segunda-feira, 14 de junho de 2010

Oposição reedita táticas de 2006



O PSDB, o DEM, o PPS, FHC, Serra, Globo, Folha, Veja, Estadão e companhia limitada estão usando o novo dossiê-fantasma mais para se defender do que para atacar. Ou seja: estão sendo pautados, só que pelo medo de as ligações perigosas de Serra aflorarem de vez.

A mídia não precisa se preocupar que revelem os podres do tucano. O PT não precisa disso. Quem tem que achar uma bomba para reverter a situação não é Dilma, é Serra. Ele é que precisa se decidir se ataca ou elogia Lula e que precisa encontrar alguma proposta a fazer ao eleitorado.

Serra se colocar como vítima de adversários inescrupulosos e a mídia coonestar suas acusações contando a história do dossiê de acordo com a versão dele é exatamente a mesma tática usada para levar a eleição de 2006 para o segundo turno.

A virulência acusatória, o pretenso discurso ético, os factóides, as alegações auto-elogiosas do anti-Lula (Dilma) da vez de que este seria “mais competente e preparado”;  a crença em que criticando o que esta dando certo é que se mudará a percepção da sociedade sobre o momento quase mágico que vive o país, tudo está sendo igualzinho ao que foi há quatro anos.

Por que a direita insiste na mesma tática, sendo que ela fracassou miseravelmente em um momento em que o povo nem estava tão satisfeito? É simples: porque essa coalizão tucano-pefelê-midiática acha que pode não ter funcionado com Lula, mas que com Dilma funcionará.

É espantoso como essa gente não entende que o brasileiro está preocupado apenas em manter o que já conquistou e o que continua conquistando. Ou seja, só existe uma chance de Serra vencer a eleição: convencendo o eleitorado de que ele fará melhor do que Dilma, se for eleito.

Quando as pessoas chegam a uma banca e vêem manchetes em todos os jornais e revistas acusando Dilma e defendendo Serra, identificam ainda mais a candidata com Lula. Acusações pré-eleitorais da imprensa durante longos períodos são uma das marcas do presidente.

Parece que um certo bloqueio mental impede a direita midiática de entender que para eleger Lula em 2002 e reelegê-lo em 2006 foi preciso que a sociedade deixasse de acreditar no que a imprensa diz sobre política. É tão evidente, meu Deus…

Confundem a hegemonia da direita em São Paulo com a possibilidade de reproduzir tal hegemonia no resto do país. O Brasil, contudo, não é São Paulo. Muito pelo contrário. São Paulo é único, sobretudo politicamente.

Aliás, é, talvez, o Estado mais malvisto pelo resto da Federação, no que diz respeito a preconceito, a desigualdade e a uma enorme arrogância em relação aos outros entes federativos.

A reedição das técnicas de “desconstrução” tucano-midiáticas de 2006 se assenta na crença de que Dilma não é Lula? Pois a mídia está transformando uma no outro ao usar contra ela a mesmíssima tática que usou contra ele durante mais de vinte anos.
Contudo, até outubro ainda aumentará muito o ufanismo da direita, que pensa que está vencendo o jogo eleitoral. Quando acordar, em minha opiniao descobrirá que levou outra goleada.

By: Blog da Cidadania , via Com Texto livre 

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