segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Hitler não era ateu


Ele é, com certeza, a figura mais emblemática do século XX. Suas ações modificaram a História. Suas ações moldaram o destino de muitas nações e mergulhou o mundo numa névoa negra. Seu nome é odiado, a não ser por insurgentes esporádicos, mas, ainda assim, sua participação na História Contemporânea deixou marcas que serão conhecidas pelos que viverão daqui pra frente. Seu nome é Adolf Hitler.

Dia 20 de abril é seu aniversário e seu nome é associado a tudo o que tem de pior nos seres humanos: dor, ódio, preconceito, guerra, genocídio, desumanidade etc. A este nome é associado todos os xingamentos e vilipêndios possíveis e imagináveis. Qualquer coisa relacionada a este nome gera repulsa e nojo. Não é por acaso, então, que muitos religiosos resolvam dizer que Hitler era ateu.
Aqui, iremos tratar de uma das mais famosas mentiras que os religiosos têm divulgado mundo afora, e não só pela internet, mas sim em vários meios de mídia (TVs, jornais, revistas, rádio, panfletos, pregações em igrejas, etc). Esta mentira tem sido repetida à exaustão, já que – parafraseando o próprio Goebbels – mentira repetida à exaustão torna-se verdade. A baixa taxa de escolaridade e a despreocupação em não estudar nada muito profundamente faz com que as pessoas alienem-se e não tenham conhecimento sobre o que realmente aconteceu no passado. para isso que nós estamos aqui, pois certas coisas devem ser lembradas, pois aquele que não estuda a sua própria História corre o risco de repeti-la.
Hitler saindo da Igreja Sta Marina, em Wilhelmshaven
“Como um Cristão amoroso e como um homem, leio a passagem que nos conta como o Senhor finalmente se ergueu em Sua força e apanhou o azorrague para expulsar do Templo a raça de víboras. Como foi esplendida a sua luta em defesa do mundo e contra o veneno judeu. Hoje, depois de 2 mil anos, é com muita emoção que reconheço, mais profundamente do que nunca, o fato de que foi em nome disso que Ele teve que derramar Seu sangue na cruz. Como cristão tenho o dever de não me deixar enganar, tenho o dever de lutar pela verdade e pela justiça. E como homem, tenho o dever de zelar para que a sociedade humana não sofra o mesmo colapso catastrófico que sofreu a civilização do mundo antigo 2 mil anos atrás - uma civilização que foi levada a ruína por esse mesmo povo judeu.”
– Discurso do Adolf em 12 de abril de 1942, em Munique
A verdade é que os fundamentalistas religiosos, com as suas mentiras, querem que Hitler não seja associado à religião cristã, porque em suas mentes e em seus conceitos deturpados, a sua (deles) religião é a única coisa que faz o ser humano ser “moral, bondoso com o próximo, agregar o grupo social em que vive, colaborar com a manutenção da estrutura e do tecido social do meio em que vive, inibi-lo de cometer atrocidades ou malefícios contra o seu próximo, etc”; mesmo ao vermos que a Bíblia (em especial o Velho Testamento) prega justo o contrário. Alguns alegam que o advento do Novo Testamento aboliu as leis sanguinárias do Velho Testamento, mas o próprio Jesus, segundo a Bíblia, diz exatamente o contrário, que ele não veio abolir nada. Problemas à vista!
A verdade nua e crua é que a religião cristã produziu alguns dos maiores horrores que o mundo já viu, com o saldo de centenas de milhões de mortos. Não vamos nos demorar aqui, citando uma lista de crimes do Cristianismo, mas podemos recomendar a leitura do livro “O Livro Negro do Cristianismo” de Jacopo Fo, e uma lista desses crimes no site “A Pagina Negra do Cristianismo - 2000 Anos de Crimes, Terror e Repressão”.
Ao afirmarem que Hitler era ateu, os religiosos querem dizer, de forma desonesta, que o ateísmo é uma coisa má, que torna os homens imorais e que podem cometer qualquer atrocidade e crimes que lhes der na telha, já que não possuem “temor” a um deus qualquer, que não temem um “castigo divino” após a morte, enfim… uma serie de acusações nada elegantes dos “amorosos” cristãos, cujo deus mandou entrar em acordo com os adversários de forma mansa e pacificadora. Se nem os religiosos acreditam nessa passagem, que podemos fazer, a não ser dizer: “que diabos de religião é essa, em que só se segue o que quer?”. Sobre o ônus da prova? Muito engraçado! Os religiosos são mestres em ignorar essa parte. temos que aceitar na palavra deles e pronto Muito interessante…
Quem foi Adolf Hitler?
Nascido em Linz (Áustria) no dia 20 de abril de 1899. Quando tinha 10 anos Adolf Hitler já exibia um comportamento antissocial, que foi detectado pela família e amigos. Sendo apenas adorado por sua mãe, Klara, que pensa que ele é um menino normal. Quando se torna um adolescente Hitler aspira se tornar um grande artista, apesar das objeções da sua agonizante mãe, que tinha câncer nos seios. Em 1907 tenta ser aceito na Academia de Artes Visuais em Viena, mas foi rejeitado. Imensamente desapontado e zangado, Hitler ouve um discurso antissemita proferido por Karl Lueger, o prefeito de Viena. Ele começa a aderir às teorias de Lueger, que dizem que os judeus são culpados por tudo aquilo que está errado na Alemanha. Sem casa, emprego e apenas com uma pequena herança do seu falecido pai, mas com um frenético patriotismo, Hitler se une ao exército alemão quando em 1914 estoura a 1ª Grande Guerra. Apesar de pressionar os superiores, ele acaba ganhando a Cruz de Ferro, a maior honraria que um soldado alemão poderia receber, e se consterna ao saber da rendição incondicional do exército alemão. De volta a Munique, Alemanha, Hitler conhece os membros do Partido Alemão dos Trabalhadores ao agir como espião para o exército, que quer se resguardar contra possíveis rebeliões. O Ano era 1919.
Quando Hitler diz suas opiniões sobre a pureza da raça alemã em uma reunião é convidado a se juntar ao grupo, do qual se torna orador. Ele encontra uma audiência ávida, que luta contra a indiferença, invasores estrangeiros e principalmente os judeus, que são considerados a maior ameaça para a Alemanha. Ernst Hanfstaengl, um alemão que vivia na América, e sua esposa Helene formam um aristocrático casal, que retorna à Alemanha quando Hitler está se tornando mais popular entre as massas. Quando Ernst conhece Hitler vê uma oportunidade para usá-lo em proveito próprio para defender seus grandes interesses. Ele se torna conselheiro de Hitler e, por sua sugestão, Hitler adota o pequeno bigode que se tornou sua marca registrada e a suástica, que com o tempo virou um símbolo de opressão, apesar de ser um símbolo muito mais antigo. Ernst convida Hitler para ir à sua casa para jantar com ricos alemães, mas nem Ernst, Helene ou nenhum dos convidados estavam preparados para as observações de Hitler, que anuncia a necessidade de matar os judeus.
Este é o pano de fundo exposto de forma muito resumida. agora, começaremos a desmascarar esta mentira do ateísmo de Hitler, com um breve artigo escrito por John Patrick, publicado na Free Inquiry Magazine e traduzido aqui.
A História está sendo distorcida por muitos pregadores religiosos e políticos. Conta-se de forma rotineira de que Hitler era ateu, e com isso condenando de forma rotineira os ateus. Mas Hitler era um católico, batizado quando era um bebê na Áustria, em uma igreja católica. Ele se tornou um coroinha em uma igreja em sua infância e na juventude, e foi confirmado como um “Soldado de Cristo” em sua Igreja. As piores doutrinas católicas naquela época nunca o deixaram, e elas estavam mergulhadas em sua liturgia, que continha em sua essência litúrgica as seguintes palavras “perfidious jew“. E esta declaração odiosa não foi removida ate o ano de 1961. “Perfidy” significa traição.
Em seu tempo, o ódio aos judeus era a norma corrente; e em grande medida, foi patrocinado pelas principais religiões da Alemanha, o Catolicismo e o Luteranismo. Ele foi um admirador de Martinho Lutero, que odiava abertamente os judeus. Lutero condenou a Igreja Católica e a corrupção desta para objetivos escusos, mas ele apoiou as políticas papais de pogroms contra os judeus. E Lutero afirmou: “Os judeus merecem ser enforcados em penhascos, sete vezes mais elevados do que os mais ordinários ladrões”, e “Temos de ser vingativos com os judeus e matá-los”. “Ungodly wretches” assim ele chamou os judeus em um de seus livros.
Em sua busca pelo poder, Hitler escreveu em Mein Kampf, “… estou convencido de que estou agindo como o agente do nosso Criador. Combater contra os judeus. Estou a fazer o trabalho do Senhor”. Anos mais tarde, no poder, ele citou essas mesmas palavras em um discurso no Reichstag em 1938.
Três anos mais tarde ele informou ao General Gerhart Engel: “Eu sempre fui um católico e irei continuar a sê-lo sempre” (grifo nosso). Ele nunca deixou a Igreja, e a Igreja nunca o deixou. Vários livros importantes da literatura foram proibidos pela Igreja, mas a sua obra pérfida Mein Kampf jamais apareceu no Index de Livros Proibidos. Ele não foi excomungado ou condenado pela sua igreja. Os papas, na verdade, acertaram com Hitler junto com seus colegas fascistas Franco e Mussolini, dando-lhes poder de veto na decisão papal de designar bispos na Alemanha, Espanha e Itália. Os três concordaram que os católicos desses países podem ser livres e enviar ajuda financeira a Roma em troca da certeza de que o Estado poderia controlar a Igreja.
Aqueles que afirmam que Hitler era um ateu deveriam prestar atenção na Historia antes de começarem a pregar, pois o biografo de Hitler, o aclamado John Toland, explica em detalhes a seguinte redação: “Still a member in good standing of the Church of Rome despite the detestation of its hierarchy, he carried within him its teaching that the Jews was the killer of god. The extermination, therefore, could be done without a twinge of conscience since he was merely acting as the avenging hand of god.
Na Alemanha de Hitler, com a união da Igreja com o Estado, os soldados da Wermacht usavam em seus cintos com fivelas com a seguinte inscrição: “Gott mit uns” (Deus está conosco). Suas tropas eram muitas vezes aspergidas com água benta pelos sacerdotes. Foi um verdadeiro cristão, em cujo país os cidadãos foram doutrinados, ou seja, o Estado e a Igreja e seguiu cegamente todas as figuras competentes, política e eclesiástica.
Seria algo totalmente sem sentido um exército de um regime que não defende nenhuma religião e, pelo contrário, é abertamente ateísta e se posiciona contra religiosos em geral ter um capelão no exército. Mas a Wermatch tinha.
Hitler, como alguns dos políticos e os pregadores religiosos de hoje fazem, politizava os “valores familiares”. Ele gostava de punições corpóreas em casas e nas escolas. Falar de Jesus se tornou obrigatório em todas as orações escolares sob sua administração. Embora o aborto, antes de Hitler, era ilegal na Alemanha, ele tornou possível o aborto, com a aplicação de uma lei exigindo que todos os médicos informassem ao governo a situação de todos os abortos espontâneos. E desprezou abertamente a homossexualidade e a criminalizou. Se passado é um prólogo, sabemos o que podemos esperar do futuro se dermos a liberdade de passar a licença de fazer as coisas. Fanáticos como Pat Robertson mostram que não estamos exagerando.
Com isso, já podemos ter uma ideia básica de quem era Hitler, a influência da Igreja em sua vida e nos assuntos de Estado durante o governo dele na Alemanha Nazista. Agora, iremos nos aprofundar mais ainda, abordando outros aspectos, sobre a vida de Hitler, os pensamento dele, a essência do nazismo, o Cristianismo Positivista, etc. A imagem popular do nazismo é que eles eram fundamentalmente anti-cristãos devotos, enquanto que os cristãos eram anti-nazistas. No entanto, a verdade é que os cristãos alemães apoiaram os nazistas porque acreditavam que Adolf Hitler foi um presente de Deus para o povo alemão. Uma espécie de Messias. E Hitler? O que ele era? Na próxima página aprenderemos mais sobre ele e a ideologia Nazi.
ceticismo.net
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