sexta-feira, 4 de junho de 2010

Barco Irlandês com judia sobrevivente do holocausto e Prêmio Nobel da Paz,vai furar bloqueio de Israel



Hedy Epstein, judia e sobrevivente do Holocausto nazista, afirma que "Israel faz coisas terríveis".

Esse blogueiro considera que a manifestação de judeus contra as atrocidades de Israel é fundamental para tirar toda a legitmidade desse governo terrorista, que busca, por meio de uma guerra de propaganda e de uma forte indústria cultural, se apoiar de forma nefasta em cima do sofrimento milenar de um povo.
Segue abaixo reportagem da BBC. ( não se esqueça: clique em mais informações).


Uma ativista judia que fugiu da Alemanha nazista e perdeu os pais no campo de extermínio de Auschwitz pretende embarcar num barco irlandês que está se dirigindo a Gaza para tentar furar o bloqueio israelense.

Hedy Epstein, de 85 anos, que está desde 1948 radicada nos Estados Unidos, diz ter sido impedida pelas autoridades cipriotas de embarcar em um dos barcos da frota que foi interceptada na segunda-feira por Israel.

Ela agora pretende chegar ao barco irlandês, que deveria ter acompanhado a frota, mas acabou ficando para trás por causa de problemas mecânicos.

Mesmo após terem sido informados sobre o ataque israelense, que deixou ao menos nove mortos, os ocupantes do barco decidiram seguir viagem. Eles esperam chegar a Gaza nos próximos dias.

O barco deixou a Irlanda com dez pessoas a bordo, entre elas a prêmio Nobel da Paz Mairead Maguire.

‘Lições’

Para Epstein, as ações do governo israelense mostram que o país “não aprendeu as lições” das perseguições sofridas pelos judeus ao longo da História.

“Como eles podem fazer o mesmo contra os palestinos?”, questionou ela, em entrevista à BBC Brasil.

Esptein diz rejeitar as comparações entre o tratamento dos judeus na Alemanha nazista e o dos palestinos por Israel, mas adverte que o governo israelense “faz ações horríveis” que poderão ter como consequência o aumento do anti-semitismo no mundo.

“Israel parece pensar que está acima das leis e acusa todos aqueles que o criticam de serem anti-semitas”, afirma. “Muitos acabam com medo de criticar Israel por não quererem ser chamados de anti-semitas”, diz.

Massacres

A ativista diz ter “acordado” para a questão palestina após tomar conhecimento dos massacres de Sabra e Chatila, no Líbano, em 1982, quando centenas de refugiados palestinos foram mortos por milícias cristãs libanesas com a suposta anuência de Israel.

Desde 2003, ela esteve por cinco vezes na Cisordânia para, como conta, “ver de perto o que estava acontecendo”.

“Muitos me diziam para ter cuidado, que como judia corria riscos nos territórios palestinos, mas a verdade é que os palestinos abriram suas casas e seus corações para mim e até me protegeram do perigo, que veio do outro lado”, diz. “O inimigo é o governo israelense”, afirma.

Ela diz que em uma de suas viagens à Cisjordânia, em 2004, ela foi detida por quatro horas no aeroporto de Tel Aviv pelas autoridades israelenses e acusada de “terrorismo”.

Ela diz que agora espera conseguir chegar pela primeira vez à Gaza, em sua quarta tentativa, dentro do barco irlandês que segue na direção ao território.

“Não tenho medo agora. Talvez tenha medo quando vir os soldados israelenses abordando o barco”, diz. “Mas não quero morrer, nem ser ferida. Só quero chegar a Gaza para entregar os suprimentos aos palestinos”, diz.

Ela diz que os ativistas que participam da tentativa de chegar a Gaza pelo mar para entregar ajuda humanitária “não têm motivações políticas”. “Nossas motivações são humanitárias”, afirma.

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