“Quando você tem um candidato que de forma irresponsável começa a dizer que vai mudar toda a política econômica, ele tem que explicar o que significa mudar essa política num momento em que o Brasil serve de exemplo ao mundo. Ninguém pode ser irresponsável porque está disputando uma eleição, ninguém pode prometer aquilo que sabe que não pode fazer e não pode ficar tentando leiloar o País em época de eleição”, disse aos jornalistas no Palácio do Planalto.
Lula também disse que está em curso uma “campanha difamatória” contra a candidata petista Dilma Rousseff. “Há um processo de investigação para saber de onde parte, mas uma campanha difamatória, coisa que jamais poderia ser aceita por qualquer homem ou mulher democrático neste País. A campanha é difamatória contra a ministra Dilma e isso nós não podemos aceitar”, afirmou.
O presidente também comentou as denúncias feitas pelo jornal Folha de S. Paulo, na edição desta quarta-feira. A reportagem diz que a Polícia Federal encontrou elo entre a quebra de sigilo fiscal de tucanos à campanha de Dilma. Outra reportagem afirma que o suposto esquema de tráfico de influência comandado pelo filho da ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, usava também a estrutura de pelo menos dois órgãos da Presidência da República: a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
“Sinceramente eu acho que é dar muito crédito. É só vocês verem o que está acontecendo nos telefones pelo Brasil afora a quantidade de notícias, de denúncias, de acusações, que sinceramente não dá para o presidente da República levar a sério essas coisas. Todo mundo sabia e sabe a quem interessava aquelas denúncias do famoso dossiê que vai ser explicado aos poucos. Só que nós não podemos falar com irresponsabilidade, temos que falar com base nos autos, na investigação, com base no inquérito. E quem tem que falar isso é a própria Polícia federal, não o presidente”, afirmou Lula.
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