sábado, 9 de julho de 2011

Image
Congresso Nacional
É triste constatar, mas a reforma política, considerada a "mãe de todas as reformas" reivindicadas pelo país, simplesmente não avança. Vai e volta continuamente - quando volta. Ainda há debate sobre ela no Senado, mas na Câmara, a reforma parou e parece ter saído da agenda política da Casa.Infelizmente, as últimas movimentações no Congresso Nacional vão no sentido da dispersão do debate, podendo desaguar na não aprovação da reforma ou, pior, em um novo marco legal que acentue nossos problemas ao invés de resolvê-los.
Nesse cenário, há sérios riscos de a reforma se transformar em um retrocesso, e não em um avanço nas questões centrais. Ontem a Comissão de Constituição e Justiça do Senado, em votação do texto elaborado pela Comissão da Reforma Política constituída na Casa, rejeitou o voto em lista.
Aproveitemos a rejeição para retomar o debate
Esta decisão da CCJ-Senado enseja, mais uma vez, a retomada, com força, de uma reflexão sobre as questões que cercam o novo modelo político-partidário e eleitoral para o Brasil. Queremos valorizar a figura do candidato ou os programas dos partidos? Como aproximar o eleitor do partido e do processo eleitoral?
O voto em lista possibilita esta valorização dos programas partidários e leva os eleitores a fortalecer os partidos. Já a manutenção do atual sistema de votação proporcional só mantém o predomínio do poder econômico nas eleições.
A rejeição desse ponto da reforma pela CCJ, decididamente não é o que interessa a sociedade. O voto em lista é a melhor forma de combater o poder dos grandes grupos econômicos que financiam campanhas.
Com voto em lista, eleitor vota em ideias

Ao estabelecer que o eleitor vote no partido, estimula-se que cada legenda apresente com mais clareza e detalhes seu programa e propostas, permitindo ao cidadão uma escolha mais próxima do campo das ideias do que do campo da simpatia por nomes.
A reforma foi idealizada e deflagrada para trazer ao país avanços como o fortalecimento da fidelidade partidária, o financiamento público de campanha e voto proporcional e obrigatório, independentemente se será em lista ou distrital misto. Esse deve ser o norte das transformações. Ao PT, cabe a grande responsabilidade de reconduzir esse debate aos trilhos que interessam à sociedade.

blog do Zé, via opensante

Nenhum comentário:

Postar um comentário