Há várias técnicas de apresentação de notícias no telejornalismo brasileiro. O padrão global subimperial disseminado pela deusa platinada em geral é copiado pelas emissoras concorrentes, que variam poucos aspectos. Hoje os telejornais possuem mulheres apresentadoras, a fim de chamar a atenção do público feminino, há a alternância de notícias "boas" e "ruins" para manter o telespectador anestesiado (mas a última notícia é sempre "boa"), as perguntas dos jornalistas hoje em dia são cortadas, monstrando apenas as respostas dos entrevistados - o que pode gerar dúvida e má interpretação ou comprovar a mediocridade de alguns perguntadores. Para atestar alguma veracidade, as "opiniões especializadas" sobre assuntos "científicos" religiosamente são respondidas por uma única instituição: a USP - os doutores de lá resolvem qualquer despacho. Alguns jornais apenas objetivam noticiar sobre prendas domésticas - falar de asfalto, água, energia, ninho de passarinho, turismo, vida de celebridade, futebol.
Editores dão sempre no 1º bloco as notícias mais importantes do dia (antes que um concorrente faça), e as exclusivas ou "atraentes" ficam para o final. Contudo, mesmo que seja no 1º bloco, as últimas notícias não são vistas quanto as primeiras - às vezes quem assiste começa a comentar, ou se "cansa" do bloco. No Jornal Nacional de ontem, 21 de junho, a sequência foi a seguinte:
-- Mudanças nos planos de saúde;
-- Novo teste para diagnóstico de Aids/HIV;
-- Novo tratamento de combate ao câncer (qualquer semelhança com a revista Veja é mera coincidência); e
-- por fim, a reportagem sobre o escândalo de corrupção no governo tucano de São Paulo.
As árvores são fáceis de achar
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