sábado, 15 de outubro de 2011

ATÉ QUANDO A PSEUDO-ESQUERDA PEGARÁ NO PÉ?


GILBERTO KASSAB CONSEGUIRÁ ATRAIR OS PSEUDO-ESQUERDISTAS? OU ELES TORNARÃO ETERNO SEU TEATRINHO NEOLIBERAL MASCARADO DE MARXISTA?

Por Alexandre Figueiredo

A pseudo-esquerda está feliz porque o Brasil ainda não avançou de forma definitiva. Tivemos melhorias no quadro sócio-econômico e, em parte, político-institucional, mas ainda é muito pouco para que o país seja considerado próspero e justo.

Muitas das feridas de 1964 ainda não foram cicatrizadas e, o que é pior, muito do legado do regime militar é travestido de "projetos progressistas", com argumentos que variam da valentia tecnocrática a um paternalismo sócio-cultural ao povo pobre.

Tudo por conta de uma pseudo-esquerda que varia entre "simpatizantes" de centro (ou de centro-direita mais flexível) e "adesistas" das esquerdas, mas que sempre adota valores conservadores travestidos de "progressistas".

É como se eles concordassem com as esquerdas no enunciado das ideias. Quando chega a etapa do desenvolvimento das mesmas, a discordância torna-se até violenta, ainda que confusa e enrustida. E é isso que trava os avanços de muitos projetos em nosso país.

No entanto, são as mesmas pessoas felizes durante os governos de Collor e FHC que só pegaram carona no tipo bonachão de Lula e no fato de Dilma Rousseff ser a primeira presidenta do país. Pessoas que nem sequer possuem avaliação crítica da esquerda, só dizem "amém" e nem mesmo refletem se Belo Monte vale ou não a pena.

Os pseudo-esquerdistas, até certo ponto, são até mais submissos a orientações partidárias ou sindicais. Não analisam, não têm uma opinião propriamente esquerdista. Mas agem não por ingenuidade, mas por oportunismo. Por isso, agem aparentemente sem qualquer crítica séria. Se é governo, tudo bem.

Ou então existem os pseudo-esquerdistas que embarcam no PSOL e atacam o PT, ou embarcam no PT e atacam o PSOL, o PSTU e o PCO. Mas, em todo caso, os pseudo-esquerdistas são lobos quietos num rebanho de ovelhas, raposas que tomam conta dos galinheiros, até que num dado momento eles armam o bote.

Mas o grande problema é quando houver alguma crise política no governo do PT, por causa das pressões da própria pseudo-esquerda, sobretudo pela influência do PMDB ou do "apoio" do "ressuscitado" PSD de Gilberto Kassab. Será que os pseudo-esquerdistas vão continuar pegando no pé das esquerdas, tornando eterno seu teatrinho neoliberal mascarado de machista?

E se por algum infortúnio político houver brechas para uma aliança PMDB-PSD, com o crescimento de Gilberto Kassab, a adesão de Kátia Abreu ao neo-pessedismo (ou será pessedemismo?) e a vitória de seu grupinho nas eleições de 2014?

Será que a pseudo-esquerda se manterá "convictamente nas esquerdas", como uma suposta honra de suas "posições" atuais, ou será que eles, não conseguindo convencer como "esquerdistas com QI de direita", correrão chorando para o primeiro abrigo de centro-direita emergente que encontrarem adiante?

A "meca" do neoliberalismo, a Wall Street de Nova York, está vivendo um período único de manifestações contra valores que a pseudo-esquerda brasileira acredita piamente. Sendo os EUA, nosso país midiaticamente "vizinho", abalados com tamanhos protestos do Ocupar Wall Street, a pseudo-esquerda brasileira terá que pensar a respeito de suas posições. Ou, na pior das hipóteses, caprichar mais no seu teatrinho. 


Fonte: Blog Mingau de Aço

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