domingo, 28 de novembro de 2010

O democrata Marcelo Tas e o mal-entendido

Marcelo Tas começa a ter destaque na internet por seus comentários via Twitter. Mais por suas opiniões políticas do que qualquer outra coisa.

Os comentários do apresentador do programa CQC, da Band, nas últimas semanas têm gerado uma reação de outros jornalistas e blogueiros por conta da arrogância e do conservadorismo que os permeiam. (veja também aqui)
O mais recente se referiram à operação policial no complexo de favelas do Alemão, no Rio de Janeiro.
Embora seu perfil no twitter beire a esquizofrenia ou, como dizem hoje, à aleatoriedade, o apresentador tem um pensamento claro. As posições contraditórias aparecem quando retuita textos de Luiz Eduardo Soares ou Celso Athayde, que muitas das vezes vão de encontro com seus gritos conservadores.
Não se sabe se Tas retuita para mostrar o que considera absurdo, ou se pensa uma coisa e escreve outra.
O Blogueiro/Apresentador também tem uma característica marcante. É quando recebe críticas, que são rebatidas com ataques as chamando de “chapa-branca” ou “petistas”, ou clama pela liberdade de imprensa e opinião, tentando atribuir à critica um caráter anti-democrático de censura.
Quando lhe faltam argumentos, ataque!!
Desta vez Tas foi além de se gabar e se fez uma pergunta genial:
“E se o BOPE, a Polícia e as Forças Armadas, depois da operação no Rio, fossem limpar o Congresso Nacional?”
Que eu saiba, esse método autoritário clamado pelo democrata (não por causa do partido DEM, talvez por isso também), já foi posto em prática em 1964. Com argumento parecido, acabar com a corrupção e retomar a “moral e os bons costumes”.
A reação foi quase que imediata. O jornalista da Record e do blog Escrevinhador, Rodrigo Vianna, perguntou se era verdade essa afirmação.
Tas logo rebateu dizendo que Vianna é um “jornalista decadente” e distorceu sua frase para “chamar atenção para sua insignificância”.
O apresentador do CQC já demonstrou em várias oportunidade a sua arrogância e megalomania. Ele, e seus colegas de programa, se consideram os paladinos do “humor inteligente”. Inclusive já afirmaram isso inúmeras vezes ao vivo.
Se o são ou não, não cabe aos próprios afirmarem isso. É como Zorra Total dizer: “Ele não são um humor tradicional, como nós”.
A megalomania de Tas não para por aí. Em uma entrevista de blogueiros com o presidente Lula, Tas (que assistia ao vivo) comentou o fato de muitos comemorarem a alta audiência da transmissão, exclusivamente via internet.
“Atenção puxa-sacos que comemoram 6 mil de audiência: no CQC temos 30 mil toda semana”
Freud talvez possa explicar melhor do que muitos essa necessidade de Tas se colocar acima de todos, O inteligente, O líder de audiência, O jornalista significante, O rei do “da vanguarda dos humoristas televisivos”…
Talvez por ter voltado para a TV liderando um programa e que, diga-se, conseguiu levantar a audiência da Band que sempre foi um fiasco.
Talvez por questões mais profundas.
By: Blog do Len

Um comentário:

  1. Interessante! Pouquíssimas vezes vi esse apresentador e sua turma. Não sou sua telespectadora. Mas essa é a idéia que formei dele nas raras ocasiões em que o vi: prepotente, arrogante e até de aparência física desagradável!
    É, acho que Freud explica mesmo!
    Em tempo: Adoro Rodrigo Vianna. Leio-o, assisto-o, é inteligente, e ainda por cima, um gato!

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