segunda-feira, 20 de junho de 2011

FGV: Preços registram deflação em grandes centros urbanos pela primeira vez em 2011

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) diminuiu nas sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) em 15 de junho, em relação à semana anterior. É a terceira semana consecutiva em que ocorre queda no índice nas sete cidades. A maior queda foi observada em Porto Alegre, já que a cidade passou de uma inflação (alta de preços) de 0,12% em 7 de junho para uma deflação (queda de preços) de 0,35% no dia 15 (ou seja, redução de 0,47%).

A cidade de São Paulo também apresentou grande redução no IPC-S, ao passar de uma inflação de 0,27% no dia 7 para uma deflação de 0,15% no dia 15 (ou seja, queda de 0,42%). Outras grandes reduções do IPC-S foram percebidas nas cidades de Salvador (0,34%, ao passar de 0,33% para –0,01% no período) e Belo Horizonte (0,34%, ao passar de 0,72% para 0,38%).

As demais cidades apresentaram as seguintes variações no IPC-S: Rio de Janeiro (0,26%, ao passar de 0,32% para 0,06%), Recife (0,15%, ao passar de 0,88% para 0,73%) e Brasília (0,08%, ao passar de 0,34% para 0,26%).

Índice em queda:.....
O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) teve deflação de 0,22% em junho. O resultado é inferior ao observado um mês antes, quando foi registrada elevação de 0,55%. No ano, o índice acumula alta de 3,28% e no período de 12 meses, o aumento acumulado chega a 8,78%.

De acordo com os dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta sexta-feira, a queda no IGP-10 foi puxada pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA). O indicador, responsável por 60% da taxa global, apresentou deflação de 0,69% em junho, depois de registrar alta de 0,23% em maio. Houve decréscimo nas taxas dos alimentos in natura (de 3,82% para –4,47%); e dos bens intermediários (de 0,90% para –0,74%), como materiais e componentes para a manufatura (de 1,19% para –1,16%). Também ficaram mais baratas no período as matérias-primas brutas (de – 0,52% para –0,64%), com destaque para a cana-de-açúcar (de 11,17% para –0,14%), o milho em grão (de 0,50% para –2,45%) e suínos (de 2,96% para –9,33%).

A FGV verificou redução, ainda, no Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que representa 30% do IGP-10 (de 0,98% para 0,10%). Esse movimento foi observado em todas sete classes de despesa componentes do IPC, principalmente em alimentação (de 1,04% para –0,37%) e transportes (de 1,74% para –0,79%). Pesaram menos no bolso do consumidor as hortaliças e os legumes (de 4,75% para –0,86%), as frutas (de –0,56% para –4,71%) e os pescados frescos (de 0,98% para –3,02%). Também ficaram mais baratos a gasolina (de 5,61% para –1,92%) e o álcool combustível (de 3,67% para –14,45%).

Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos: vestuário (de 1,51% para 0,45%), saúde e cuidados pessoais (de 1,13% para 0,54%), despesas diversas (de 0,73% para 0,17%), educação, leitura e recreação (de 0,36% para 0,30%) e habitação (de 0,68% para 0,66%).

Último componente do IGP-10, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) foi o único a subir em junho, passando de 1,57% em maio para 2,18%. A alta foi puxada pelo custo da mão de obra (de 2,74% para 3,98%). Houve diminuição nas taxas relativas aos materiais e equipamentos (de 0,45% para 0,42%) e serviços (de 0,52% para 0,45%). O INCC responde por 10% da taxa global.

Para calcular o IGP-10, a FGV coletou preços entre os dias 11 de maio e 10 de junho, quando constatou a deflação em determinados preços.

Via Correio do Brasil

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