quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Acontece em Ubatuba


Ubatuba lidera Bolsa Família na região atingindo 20% das famílias ubatubenses

Saulo Gil

De acordo com dados divulgados pelo site do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome do Governo Federal, cerca de cinco mil famílias ubatubenses receberam, neste mês de fevereiro, o auxílio monetário concedido pela União, por meio do programa Bolsa Família. O número de beneficiários no município (4.761) é disparado o maior da região, superando até a cidade de Caraguá, que, apesar de contar com maior população, tem cerca de mil famílias a menos que Ubatuba na Folha de Pagamento do Programa Federal.
A disparidade é tão grande, que os depósitos da União na cidade se comparam aos atendimentos realizados em Taubaté, município com mais de o triplo da população Ubatubense. Se for considerada a média nacional do IBGE de 3,3 pessoas por família, a cidade registraria, ao todo, cerca de 24 mil lares. Portanto, na porcentagem, o assistencialismo do Bolsa Família contemplou, no último dia 5 de fevereiro, 20% dos moradores de Ubatuba.
O índice foi considerado bem elevado até pelo Secretário de Cidadania e Desenvolvimento Social, Claudinei Salgado. O chefe da pasta relatou que não tinha em mãos os números atuais repassados ao município, porém, considerou elevada a quantidade divulgada no site do Ministério nesta segunda-feira. “Só terei essa confirmação amanhã (hoje), porém acredito que se existe essa diferença, provavelmente deve-se ao empenho dos nossos funcionários, que trabalham intensamente n processo de cadastramento e atualização das listas junto ao Governo Federal”, relata Claudinei, ainda sugerindo um possível equívoco no número divulgado pela Folha de Pagamento do Bolsa Família
Já para o presidente do diretório municipal do PT, Maurício Moromizato, os índices anunciados refletem dois lados da realidade ubatubense. “Primeiramente, vemos o quanto é fundamental o apoio dado pela União aos moradores locais. O que seria de Ubatuba se estas mais de 4 mil famílias não tivessem dinheiro nem para comer?, questiona o político, acrescentando que os dados também deveriam causar um alerta na sociedade local. “A intenção do Governo Brasileiro não é ficar aumentando o número de Bolsas Família. O objetivo do PT é que, ao longo dos anos, esse programa atenda cada vez menos pessoas, na mesma proporção em que suba a quantidade de carteiras assinadas. Por isso, este balanço serve para nos mostrar o quanto a cidade precisa avançar para não se tornar tão dependente do assistencialismo Federal”, completa Moromizato, cobrando ainda maior participação do Governo Estadual neste setor da política pública.

Lambido do jornal imprensa livre

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