quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A vassoura e a caneta



O jingle da campanha de Jânio Quadros à presidência é um dos mais famosos da história. Até hoje muitos de lembram dele. Certamente foi decisivo para sua esmagadora vitória.
O apelo da vassoura varrendo a "bandalheira", como se vê, é antigo - e funciona.
Nesses últimos tempos, a oposição neoudenista usou e abusou do moralismo para ganhar votos suficientes para tirar o poder do PT, já que não tem outra bandeira...



O problema todo é que, embora tenham acusado o governo Lula de, no mínimo, ser conivente com a corrupção, nunca fizeram nada, na prática para baní-la de suas próprias administrações.
É tudo papo furado. Quem vai acreditar que um sujeito como, por exemplo, o senador Álvaro Dias, passe incólume por um detector de mentiras? Ou que tantos outros aprendizes de Lacerda tenham coragem de abrir as suas contas bancárias  - ou a de seus familiares?
O esforço que o governo Dilma está fazendo, extirpando da máquina administrativa os tumores que irradiam as células malignas para todos os cantos, recebe aplausos gerais da população e um tímido apoio dos políticos - incluindo os do PT.
É que, neste exato instante, todos eles estão se perguntando até onde a higienização irá. E, enquanto a resposta a essa pergunta não vem, todos correm riscos.
Outra coisas que intriga os nossos castos e puros políticos é sobre quem é, na verdade, essa mulher chamada  Dilma Rousseff. Poucos sabem a resposta, mas a maioria já deve ter percebido que ela não é um Jânio Quadros de saias que precisa de uma marchinha para enganar o povo.
Nem de uma vassoura.
Pois com uma caneta ela pode fazer muito mais para livrar o país desse câncer chamado corrupção.
Crônicas do Motta

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