quarta-feira, 18 de maio de 2011

Serra, o penetra de ouro

A atividade política de José Serra tem se resumido a se convidar para todas as inaugurações de obras estaduais em São Paulo, a aparecer sem ser convidado em eventos políticos de terceiros (como no discurso inicial de Aécio Neves como senador) e a criar factóides políticos (como a reunião com Rui Falcão, presidente do PT, para "discutir a reforma política"). Em particular, é semelhante a reação dos que têm seu espaço invadido pela sem cerimônia de Serra: incômodo com sua falta de educação pública e pessoal e uso frequente da palavra "penetra" para descrever seu estilo.

Em todos esses movimentos, ele não representa nada, a não ser ele próprio.
No Blog recém-inaugurado, é incapaz de aprofundar qualquer ponto programático que pudesse ajudar na reorganização do partido. Colheu alguns dados sobre voto distrital misto e, a exemplo do que fez na campanha com diversos temas, transformou em slogans, sem nenhum aprofundamento maior.
Todas suas manifestações ou são de um tatibitati irritante (como seus artigos "didáticos" sobre o voto distrital misto), ou agressivas (único território onde revela, de fato, seu íntimo), ou acacianas - como a observação sobre a fusão de partidos: "é discussão fora de hora". E mais não disse, pois seria exigir muito de sua capacidade analítica e sagacidade política.
Ante tão notável observação, calem-se todos os que ousarem avançar em análises um pouco mais profundas contra ou a favor da fusão. "É fora de hora", sentenciou o conselheiro Acácio. E todos se impressionaram com ponderação tão profunda.
Folha de S.Paulo
Giba Bergamim Jr.
De São Paulo 
17/05/2011
Fusão de siglas é "discussão fora de hora", afirma Serra
União de PSDB, PPS e DEM é defendida por Aécio com vistas à eleição de 2014
Serra e Alckmin vão juntos à inauguração de uma estação do metrô na capital para mostrar que o partido está coeso
O governador Geraldo Alckmin e seu antecessor, José Serra,
participam da inauguração de nova estação de metrô em SP
Carol Guedes/Folhapress
O ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) disse ontem que a ideia de fazer uma fusão de partidos de oposição (PSDB, DEM e PPS) defendida pelo senador tucano Aécio Neves (MG) é uma discussão fora de hora.
A declaração foi feita à Folha logo depois da inauguração da estação Pinheiros do Metrô. Serra ficou ao lado do governador Geraldo Alckmin (PSDB) durante a cerimônia.
"Não é uma ideia que está posta. É uma discussão fora de hora", criticou Serra.
Conforme a Folha revelou ontem, Aécio Neves planeja criar o novo partido para representar a oposição na disputa presidencial de 2014.
O governador tucano endossou as declarações de seu antecessor no cargo. "Eu respeito as ideias dele. Eu respeito o Aécio, mas é muito cedo para essa discussão", comentou Alckmin.
Após a cerimônia, Serra, Alckmin e Alberto Goldman, cogitado para a secretaria nacional do partido, percorreram um trecho do Largo da Batata, em Pinheiros.
Os três falaram com moradores, pararam num bar e tomaram café, pago por Goldman - que governou São Paulo no final do mandato de Serra, quando ele deixou o governo para concorrer às eleições presidenciais.
Serra e Alckmin têm aparecido em público numa tentativa de mostrar coesão no partido e que não existe crise.
Ambos disputaram espaço no PSDB para a candidatura à Presidência em 2010. Serra também compareceu à inauguração da estação Butantã, em março passado.
Outros líderes tucanos - como Tasso Jereissati, Fernando Henrique Cardoso e o próprio Alckmin - já mencionaram a fusão do PSDB com DEM e PPS como uma possibilidade a ser considerada no horizonte da oposição.
"Existem propostas nesse sentido. São aspectos delicados. Acho que o mais importante é manter a coesão dos partidos. (...) Não sei qual a tendência, se vai haver fusão ou não", afirmou FHC em abril. Naquela mesma semana, Geraldo Alckmin disse que a fusão "pode ser muito boa", mas que não via urgência nessa discussão.
By: Nassif, via Com textolivre

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