, André Lara Resende, Persio Arida e Elena Landau. Este grupo já enxerga em Eduardo Campos uma alternativa de poder mais forte do que em Aécio Neves, cujo modus vivendi talvez seja incompatível com uma disputa presidencial. Daí a possível chapa tendo Campos na cabeça e Aécio na vice. Os dois, por sinal, estão trabalhando juntos em algumas disputas municipais, como Belo Horizonte e Curitiba, onde dois candidatos do PSB – Márcio Lacerda e Luciano Ducci – terão apoio do PSDB.

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