Dilma Rousseff e José Serra estão se esforçando para mostrar muito mais ao eleitor por que votar em si do que por que não votar no adversário. Calcule-se o tempo gasto com ataques e com os feitos dos candidatos e se comprovará a supremacia da propaganda positiva.
Fazem produções cinematográficas sobre seus feitos passados, presentes e futuros, mas não lhes damos a menor bola. Enquanto falam bem de si, ficamos torcendo as mãos à espera de suas defesas ou ataques recíprocos.
Todos acreditamos que sabemos por que votamos neste ou naquele candidato, mas é consenso entre os estudiosos da cabeça do eleitor que ele vota com oitenta por cento de emoção e só vinte por cento de razão.
Pelo que você vota? Vota bem mais pelo que te comove, pelo que se identifica com os teus valores irracionais, em certos casos, ou pelos mais sólidos e conscientes em outros. O segredo é saber equilibrar as coisas.
Não se pede muito mais ao leitor deste texto do que uma reflexão mínima e sincera sobre por que vota neste ou naquele candidato. Se crê que as suas razões para votar em um ou em outro não são menos do que lógicas e racionais.
É óbvio que o que se lê não se dirige aos que pertencem aos pelotões de artilharia, na falta do imprescindível pelotão da argumentação, mas àquele que, como o autor deste ponto de vista, será afetado pelo que o novo governo fará.
Parta, pois, da presunção de que este é hoje um país de todos. De todos. E de que só o interesse da maioria fatalmente te incluirá em algum momento, e de que o interesse de poucos em algum momento poderá te excluir.
Descubra pelo que votará. Se ao fim dessa análise não puder dizer a si mesmo que está votando para que o teu país se torne, cada vez mais, um país de todos, retroceda. Pare, reflita, seja humilde e responsável com o teu futuro. Você não sabe o que ele pode te reservar.
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