sábado, 21 de maio de 2011

Alckmin agasalha concorrência de Cerra para o Metrô


Saiu na Folha (*), pág. C6: “Empresas suspeitas de acerto vão fazer a linha 5 do metrô”
“‘Indícios de conluio não se transformaram em provas’, afirma o metrô; governador (Cerra, Goldman e Alckmin – PHA) autorizou a contratação”
“Consórcios tiveram os nomes revelados pela Folha como vencedores de licitação antes de o resultado ser divulgado”
A Folha (*) e o Estadão publicam a mesma notícia, mas, inexplicavelmente, omitem o nome das construtoras suspeitas de conluio.
São estas:.....
Camargo Corrêa-Andrade Gutierrez (trecho 3)
Mendes Junior (trecho 4)
Heleno Fonseca-Triunfo (trecho 5)
Carioca-Cetenco (trecho 6)
Odebrecht-OAS-Queiroz Galvão (trecho 7)
CR Almeida-Consbem (trecho 8)
A Camargo Corrêa foi investigada e incriminada na “Castelo de Areia”.
Mas, providencialmente, o STJ considerou que as provas não eram provas, o que deu a entender que, no Brasil, rico não vai preso e, muito menos, pode ser investigado.
A Andrade Gutierrez é do Sergio Andrade.
Ele aparece de forma inequívoca na investigação que o ínclito delegado Paulo Lacerda fez sobre o “esquema PC Farias” do Governo Collor”   – clique aqui para ler “quem deu grana ao PC Farias”.
Sergio Andrade, aliado a Carlos Jereissati, arrematou a BrOi sem botar um tusta do próprio bolso.
Jereissati e Andrade integram a honrosa lista das “37 ações que movem contra PHA – diz-me quem te processa dir-te-ei quem és”.
Neste caso do Metrô de São Paulo, a tecnologia absolvitória foi a mesma: “destruir as provas” do repórter Ricardo Feltrin.
É o que Daniel Dantas, o passador de bola apanhado no ato de passar bola (e condenado na Justiça britânica) pode vir a conseguir com a ajuda do relatório do Dr Macabu, no STJ.
Observe-se que a denúncia de Feltrin desabou sobre a cabeça do Cerra bem no meio da eleição de 2010.
(Não teve o mesmo impacto de outro objeto que caiu na cabeça do Cerra, a bolinha de papel da dupla “perito Molina/Ali Kamel”, devidamente desmascarada no vídeo de um professor gaúcho)
Nesse mesmo ano eleitoral de 2010 em que, por coincidência, a empresa do ex-ministro da Fazenda, deputado federal e coordenador da campanha da Dilma Roussef, Tony Palocci, faturou a bagatela de R$ 20 milhões !
R$ 20 milhões num ano, amigo navegante !
Cabe aqui, também, neste momento edificante da Engenharia paulista, onde Cerra, Goldman e Alckmin pontificam, reler o magnífico trabalho de Feltrin, repórter da Folha e  comentarista de televisão no 
RICARDO FELTRIN 
DE SÃO PAULO 
A Folha soube seis meses antes da divulgação do resultado quem seriam os vencedores da licitação para concorrência dos lotes de 3 a 8 da linha 5 (Lilás) do metrô. 
O resultado só foi divulgado na última quinta-feira, mas o jornal já havia registrado o nome dos ganhadores em vídeo e em cartório nos dias 20 e 23 de abril deste ano, respectivamente. 
A licitação foi aberta em outubro de 2008, quando o governador de São Paulo era José Serra (PSDB) –ele deixou o cargo no início de abril deste ano para disputar a Presidência da República. Em seu lugar ficou seu vice, o tucano Alberto Goldman. 
O resultado da licitação foi conhecido previamente pela Folha apesar de o Metrô ter suspendido o processo em abril e mandado todas as empresas refazerem suas propostas. A suspensão do processo licitatório ocorreu três dias depois do registro dos vencedores em cartório. 
O Metrô, estatal do governo paulista, afirma que vai investigar o caso. Os consórcios também negam irregularidades ou “acertos”. 
O valor dos lotes de 2 a 8 passa de R$ 4 bilhões. A linha 5 do metrô irá do Largo 13 à Chácara Klabin, num total de 20 km de trilhos, e será conectada com as linhas 1 (Azul) e 2 (Verde), além do corredor São Paulo-Diadema da EMTU.
Clique aqui para ver o vídeo em que Feltrin anuncia o “indício de conluio”.
Viva o Brasil, onde o gato não cai do telhado !
Paulo Henrique Amorim
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

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