segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

FHC sai da tumba... para desepero de José Serra

Incomodado com seus aliados demo-tucanos não defendê-lo das críticas comparativas com o governo Lula, Fernando Henrique Cardoso não resistiu à vaidade, apesar de todas a recomendações de marqueteiros para escondê-lo.

Aproveitando que José Serra (PSDB) está literalmente atolado no alagão, às voltas com um apagão na Segurança Pública, e com protestos contra pedágios abusivos, FHC decidiu "defender-se" com um artigo nos jornais desse domingo com o título “Sem medo do passado”.

O artigo é uma tentativa de falsear a história, e tentar dizer que o governo dele não foi tão ruim assim.

Traz de volta a velha impostura demo-tucana de querer declarar que o que há de bom no governo Lula foi continuidade.

Não foi continuidade. Foi correção de rumos. Onde havia embrião de programas pífios ou meia-bomba (como o bolsa-escola), foram universalizados e ganharam valores mais dignos (como o bolsa-família). Diversos programas projetos que só existiam na teoria ou eram pífios, tiveram que ser resgatados, como a volta do financiamento da moradia popular, a integração das bacias do São Francisco, recolocar ordem no sistema elétrico depois do apagão da privatização, recolocar o transporte ferroviário nos trilhos. A própria estabilidade econômica estava ameaçada com o dólar batendo a R$ 4,00 e inflação média de 2002 batendo em R$ 13% e com inflação mensal fora de controle, acima de 3% ao mês em novembro e dezembro de 2002, na passagem de governo.

Não vou repetir as baboseiras de FHC (no Portal Vermelho tem um resumo do blog do Josias), apenas lembrar das omissões de seu artigo. Ele "se esqueceu":

- do verdadeiro apagão;
- de ter quebrado o Brasil 3 vezes;
- de ter passado a herança maldita do acordo com o FMI para o governo Lula resolver;
- do altíssimo desemprego em seu governo;
- do arrocho salarial e de impostos (não corrigiu salários do funcionalismo nem a tabela de imposto de renda, conforme a inflação);
- do sucateamento do estado, incluindo escolas, unidades de saúde e Polícia Federal;
- da falta de abir uma única universidade federal;

- de abafar escândalos de corrupção, sucateando PF e impedindo CPI's a peso de ouro.
- da decadência do Brasil no cenário mundial;
- da queda do Brasil no ranking do PIB mundial;
- da restrição de crédito e de construção de moradias populares;
- o afundamento da plataforma P-36 da Petrobrás;
- a entrega de estradas esburacadas, sem manutenção;

E contestar o que o ex-presidente considera um êxito:

- é um embuste dizer que a Vale privatizada paga mais impostos do que pagava dividendos quando era estatal, pois a China multiplicou as importações de ferro depois da privatização, portanto, se ela fosse estatal, estaria rentável do mesmo jeito, porém já teria investindo mais em siderúrgicas no Brasil e teria encomendado navios no Brasil, gerando empregos e riquezas aqui, como faz a Petrobras. E a Vale só começa agora a fazer isso, por pressão do governo Lula.

- outro embuste é a privatização da Telebras (uma roubalheira que deu prejuízo direto de R$ 11,7 bilhões). Se não tivesse privatizado, teríamos tarifas muito mais baixas que pagamos hoje, muito mais gente teria acesso a telefonia fixa e à banda larga, e as remessas de lucros que hoje são enviadas para a Espanha e México, seriam reinvestido no Brasil. Isso sem contar a péssima qualidade dos serviços e atendimento das teles privadas, que temos hoje.

- Da Petrobras nem se fala. O demo-tucano simplesmente entregou descobertas e patrimônio da Petrobras para petroleiras estangeiras de mão beijada. Preparou para privatizar a "PetrobraX", inclusive vendendo subsidiárias, afundou a P-36 por cortes de custos, gerou desemprego aqui, quando encomendou plataformas e navios na Noruega e Singapura, e FHC ainda tem a cara de pau de querer pegar carona no sucesso atual da Petrobras.

Mas... fala FHC! Quanto mais FHC, de triste lembrança, falar e reavivar a memória do brasileiro, melhor para lembrar o risco que seria a volta de um demo-tucano, como José Serra (PSDB).

Fonte: blog A P L

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