quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Que se cuidem os manipuladores

Rodolpho Motta Lima, Direto da Redação

“A história do desenvolvimento da comunidade humana certamente se confunde com a evolução dos mecanismos de comunicação e informação que, ao longo do tempo, o homem foi estabelecendo. Primeiro prevaleceu a oralidade, e houve um tempo em que era em torno da fogueira que aconteciam as narrativas dos mais velhos, que buscavam perpetuar o conhecimento de fatos passados e sobre eles apresentavam sua visão de mundo , transmitida para os atentos ouvintes de então.

De lá para cá, muitos momentos construíram a evolução desse processo informativo , com as primitivas formas de escrita passando pelas marcas nas cavernas, pelo papiro e o pergaminho. Mas o marco divisório surgiu com o advento da imprensa, pela óbvia ampliação das possibilidades de acesso múltiplo ao conhecimento.

Entre os dias da invenção de Gutenberg e o nosso tempo, muita notícia aconteceu, veiculada pel o telégrafo, o telefone, o rádio. O rádio, aliás, ainda hoje imbatível quando se trata de atingir a todos os rincões, mantém, para os saudosistas como eu, a possibilidade de nos fazer , de alguma forma, participantes daquilo que nos é transmitido , pois a imaginação complementa o que é captado pelos ouvidos . Quem viu “A Era do Rádio”, sabe como Woody Allen trata do tema com maestria insuperável. E quem ouviu, por anos, o “Repórter Esso”, quem viveu emocionado os seriados dos heróis da Rádio Nacional e as quase pioneiras e não menos heroicas transmissões esportivas dos jogos da seleção brasileira no exterior, sabe bem onde, pel o rádio, nos levava a imaginação.

Não morreu o rádio, mas é inegável a supremacia que sobre ele a televisão acabou por exercer, com a sedução da imagem, da cor, dos efeitos especiais, dos avanços tecnológicos. A televisão é um dos ícones do planeta globalizado, abrindo com imagem e som o mundo aos nossos olhos e ouvidos. Com sua magia, vem sendo, ao longo das últimas décadas, o principal veículo de informação das grandes massas , assumindo, em muitos lugares – e o Brasil é um exemplo – uma posição de tal hegemonia que o seu noticiário acaba determinando comportamentos e fundamentando posicionamentos por parte dos espectadores.”
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