domingo, 7 de fevereiro de 2010

FHC parte para briga. Agora, Serra tem um troço



Será que FHC quer medir popularidade com Lula? Se for assim, pobre Serra...
O Zero Hora já disponibilizou o artigo que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso publica amanhã nos jornais. E, para desespero dos marqueteiros serristas, que querem fugir a todo custo de uma campanha plebiscitária e de uma comparação Lula x FHC, parte para o ataque contra o presidente.

Chama-o de “tosco”, de baixar o nível “à dissimulação e à mentira”, e faz uma lista de razões pelas quais seu governo, diz ele, foi melhor que o de Lula.

Diz que “o país pagou um custo alto por anos de “bravata” do PT e dele próprio. Esqueceu-se de sua responsabilidade e de seu partido pelo temor que tomou conta dos mercados em 2002, quando fomos obrigados a pedir socorro ao FMI – com aval de Lula, diga-se – para que houvesse um colchão de reservas no início do governo seguinte. Esqueceu-se de que foi esse temor que atiçou a inflação e levou seu governo a elevar o superávit primário e os juros às nuvens em 2003, para comprar a confiança dos mercados, mesmo que à custa de tudo que haviam pregado, ele e seu partido, nos anos anteriores.”

E fala que Lula age como Luiz XIV, no auge do absolutismo: Houve quem dissesse “o Estado sou eu”. Lula dirá, o Brasil sou eu! Ecos de um autoritarismo mais chegado à direita”.

A essa hora o comando do PSDB deve estar em pânico, querendo achar alguém para segurar o homem. Com Serra já está ficando difícil, com FHC…

Porque já nem é o caso de discutir o mérito do que escreve. O problema é que a lembrança de FHC “queima” a imagem de qualquer candidato. Dela, escreveu no final do ano Marcos Coimbra, diretor do Vox Populi:

-Sobre a avaliação de Fernando Henrique, o que mais chama a atenção, atualmente, é quão mal ela resistiu à passagem do tempo. Ao contrário dos bons vinhos, quanto mais tempo passa, pior fica. Os elementos que fizeram com que ela fosse elevada, há poucos anos, como que sumiram. As realizações de seu governo, decisivas para que o país estivesse hoje melhor, ficaram secundárias, frente à antipatia com que é visto pela maioria das pessoas.

Brizola Neto

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