sexta-feira, 23 de julho de 2010

Quando Serra vem, Dilma já foi


Dilma disse que crescimento econômico é porta de saída do Bolsa Família, onde Serra ainda quer entrar
Os tucanos passaram os últimos sete anos criticando o Bolsa Família. Diziam que o programa era assistencialista, eleitoreiro, populista, que dava o anzol e não ensinava a pescar e viviam aproveitando os desvios naturais de um projeto que atende 12 milhões de pessoas para apontar o dedo e dizerem: não falei?
Mas na hora da disputa eleitoral deram ré e passaram a apoiar o programa, declarar que não iriam exterminá-lo até chegar na heresia máxima de José Serra afirmar que iria dobrar o Bolsa Família, sendo pego na mentira pela incapacidade que teve, quando governador de São Paulo, de sequer viabilizar a logística para o cadastramento das famílias.

O que essa guinada tucana revela, acima de tudo, é que eles chegaram atrasados ao processo. Ou seja, falaram tanto de porta de saída para quem recebia os benefícios, e agora querem ampliar a porta de entrada. Já Dilma está olhando adiante como respondeu à sabatina do portal R7, da Record, quando perguntada como levar a população de renda mais baixa a sair do programa. “A porta de saída do Bolsa Família é o crescimento econômico”, afirmou Dilma, mostrando como pretende levar o Brasil a precisar cada vez menos de programas de complementação de renda. Como diz o jargão popular, quando Serra vem, Dilma já foi.
O compromisso de Dilma é tirar da pobreza quem ainda está nela e transformar o Brasil num país de classe média. O governo Lula já fez bastante nesse sentido, levando mais da metade do país a ser de classe média, com o crescimento econômico e a consequente migração do mercado informal para a economia formal.
Para garantir a continuidade do crescimento, Dilma está de olho na taxa de juros, que continua freando o país. Perguntada por internautas se iria baixar a taxa de juros, o que não poderia fazer com as regras atuais, citou as conquistas do governo Lula, como o crescimento sustentado, o controle da inflação e a queda do endividamento público para arrematar. “Não há nenhuma razão técnica para os juros não serem muito significativos”.
tijolaço

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